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<p>Criar bons comandos requer uma série de habilidades. Veja como aproveitar melhor o que a IA tem a oferecer para sua coop!</p>

Pilotando o ChatGPT: as habilidades para extrair o potencial da IA

Bons comandos fazem toda a diferença para obter bons resultados com a Inteligência Artificial


O potencial das novas ferramentas de inteligência artificial generativa, sobretudo o ChatGPT, ainda estão sendo explorados, testados e descobertos. No entanto, já é possível vislumbrar como essa tecnologia pode ajudar a tornar uma série de atividades mais produtivas.

Só que isso não é tão fácil quanto pode parecer a princípio. Extrair o potencial do ChatGPT e de outras ferramentas semelhantes demanda que as pessoas tenham a mente aberta para ampliar os horizontes, aprender continuamente e desenvolver novas habilidades.

A parte mais importante de ter em mente é que a ferramenta não faz nada sozinha. O ChatGPT é somente um copiloto que vai dar apoio às tarefas. Dessa forma, a qualidade do resultado obtido com seu uso é proporcional à qualidade do comando. Bons comandos geram boas respostas, enquanto comandos pouco precisos proporcionam textos genéricos.

Ou seja: saber como elaborar comandos bem escritos, claros, precisos e adequados ao objetivo é uma habilidade central para quem quer utilizar a IA no dia a dia. Neste artigo, iremos entender mais sobre os principais aprendizados para conseguir tornar o ChatGPT em um grande aliado. Boa leitura!

Gerar comandos: a grande habilidade para dominar a Inteligência Artificial

O grande desafio para conseguir usar o ChatGPT e outras ferramentas de IA - como o Google Bard, também de textos, ou o Dall-E, que produz imagens - é escrever o melhor comando. A tecnologia não consegue fazer nada sozinha, de maneira que precisa ser guiada para entregar resultados satisfatórios.

A tecnologia está, de fato, apoiando muitas pessoas em seus trabalhos. Uma pesquisa da Fishbowl revela que 30% dos profissionais entrevistados já usaram o ChatGPT ou algum outro programa de Inteligência Artificial. A ferramenta, afinal, pode ser muito útil para facilitar a execução de tarefas repetitivas e mecânicas.

O fator humano nunca será deixado de lado, portanto. Nesse sentido, aliás, já até surgiu uma nova profissão: os engenheiros de prompt. São pessoas especializadas em produzir comandos assertivos para a IA em busca de respostas específicas e adequadas ao objetivo.

A IA, afinal, não consegue fazer interpretações complexas. Assim, o comando precisa conseguir direcionar a ferramenta para que ela faça exatamente o que se espera. Essa é uma tarefa mais difícil do que muita gente pode imaginar. Os engenheiros de prompt são pessoas que dominam e desenvolvem as técnicas para elaborar comandos bons e efetivos.

Mas nem todo mundo precisa ser um engenheiro de prompt para conseguir tirar proveito do ChatGPT. Por isso, selecionamos uma série de habilidades e elementos que você pode aprender e desenvolver a fim de tornar sua relação com a IA cada vez mais frutífera - confira!

Defina os seus objetivos

O primeiro passo é essencial: saiba aquilo que você quer que a ferramenta faça. Qual é o tipo de texto que você precisa? Qual é a finalidade: informar, gerar leads, anunciar alguma novidade da sua cooperativa, fazer um resumo para consulta, consolidar algum dado?

Por isso, defina os seus objetivos antes de tudo. Seja para escrever um e-mail aos cooperados ou gerar relatórios que só você vai acessar. Tudo isso vai afetar o seu comando para a ferramenta.

Tenha clareza para alcançar bons resultados

Diferente de uma pessoa, a IA não é capaz de entender subtextos, contextos gerais e presumir orientações tácitas. Portanto, seja o mais claro e descritivo possível, evitando qualquer dúvida ou ambiguidade. O ChatGPT é literal e vai fazer exatamente o que você pedir - nada mais do que isso.

Logo, em busca de melhores resultados, especifique o objetivo do texto, a linguagem (se é algo formal ou informal, por exemplo), o tamanho, o tema e as informações essenciais que devem estar presentes. Além disso, apresente o contexto e aplique restrições. Isto é: seja minucioso em seu comando para que o conteúdo seja adequado àquilo que você almeja obter.

Veja esse exemplo que apresentamos em nosso guia prático sobre IA. Pedimos o seguinte para o ChatGPT:

“Escreva um e-mail de feliz aniversário para ser enviado aos cooperados em uma cooperativa de crédito. O texto deve mencionar planejamento financeiro. O e-mail deve ser feliz, com linguagem descontraída e ter, no máximo, dois parágrafos curtos”. 

Veja como ficou:

Assunto: Feliz Aniversário! Desejamos um ano planejado e próspero

Caro cooperado,

A equipe da cooperativa de crédito deseja-lhe um feliz aniversário! Esperamos que seu novo ano de vida seja repleto de felicidade e realizações. E, para ajudar a tornar esse novo ciclo ainda mais especial, gostaríamos de lembrá-lo da importância de ter um planejamento financeiro sólido.

Afinal, sabemos que a vida é imprevisível e muitas vezes enfrentamos situações que podem afetar nossas finanças. É por isso que uma boa gestão financeira é fundamental para garantir a tranquilidade e a segurança financeira a longo prazo. Conte conosco para ajudá-lo em cada etapa desse processo e desejamos que seu novo ano seja planejado e próspero!

Feliz aniversário e um grande abraço!”

Criatividade faz toda a diferença

A criatividade é um combustível e tanto para o ChatGPT e as ferramentas de IA. Elas abrem novas possibilidades para executar novas ideias. Uma ideia muito interessante pode ser de difícil execução - e é aí que entram essas ferramentas para ajudar.

O quão complexo seria produzir a imagem de um robô pintando um retrato no estilo artístico steampunk? Com o Dall-E, bastou um comando e poucos segundos de processamento. O que acha do resultado?

Entenda as limitações das ferramentas

Por mais impressionantes que sejam, as ferramentas de IA ainda são cheias de limitações técnicas e conceituais. Para que você consiga usá-las da melhor maneira possível, é fundamental estar ciente do que ela pode ou não fazer.

A base de dados do ChatGPT, por exemplo, tem como referência informações até setembro de 2021. Essa limitação torna a ferramenta mais pobre para lidar com assuntos contemporâneos. Além disso, o ChatGPT não é uma ferramenta de pesquisa ou referências - na prática, ele pode até mesmo inventar informações ou fontes.

Há, ainda, limitações impostas pelo próprio código. O ChatGPT pode identificar temas sensíveis e abdicar de produzir materiais sobre eles. No mais, o chatbot tem uma alta propensão a erros - conforme ele mesmo admite, basta perguntar.

O fator humano não pode ser deixado de lado

As pessoas devem continuar sendo responsáveis pelas tarefas, mesmo com o apoio do ChatGPT e outras ferramentas de IA. Todos os resultados devem ser revisados e validados por humanos - não basta copiar e colar o texto que o ChatGPT gera.

Afinal, o ChatGPT é somente uma ferramenta a ser usada pelas pessoas que, no fim das contas, serão responsáveis pelo resultado obtido com o uso. Assim sendo, a aliança entre o fator humano e a inteligência artificial pode ser poderosa quando cada um desempenha seus papéis de forma complementar.

Use plugins e extensões

Uma série de ferramentas ajudam a enriquecer ainda mais a experiência com o ChatGPT. Por isso, fique de olho nas extensões que deixam o programa mais atualizado e completo para realizar diversas tarefas.

A própria OpenAI, desenvolvedora do ChatGPT, disponibiliza uma série de plugins que possibilitam, por exemplo, produzir resumos de vídeos no YouTube, criar playlists personalizadas, interagir com documentos em PDF, obter indicações de restaurantes e converter textos em áudio.

Dicas para melhorar os seus comandos

Além disso, veja essas outras dicas para melhorar ainda mais a sua experiência com os comandos do ChatGPT:

Continue a respostas: o ChatGPT vai limitar o tamanho máximo do texto produzido. Contudo, se você não estiver satisfeito com a extensão do material produzido, basta pedir para que ele continue o texto. Se você pediu alguma lista e quer mais resultados, também é só pedir mais opções.

Melhore os textos: você fez um comando e o texto gerado é bom, mas não ideal? Então aponte os ajustes necessários e melhore o material. Correções no estilo ou a exclusão de um parágrafo, por exemplo.

Especifique o formato: deixe bem claro se você quer que a resposta venha em dissertação, lista, tabelas ou até mesmo versos. A criatividade é o limite.

Coloque suas habilidades em prática: para que usar o ChatGPT

Gerar novas ideias: quer um título criativo para uma campanha de marketing ou algum nome engraçado para uma personagem? Descreva a situação e peça alternativas para o ChaGPT. Mesmo que você não use uma das alternativas apresentadas, elas podem servir de inspiração para alguma boa ideia!

Dar suporte às decisões: a IA em geral é muito competente para lidar com dados. Aproveite esse potencial para extrair insights e tomar decisões baseadas em dados na sua cooperativa!

Organizar informações: uma outra habilidade da IA envolvendo dados tem a ver com a organização das informações. Quer, por exemplo, organizar uma tabela usando algum critério? Ela pode te ajudar. Ou então, que tal definir o cronograma da sua semana de forma simples?

Facilitar o brainstorming: por que não usar ferramentas de IA durante os processos de facilitação em busca de novas ideias? Como uma ferramenta de apoio, a tecnologia pode ajudar na construção de premissas e refinamento de ideias promissoras.

Conclusão: habilidades para potencializar a IA

As ferramentas de Inteligência artificial estão ganhando espaço na vida profissional. Com novos recursos e habilidades, a IA é a tecnologia do momento e, diferentemente de outras tendências passageiras, tudo leva a crer que ela veio para ficar.

Dessa forma, é importante entender como tirar o melhor proveito delas. O ChatGPT, por exemplo, é uma ótima tecnologia de suporte. Por isso é tão importante saber manuseá-lo e interagir com ele. Os comandos fazem toda a diferença.

Para entender melhor de que maneira você pode fazer para aproveitar o ChatGPT, confira o nosso guia prático sobre como usar a Inteligência Artificial na prática! Lá, você vai entender o que ele tem de tão especial, quais suas aplicações práticas e como você faz para acessá-lo - confira!

 

<p>Marcas com propósito conseguem se conectar mais rapidamente com os consumidores. Marcas inovadoras, relevantes e admiradas são capazes de gerar maior fidelidade. Que tal, então, sua marca coop ser uma referência desse novo espírito do tempo??</p>

Cooperativismo é naturalmente uma marca líder

Fred Gelli apresenta um olhar inovador para a gestão de marcas por meio da biomimética


A ciência que se inspira na natureza na busca por estratégias, formas e soluções para qualquer área de conhecimento humano, a biomimética, foi apresentada na Semana de Competitividade do Cooperativismo 2023, nesta quarta-feira (9). Com base nessa ciência, o designer Fred Gelli, cofundador e CEO da Tátil Design, proferiu a palestra: Qual marca sua marca deixa pra nós? A sustentabilidade ambiental e as novas formas de engajar e fidelizar público e clientes foi explicada pelo CEO em uma palestra imersiva no mundo natural.

“Marcas com propósito conseguem se conectar mais rapidamente com os consumidores. Marcas inovadoras, relevantes e admiradas são capazes de gerar maior fidelidade. Que tal, então, sua marca coop ser uma referência nesse novo espírito do tempo?”, iniciou o CEO, ao explicar que as inspirações presentes na natureza sempre fizeram parte de seu processo criativo, mesmo quando muitos desacreditaram de suas ideias.

“Comecei a utilizar essa ciência ainda na faculdade, produzindo a partir de materiais recicláveis, em 1989. Na época, todos diziam que eu estava maluco, mesmo explicando o conceito do ecodesign e os termos de proposta de valor. Hoje, nossa agência é certificada dentro dos indicadores ESG e nos tornamos especialistas em marcas. Falamos bastante de design thinking, que é a ideia de pensar processualmente e ter uma abordagem de jornada de consumo, os nossos amados post-its. Mas provocamos e complementamos essa visão com o design feeling, que leva em conta as soluções de baixo impacto ambiental, mas alto impacto sensorial. Utilizamos, inclusive, essa técnica nas Paralimpíadas de 2016 com obras que vibram e pulsam”, explicou.

Tudo que há na natureza instiga o processo criativo de Gelli. A questão da diminuição do lixo e o papel da reciclagem o levaram a propor a seus clientes embalagens biodegradáveis para reduzir os impactos ao meio ambiente. O CEO também observa o propósito das ‘embalagens naturais’ e afirma que se inspira nas cascas das frutas como banana e mexerica, por exemplo, na própria atmosfera do planeta e até mesmo na ‘super embalagem’ que é a barriga de uma mulher gestante. 

“Temos um desafio evolutivo diante da perspectiva de futuro como homo consumos, um lugar bastante delicado onde todos vivemos de vender coisas para alguém. Temos que desatar nós nas questões ambientais, climáticas e energéticas. Há ainda a Inteligência Artificial, um desafio criativo diante de nós, e há a Inteligência Natural como um contraponto para reinventar o presente e garantir futuros desejáveis. A natureza tem muito a nos dizer, afinal, são 3,8 bilhões de anos de evolução e hoje temos 15 milhões de espécies desenvolvendo estratégias para inovar e evoluir. E inovar é a capacidade de conectar coisas que não foram feitas antes”, pontuou.

Gelli fez um comparativo da evolução dos humanos a outras espécies e enfatizou que no reino animal há muita cooperação, especialmente entre os insetos. “O humano é o único mamífero que se junta em quantidades enormes para promover algo em comum. Os outros mamíferos se unem, mas em grupos menores para estabelecerem espaços. O fato é que as motivações para cooperarmos podem ser ideológicas, religiosas, financeiras, mas basicamente o que está por trás é o propósito. A economia do grupo deve ser distributiva e regenerativa por natureza. Assim como o planeta que se reinventa, precisamos mudar e garantir nossa sobrevivência. E isso tem a ver como trabalhamos e paramos”, destacou.

O designer salientou que as grandes corporações concentram as maiores competências, e, logo, precisam se organizar para atuar de maneira similar à lógica do cooperativismo, que se utiliza da união de pessoas dispostas a levar ganho para todos ao invés de concentrar renda. “Tivemos a transformação digital e agora estamos na transformação ESG, que tem tudo haver com o futuro que queremos desenhar. Todo negócio terá que gerar impactos positivos e tem que ser social. É necessário diversificar, selecionar e amplificar para promover a diversidade. Quanto mais diverso é o ecossistema, mais resiliente ele é. Isso está presente no cooperativismo que não tem a hierarquia clássica de uma empresa, as decisões mais rápidas são tomadas nas pontas”.

De acordo com ele, o equilíbrio entre competir e cooperar é saudável e a marca cooperativismo já traz em sua identidade princípios e valores com capacidade de criar diferenciação e aumentar a procura pelo modelo de negócios. “Uma marca forte constrói reconhecimento, entrega percepção de qualidade, cria associações desejáveis e conquista preferência. Marca não é promessa, é entrega. O branding é contínuo e precisa evoluir. Reforço, marcas fortes ocupam lugar na cabeça da gente, as marcas amadas nos induzem a ter uma conexão emocional, mas as marcas protagonistas são, além de fortes e amadas, responsáveis na construção de um futuro melhor. O cooperativismo tem naturalmente habilidade e protagonismo na construção desse futuro melhor porque, além de tudo, gera valor compartilhável”, completou. 

Acesse a apresentação aqui.

<p>Conheça o ecossistema brasileiro de fomento e os instrumentos que podem viabilizar a estratégia de inovação das cooperativas. Além disso, aprenda em tempo real a como utiliza o Radar de Financiamento, a nova ferramenta do InovaCoop</p>

Recursos públicos e privados ajudam a fomentar projetos de Inovação

Palestra detalhou caminhos e estratégias para facilitar captação de fundos


A inovação trabalha com a exploração de novas ideias que mudam o comportamento das pessoas, organizações e mercados. Propostas simples, muitas vezes, podem melhorar processos a curto prazo sem a necessidade de grandes recursos. Outras, no entanto, demandam investimentos para serem implementadas e alcançar resultados efetivos. Nem sempre os fundos necessários estão disponíveis, mas há diferentes formas de captação que podem ajudar as cooperativas a acessarem recursos públicos e privados para o desenvolvimento de seus projetos.

E foi para explicar um pouco sobre os caminhos disponíveis para esse acesso que a CEO da ABGI Brasil, Maria Carolina Rocha, comandou o painel Como captar recursos públicos e provados para projetos de inovação na sua Cooperativa durante a Semana de Competitividade Coop 2023. A palestra realizada na quarta-feira (8) na trilha de Inovação foi um dos pontos altos do evento pelo nível de detalhamento das informações apresentadas.

“Construir estratégias claras para captação de recursos financeiros para inovação é fundamental para alavancar a competitividade de cooperativas. Cada oportunidade de fomento tem, no entanto, uma vocação”, afirmou Maria Carolina logo no início de sua fala. Segundo ela, os recursos podem ser captados para integrar iniciativas e consolidar resultados; para consolidar e expandir portfólios; para estruturar processos para o crescimento; ou para validar o negócio e levantar capita. Por isso, é sempre muito importante entender o momento da organização e suas demandas, para assim mapear as oportunidades ideais”.

A dirigente fez um mapeamento para mostrar quem são os principais atores de fomento do ecossistema da inovação e também dos objetivos que mais são atendidos nas captações de recursos. Segundo ela, os setores mais apoiados são os que tratam de temas como ESG, economia circular, bioeconomia, reciclagem e gestão de resíduos. Além destes, projetos que abordem as áreas de saúde, educação, mobilidade e logística, meio ambiente, telecomunicações, cibersegurança e indústria 4.0, entre outros, também tem boa aceitação.

Os recursos, explicou Maria Carolina, podem ser reembolsáveis ou não. “Na primeira modalidade, as instituições de fomento emprestam dinheiro para a promoção da inovação, com condições especiais e acessíveis, sob a condição de apresentação de capacidade de pagamento e de desenvolvimento de projetos de PD&I. Já na segunda, os recursos são aplicados para compartilhar com as organizações os custos e os riscos inerentes as atividades apoiadas”, detalhou.

Há ainda, de acordo com a dirigente, a modalidade de apoio financeiro indireto, quando os incentivos fiscais funcionam como mecanismos concedidos pelo governo para promover os investimentos empresariais em inovação mediante mecanismos diversos, como: deduções, amortizações, depreciações ou crédito fiscal.

As principais estratégias para a captação de recursos apontadas por Maria Carolina compreendem o monitoramento e a qualificação das oportunidades, a avaliação e seleção dos projetos, a elaboração da proposta para habilitação dos projetos de acordo com os critérios específicos de cada agente de fomento e a gestão de recursos responsável, inclusive para a prestação de contas.

A CEO apresentou ainda cases de sucesso na captação de recursos em cooperativas. “Em 2022, por exemplo, a Cooperativa Agrícola Mista General Osório (Cotribá) captou R$ 90 milhões em recursos reembolsáveis, por meio de crédito direto da FINEP para a execução de projeto de inovação em pesquisa e concepção da Cooperativa Tecnológica. Já a Cooperativa Reca de Nova Califórnia (RO), iniciou em setembro de 2022 um projeto de bioeconomia florestal para transformar os resíduos de cupuaçu e castanha do Brasil em extratos proteicos para a indústria alimentícia. Eles obtiveram um aporte total de R$ 496 mil provenientes da captação de Recursos Não Reembolsáveis da Embrapii, parceiros e do Fundo JBS pela Amazônia”.

Ao final, o Radar de Financiamento, nova ferramenta do InovaCoop, produzida em parceria com a ABGI, foi apresentado ao público pela palestrante. Ela explicou todas as funcionalidades , mostrou uma visão geral da ferramenta e detalhou as oportunidades de fomento disponíveis no momento. Maria Carolina informou também que, ainda este ano, serão realizados workshops em cinco estados para dar continuidade aos treinamentos em relação ao tema e que será disponibilizado um curso em EAD na plataforma Capacitacoop.


Acesse a apresentação aqui.

<p>Conheça estratégias e exemplos práticos de como as cooperativas podem identificar e adotar Inteligência Artificial em seus modelos de negócio, produtos ou serviços para impulsionar sua eficiência operacional, melhorar a experiência do cliente e se adaptar às demandas do mercado.</p>

Uso da Inteligência Artificial para multiplicar eficiência nos negócios

Executivos do Sicredi compartilham experiências adquiridas com o assistente virtual Theo


O uso da Inteligência Artificial (IA) tem ocupado espaços cada vez maiores no dia a dia das pessoas. E, para mostrar os benefícios que ela pode oferecer nos negócios, Daniel Guths, gerente de Cognição e IA, e Alceu Ruppenthall Meinen, Superintendente de Relacionamento e IA, ambos do Sicredi Nacional, coordenaram o painel Como a IA pode mudar a maneira de fazer negócios da trilha de Inovação durante a Semana de Competitividade Coop 2023. O Sistema cooperativo de crédito implementou o Theo, assistente virtual no WhatsApp em 2018 e, desde então, vem aprimorando as possibilidades de atendimento da ferramenta.

Durante a apresentação, Daniel e Alceu fizeram um resumo sobre a evolução do uso dos recursos de Inteligência Artificial ao longo das últimas décadas, assim como da trajetória adotada pelo Sicredi na apropriação da tecnologia para oferecer novas alternativas de atendimento aos seus associados e clientes. “Usamos a Inteligência Artificial para permitir que nosso atendimento seja mais resolutivo e eficiente, reduzindo tempo e custos nesse processo. Estamos evoluindo para o uso da IA generativa para evoluirmos ainda mais e utilizarmos as possibilidades para criação de textos, imagens, vídeos, sons e outros componentes para tornar esse atendimento cada vez mais humanizado e próximo”, explicaram.

De acordo com eles, a Inteligência Artificial multiplica a eficiência de qualquer sistema e exponencializa os resultados dos negócios. “Empresas que utilizam a IA vão substituir as que não utilizam. Para se ter uma ideia, a estima-se que 50 mil lojas de varejo devem fechar nos Estados Unidos até 2026 caso não adotem o uso de ferramentas nesse sentido para oferecer experiências mais ágeis e efetivas aos seus clientes e que garantam também o aumento produtividade e resultados financeiros”.

O Theo, ainda segundo eles, já realiza 100% de vários negócios do Sicredi. Até junho deste ano, a plataforma contabilizava R$ 2,5 milhões em portabilidade de empréstimos; R$ 307 mil em renegociações de dívidas, R$ 11,7 milhões em majoração (aumento) do limite em cartões de crédito; R$ 13 milhões em portabilidade de salários; e R$ 6,8 milhões em crédito em espécie na contemplação de consórcios, entre outros serviços.

“Nossos próximos desafios são tornar o atendimento cada vez mais cognitivo e humanizado, otimizando a jornada pelo telefone para reduzir ainda mais o tempo de atendimento. Estamos implementando agora a contratação de crédito por WhatsApp também. Mas ainda precisamos reduzir o tempo de curadoria, de treinamento do Theo.Ainda assim, 50% dos relacionamentos generalistas o Theo já resolve sozinho. Nossa projeção é chegar a 85% a médio prazo”, afirmou Alceu.

As principais recomendações deixadas por Daniel e Alceu durante a apresentação para as cooperativas investirem no uso da Inteligência Artificial em seus negócios foram a necessidade de entender profundamente o perfil de seus sócios ou clientes, para garantir a hiperpersonalização das atividades; a concentração das ações nas áreas em que haja maior linha de despesas e que precisam ser otimizadas; usar o ecossistema para acelerar e implementar e ter benefícios rápidos; desenvolver uma governança para implementação rápida e segura em todos os produtos; e estabelecer uma IA responsável, evitando processos que possam gerar dilemas éticos, legais ou tecnológicos.

“Importante ressaltar, no entanto, que não basta simplesmente adicionar a Inteligência Artificial a fluxos de trabalho ou tarefas existentes e tratá-la separadamente dos profissionais. É necessário considerar que ela deve incentivar o sucesso nas colaborações entre humanos e máquinas. A interação e a cooperação entre homens e máquinas são essenciais para garantir que a IA seja desenvolvida de forma humanizada, ética e responsável. Se a IA for racista ou machista, por exemplo, não vai atingir os objetivos. Pelo contrário”, concluíram Daniel e Alceu.

Acesse a apresentação aqui.

<p>Sustentabilidade e inovação são cada vez mais inseparáveis. Veja como como o coop contribui para a revolução sustentável!</p>

Revolução sustentável: descubra grandes ideias que transformam o mundo

Cases que mostram que sustentabilidade e inovação são uma combinação com tudo para dar certo


Poucas fórmulas são capazes de criar reações tão intensas quanto a combinação entre sustentabilidade e inovação. Pilares da revolução sustentável, esses dois conceitos, apesar de diferentes, já não podem mais ser dissociados.

Na nova economia, não faz sentido pensar em uma inovação que não seja sustentável e muito menos em uma ação sustentável que não seja inovadora. Para começar ou aprimorar um projeto do jeito certo, é preciso conhecer muito bem essas duas ideias e saber como elas podem funcionar juntas pelo seu negócio.

E é impossível falar disso sem citar a agenda ESG: um tema que não para de ganhar relevância e que funciona como praticamente um guia para a competitividade sustentável. Cada vez mais, esse recurso vem sendo usado como base para uma tomada de decisões mais consciente e responsável.

Para que você tenha uma ideia, um estudo de 2020 da Governance & Accountability Institute mostrou que 90% das empresas listadas no S&P 500 divulgaram algum relatório sustentável. O número de 2011 era de apenas 20%.

É por isso que o termo “revolução” faz tanto sentido quando associado aos temas de sustentabilidade e inovação. Dizer que isso está gerando “mudanças” é muito pouco para representar o impacto que alguns casos estão tendo. Vamos entender melhor essa relação entre inovação e sustentabilidade?

A diferença entre inovação com sustentabilidade e sustentabilidade e inovação

Parece um grande trava-línguas, mas nós garantimos que cada um desses itens tem uma funcionalidade e uma forma adequada de uso. A seguir, veja a diferença de cada um deles:

•    Inovação com sustentabilidade: nesses casos, a fonte é a inovação. Basicamente, uma marca cria projetos com objetivos específicos e, pensando em sustentabilidade, desenvolve roteiros para que a caminhada seja responsável e tenha um viés social, ecológico e comunitário. Em suma: a ação é feita com foco em inovar, mas com escolhas sustentáveis.

•    Sustentabilidade com inovação: já nessa situação, a estrutura de um planejamento está na sustentabilidade e a inovação atua como uma alternativa para alinhar os interesses de todos os lados. E isso é essencial, pois o perfil eficiente da inovação é ótima para intensificar os cuidados com a ESG. Resumidamente, a ação é feita com foco na sustentabilidade, mas por meio de estratégias inovadoras.

Como a sustentabilidade e inovação convergem

Uma vez que você conhece bem a diferença entre ambos os conceitos, é hora de entender como eles podem ser combinados para criar soluções que realmente impactam positivamente a comunidade. Portanto, aqui vão alguns exemplos disso:

Economia circular e redução de desperdícios

E se nós enxergássemos o sistema de consumo atual como um ciclo, ao invés de apenas interpretarmos produtos como itens descartáveis? É nisso que consiste a economia circular e redução de desperdícios.

O que torna isso possível é a solução mais simples existente. Basta educar o público e apoiar iniciativas que promovem a reutilização, reciclagem e recuperação de materiais.

A inovação tem tudo a ver com isso, já que pode facilitar significativamente a coleta, o descarte, a separação e a ressignificação de produtos variados, auxiliando a mão de obra humana e gerando resultados mais seguros e assertivos.

Inovação de impacto social

Diferentemente do que muitos pensam, a inovação não precisa ter a ver apenas com lucros e resultados. Ela pode ter tudo isso e, ainda assim, ser usada para resolver problemas sociais e ambientais - não é por acaso que o cooperativismo é protagonista da inovação social.

As startups são ótimos exemplos disso, já que possuem um perfil dinâmico, adaptável e condizente com os novos formatos e dinâmicas que o mercado vem exigindo para marcas comprometidas com a ESG.

Fatores como acesso à água potável, erradicação da fome, disseminação de tecnologias, educação e saúde são pautas que podem - e devem - estar presentes nas salas de reuniões de cooperativas inovadoras.

Transporte verde

Não é segredo para ninguém que os meios tradicionais de transporte (como carros, ônibus e caminhões), além de serem prejudiciais ao meio ambiente, também geram injustiças sociais e complicam o fluxo de pessoas em centros urbanos e rurais.

A mobilidade inovadora e sustentável enxerga isso e interpreta a redução de emissões de gases de efeito estufa como uma prioridade. O foco está em diminuir a dependência de combustíveis fósseis e popularizar soluções que ajudam a logística de comunidades e, ao mesmo tempo, são ecológicas.

Para melhorar, a saúde também é melhorada. Afinal, nada melhor do que sair de casa e respirar um ar limpo e sem fumaças e gases decorrentes da queima de combustíveis tradicionais.

Em entrevista ao ConexãoCoop, o advogado especializado em cooperativismo Fernando Lucindo declarou que “a educação e conscientização dos cooperados com um desenvolvimento sustentável deveria ser um aperfeiçoamento constante. É preciso buscar alternativas aos combustíveis fósseis. A opção pela utilização de veículos de propulsão elétrica também seria uma importante iniciativa”.

Aqui, no InovaCoop, contamos como a Certel, maior e mais antiga cooperativa de eletrificação do país, está incentivando a adoção de veículos elétricos. Para isso, a cooperativa instalou um posto de abastecimento em sua cidade natal, Teutônia, no Rio Grande do Sul.

Eficiência energética: novas soluções de uso consciente e racional de energia

Em termos de energia, o tema “sustentabilidade e inovação” é essencial. Além de racionalizar o uso, ambos os conceitos também permitem que novas tecnologias atuem como fontes renováveis e limpas.

Sensores inteligentes, dispositivos conectados à Internet das Coisas (IoT) e sistemas de gestão energética são excelentes exemplos de como isso pode funcionar, uma vez que permitem uma monitorização e otimização tanto em residências quanto indústrias.

Como o cooperativismo promove a inovação sustentável

Melhor do que falar sobre sustentabilidade e inovação é, de fato, mostrar cases de jornadas que tiveram sucesso. A seguir, separamos algumas histórias inspiradoras. Confira:

Tecnologias impulsionam produtividade sustentável no campo

Você já ouviu falar de míldio? Se não, aí vai uma informação importante: esse fungo é extremamente perigoso para as parreiras e pode prejudicar significativamente as produções de uvas.

Por isso, é comum que muitos profissionais do campo optem por fungicidas que afastam essa praga, mas acabam também prejudicando a qualidade da safra e oferecendo riscos pelo uso prolongado.

A Vinícola Aurora decidiu que era hora de mudar o jogo e investiu no uso de tecnologias para cuidar de suas valiosas uvas. Em vez de utilizar fungicidas em qualquer resquício de necessidade, ela optou pelo uso do sistema CROPS, que monitora o bem-estar dos alimentos e dá um alerta a qualquer indício de míldio.

Agora, o foco está em expandir a iniciativa. O que hoje se limita a uvas, amanhã pode revolucionar a maneira como agricultores lidam com o uso de pesticidas em suas plantações.

Financiamento para inovações de impacto ambiental

Se você tem interesse em sustentabilidade e inovação, vai gostar de saber que não está sozinho. Os financiamentos são ótimas alternativas para a captação de recursos que serão usados na aplicação de ideias promissoras.

O Sicredi é um ótimo exemplo disso. Basicamente, uma parcela muito grande de associados estava pedindo por financiamentos para a instalação de energia solar em seus terrenos. Apesar da vontade de contribuir, a cooperativa precisou de um aporte financeiro.

Através de uma parceria com a International Finance Corporation (IFC), foram reunidos R$600 milhões de reais que foram usados para contribuir com a rotina de 5 milhões de associados.

Esse case é uma prova de que não precisamos nos limitar na hora de inovar. Há sempre um caminho para encontrar companhias dispostas e que tenham os mesmos interesses em sustentabilidade.

Design circular: projetos inovadores evitam desperdícios

O arquiteto e designer William McDonough disse que “o lixo é o erro do design”. Hoje em dia, é no mínimo irresponsável projetar embalagens com base em usos únicos e com objetivos descartáveis.

Uma dica valiosa para o futuro é começar a enxergar projetos de forma mais cíclica. O seu produto não precisa ter um uso eterno, mas pode ser utilizado para gerar outras soluções. Caso isso não seja possível, é sempre válido cogitar os materiais biodegradáveis.

A tendência do design circular veio para ficar. Nossa dica é que você comece a investigar e ter algumas ideias de como a sua marca pode se adaptar para esse movimento que está chegando com tudo!

Acesso a recursos financeiros

Pensar em sustentabilidade e inovação é, também, se aos recursos financeiros e visualizar alternativas para que seus projetos consigam ter uma base consistente. Com isso, eles podem passar por uma incubação funcional e chegarão ao mundo ainda mais aprimorados.

Mas como fazer isso? Bom, a solução pode estar na intercooperação e na inovação aberta. Existem milhões de pessoas, cooperativas e startups que apoiam a mesma causa que você e que podem estar buscando por soluções sustentáveis e inovadoras.

Para chegar até essas pessoas, é preciso estar nos lugares certos. O Cooperação Ambiental é um projeto que tem como objetivo facilitar as pontes entre diferentes iniciativas do universo do cooperativismo - dê uma olhada!

Conclusão: dois pesos, uma única medida!

Sustentabilidade e inovação são conceitos diferentes, mas foram feitos um para o outro. Tal como o típico doce “Romeu e Julieta”, eles mostram que é possível unir tecnologia e ecologia em soluções inteligentes e boas para todos os lados.

Absolutamente todos os setores podem se beneficiar desse caminho, dado que a criação de produtos com base na ótica da economia circular é um caminho aberto para todos que tenham interesse.

Quer saber um pouco mais sobre o tema? Confira nosso e-book Especial ESG no cooperativismo e para o curso de Inovação Social! Nele, você vai explorar um pouco mais sobre o ESG e descobrir como ele pode, na prática, beneficiar os seus projetos futuros.

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