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<p>Os erros são ótimas formas de aprender. Então confira essas lições sobre inovações que não deram certo!</p>

5 inovações que não deram certo - e o que podemos aprender com elas

Elas vão te mostrar exatamente o que (não) fazer no seu planejamento


Errar e aprender com os erros faz parte da inovação. Também podemos descobrir muitas coisas observando como outras marcas falharam em tentativas de criar coisas novas. Essas inovações que não deram certo serão a base para entendermos exatamente o que deu errado nesses casos.

No InovaCoop, sempre reforçamos a importância da inovação. Mas nem todas as iniciativas vão dar certo, principalmente quando os caminhos utilizados não são tão claros ou eficientes.

Você já se deparou com uma ideia que te fez pensar “como acharam que isso ia dar certo?” O motivo pelo qual esse questionamento é tão recorrente é o fato de que propostas que parecem geniais no papel, nem sempre ficam tão boas na prática.

5 inovações que não deram certo e suas lições

A seguir, vamos explorar algumas dessas histórias. Lembre-se de que nosso objetivo não é julgar, e sim aprender com casos que nos deram lições valiosas, combinado? Então vamos lá!

Google Glass

Além de necessidade, os óculos também são objetos de moda e o Google tentou levá-los para a tecnologia. Mas isso não significa que todas as iniciativas que envolvam esse acessório vão ser bem recebidas pelo público. O Google Glass é um ótimo exemplo disso.

Desenvolvido pelo Google, esse produto futurista deveria estar acoplado aos olhos dos consumidores para capturar imagens e vídeos, dar informações em tempo real e armazenar dados relevantes.

No entanto, não foi bem isso que aconteceu. O recurso foi lançado antes do tempo previsto e contava com falhas sérias como uma bateria fraca, falhas constantes e funcionalidades complicadas. Todos esses efeitos, somados ao preço de 1.500 dólares, não impressionaram o público, afinal.

Além disso, é preciso se questionar: será que as pessoas realmente querem ter um óculos registrando 100% do tempo tudo que elas fazem? Será que a privacidade e a fuga dos elementos eletrônicos não são um fator relevante nessa história?

Esse caso, então, mostra que não adianta apenas parecer legal. Uma inovação deve ser necessária, fácil de entender e usar, estar em uma boa versão antes do lançamento e, principalmente, ser desenvolvida com um propósito real capaz de agregar valor ao usuário.

Kinect

Alguma vez você já usou um produto e acabou notando que ele é apenas uma cópia não tão boa de um outro item? O Kinect foi visto por muitas pessoas sob essa ótica.

Depois do sucesso do Nintendo Wii, que vendeu mais de 100 milhões de unidades, os grandes estúdios de games decidiram investir em mais consoles com controles por movimento. O Kinect foi o lançamento da Xbox, sendo conhecido pelo diferencial da câmera acoplada e proporcionando experiências muito mais realistas para usuários apaixonados por jogos.

Mas não foi bem isso que aconteceu. Na prática, os controles eram difíceis de usar e o aparelho não conseguia se diferenciar do seu principal concorrente. Os estúdios logo perceberam essas ameaças e deixaram de programar games compatíveis com o sistema, que custava mais do que um PS4, seu principal concorrente, na época.

Em pouco tempo, a novidade foi esquecida e descontinuada pela Microsoft. Essa jornada é um lembrete importante da necessidade de se diferenciar, respeitar a vontade do público-alvo, criar benefícios promissores e ter uma execução tão criativa quanto a sua concepção.

Televisão 3D

Quando as televisões 3D foram anunciadas, os consumidores e apaixonados pela sétima arte tiveram uma revelação. A ideia de ter os efeitos visuais de uma sala de cinema na sua casa era incrível e muita gente achou que essa tendência tinha chegado para ficar.

A tecnologia envolvia o uso de um óculos 3D, que com o comando adequado, era capaz de converter programações para esse formato e gerar uma sensação de que os objetos e personagens estavam no meio do seu lar.

No entanto, o resultado foi bem diferente do esperado. Na prática, era desconfortável usar os óculos e a mudança na imagem não era tão significativa e impactante como no cinema. Além disso, os aparelhos eram consideravelmente caros e exigiam que os programas ou filmes exibidos tivessem sido gravados já com o 3D em mente.

Ou seja: mesmo pagando muito caro e usando óculos 3D, ainda era preciso investir em DVDs que fossem compatíveis com essa inovação. O público acabou se distanciando da ideia e a partir de 2016, a Samsung (líder do segmento) parou de anunciar a funcionalidade. Não demorou para que as concorrentes seguissem o exemplo.

O que fica como mensagem desse caso é que se você pretende alterar o modo como as pessoas usam um aparelho, a novidade envolvida tem que ser realmente condizente com as expectativas. Ademais, é preciso pensar duas vezes no valor do seu produto se ele exigir outro tipo de compra no futuro.

Nintendo Wii U

Nós já falamos um pouco sobre consoles de movimentos nesse artigo. Por isso, vale começar esse bloco com uma pergunta: o que você imagina quando pensa em um produto chamado Nintendo Wii U?

Se você pensou em um acessório para o Nintendo Wii, não está sozinho. Muitas pessoas enxergaram esse lançamento como uma nova linha dos consoles que marcaram uma geração. No entanto, a proposta original era muito diferente dessa.

Desenvolvido em 2012 para ser um videogame doméstico, o Nintendo Wii U se diferencia por uma tela sensível que proporciona experiências mais imersivas e com gráficos em alta definição. A receita tinha tudo para dar certo: além de usar um nome reconhecido pelo sucesso, o formato era prático e eficiente.

Mas como você já deve imaginar, não foi bem assim que as coisas aconteceram. No momento, os usuários estavam mais engajados com os jogos em smartphones, que começaram a fazer sucesso na época. O nome também gerou confusão, já que as pessoas confundiram o propósito do produto.

No fim, ele não alcançou nenhum dos públicos possíveis: muito básico para gamers e desnecessário para jogadores casuais. Assim, o Nintendo Wii U foi sendo esquecido até ser totalmente descontinuado.

Com isso, a Nintendo entendeu a relevância de fazer um estudo de caso caprichado antes de divulgar uma inovação. É possível que alguns grupos focais, por exemplo, tivessem exposto esses desafios ainda na fase de concepção do recurso. Com essas lições aprendidas, a gigante japonesa lançou o Nintendo Switch, que é, hoje, um enorme sucesso.

Blu-ray

Se você viveu os anos 2010, provavelmente foi convidado para uma reunião de amigos cujo principal entretenimento seria assistir a um filme em Blu-ray que alguém tinha comprado. Quando ele surgiu, muita gente estava prevendo o fim do DVD tradicional, já que seu sucessor teria mais qualidade e agilidade.

O armazenamento do Blu-ray era maior, o que permitia mais detalhes nas imagens. A compatibilidade com o 3D também era melhor e os dispositivos eram mais resistentes a riscos e arranhões.

Teria dado tudo certo, se não fossem os Streamings chegando com tudo na mesma época. A ideia de comprar um aparelho caro e limitado não fazia muito sentido quando comparada à inovação trazida pela Netflix, principal plataforma da época.

O ensinamento desse exemplo é a importância da sensibilidade às mudanças do mercado. Por mais que seja impossível prever o que vai acontecer, é essencial ter um instinto baseado em pesquisas de tendência. Do contrário, seu investimento pode ser usado em um caminho equivocado.

Conclusão

Todas as iniciativas mostradas têm algo em comum: elas surgiram de uma ideia boa, mas acabaram se perdendo pela falta de estratégia ou de destaque diante da concorrência. Ler esses relatos pode dar um frio na barriga para quem está pensando em inovar, mas não precisa ser assim.

Afinal, a inovação não é uma simples ação. Ela é um processo contínuo, que depende de um esforço constante de planejamento, capacitação de profissionais e uso de ferramentas adequadas. Se isso for seguido, o projeto da sua cooperativa tem muito mais chances de dar certo.

Uma boa dica é também imergir em histórias de sucesso e avaliar o que você pode replicar na sua marca para acelerar seu crescimento. Quer conhecer algumas estratégias de sucesso? Acesse o e-book “Aprenda As Estratégias de Inovação da Apple, Google e Amazon para colocar em prática na sua cooperativa!”

<p>Veja como o cooperativismo cumpre um papel fundamental na logística reversa e ajuda a construir um futuro mais sustentável e inclusivo</p>

Logística reversa: cooperativismo é protagonista da produção sustentável

Cooperativas de catadores reduzem desperdícios e devolvem materiais ao ciclo produtivo


A sustentabilidade é uma pauta cada vez mais preponderante para todos os tipos de negócios. Nesse sentido, o cooperativismo larga na frente, porque é ESG desde sempre. Uma das faces mais necessárias desse movimento é o da logística reversa - e as cooperativas são grandes protagonistas.

Em suma, a logística reversa é um conjunto de procedimentos e ações para realizar a coleta e a restituição de resíduos sólidos para o ciclo produtivo. Com isso, esses materiais podem ser reaproveitados e reciclados, reduzindo o desperdício. O que não estiver apto a ser reutilizado, porém, pode ser descartado de forma segura, levando em conta os riscos ambientais.

Dessa forma, a logística reversa é uma iniciativa central para a construção de um mundo mais sustentável. Reduzindo o consumo de insumos naturais e a produção de lixo, a logística reversa protege o meio ambiente e diminui a necessidade de extração de matérias-primas. Além disso, esse ciclo pode gerar renda e causar impacto social.

Neste artigo, vamos entender mais sobre a estreita relação que há entre logística reversa e cooperativismo, apresentar cooperativas atuantes nessa atividade, conhecer o programa Pró-Catador e saber mais sobre os seus impactos positivos.

Logística reversa e o cooperativismo

As cooperativas cumprem um papel essencial para o funcionamento das iniciativas da logística reversa em mais de uma maneira. O mais evidente é como as cooperativas de reciclagem representam um pilar fundamental para a coleta e o reaproveitamento dos resíduos sólidos que retornam para o ciclo produtivo.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída em 2010, compreende princípios importantes no incentivo à indústria da reciclagem e fomento no uso de matérias-primas e insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados. Assim, a logística reversa é um dos principais pontos da PNRS e seu conjunto de medidas.

Tais medidas dão protagonismo às cooperativas de catadores de materiais recicláveis, que podem até mesmo receber incentivos de políticas públicas. Nesse cenário, as cooperativas cumprem o papel de coletar, separar e tratar os insumos que podem ser reutilizados e reciclados, além de dar um fim adequado ao que será descartado.

Os catadores são atores fundamentais nos programas de logística reversa fomentados pela PNRS, que podem ser instituídos de três jeitos diferentes, que são:

  •  Regulação do poder público
  • Acordos setoriais
  • Termos de compromisso

Cooperativas de catadores fazem a diferença

As cooperativas de reciclagem já fazem a diferença para a logística reversa em muitos lugares. Um exemplo é o da Centcoop, que atua no Distrito Federal. O ConexãoCoop, aliás, contou esse case de sucesso e entrevistou Aline Sousa, diretora-presidente da cooperativa.

A Centcoop (Central de Cooperativas de Trabalho de Materiais Recicláveis do Distrito Federal) foi idealizada em 2002 e oficializada em 2006 como uma cooperativa de segundo grau. Com isso, ela reúne 21 cooperativas e associações de catadores de materiais recicláveis que somam mais de mil cooperados.

O papel da cooperativa é realizar a comercialização conjunta dos materiais que as cooperativas recuperam da coleta seletiva por empresas ou pelas próprias cooperativas associadas. A intercooperação é fundamental, revela Aline.

“Nós buscamos parcerias de fortalecimento e intercooperação, e o Sistema OCB é um dos grandes parceiros. Muitas vezes, os catadores estão com dificuldade na gestão. Se a gente for cooperativa, podemos acionar o sistema de aprendizagem que vai nos trazer a qualificação necessária para sanar essa dificuldade”. A Centcoop também integra três programas de logística reversa:

Mais exemplos do cooperativismo na logística reversa

O DF é sede para uma outra cooperativa que se destaca nas iniciativas de logística reversa. É a Recicle a Vida, contratada pelo Governo do Distrito Federal. O trabalho envolve a coleta, a triagem, o transporte e a destinação final de resíduos secos, orgânicos e indiferenciados.

Mônica Mendes Licassali, Coordenadora Administrativa e Financeira da Recicle a Vida, explica a importância das coops para a logística reversa. “Sem as cooperativas de catadores, os diversos produtos não chegariam nas indústrias”, conta.

A cooperativa paraense Concaves foi criada com apoio da Incubadora de Cooperativas da Universidade Federal do Pará. Ela atua no recolhimento de papel, plástico, rider, ferro, cobre, alumínio, vidros, resíduos de madeira, lixo eletrônico e resíduos de óleo alimentício.

Sabe o monte de lixo que fica nas ruas durante as eleições? A Concave se juntou ao TSE local para coletar esses materiais recicláveis, sobretudo papel e papelão, de forma que eles possam voltar à cadeia produtiva. Além disso, a cidade ficou mais limpa e os catadores puderam incrementar a renda.

Logística reversa de lixo eletrônico

Aqui, no InovaCoop, também falamos sobre as cooperativas que lidam com a logística reversa do lixo eletrônico. Esses resíduos geram tanto problemas ambientais quanto para a saúde das pessoas. O perigo é que o descarte de materiais eletrônicos não para de crescer. O cooperativismo, porém, já está atuando para amenizar essa situação.

Os resíduos eletrônicos precisam ser gerenciados de forma ambientalmente adequada, tanto no sentido de reusar e reciclar o que for possível, quanto para o descarte adequado. Portanto, o sistema de logística reversa funciona por meio das seguintes etapas, aponta o SINIR (Sistema Nacional de Informações Sobre a Gestão de Resíduos Sólidos):

  1. Descarte pelo consumidor dos produtos eletroeletrônicos, em pontos de recebimento;
  2. Recebimento e armazenamento adequado;
  3. Transporte dos produtos eletroeletrônicos dos pontos de recebimento até pontos de consolidação ou destinação final ambientalmente adequada (reutilização, reciclagem, recuperação ou disposição final ambientalmente adequada);
  4. Tratamento dos resíduos;
  5. Disposição final dos rejeitos em aterros.

A cooperativa paulista Coopermiti é uma das maiores referências na logística reversa de resíduos eletrônicos. Pioneira, a coop realiza a logística reversa dos equipamentos eletrônicos com apoio da Prefeitura de São Paulo. Uma das etapas de sua atuação é justamente identificar matérias-primas e componentes aptos ao retorno para a cadeia produtiva.

Também na capital paulista, a associação de cooperativas Rede Sul e a empresa de logística reversa GM&C lançaram o e-Waste. O projeto se propõe a disseminar a importância da reciclagem dos resíduos eletrônicos na cidade.

Pró-Catador reconhece protagonismo de catadores na logística reversa

A importância do trabalho dos catadores de materiais recicláveis foi reconhecida com a recriação do Programa Pró-Catador. Com o decreto, o Governo Federal também instituiu o Comitê Interministerial para Inclusão Socioeconômica das Catadoras e dos Catadores de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis, com a participação de 15 pastas.

A primeira versão do programa surgiu em 2010, mas foi revogada dez anos depois. A nova versão ganha ainda um novo nome - Programa Diogo de Sant’Ana Pró-Catadoras e Pró-Catadores para a Reciclagem Popular.

O novo programa nasce com o objetivo de colocar os catadores como atores centrais na cadeia de reaproveitamento de materiais recicláveis e reutilizáveis no país. Além disso, a ideia é mudar o atual modelo de logística reversa e economia circular no Brasil. Com isso, o decreto promove a expansão da coleta seletiva e do reaproveitamento de materiais recicláveis.

Certificados de crédito de reciclagem

O programa abre, ainda, a possibilidade de certificados de crédito referentes à comercialização de produtos ou de embalagens recicláveis. Esses certificados são os seguintes:

  • CCRLR: é um documento emitido por uma entidade gestora a fim de comprovar o retorno de produtos e embalagens ao ciclo produtivo por meio da logística reversa.
  • CERE: emitido por entidade gestora para certificar a titularidade de projeto estruturante de recuperação de materiais recicláveis, comprovando que os materiais foram devolvidos ao setor produtivo.
  • Certificado de Crédito de Massa Futura: possibilita que o cumprimento da meta de logística reversa por uma instituição que investe em projetos estruturantes de recuperação de materiais recicláveis seja auferido antecipadamente.

Sistema OCB reforça laços do cooperativismo com a logística reversa

O Sistema OCB participou da recriação do Programa Pró-Catador. Cleusimar Andrade, Presidente da Central de Cooperativas Rede Alternativa e coordenador da Câmara Temática das Cooperativas de Reciclagem do Sistema OCB, explicou a importância do programa:

“É uma importante política pública que contribuiu para dar dignidade ao trabalho dos catadores com o fortalecimento de suas organizações, tanto do ponto de vista de infraestrutura quanto de redes, visando a comercialização em grupos”.

O Anuário da Reciclagem 2022 registra a existência de 1.996 organizações de catadores e catadoras, presentes em 1.032 municípios brasileiros. Em 2022, 1,3 milhão de toneladas de resíduos sólidos foram recuperados e destinados para a reciclagem de materiais, mas o potencial é ainda maior.

A importância da logística reversa

A logística reversa praticada pelas cooperativas está afinada aos pilares de ESG. Essa é uma prática com grande impacto para a preservação ambiental e atua na economia solidária, distribuindo renda e proporcionando avanços sociais aos catadores cooperados.

Aline Sousa, da Centcoop, sublinha o papel dos catadores no combate às mudanças climáticas. “O trabalho de nós, catadores, minimiza as respostas desse impacto, porque nossa atuação é de recuperação do passivo”.

No contexto social, as cooperativas de reciclagem promovem, além da inclusão econômica, diversos programas para os associados e a comunidade. A Recicle a Vida, por exemplo, procura disponibilizar trabalho para pessoas com baixa qualificação profissional, além de prover cursos de alfabetização e de profissionalização em diferentes setores da economia.

Design circular

No InovaCoop também apresentamos o conceito de design circular, uma forma de projetar e desenvolver produtos pensando, no decorrer de todo o processo, nos impactos ambientais causados pelos materiais utilizados durante a fabricação, bem como as alternativas de reciclagem no pós-uso. Pois o design circular tem tudo a ver com a logística reversa.

Algumas das principais características do design circular são o uso de insumos reciclados para o desenvolvimento de produtos e a reciclagem ou reuso de materiais após o descarte.

Iniciativas de logística reversa no coop

Além das cooperativas de catadores, o cooperativismo produtivo também cumpre um papel muito importante na logística reversa. Esses são alguns exemplos:

  • Coop: a cooperativa de consumo possui uma parceria com a startup Molecoola para operar logística reversa de embalagens e produtos pós-consumo, incentivando a reciclagem. Ademais, há um programa de fidelidade ambiental em que os consumidores podem levar seus recicláveis a pontos de coleta em troca de produtos e serviços.
  • Aurora Coop: a fim de aumentar as taxas de reciclagem das embalagens pós-consumo, a cooperativa integra a Coalizão pela Logística Reversa, que visa melhorar os processos de coleta seletiva e a integração de cooperativas de catadores. A Aurora Coop investe, ainda, no Instituto Recicleiros.
  • Coplacana: pioneira da logística reversa, a cooperativa agropecuária foi a primeira do ramo a implantar uma Central de Recebimento de Embalagens de Defensivos, ainda em 1994. A iniciativa inspirou, inclusive, a criação da Lei 9.974/00, que trata da logística reversa das embalagens.

Conclusão

A conexão entre logística reversa e o cooperativismo rende frutos valiosos para o meio ambiente, a sociedade e os catadores. Ademais, o fortalecimento das práticas de logística reversa é uma boa oportunidade para a ampliação das fontes de receitas das cooperativas.

Além disso, tudo isso contribui para a construção de uma marca do cooperativismo sustentável. Os novos hábitos de consumo estão valorizando os negócios sustentáveis. A produção ética e o impacto social são diferenciais competitivos cada vez mais importantes.

A fim de apoiar ainda mais esse protagonismo das cooperativas na jornada ESG, o Sistema OCB está lançando o programa ESGCoop, que focará na competitividade e na sustentabilidade dos negócios cooperativistas. Saiba mais sobre o ESGCoop neste guia prático!

O Sistema OCB gostaria de entender os desafios e vantagens da participação das cooperativas de reciclagem nos Programas de Logística Reversa. Participe da Pesquisa, que está aberta até o dia 23 de junho de 2023. Com esse diagnóstico, desenvolveremos estratégias de apoio à inserção e fortalecimento das cooperativas de reciclagem em tais programas, como parte da estratégia sistêmica de apoiar as cooperativas em sua inserção mercadológica.

<p>A inovação não precisa ser sempre disruptiva. Conheça exemplos e benefícios da inovação incremental!</p>

Inovação incremental: por que nem toda inovação precisa ser uma revolução

Melhorar continuamente o que está dando certo é um dos grandes papéis da inovação


Nem toda inovação precisa ser uma revolução. É comum que a ideia de inovar esteja associada a uma grande mudança. No entanto, a inovação pode também estar presente em pequenas melhorias aplicadas naquilo que já está em funcionamento. O nome disso é inovação incremental.

André Miceli, CEO da MIT Technology Review Brasil, diz que inovar é “a implementação de ideias que tragam novas fontes de receita ou de eficiência operacional para uma organização”. Para ele, portanto, a inovação não necessariamente precisa vir acompanhada de uma grande ruptura. E é aí, então, que inovação incremental aparece como melhor opção.

Quer descobrir se o modelo de inovação incremental é o ideal para sua cooperativa? Reunimos neste artigo as respostas para as principais dúvidas sobre o tema!

O que é inovação incremental

A inovação incremental envolve aplicar pequenas mudanças em produtos e serviços já existentes, a fim de trazer melhorias e agregar valor. O objetivo é estabelecer um desenvolvimento contínuo, sem promover mudanças radicais. O tema surgiu no livro “Business Cycle”, do austríaco Joseph Schumpeter, publicado na década de 30.

Nesse processo, as melhorias são gradativas e acompanham as necessidades dos clientes e as novidades do mercado. Isso permite, por exemplo, manter o negócio competitivo e fidelizar os clientes. Segundo a KPMG, 48% das organizações no mundo inteiro preferem investir em inovação incremental para produtos que são seus carros-chefes.

Inovação incremental x disrupção

Enquanto a inovação incremental busca agregar valor por meio de pequenas mudanças em prol das necessidades dos consumidores, a inovação disruptiva procura revolucionar o mercado apresentando algo totalmente novo, com potencial para impactar os modos de consumo ou, até mesmo, criar um mercado novo.

Perceba que inovação incremental está mais envolvida em manter a relevância de um produto ou serviço já consolidado, enquanto a disrupção busca quebrar paradigmas tradicionais de um determinado mercado.

Apesar de terem potencial de gerar maior retorno, as inovações disruptivas trazem consigo maiores riscos e um alto grau de investimento quando comparadas com as incrementais. Buscar o equilíbrio entre uma e outra é que é grande desafio. Cabe, portanto, ter claro qual é o objetivo a perseguir e ter em mente os riscos e benefícios de cada uma delas.

Benefícios da inovação incremental

A inovação incremental pode trazer diversos benefícios aos produtos e serviços da sua cooperativa. Entre eles, estão a manutenção da competitividade, a fidelização de clientes, menores riscos envolvidos e maior segurança na geração de receita.

  • Diferencial competitivo: esse pode ser considerado o principal benefício da inovação incremental. A partir das exigências que o mercado impõe, as melhorias contínuas podem ser incrementadas ao produto ou serviço de modo a garantir que se mantenha forte em meio aos concorrentes e preservar sua competitividade.
  • Fidelização: por estar atento às necessidades e aos desejos dos consumidores, a inovação incremental permite que o produto ou serviço esteja sempre em pleno aperfeiçoamento, suprindo expectativas através de melhorias mais assertivas. Provocando, assim, a satisfação e a fidelização dos clientes.
  • Menos riscos: a inovação incremental opera em um contexto que gera riscos menores, pois é aplicada em algo do qual já se tem grande conhecimento e já está em pleno funcionamento. Assim, é possível reduzir resultados negativos e corrigir eventuais falhas mais facilmente.
  • Maiores receitas: é comum que muitas pessoas prefiram comprar atualizações de algo que já possuam a algo totalmente novo. Isso permite que a fonte de renda da empresa seja mantida ou mesmo aumentada, abrindo caminho para novos investimentos em inovação.

Exemplos de inovação incremental

Não se engane. Por mais sutil que pareça, grandes negócios já adotam a inovação incremental em suas estratégias para manter seus produtos atualizados com as atuais necessidades de seus clientes e as novidades do mercado. Vamos conhecer algumas delas?

A evolução dos smartphones

Quem não tem um celular? Os aparelhos já viraram uma extensão do nosso corpo. Todo ano, novos modelos são lançados com novas funcionalidades ou aprimorações na qualidade da câmera, na resolução da tela, no áudio, no sistema operacional, na memória, no processamento etc. Isso motiva o consumidor a trocar de aparelho a cada nova edição.

Um grande exemplo de inovação incremental nesse mercado é a Apple. O primeiro iPhone produzido pela empresa foi em 2007. De lá pra cá, foram incrementadas diversas melhorias e funcionalidades, como câmeras melhores, reconhecimento facial e impressão digital. Não à toa, a Apple tem a fidelidade de 16% do mercado global.

Coca-Cola: melhoria constante

A Coca-Cola é outro bom exemplo de como aumentar receita sem mudar o produto drasticamente e, ainda assim, manter-se consolidado no mercado. A partir do seu produto principal, o refrigerante de coca, a marca criou diversas variações de sabores e embalagens.

Além da sua versão clássica, é possível encontrar, por exemplo, a Coca-Cola Zero e a sabor Café. Fora isso, tem as opções de embalagens de 200ml a 3 litros. Ou seja, a empresa esteve atenta às necessidades e aos gostos dos clientes, inovando a partir de um produto já consolidado há décadas.

Gmail é referência na adição de funcionalidades

Outro exemplo de inovação incremental é o Gmail. Na época em que surgiu, se destacou por oferecer maior espaço de armazenamento e um filtro de spam mais eficiente. Atualmente, já são várias as funcionalidades incrementadas, funcionando em um ecossistema amplo de ferramentas que operam em nuvem.

As possibilidades são tantas que grande parte das empresas já adotam o sistema do Gmail como ferramenta de e-mail oficial, devido às diversas funções integradas, como a possibilidade de bate-papo; chamada de vídeo; criação, visualização e armazenamento de arquivos; entre outras que facilitam a rotina no escritório.

Que tal conhecer mais sobre a estratégia de inovação não só do Google, mas também da Apple e da Amazon? Confira o e-book que preparamos contando como essas grandes corporações inovam - e o que as cooperativas podem aprender com elas!

Inovação incremental no Radar da Inovação

No Radar da Inovação, já contamos histórias de cooperativas que utilizam a inovação incremental. Veja alguns desses casos!

App Sicoob incorpora reconhecimento facial para aumentar segurança

Até um tempo atrás, o Sicoob exigia que os cooperados comparecessem presencialmente a uma de suas agências para dar andamento a alguns procedimentos de segurança, como cadastramento de senhas, ativação de tokens, dentre outros. A partir da pandemia do coronavírus, contudo, a cooperativa se viu em um cenário que exigia uma nova solução.

O Sicoob, então, inovou dentro do processo que já existia através da incorporação de reconhecimento facial via app. Isso permitiu o cadastro à distância de novos usuários e dispositivos, além de diminuir a sobrecarga de trabalho nas agências físicas, eliminando a necessidade de deslocamento até agências para realização dos procedimentos.

Sicoob Credicitrus aumenta eficiência do seu marketplace

Em 2019, o Sicoob Credicitrus criou uma área interna de Inovação voltada ao estudo de tendências, ecossistemas de inovação e desenvolvimento de produtos e serviços. Como resultado, surgiu o departamento de Negócios Digitais, que acendeu a chama para a transformação digital da plataforma de marketplace da coop.

Como resultado desse processo de transformação digital, através da adoção de robôs, a análise de crédito dos clientes, que antes levava entre 18 e 19 minutos, passou a ser feito em apenas 2 minutos. Isso tornou o serviço muito mais eficiente e atrativo. Agora, ao acessar o Market Club, o cooperado é identificado automaticamente, facilitando sua análise de crédito e, consequentemente, as vendas.

Unimed Maringá implanta agendamento on-line

Na Unimed Regional Maringá, os agendamentos para algumas especialidades eram feitos somente presencialmente ou via telefone. Isso impactava diretamente na satisfação do cliente, por conta do tempo de espera para ser atendido, e tornava o trabalho da recepção bem complicado, com a alta demanda de pessoas e chamadas telefônicas.

Foi então que a cooperativa decidiu melhorar o processo através da adoção do agendamento on-line. Assim, melhorou a satisfação dos beneficiários e desafogou a recepção da cooperativa. Hoje, o projeto que começou em 2018, já conta com os três canais disponíveis, aumentando ainda mais as opções de atendimento aos cooperados.

Frimesa: ganhos com a robotização

A Frimesa conta com uma área dedicada à inovação desde 2014. Um dos objetivos dessa área é a otimização e automação de processos industriais da coop. Por isso, em 2015, a cooperativa investiu R$ 6,5 milhões para automatizar uma de suas linhas de corte com a robotização.

Com a automação, foi possível padronizar os cortes, reduzir desperdícios e a exposição dos trabalhadores a atividades insalubres. Antes disso, era necessário a atuação de dez colaboradores em um trabalho manual e fisicamente muito desgastante.

Além disso, a geração de uma economia de R$ 5,2 milhões por ano proporcionou o retorno dos investimentos em menos de um ano e meio.

Como aplicar a inovação incremental na prática

Aplicar a inovação incremental requer um ambiente propício para que ela ocorra. Antes de tudo, é necessária uma cultura de inovação com processos bem estruturados, de forma a possibilitar a identificação das reais necessidades dos clientes e das oportunidades ali apresentadas.

A seguir, confira as principais ações desse processo:

  • Incluir na cultura organizacional: a inovação incremental precisa fazer parte de uma cultura de inovação existente. Colaboradores, liderança, todos devem estar conectados a uma mesma mentalidade e possuir conhecimento sobre o tipo de inovação proposta e como implementá-la.
  • Entender os clientes: esse é um dos requisitos mais essenciais para a inovação incremental. Somente tomando conhecimento das reais necessidades do cliente é que será possível aplicar melhorias que atendam às expectativas. Nesse sentido, a melhor fonte de ideias será sempre o cliente.
  • Identificar oportunidades: diante da variedade de caminhos possíveis que podem surgir a partir da verificação das necessidades apresentadas pelos clientes, é preciso analisar quais são as deficiências e as oportunidades apresentadas. Assim, as chances de obter um resultado mais efetivo serão maiores.
  • Estruturar processo: somente com um processo bem estruturado será possível medir resultados e corrigir falhas. Por isso, é importante definir etapas, prazos, responsáveis, fazer testes, monitorar, corrigir. Desse modo, em um movimento cíclico de melhorias contínuas a essência da inovação incremental estará sendo aplicada.

Conclusão

Como vimos, nem sempre é preciso revolucionar. Às vezes o caminho mais seguro é melhorar o que já se tem feito e assim continuar garantindo o espaço no mercado, mas sem deixar de estar atento às oportunidades de realizar disrupções em outros momentos.

Diferentes negócios possuem diferentes desafios, diferentes necessidades e características. Por isso, é preciso ter em mente que não existe um caminho perfeito a ser seguido. O que cabe frisar é que um modelo de inovação não anula o outro. Na verdade, o caminho é buscar as melhores soluções para o que o mercado pede.

Nesse caminho, o pontapé que sua coop precisa pode ser dado através do curso Inovação - Primeiros Passos. Nele você aprende o que é inovação e descobre como desenvolver a criatividade na sua cooperativa através de metodologias e ferramentas adequadas. Acesse!

<p>Inédito, o evento dá protagonismo para o cooperativismo do Norte Brasileiro. Confira os temas e destaques do primeiro CoopMind!</p>

CoopMind: evento mostra a força da inovação no cooperativismo do Norte

Fruto de uma iniciativa de intercooperação, congresso discutiu o agronegócio, a agenda ESG e apresentou casos práticos de sucesso na região


A cidade de Vilhena, em Rondônia, recebeu grandes nomes de dentro e fora do cooperativismo para a primeira edição do CoopMind, um congresso dedicado à inovação e intercooperação na região Norte do Brasil.

O evento, apoiado pelo Sistema OCB/RO, é fruto de uma parceria entre o Sicoob Credisul e a Faculdade Favoo. A Coonecta foi responsável pela produção e curadoria de conteúdo.

A iniciativa surgiu com o objetivo de promover o cooperativismo na região, mostrando, também, o poder transformador da intercooperação e da inovação. O lema da primeira edição do CoopMind, realizado entre os dias 18 e 19 de maio, foi “Conexões que fortalecem o cooperativismo e transformam realidades”.

A programação reuniu palestras de especialistas, casos práticos e painéis de debates sobre diversos desafios enfrentados pelo cooperativismo da região Norte. O CoopMind aconteceu no Auditório principal da Escola e Faculdade Favoo e reuniu mais de 500 participantes, mostrando a força do cooperativismo regional.

Inovação é destaque no CoopMind

O CoopMind trouxe à tona o potencial do cooperativismo como uma alternativa para uma economia mais justa, assim como para os negócios digitais. Durante sua apresentação, Gustavo Mendes, cofundador da Coonecta, ressaltou que “o cooperativismo não é só o presente, mas também o futuro”.

Inovação

A inovação no cooperativismo ocupou um lugar de destaque no palco do CoopMind. Alexandre Carrasco, professor e consultor organizacional da Repensando Negócios, indicou os primeiros passos para inovar nas cooperativas. Carrasco abordou as cooperativas de plataforma e apresentou o modelo cooperativista como resposta aos desafios contemporâneos.

A cultura de startups também foi um tema presente no CoopMind. O gerente de Inovação da Sicoob Credicitrus Tiago Sartori falou sobre como as startups se integram ao ecossistema de inovação das cooperativas. Dagoberto Trento, experiente no coop e sócio na Innoscience Consultoria, discutiu a jornada e a realidade para empreender na nova economia.

Carrasco, Sartori e Trento ainda participaram de uma sessão de perguntas e respostas sobre os processos de inovação das coops.

Intercooperação

A intercooperação foi um dos temas mais relevantes durante o CoopMind - o evento é fruto de uma intercooperação, afinal. Carolina Torres, presidente da Favoo, compartilhou o caso prático de como a instituição é um grande exemplo de intercooperação na área de educação.

O Hospital Cooperar, tocado por intercooperação na área da saúde, foi o tema da apresentação de Vilmar Saúgo, que é diretor-executivo do Sicoob Credisul. Visitas monitoradas ao Hospital Cooperar e à Faculdade Favoo mostraram as iniciativas na prática.

Além disso, Fábio Andreazza, presidente do Conselho de Administração da Copama, palestrou sobre as iniciativas de intercooperação no agronegócio. Por fim, foi realizado um bate-papo sobre os casos práticos apresentados.

Agronegócio

Bastante forte na região, o agronegócio e o cooperativismo agropecuário tiveram um espaço especial na programação do CoopMind. Um dos destaques foi a palestra do professor Marcos Fava Neves, conhecido como Dr. Agro, um dos maiores especialistas sobre o agronegócio mundial.

Fava Neves ressaltou o papel do agronegócio para o desenvolvimento da sociedade brasileira. Para ele, o campo vai apoiar o país “gerando e distribuindo renda”. Além disso, ele aponta, as exportações do agronegócio geram oportunidades para as pessoas.

O professor, que leciona na USP e na FVG, ainda participou de um painel que debateu desafios, estratégias e oportunidades para impulsionar o crescimento do Ramo Agropecuário. A conversa também contou com Fábio Andreazza, da Copama, além de Ivan Capra, presidente do Conselho de Administração do Sicoob Credisul, e Oberdan Pandolfi, presidente do Sicoob Credip.

Agenda ESG

Em alta, a Agenda ESG também esteve no centro das discussões e apresentações do CoopMind. Rodrigo Casagrande, professor da FGV e autor de livros sobre o tema, falou sobre a relação entre cooperativismo e ESG abordando tópicos como os novos padrões de consumo e agricultura regenerativa.

Já Ênio Meinen, diretor de Coordenação Sistêmica e Relações Institucionais no Sicoob, discursou sobre como o cooperativismo atua para a transformação das comunidades, com foco no Ramo Crédito. Ele argumentou que cooperativas financeiras são vistas como instituições que cuidam da sociedade de forma colaborativa e sustentável.

Ainda na seara do ESG, Adevania Silveira, gerente de Marketing, Comunicação e Relações Institucionais da Sicoob Credisul, apresentou casos práticos sustentáveis da cooperativa. 

Atividades culturais

Além das palestras e visitas técnicas, o CoopMind também promoveu apresentações culturais. O espetáculo ficou a cargo do Coral Sicoob Credisul e do Projeto Mamaindê.

Além disso, o evento proporcionou uma feira cooperativista onde várias cooperativas, produtores da região e integrantes de projetos sociais expuseram os seus produtos.

Conclusão: CoopMind mostra a força do cooperativismo do Norte

O CoopMind ajuda a mostrar a força do cooperativismo que desenvolve o Norte do Brasil. Ivan Capra ressaltou que o evento foi uma grande oportunidade para mostrar a força do coop local:

“Nosso evento buscou pensar o cooperativismo e as cooperativas como agente de desenvolvimento. Em Vilhena, temos vários cases de sucesso nascidos a partir de intercooperação, e a ideia é tornar o município referência”.

Já Carolina Torres, presidente da Favoo, disse que o evento foi um sucesso. “Tentamos criar um mindset, essa cultura de inovação é uma novidade para o público mais jovem, principalmente aqueles que não conseguem se deslocar para participar de eventos desse porte”.

Por fim, Gustavo Mendes, da Coonecta, ressaltou que as cooperativas atuantes fazem a diferença para o desenvolvimento regional. “Fiquei encantado de ver como a Sicoob Credisul e a Favoo colocam em prática o sétimo princípio cooperativista com um interesse genuíno pela comunidade”. 

Inovar no cooperativismo é diferente: toda sociedade sai ganhando. Para tornar a sua coop mais uma protagonista desse movimento, confira nosso guia prático Inovação com DNA cooperativista e conheça conceitos e etapas iniciais para fazer parte dessa jornada!

<p>A indústria caminha para se tornar mais humana e sustentável, mas sem abrir mãos das novas tecnologias: é a Indústria 5.0. Saiba mais!</p>

Indústria 5.0: conheça a evolução que une máquinas e seres humanos

Fique por dentro das características que guiam o futuro da indústria e saiba como ela transforma negócios e pessoas


O futuro do trabalho e da economia nos oferece diferentes perspectivas. Todas elas levam em conta o papel da Indústria, um setor econômico importante e responsável pela transformação de matérias-primas em bens e serviços.

Mesmo pouco antes da primeira Revolução Industrial, as máquinas se tornaram imprescindíveis nos processos de fabricação. Com o avanço tecnológico, os processos foram ficando cada vez mais automatizados e digitalizados, sem a necessidade de ação humana.

Contudo, nos últimos anos, com a chamada Indústria 5.0, o fator humano vem readquirindo protagonismo nos novos processos industriais, geralmente marcados pela digitalização, uso da inteligência virtual e análise de dados, entre outras tecnologias.

Assim, nessa nova indústria, a máquina existe para fornecer apoio e potencializar as competências humanas que mesmo as ferramentas tecnológicas mais avançadas não conseguem substituir. É possível automatizar a criatividade, a capacidade de análise, a resiliência e a cooperação mútua, afinal?

O que é a Indústria 5.0

A Indústria 5.0 é o ponto da mais recente evolução industrial. Ela propõe a humanização dos processos industriais, a fim de combinar aspectos essencialmente humanos à velocidade, produtividade e eficiência alcançadas pela automação trazida pelas máquinas e digitalização.

Uma definição dada pela União Europeia entende que a Indústria 5.0 “fornece uma visão da indústria para além da eficiência e da produtividade como únicos objetivos, e reforça o papel e a contribuição da indústria para a sociedade”. Nesse sentido, a Indústria 5.0 tem três pilares principais:

  1. Ser centrada no ser humano
  2. Ser resiliente
  3. Ser sustentável

Ser centrado no ser humano indica a fuga de um paradigma puramente técnica. O homem deixa de ser visto como meio para ser visto como fim. A organização deixa de existir somente para ser servida, mas também para servir às pessoas e à sociedade.

A resiliência aparece como pilar da Indústria 5.0 ao passo em que a preocupação maior deixa de estar essencialmente sobre os lucros e a eficiência, mas sim em construir organizações capazes de reagir sistematicamente diante de qualquer situação, proporcionando soluções mais estáveis e sustentáveis.

Além disso, a indústria do futuro não poderia estar alheia às questões urgentes de sustentabilidade. Isso requer, por exemplo, a aplicação de estratégias ESG (Environmental, Social and Governance) e o alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), promovidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Diferenças entre a Indústria 4.0 e a Indústria 5.0

Não há, na verdade, um movimento de passagem entre eras, em que a Indústria 4.0 é, aos poucos, deixada de lado para dar espaço à Indústria 5.0. O que ocorre na verdade, é uma complementação da 4.0 com os aspectos da 5.0. O objetivo, portanto, não é desconsiderar os avanços passados, mas ampliá-los, gerando novas possibilidades.

A Indústria 4.0 intensificou a integração de novas tecnologias, promovendo a automação industrial, gerando impactos positivos de produtividade e eficiência. Porém, ao mesmo tempo, diminuiu o papel humano nos processos. A Indústria 5.0 caminha em direção a reequilibrar essa relação entre máquina e homem.

Nesse sentido, a Indústria 5.0 lança um novo olhar sobre os avanços da Indústria 4.0, por um caminho em direção à humanização e à responsabilidade ambiental.

Propósitos da Indústria 5.0

A Indústria 5.0 pretende explorar a fundo a capacidade humana de análise crítica e especializada na operação de super tecnologias e maquinários avançados. Isso acontece a fim de gerar produtos mais próximos à real necessidade do consumidor, de maneira customizada e personalizada.

Diferente da Indústria 4.0, em que o objetivo era a automação geral, a Indústria 5.0 privilegia a intervenção humana. Com isso, seu propósito é obter aquilo que a máquina não é capaz de oferecer, como a criatividade, a resiliência e o pensamento crítico e cognitivo.

No entanto, o objetivo da Indústria 5.0 não está centrado em resultados puramente financeiros. O objetivo é, também, criar valor atrelado à qualidade da vida humana, considerando a sustentabilidade e responsabilidade social.

Desafios da Indústria 5.0

O desafio da Indústria 5.0, então, é cumprir justamente aquilo que se propõe a fazer: tornar os processos industriais mais humanizados, em um movimento contrário à automação total, sem perder os ganhos de produtividade e eficiência trazidos pela Indústria 4.0.

A aplicação das ideias propostas pela Indústria 5.0 ainda está no início. A implementação completa ainda levará tempo e envolve a adoção de novas tecnologias e a qualificação da força de trabalho, o que exige altos investimentos. Muitos negócios de pequeno e médio porte, por exemplo, ainda buscam implementar a Indústria 4.0 em seus processos.

A evolução até a indústria 5.0

Principais tecnologias utilizadas na Indústria 5.0

A Indústria 5.0 utiliza-se de diversas tecnologias avançadas para potencializar as capacidades humanas. Entre elas, estão o uso de Inteligência Artificial (IA), o Machine Learning e a Robótica.

  • Inteligência artificial: com a IA, sistemas computadorizados são capazes de imitar o raciocínio e o comportamento humano na execução de tarefas. É como se o sistema pensasse e atuasse como humanos, possuindo algum nível de racionalidade. Isso é possível a partir do processo de aprendizagem (machine learning), com base em informações que recebem, coletam e analisam.
  • Machine learning: a machine learning (aprendizado de máquina) é uma braço importante da IA. A ideia é que os sistemas sejam capazes de aprender os dados, identificar padrões e tomar decisões com o mínimo de intervenção humana, se aprimorando gradativamente.
  • Robótica: o desenvolvimento da robótica e da IA permite criar robôs sofisticados, com autonomia para entenderem o contexto apresentado e tomar decisões independentes, ajudando em operações automatizadas.

Os impactos da Indústria 5.0

Como propõe mudanças nas lógicas industriais, a Indústria 5.0 apresenta uma série de impactos no mercado. Vejamos alguns deles:

(H3) Harmonia do trabalho entre homem e máquina

A fim de potencializar a inteligência e criatividade humana, a Indústria 5.0 leva em conta a integração entre máquinas e pessoas. Nesse sentido, o homem volta a se tornar elemento protagonista no processo de manufatura de produtos, mas agora com o apoio das tecnologias avançadas.

Capacidades humanas são essenciais para o desenvolvimento dos negócios, como o pensamento crítico, o senso inventivo e colaborativo. Assim, a harmonização dessas capacidades às tecnologias precisas e inteligentes é o que a Indústria 5.0 pretende: gerar uma simbiose homem-máquina.

Sustentabilidade

A sustentabilidade é um ponto fundamental para a Indústria 5.0. Portanto, diante das atuais preocupações climáticas, a responsabilidade ambiental passou a ser uma questão estratégica para os negócios. Na indústria não é diferente. É preciso adotar práticas sustentáveis de fabricação, aproveitando a inteligência tecnológica.

Na Indústria 5.0, além de ser centrado no ser humano, o ambiente de fabricação precisa ser sustentável. Por isso, é importante desenvolver soluções que reduzam o impacto ambiental da produção, como a aplicação de tecnologias verdes, a redução do desperdício de recursos naturais e o reaproveitamento de materiais.

Personalização produtiva

As indústrias têm, cada vez mais, o desafio de produzir produtos personalizados em alta escala, atendendo às necessidades específicas de cada cliente. A indústria 5.0 abre caminho para esse processo de personalização ao integrar o fator criativo humano à potência tecnológica das máquinas.

Se na Indústria 4.0 a produção em série dificulta a identificação do consumidor com o produto, na Indústria 5.0 a personalização busca resolver esse problema. É o que ocorre na Tesla, montadora de carros elétricos, por exemplo. Caso um consumidor necessite de algo diferente, a companhia se propõe a atender a necessidade e incluir em seus produtos.

Equipes multifuncionais

Para a Indústria 5.0, uma estratégia centrada no ser humano é capaz de promover talentos, diversidade e empoderamento. Isso favorece a formação de equipes diversificadas, com diferentes perfis de profissionais envolvidos. Essas equipes multifuncionais é que potencializam a capacidade de geração de diferentes soluções criativas e inovadoras, afinal.

Nesse contexto, profissionais que possuem os mais variados conhecimentos são extremamente valorizados. São mentes criativas, capazes de analisar as diversas faces de um problema e propor soluções eficientes, de maneira harmônica. Uma equipe de profissionais multifacetados pode alcançar resultados surpreendentes.

Protagonismo no de dados

Uma indústria mais inteligente, capaz de gerar decisões ao mesmo tempo humanas, sustentáveis e resilientes, depende de uma ampla base de dados. Com a Internet das Coisas (IoT), essa gama enorme de dados fica disponpivel, oriunda de diversos dispositivos conectados. Entretanto, o potencial máximo dessa infinidade de informações ainda precisa ser explorado.

No processo de personalização produtiva, em que a manufatura será escalável e customizada, a Indústria 5.0 precisa trabalhar com análise de grandes volumes de dados e ferramentas que possibilitam compartilhamento de dados em tempo real com sistemas inteligentes.

Como adaptar sua cooperativa para essa realidade

A adaptação de uma cooperativa à indústria 5.0 requer adesão a novas tecnologias e práticas em todos os processos do negócio cooperativista, como a Inteligência Artificial, Análise de Dados e Cibersegurança, além de considerar os impactos sociais e ambientais.

Além disso, a cooperativa deve qualificar os colaboradores para lidar com as novidades tecnológicas, buscando sempre a integração entre homem e máquina, através da alfabetização digital. Nesse sentido, é preciso assumir novos valores na cultura corporativa, enxergando a formação e o treinamento como um investimento e não um custo.

Inovar constantemente também é requisito para uma cooperativa que pretende estar imersa na Indústria 5.0. Para isso, é preciso:

  • Adotar processos de seleção mais inclusivos e voltados para o diferencial humano;
  • Trabalhar a liderança como ferramenta de desenvolvimento;
  • Desenvolver a comunicação assertiva e a resiliência da equipe.

Conclusão

A Indústria 5.0 ainda não está em pleno funcionamento, mas já é uma realidade. Mesmo que muitos negócios ainda buscam se adaptar integralmente à indústria 4.0, nada impede que as ideias propostas pela Indústria 5.0 sejam aplicadas simultaneamente às da era anterior.

Para além da questão tecnológica e financeira, esse período de transição entre Indústrias 4.0 e 5.0 representa um momento de reequilíbrio na integração de pessoas e máquinas em processos de produção, a fim de potencializar o melhor das capacidades humanas.

Embora os benefícios da automação total sejam enormes, a essencialidade humana ainda não foi suprida pelas máquinas. Sozinha, a tecnologia não é suficiente.

Como vimos, os dados cumprem um papel fundamental no surgimento da Indústria 5.0. Confira, então, nosso guia prático Como tomar decisões baseadas em dados! Nele, você vai aprender a importância da coleta e análise de dados para melhorar as estratégias e tomadas de decisões!

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