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<p>Entenda o que é a economia dos criadores e como a sua cooperativa pode tse aliar a influenciadores digitais!</p>

Economia dos criadores: o que é como sua cooperativa pode influenciar pessoas

Quantos likes teve seu último post? Os criadores digitais podem impulsionar seus números e dar uma cara para sua marca


A forma com que consumimos conteúdo mudou. Agora, os criadores digitais são protagonistas do entretenimento e da informação na era digital. Estamos conectados o tempo todo e, portanto, em contato com suas postagens e interações cada vez mais influentes. Essa é a economia dos criadores.

Os criadores de conteúdo para a internet e influenciadores digitais atuam em um mercado ainda muito novo, mas já enorme. Tanto em números quanto em impacto. Essa nova realidade está mudando, também, o marketing digital e a publicidade nas redes.

O uso da imagem desses criadores para potencializar e dar visibilidade às marcas ficou conhecido como marketing de influência. Associar a marca a uma pessoa famosa não é exatamente novidade, mas a economia dos criadores tem características próprias.

É isso que veremos neste artigo. Você vai entender melhor o que é a economia dos criadores, verá a força do marketing de influência, conhecer etapas para inserir sua cooperativa nesse ambiente e aprender quais são as armadilhas que você deve ficar de olho para evitar. Aproveite a leitura!

O que é a economia dos criadores

As plataformas digitais se tornaram uma fonte quase infinita de conteúdo. Fotos, vídeos, stories, textos, tweets, podcasts, memes e tudo o mais que consumimos nas redes. Esse mercado cresceu tanto que consolidou uma nova classe: os influenciadores digitais.

Essa é a economia dos criadores: um fenômeno que está tornando os influenciadores digitais cada vez mais protagonistas no mercado de conteúdo. Se antes era necessário aparecer na mídia tradicional para ganhar relevância, agora as redes sociais democratizaram a produção de conteúdo, quebrando barreiras e fronteiras.

Esse mercado ainda passa por uma fase de amadurecimento e profissionalização, mas os números já mostram que o impacto é grande. Uma pesquisa da Opinion Box revela que 77% dos entrevistados acompanham influenciadores. Além disso, 55% das pessoas ouvidas no estudo admitem que já compraram algo indicado por um influenciador.

Ou seja, a economia dos criadores tem muita coisa a contribuir para o marketing digital - o que o mercado já está percebendo. A pesquisa Youpix+Nielsen ROI & Influência 2023 mostra que as marcas estão dando cada vez mais valor aos influenciadores. Isso resulta em mais investimento: quase 85% das marcas participantes do levantamento têm a intenção de aumentar os valores dedicados aos criadores.

As características da economia dos criadores

A economia dos criadores é fruto de uma série de dinâmicas peculiares. Algumas de suas características são:

Produção independente: a grande maioria dos criadores atuam por conta própria, sem grandes estruturas de mídias por trás. Conforme o mercado cresce, novas formas de organização e agências estão surgindo, mas não é necessário fazer parte de uma companhia de mídia para crescer na economia dos criadores.

Nativos digitais: as novas gerações já nasceram com a internet difundida e cresceram conectadas. Assim sendo, seus grandes ídolos não estão mais na TV, nos jornais ou no cinema, mas sim no YouTube, no Instagram e no TikTok.

Conteúdo de nicho: os criadores digitais conseguem formar comunidades de interesse em temas específicos e nichados que não teriam espaço em mídias tradicionais. Jogos antigos de um console obscuro? Rock progressivo contemporâneo? Esportes de inverno? Se tem gente interessada, vai ter gente criando conteúdo sobre.

Conexão constante: vivemos conectados incessantemente em nossos aparelhos. Com isso, o fluxo de consumo de conteúdos é muito veloz e em grandes quantidades. Quantas telas você vê por dia só no seu celular? Todo esse tempo online gera demanda para mais conteúdo dos criadores.

Poder dos algoritmos: as plataformas de conteúdo e redes sociais usam algoritmos para seguir continuamente oferecendo conteúdo. Para isso, elas identificam os gostos, interesses e hábitos e, então, distribuem conteúdo com base nisso, mesmo que tenha sido feito por alguém que você nunca viu antes. Neste artigo, explicamos melhor como esses algoritmos funcionam

Identidades e conexões: na economia dos criadores, as pessoas podem seguir influenciadores com que se identificam. Isso torna a relação muito mais próxima e fomenta comunidades digitais centradas em temas ou até mesmo nos próprios criadores.

Alcance: a internet não tem (muitas) fronteiras. Com isso, criadores podem fazer sucesso no mundo todo. Um brasileiro pode acompanhar um influenciador de qualquer lugar do mundo, assim como criadores têm capacidade de se tornarem fenômenos globais sem nem sair de casa.

A nova lógica de consumo de conteúdo

O consumo de internet está crescendo sem parar nos últimos anos, segundo a pesquisa #PUBLI: o impacto da Creators Economy entre os internautas brasileiros, da IAB Brasil. No Brasil, já são quase 150 milhões de usuários de internet consumindo a produção de criadores, por exemplo.

Ademais, as telas diminuíram. O aparelho mais comum para consumir conteúdo é o celular, um fenômeno central para a construção da economia dos criadores. Quanto mais tempo as pessoas passam nas redes sociais, mais conteúdo consomem.

O resultado disso é que os usuários estão passando mais tempo com conteúdos produzidos pelos criadores digitais do que com produções profissionais. Ao todo, segundo a IAB Brasil, os conteúdos de criadores representam 39% das horas semanais de mídia consumidas pelos americanos com mais de 13 anos de idade. Streaming pago e TV, somados, chegam a 38%.

Monetização e oportunidades de marketing digital na economia dos criadores

As dinâmicas financeiras da economia dos criadores têm lógicas próprias. Na maioria dos casos, os criadores recebem uma fração da publicidade veiculada pelas plataformas em seus conteúdos. No geral, porém, os valores são relativamente baixos.

Os criadores também podem receber diretamente do público, por meio de serviços de financiamento coletivo. Além disso, influenciadores também transformam a própria imagem em uma marca para vender produtos.

Por fim, a economia dos criadores abriu um novo mercado em que marcas aproveitam a imagem e a proximidade desses influenciadores com o público para realizar ações de marketing digital. Esse é o marketing de influência, que iremos conhecer melhor agora. Será que sua cooperativa pode tirar proveito disso?

A força do marketing de influência na economia dos criadores

O marketing de influência acontece quando as marcas utilizam a imagem dos criadores de conteúdo para se comunicar com seu público. Com isso, as marcas ampliam o alcance de sua estratégia de marketing digital com os diferenciais desse tipo de ação. Alguns pontos que tornam o marketing de influência tão atrativo são:

Segmentação: é muito melhor produzir um conteúdo de marketing que via chegar ao público específico almejado pelo seu negócio. Os criadores são mais segmentados do que a mídia tradicional, nesse sentido. É uma cooperativa que produz carnes? Então que tal fazer uma parceria com um canal que ensina técnicas de churrasco? 

Conversão: dados da Nielsen apontam que mais de 70% dos consumidores confiam na opinião dos influenciadores sobre produtos e serviços. Com isso, ter a marca da sua cooperativa recomendada por um criador consegue melhorar a conversão com o público que o segue.

Engajamento: parcerias com influenciadores também ajudam na construção de marca com os consumidores. Os criadores contam com o engajamento do público e ações patrocinadas também proporcionam engajamento das pessoas com as marcas.

A classe dos influenciadores digitais segue um crescimento vertiginoso. Segundo a Nielsen, são 500 mil profissionais atuando com marketing de influência só no Brasil.

Os microinfluenciadores

Um cuidado importante para a estratégia de marketing de conteúdo é não olhar somente para os números de seguidores dos criadores. Não adianta falar com muita gente se uma grande parte dessas pessoas não tem o perfil do seu produto ou serviço.

Nessa seara, os microinfluenciadores ocupam um papel importante no ecossistema da economia dos criadores. Muitas vezes abordando assuntos de nicho, eles criam comunidades com proximidade e engajamento.

Então sempre leve isso em conta. Vale mais a pena fazer uma ação com um influenciador grande, mas que aborda temas genéricos e dispersos ou com criadores menores, mas relevantes naquilo que sua cooperativa quer vender? A proximidade com o público também é um valor.

O impacto dos influenciadores no momento da compra

O levantamento Marketing de Influência no Brasil, realizado pela Opinion Box, apurou quais os principais motivos que levam as pessoas a fazer compras após conteúdos de criadores digitais. Essas foram as respostas mais frequentes:

Eu já queria comprar e foi decisivo ver alguém testando e aprovando o produto: 38%

Já precisava do produto e o influenciador ou influenciadora me fez lembrar dessa necessidade: 27%

O preço estava baixo e valia a pena comprar: 26%

Era um produto que eu não conhecia e me despertou curiosidade: 24%

O influenciador ou influenciadora ofereceu um cupom de desconto exclusivo: 24%

Confiei no bom gosto do influenciador ou influenciadora: 23%

Era um produto novo que eu queria testar: 21%

Quis ter o mesmo resultado mostrado pelo influenciador ou influenciadora: 16%

Era um produto que estava em alta/ na moda e eu queria tê-lo: 13%

Comprei para me sentir parecido(a) com o influenciador ou influenciadora: 5%

A economia dos criadores e o cooperativismo

O ecossistema cooperativista já deixa os seus impactos na economia dos criadores, tanto por meio do surgimento de influenciadores dedicados ao cooperativismo quanto por ações de marketing e conteúdo com personalidades relevantes no ambiente digital.

O Sistema OCB de forma institucional, assim como as cooperativas, lideram ações que dão mais visibilidade para o modelo de negócios e marcas cooperativistas nas mídias sociais. Tanto é que o Prêmio SomosCoop 2022 contou com a categoria “Influenciador Coop”.

A categoria foi vencida por Marcelo Vieira Martins, diretor-executivo da Unicred União e presença garantida no Instagram, Facebook, canal no Youtube e página no LinkedIn, além de livros publicados.

“Eu assumi um compromisso comigo de devolver para a comunidade, para a sociedade tudo aquilo que pude ter, todos os ensinamentos, o crescimento pessoal e profissional”, disse o executivo e influenciados ao SomosCoop.  

Sistema OCB faz campanhas para difundir o coop

O Sistema OCB também liderou a campanha #BoraCooperar, com a presença de ex-participantes do reality show Big Brother Brasil com influência nas redes. Eles contaram como deixaram de competir entre si e decidiram começar a cooperar.

O objetivo da campanha foi gerar uma conexão com o coop de forma educativa. Os influenciadores Thelma Assis, João Luiz e Caio Afiune refletiram: e se em vez de competir a gente decidisse cooperar? A ação contou ainda com a participação de páginas de fofoca com milhões de seguidores nas redes sociais.

Outra iniciativa com a participação do Sistema OCB na economia dos criadores foi o apoio ao podcast Naruhodo, dedicado à divulgação científica. No episódio, o podcast discutiu se a cooperação entre seres vivos é inata e apontou quais são os pontos positivos em cooperar.

Frimesa ganha prêmios na economia dos criadores

A cooperativa agropecuária integrou o marketing de influência em sua estratégia de marketing e foi premiada. A coop conquistou duas medalhas consecutivas do Prêmio ABEMD (Associação Brasileira de Marketing de Dados) de marketing digital.

Em 2021, a cooperativa ganhou a medalha de ouro pela iniciativa #EuRecomendoFrimesa, que contou com diversas ações de conteúdo, dentre elas uma websérie, com criadores de conteúdo digital preparando receitas com os produtos da marca. Por meio do marketing de influência, a iniciativa gerou engajamento e ainda produziu um e-book de receitas.

Já em 2022, outra iniciativa de marketing de influência ganhou a medalha de prata. Foi a campanha Ceia Prática Frimesa, que, no Natal anterior, reuniu 15 influenciadores mostrando que é possível fazer uma ceia mesmo sem experiência na cozinha - e usando os produtos da cooperativa.

Como inserir a cooperativa na economia dos criadores

Depois de tudo isso dito, já percebemos que, na economia dos criadores, o marketing de influência pode ser um grande aliado para a estratégia digital da sua cooperativa. Mas colocar em prática de forma eficaz exige planejamento e cuidados.

Por isso, então, selecionamos alguns critérios para te ajudar a colocar a sua cooperativa na economia dos criadores. Afinal, não basta somente procurar nomes famosos com muitos seguidores, como vimos. Para associar a marca da sua coop a um criador, fique de olho em:

Alinhamento de valores: se você quer associar a marca da sua cooperativa, tenha certeza de que os valores são compartilhados entre ambas as partes. O criador precisa estar em consonância com a visão de mundo da cooperativa.

Engajamento: ter muitos seguidores pode valer pouco caso o engajamento seja baixo. Isso significa que o conteúdo é fugaz e o influenciador não consegue construir uma comunidade com base em sua popularidade.

Conexão entre criador e produto: o perfil do produtor e seus temas de interesse precisam combinar como o produto que ele está divulgando para sua cooperativa. Será que faz sentido divulgar um plano de saúde para crianças com um criador de conteúdos sobre moda?

Análise de conteúdo: mesmo quando houver o match entre valores e temas, olhe a qualidade do conteúdo que o influenciador publica e veja se condiz com o que você quer que pensem da sua marca.

Comportamento: o mundo digital tem poucos filtros e muitas polêmicas. Pra que correr o risco de ligar a sua cooperativa com um influenciador que arranja confusão? Verifique se o comportamento e a imagem que ele transmite é adequada.

De olho nas métricas

Para mensurar bem a efetividade da estratégia de marketing digital da sua cooperativa na economia dos criadores, é importante acompanhar e analisar os resultados e métricas. Esse processo contribui para diagnosticar o que está sendo feito de certo e errado na incursão da cooperativa no marketing de influência.

São essas métricas, afinal, que irão subsidiar as decisões para futuras colaborações e campanhas junto com os criadores digitais. Portanto, é necessário entender o retorno que o investimento está dando. Eis algumas métricas para acompanhar:

Alcance e impressões: imprescindível para medir o efeito do criador para dar visibilidade à marca. No fim das contas, você quer ser visto, não é? Nesse sentido, dominar os algoritmos faz toda a diferença.

Engajamento: conteúdo bom gera interação: curtidas, comentários e compartilhamentos, por exemplo. Assim, essa métrica ajuda a entender a recepção do público tanto de forma quantitativa (número de likes), quanto qualitativa (explorando os comentários).

Cliques e leads: confira quantas vezes o link que o influenciador postou para seu site foi clicado. Dessa forma, a sua cooperativa vai entender melhor qual é a capacidade de engajamento do influenciador. Além disso, confira quantos leads foram gerados a partir desses cliques.

Reconhecimento de marca: os influenciadores podem ajudar a tornar sua marca mais popular e reconhecida por potenciais clientes ou cooperados. Com a colaboração de um criador, as cooperativas podem começar a ser conhecidas pelas pessoas com uma imagem positiva.

Vendas: muitas campanhas de marketing digital têm o objetivo de vender mais. Para mensurar se a iniciativa está dando o resultado esperado, dê links específicos e rastreáveis para cada influenciador parceiro e veja quantos geram cliques que se convertem em negócios fechados.

Conclusão: economia dos criadores e marketing digital

A economia dos criadores proporciona uma série de novas possibilidades para a estratégia de marketing digital das cooperativas. O crescimento desse mercado motivado pelas mudanças tecnológicas e culturais não deve ser deixado de lado na inclusão do cooperativismo na nova economia.

Esse meio passa por muitas mudanças. Profissionalização, melhores práticas, organização por meio de agências. Mas a maioria dos produtores ainda surge de forma independente para falar de suas paixões e realizar seus sonhos. Por que não fazer uma cooperação de benefício mútuo, então?

Para saber mais sobre marketing digital, confira o nosso guia prático dedicado ao tema! Nele, ensinamos tudo o que você precisa saber para começar: desde os conceitos básicos até o passo a passo para implementar uma estratégia inicial na sua coop!

<p>Promover a diversidade significa impulsionar os negócios e a inovação dentro das cooperativas. </p>

Como promover a diversidade nas cooperativas

Equipes diversas são mais inovadoras e competitivas


A diversidade é capaz de trazer muitos benefícios às organizações, incluindo cooperativas. E para promover a diversidade é importante fazer sua gestão. Afinal, não basta apenas contratar pessoas em percentuais de raça, etnia, religião etc. semelhantes aos da sociedade. É preciso promover a diversidade nos diversos escalões e frentes de atuação da cooperativa.

Para tanto, há algumas ferramentas para tornar esse processo mais dinâmico. Algumas delas são a realização de treinamentos, elaboração de programas e apresentação aos colaboradores sobre a maneira como todos devem ser tratados.

Por meio de diretrizes nesse sentido, a cooperativa apresenta aos colaboradores, clientes, fornecedores e à sociedade como um todo as diferenças entre os grupos existentes. Neste artigo, iremos entender um pouco mais sobre as maneiras de promover a diversidade nas cooperativas. Boa leitura!

Promover a diversidade com gestão ativa

A gestão ativa da diversidade implica na intervenção na realidade da cooperativa por meio de ações como essas para tornar o ambiente mais dinâmico. O que se espera, com isso, é favorecer interações, trocas e aprendizados.

Algumas métricas podem ser observadas para medir a diversidade dentro de uma cooperativa. Dentre elas:

• Recrutamento: trata-se de comparar o número de candidatos a vagas em abertos que se incluem dentro do grupo monitorado com a representação deles no mercado de trabalho.

Engajamento e satisfação: pesquisas para medir o engajamento e a satisfação dos funcionários permitem diagnosticar o clima atual e criar condições para a inclusão.

Grupos focais: a formação de grupos focais permite coletar informações sobre problemas e desafios enfrentados pelas pessoas dentro das cooperativas.

Retenção: para medir a diversidade é importante comparar a retenção de funcionários de grupos monitorados, não monitorados ou dominantes.

Pagamento e benefícios: compare a remuneração e os benefícios não financeiros concedidos a colaboradores de grupos monitorados com os de grupo não monitorados.

Diversidade e inclusão

Associados, estes dados têm a capacidade de indicar sobre o viés da diversidade e inclusão dentro das cooperativas.

Além disso, há ferramentas que podem ser utilizadas pelas cooperativas para medir e estimular a diversidade e a inclusão. Dentre elas:

Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça

Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis

CEERT (Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades)

Relatórios Dinâmicos - Empoderamento das Mulheres

Recomendações para promover a diversidade em cooperativas

Ações internas também podem ser eficientes para a promoção da diversidade e da inclusão. Isso é o que mostra a pesquisa “O valor da diversidade racial nas empresas”. Confira as dicas elencadas pelo estudo:

1. Crie um comitê ou conselho de diversidade;

2. Realize treinamentos internos e externos, incluindo fornecedores;

3. Inicie um diálogo e crie parcerias com entidades do terceiro setor e outras empresas sobre promoção de diversidade;

4. Busque alinhamento entre ações externas e ações internas na promoção da diversidade;

5. Mensure o número de minorias no quadro de funcionários;

6. Estabeleça metas específicas de longo prazo para aumentar a presença dessas minorias na empresa em todos os níveis;

7. Ofereça incentivos financeiros aos gestores para cumprirem essas metas;

8. Adote ações afirmativas.

Promover a diversidade é estratégia de negócios

O artigo “Diversidade: inclusão ou estratégia?”, da Harvard Business Review, aconselha ações em dois momentos diferentes, conforme esmiúça o quadro abaixo:

Recrutamento e seleção de equipes diversas

De qualquer maneira, a política de recrutamento é parte fundamental da promoção da diversidade e inclusão em cooperativas. Afinal, diversidade é a mais recente tendência em recrutamento, conforme aponta o estudo Global Recruiting Trends, feito pelo LinkedIn.

Nesse sentido, algumas recomendações são:

• Não limite a escolha de candidatos a faculdades de primeira linha, pois dessa forma pode descartar pessoas que superaram muitas adversidades;

• Mantenha o compromisso de ter ao menos uma mulher na etapa final de cada processo seletivo;

• Siga o conceito de seleção às cegas, entregando para o líder currículos que não identifiquem o gênero e a faculdade do candidato, por exemplo;

• Escolher apenas candidatos que moram perto da empresa pode excluir profissionais capacitados.

Sicredi Pioneira dá exemplo de promoção da diversidade

Divulgação Sicredi Pioneira

A cooperativa financeira mais antiga do país, reconhecida por ser inovadora, nomeou uma mulher para o cargo de vice-presidente do Conselho de Administração. Heloísa Helena Lopes se tornou a primeira mulher a ocupar tal posição em mais de 100 anos de existência da Sicredi Pioneira.

Ela, que é professora, formada em direito e mestre em gestão e negócios de cooperativas, conduz o Comitê Mulher na cooperativa. A finalidade deste projeto é discutir a liderança da mulher na sociedade, com foco na inclusão e desenvolvimento local.

De acordo com ela, as mulheres, que representam mais da metade da população nacional, são criativas, dedicadas, superam desafios e contribuem de diversas formas. “Um balanceamento harmonioso entre os gêneros em corporações é benéfico, pois agrega potencialidades e gera melhores resultados do ponto de vista econômico e social”, afirma.

Conclusão: promover a diversidade fortalece o cooperativismo

A diversidade fortalece o surgimento de novas ideias e, consequentemente, a inovação. Ambientes com pessoas de múltiplas culturas e histórias de vida diferentes são mais vivos, empáticos e abertos às novidades.

Dessa forma, além de representar o papel social do cooperativismo, promover a diversidade também gera vantagem competitiva para as cooperativas. A boa notícia é que, apesar de ter muito caminho pela frente, as cooperativas brasileiras estão ficando mais diversas.

Tanto é que há diversas histórias inspiradoras sobre a promoção da diversidade e inclusão no cooperativismo - e nós reunimos seis delas neste artigo. Confira!

<p>Diversidade e inclusão são elementos fundamentais para que o cooperativismo seja mais inovador e competitivo.</p>

Por que diversidade e inclusão são essenciais para a inovação?

A diversidade é o conjunto de diferenças e valores compartilhados em sociedade pelas pessoas.


A diversidade é o conjunto de diferenças e valores compartilhados em sociedade pelas pessoas. Ou seja, diversidade é a coexistência de valores, culturas, etnias, religiões, raças, gênero, orientação sexual, status socioeconômico, idade e habilidades. O fato de existirem pessoas com culturas, hábitos e origens diferentes faz com que existam percepções variadas sobre a vida, o trabalho, o ensino, sobre tudo. Da mesma maneira, há demandas e interesses diferentes devido à diversidade e inclusão.

No entanto, praticar diversidade e inclusão não é somente reconhecer que há pessoas diferentes de nós na sociedade, significa também ter consciência e repensar a relação entre nós e os outros. Afinal, nós também somos diversos aos olhos do outro.

Ao começar a pensar na diversidade que existe em nossa sociedade, vem à tona a questão da inclusão, que é a ação de envolver e incluir todas as categorias de pessoas que representam a sociedade como um todo. Ou seja, considerar categorias excluídas historicamente do processo de socialização e promover a diversidade dentro das organizações.

Do ponto de vista do negócio, é interessante praticar a inclusão para criar produtos e serviços que estejam de acordo com as demandas do público existente na sociedade. E é claro que, antes disso, é preciso considerar o aspecto humano. A inclusão acontece na interação colaborativa, colocando pessoas com diferentes perspectivas para resolverem conflitos e desafios em conjunto gerando resultados mais justos e criativos.

Ao pensar em diversidade e inclusão não basta pensar em questões quantitativas. Ou seja, em números a serem apresentados em concordância com as relações existentes na sociedade. Inclusão significa garantir e proporcionar igualdade de condições para recrutamento, desenvolvimento e promoção dentro das instituições.

Falta diversidade e inclusão às organizações no Brasil

Um indício de que há pouca diversidade no mercado de trabalho como um todo está na discrepância entre a proporção de negros na população em geral e sua representatividade em cargos gerenciais.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 29,5% dos cargos gerenciais são ocupados por pretos ou pardos. Em paralelo, o mesmo IBGE indica que os negros representam 53,8% da população brasileira.

Com relação ao gênero, a situação é semelhante. Números da CNI (Confederação Nacional da Indústria) mostram que os homens ocupam 71% das posições de decisão no setor e somente 14% das organizações têm áreas específicas dedicadas à promoção de igualdade de gênero no local de trabalho.

Desigualdade no cooperativismo

Dentro das cooperativas brasileiras, as mulheres ocupam apenas 22% dos quadros de dirigentes, apesar de comporem 41% do quadro social das cooperativas, revela o AnuárioCoop 2023, produzido pelo Sistema OCB.

O cooperativismo, contudo, está construindo um futuro focado em diversidade e inclusão. Nesse sentido, diversas cooperativas colocam em prática iniciativas e programas focados no impacto social - e nós reunimos seis exemplos neste artigo.

A despeito dos impactos sócio-econômicos decorrentes desta configuração, investir em diversidade é muito benéfico às próprias organizações, independente de sua natureza, especialmente no que diz respeito à inovação. Afinal, diversidade e inclusão também são ESG. É o que veremos a seguir.

Diversidade e inclusão impulsionam os negócios

A legislação ou o desejo de criar uma imagem positiva são motivadores para promoção da diversidade em organizações. Entretanto, não deveriam ser os principais, pois a diversidade aumenta o potencial de obter lucros acima da média, conforme aponta o estudo Diversity Matters (Diversidade Importa), da McKinsey.

A pesquisa analisou 366 instituições de diversos setores nas Américas e na Europa. Alguns dos resultados foram:

• Organizações no quartil superior em diversidade racial e étnica são 35% mais propensas a obter retornos financeiros acima da média do setor.

• Organizações no quartil superior em diversidade de gênero são 15% mais propensas a obter retornos financeiros acima da média do setor.

• Organizações no quartil inferior tanto em diversidade de gênero quanto em etnia e raça são menos propensas a obter retornos financeiros acima da média do que empresas médias do conjunto de dados. Isso significa que organizações no quartil inferior ficam cada vez mais para trás.

• A relação entre diversidade racial e étnica e melhor performance financeira é linear nos Estados Unidos. Assim, para cada 10% de aumento na diversidade racial e étnica dos executivos seniores, o lucro antes dos juros e impostos (EBIT) aumenta 0,8%.

• Diversidade racial e étnica tem impacto mais forte do que diversidade de gênero sobre a performance financeira nos Estados Unidos.

• No Reino Unido, a diversidade de gênero entre executivos seniores correspondeu ao maior aumento da performance dentre os países do conjunto de dados considerado pela McKinsey. Lá, para cada 10% de aumento na diversidade de gênero, o EBIT aumentou 3,5%.

De acordo com a McKinsey, portanto, a performance desigual de empresas do mesmo setor num mesmo país mostra que a diversidade é um diferencial competitivo. Além disso, a diversidade, aponta o estudo, é responsável por ganhos de market share.

Diversidade e inclusão: benefícios além do lucro

O artigo Diversidade: inclusão ou estratégia?, da Harvard Business Review, mostra que a diversidade favorece a inovação.

Fonte: Hay Group

De acordo com o estudo, cerca de 76% dos funcionários de organizações preocupadas com diversidade reconhecem que há espaço para expor ideias e inovar no ambiente de trabalho. Por outro lado, em empresas que a diversidade não faz parte da agenda, esse valor cai para 55%.

Da mesma maneira, quando os colaboradores percebem a diversidade presente dentro da organização, eles se sentem mais motivados. Logo, entendem que empenhar esforços resulta em ganho para a companhia e para seu desempenho individual. Em instituições reconhecidas pelo incentivo à diversidade, os funcionários são 17% mais engajados e dispostos a ir além de suas responsabilidades formais.

Por fim, a diversidade e abertura a diferenças reduzem conflitos que impactam na produtividade e na eficiência. Assim, a incidência de conflitos chega a ser 50% menor em organizações que investem em diversidade.

Inovação, diversidade e inclusão

Uma vez que a inovação está diretamente relacionada à mudança de mentalidade, ela também é beneficiada quando há diversidade nas organizações. É o que afirmou a gerente sênior de sustentabilidade e inovação da Schneider Electric na América do Sul, Regina Magalhães, durante o evento “Ring The Bell For Gender Equality”, promovido pela B3.

Para ela, contar com equipes diversas é premissa para sobreviver à transformação digital. Isso porque, ao representar a variedade da população, é mais fácil entender suas necessidades e, assim, criar produtos e serviços.

Afinal, afirma ela, ofertas de valor para a sociedade visam à solução de problemas reais. E somente é possível entender e endereçar tais problemas quando a realidade da população está refletida no quadro de profissionais da cooperativa.

A afirmação da executiva é corroborada por pesquisa da Accenture que mostra que diversidade e inclusão tornam as organizações até 11 vezes mais inovadoras, com colaboradores seis vezes mais criativos do que os dos concorrentes.

Criando um ambiente de empatia

Um instrumento que pode ser usado como aliado da inclusão é a empatia. De forma geral, podemos considerar que empatia é se colocar no lugar do outro. No entanto, vai um pouco além disso.

Num contexto mais amplo, empatia é procurar se sentir como a outra pessoa está se sentindo. Ou então entender o que está por trás dos pensamentos que ela tem. Empatia envolve presença e escuta ativas.

Há quatro passos iniciais para colocar a empatia em prática:

Para aprender como praticar a empatia cada vez mais, utilize a ferramenta do mapa de empatia proporcionada pelo Sistema OCB.

Inovação, impacto social e competitividade

A diversidade e a inclusão não são apenas essenciais para a justiça social e, consequentemente, para a redução das desigualdades acentuadas que existem no Brasil. Ao investir em políticas que equalizam as relações entre pessoas de diferentes origens e características, as cooperativas têm muito a ganhar.

Além de tornar mais dinâmica a inovação devido à pluralidade de pensamentos, a diversidade agrega valor financeiro às organizações, incluindo as cooperativas. E, conforme a gestão democrática pregada nos princípios do cooperativismo, todos devem ter os mesmos direitos e deveres.

Entretanto, para qualquer que seja a organização, a prática da gestão da diversidade e inclusão traz benefícios. Isso porque, ao reconhecer e valorizar grupos de minorias, a organização indica que está disposta a criar um ambiente plural.

Ou seja, mostra que aprecia o seu colaborador por conta da sua competência. Dessa forma, cria-se oportunidades e mecanismos que aumentem a empatia no ambiente de trabalho, assim como nas entregas dos serviços e produtos da cooperativa.

Conclusão: diversidade e inclusão como protagonistas da inovação

No âmbito do trabalho é possível ver resultados positivos com aumento da criatividade e produtividade. Outro efeito colateral positivo é a sensação de pertencimento e a redução na rotatividade de profissionais.

Da mesma maneira, ao se sentir incluído, o profissional sente-se também valorizado, o que leva ao desenvolvimento de habilidades e crescimento profissional. Um quadro de profissionais diversificado, por sua vez, proporciona à cooperativa equipes flexíveis e, portanto, capazes de entender as necessidades da sociedade. Consequentemente, é mais fácil definir estratégias assertivas no desenvolvimento de produtos e serviços vendáveis.

A diversidade e a inclusão proporcionam a entrada em novos nichos de mercado, o que leva a vantagem competitiva. Não bastassem todos esses benefícios, além de atender aos princípios do cooperativismo, cooperativas que promovem a diversidade e a inclusão são percebidas de forma mais positiva pela população em geral.

Proporcionar um ambiente diverso e inclusivo é essencial para engajar as equipes e fomentar novas ideias, Confira, também, nosso e-book Gestão de Equipes: Como engajar seu time para inovar!

<p>A transformação cultural não acontece do dia para a noite, mas vale a pena. Veja como grandes cooperativas ficaram mais inovadoras!</p>

Transformação cultural impulsiona a inovação nas cooperativas

O que Sicredi Pioneira, Bancoob, Sicoob Credicitrus e Unimed-BH têm em comum? Uma cultura inovadora construída com muita estratégia e planejamento


A cultura de uma cooperativa não se transforma da noite para o dia. Muito menos a cultura de uma cooperativa com 121 anos de existência e a mais antiga do Ramo Crédito no Brasil. Estamos falando da Sicredi Pioneira, uma das primeiras cooperativas a transformar sua cultura a partir da inovação.

A inovação, afinal, é protagonizada por pessoas e potencializada pela cultura corporativa. Um ambiente propício para que cooperados e colaboradores possam propor novas ideias faz toda a diferença. Modernizar essa mentalidade é papel da transformação cultural, um processo em que as cooperativas são exemplares!

Neste post, além da jornada da Pioneira, você vai conhecer as experiências de transformação cultural de Bancoob, Sicoob Credicitrus e Unimed-BH. Aproveite a leitura!

Pioneirismo na transformação cultural

A Sicredi Pioneira passou a olhar com mais atenção para a inovação em 2016, mas as primeiras ações de fato só surgiram no ano seguinte. Tudo começou após o entendimento de que, embora entregassem os resultados esperados, os projetos tinham um ciclo muito longo de desenvolvimento. Era preciso buscar formas mais eficientes e inovadoras de realizar processos.

Diante disso, a cooperativa criou uma Gerência de Estratégia e Inovação, formada por colaboradores de diversas áreas. Todos os funcionários puderam se candidatar ao time e, ao final, 10 colaboradores foram selecionados. A ideia era ter um time diversificado, para proporcionar a construção de soluções a partir do choque de ideias.

As primeiras iniciativas do departamento implementaram o design thinking, ferramenta que permite inovar e criar soluções com foco no cooperado. Os resultados logo vieram: criação de um programa de fidelidade, uma plataforma de financiamento de veículos e outras iniciativas.

Transformação cultural como foco nas pessoas

Além dos projetos, o objetivo era criar um processo de inovação consistente, sistematizado e perene dentro da cooperativa como um todo. Para ajudar nesse processo, a Sicredi Pioneira contratou uma consultoria que trouxe o seguinte diagnóstico: a cooperativa tinha grande capacidade de ser altamente inovadora. Ou seja, não havia apenas a vontade de inovar, mas sim as competências e estrutura necessárias para fazer a inovação acontecer.

Hoje, a inovação faz parte do dia a dia da cooperativa e qualquer novo colaborador precisa entender e se adequar a essa cultura. Inclusive, foi criada uma plataforma, chamada Goog, com toda a base de informações da cooperativa, para evitar que um novo colaborador precise ler cinco mil páginas de documentos para se adequar à cultura interna.

Além do cuidado no onboarding - integração e socialização de novos colaboradores -, a comunicação da estratégia para os colaboradores também mudou. O time de inovação entrou em ação e criou um jogo baseado na série Game of Thrones para envolver os funcionários na estratégia. Resultado: 94% das pessoas absorveram os pilares da estratégia e da cultura, e a experiência gerou muito engajamento.

Bancoob: transformação cultural por meio do intraempreendedorismo

A transformação cultural a partir da inovação precisa de inclusão. Uma das soluções para isso é a criação de programas de inovação, como é o caso do Mais 360º, programa de intraempreendedorismo do Bancoob. Essa história foi contada em detalhes em nossos cases de inovação.

Conforme explica Rodrigo Guimarães, Gerente de Gestão da Inovação do Bancoob, o gatilho para o lançamento do programa de inovação foi a criação, em 2019, do Lab 360º, um espaço físico para inovação. “Aproveitamos o entusiasmo gerado pelo novo espaço para impulsionar o programa”, lembra Guimarães.

Em resumo, um programa de intraempreendedorismo busca colaboradores com capacidade de analisar cenários/problemas e propor oportunidades/soluções. Mas isso só é possível num ambiente em que os colaboradores se sentem à vontade para inovar.

É aqui que entra a importância da abertura às novas ideias, da integração e colaboração entre departamentos, e da busca por parceiros que facilitem essa transformação. Esse contexto favorável ao surgimento de ideias faz parte de uma cultura de inovação aberta.

Mais 360° proporciona ambiente acolhedor à inovação

No caso do programa Mais 360º, o ambiente favorável foi criado a partir do uso de recursos de gamificação para envolvimento dos gestores no apoio e mentoria às ideias lançadas. A primeira edição contou com o envio de 155 ideias, impactando 30% dos colaboradores.

Segundo Guimarães, o presidente do banco foi o principal patrocinador do programa de inovação e participou pessoalmente de alguns momentos, desde o lançamento do programa até o reconhecimento dos colaboradores. “Percebemos que o papel do presidente é fundamental, não precisamos convencer a alta administração do que tinha que ser feito”, diz.

Para ativação dos demais líderes, no entanto, o programa usou recursos de gamificação, como as Bancoob Coins - moedas virtuais que os gestores receberam para investir em novas ideias apresentadas pelos colaboradores. A fim de gerar engajamento, quem melhor investia suas Bancoob Coins também era premiado.

Uma das formas de ganhar mais crédito para investimento era por meio da liberação de funcionários da equipe para participação em squads - modelo organizacional que separa os funcionários em pequenos grupos multidisciplinares com objetivos específicos.

No Bancoob, as squads eram formadas por pessoas de vários níveis hierárquicos, de maneira a criar equipes competitivas. Logo, o envolvimento foi transversal entre departamentos e as ideias eram validadas ao longo do programa.

Sicoob Credicitrus: transformação cultural combate resistência à inovação

Na Sicoob Credicitrus, que criou sua área de inovação no início de 2019, uma estratégia para driblar possíveis resistências é incluir o gestor da área que será beneficiada pela iniciativa no processo de inovação

Tiago Sartori, Gerente de Inovação e Transformação Digital da Credicitrus, detalha a estratégia fazendo a seguinte analogia: “nós entendemos que a área de inovação precisa funcionar como fosse um levantador num jogo de vôlei, ou seja, somos a ponte para inovação ocorrer, e não a peça principal”.

Por exemplo, se uma iniciativa desenvolvida pela área de inovação é voltada à área de Tecnologia da Informação (TI), a Credicitrus convida o gestor de TI da área para fazer parte do projeto e desenvolverem juntos. Em alguns casos, o próprio gestor da área se torna o responsável pela iniciativa de inovação.

Além de quebrar possíveis barreiras ou resistências, esse modelo de cocriação é uma forma de incluir mais pessoas na inovação e, consequentemente, transformar a cultura. Prova disso é que a área de inovação da Credicitrus passou a ser mais demandada não só pelos gestores mas pela cooperativa como um todo.

Segundo Sartori, isso demonstra a importância de toda a cooperativa enxergar a inovação de forma estratégica. “Não aprendemos isso do dia para a noite. Hoje, já somos vistos de forma diferente dentro da organização e, aos poucos, a cultura vai mudando”, afirma.

Transformação cultural da Unimed-BH se inspira em modelo de startups

Ter uma cultura inovadora remete a uma tolerância maior ao erro, certo? Mas como ser tolerante ao erro numa cooperativa de saúde? É isso que veremos agora ao analisar o caso da Unimed-BH.

Antes de tudo, é importante entender que a inovação é elemento-chave da cultura organizacional da Unimed-BH, que criou seu centro de inovação em 2014.

A declaração de inovação da cooperativa diz que a “intenção é favorecer e incentivar a experimentação para criar e aprimorar soluções para o negócio. A finalidade é gerar impacto positivo e sustentabilidade, valorizando tentativas, erros e aprendizados que fazem parte do processo”.

Cultura do erro e inovação aberta

O Coordenador de Inovação da cooperativa, Rafael Garcia Paolinelli Moraes, lembra que foi bem complicado, para uma cooperativa de saúde, colocar a palavra “erros” na sua declaração de inovação. No entanto, a diretoria aceitou quando entendeu que a proposta não é errar em qualquer coisa, mas em um ambiente controlado de experimentação, como um programa de conexão com startups.

Logo surgiu o Link One, programa cuja proposta é promover inovação aberta no setor da saúde com a participação de startups. Somando as duas primeiras edições, o programa contou com 667 empreendedores e 233 startups oriundas de quatro países e 12 Estados do Brasil.

Moraes afirma que a chegada das startups trouxe forte impacto na cultura organizacional com um todo, além da mudança de mindset das pessoas que participaram do processo. “Provou que as startups podem acelerar os desafios, gerou sentimento de pertencimento entre os colaboradores das áreas de negócio e reforçou nossa posição como marca inovadora”, afirma.

A transformação cultural a partir da inovação na Unimed-BH, aliás, também foi narrada em um de nossos cases de inovação. Essa mentalidade também se mostrou fundamental para a implementação ágil da telemedicina no atendimento da cooperativa durante a pandemia de covid-19.

Conclusão: elementos essenciais na transformação cultural a partir da inovação

Ao longo deste post contamos alguns exemplos sobre a importância da transformação cultural e como ela tem ocorrido. Para concluir, vamos listar algumas dicas essenciais para manter uma cultura de inovação permanente. Afinal, a inovação deve ser um ativo estratégico para a cooperativa e não um projeto pontual.

Por fim, não devemos deixar de lado a importância das lideranças apoiarem processos de inovação e darem autonomia aos seus colaboradores. Afinal, como diria Steve Jobs, “não faz sentido contratar pessoas inteligentes e dizer a elas o que elas devem fazer; nós contratamos pessoas inteligentes para que elas possam nos dizer o que fazer”.

Que tal se aprofundar ainda mais no tema? Então confira o nosso e-book Cultura da Inovação no Cooperativismo, e conheça ferramentas, conceitos e mitos em torno da inovação!

<p>Saiba mais sobre como a simbiose entre inovação e competitividade funcionam, com casos práticos e dicas para implantar na sua cooperativa!</p>

Inovação e produtividade: o match perfeito

A relação entre inovação e produtividade é fundamental para a competitividade - veja como unir esses elementos na sua coop!


Melhorar a produtividade é um grande desafio para os negócios em um mundo de aceleração digital e surgimento de novas ferramentas tecnológicas. Quem não consegue melhorar a eficiência, corre o risco de ficar para trás. É nesse cenário que inovação e produtividade andam juntas!

A inovação soluciona problemas, agrega valor às atividades, reduz custos e, dessa forma, estimula a produtividade. Portanto, não tem como falar de aumento de produtividade sem levar em conta os efeitos das novas ideias e tecnologias.

Muito mais do que um diferencial, a produtividade é uma necessidade das cooperativas. Afinal, trata-se de um fator intimamente ligado à competitividade dos negócios. Seja nos serviços financeiros ou na lavoura, as cooperativas precisam ficar mais produtivas.

Neste artigo, você irá conhecer mais sobre a conexão que existe entre inovação e produtividade e como é possível uní-las na sua cooperativa, com direito a exemplos práticos de sucesso. Aproveite a leitura!

Como a inovação melhora a produtividade

Inovar é resolver problemas - atuais ou futuros - e aprimorar processos. A inovação pode ser contínua ou disruptiva. Mas o que torna uma inovação um sucesso é sua capacidade de melhorar a produtividade onde ela for aplicada.

Além disso, é importante considerar a velocidade dos avanços. Em um mundo cheio de mudanças, a inovação aumenta a competitividade das cooperativas, tornando-as mais modernas e efetivas para cooperados e clientes.

Dessa forma, a competitividade é um grande desafio para muitas cooperativas. Cada um dos ramos tem suas particularidades, o que exige diferentes abordagens. Digitalizar o atendimento? Cortar custos? Automatizar processos? Construir uma cultura que dê valor à educação e ao cultivo de ideias? Tudo isso melhora a produtividade.

Inovação e produtividade no campo

O ramo agropecuário precisa olhar para a produtividade pensando no futuro. Com o aumento populacional, o campo vai precisar encontrar soluções para produzir mais e alimentar o mundo.

O cooperativismo brasileiro é protagonista desse movimento. As cooperativas daqui atendem não apenas o mercado interno, como também marcam presença no mundo todo. Portanto, o ramo precisa estar continuamente em busca de inovações capazes de impulsionar a produtividade de lavouras e criações.

Fecoagro/RS melhora produtividade das lavouras de milho

A Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado de Santa Catarina (Fecoagro/RS) lidou com o problema na prática por meio do Programa Terra Boa. O projeto nasceu quando a entidade, formada por 11 cooperativas, percebeu que a produtividade na produção de milho estava baixa.

O diagnóstico foi de que as sementes que os produtores cooperados estavam usando não eram adequadas às características do solo na região. Assim, a produção de milho não ultrapassava a média de 4.122 kg por hectare, a ponto de que o estado de Santa Catarina não era mais autossuficiente em milho.

Diante disso, a Fecoagro/SC passou a subsidiar a compra de insumos adequados. Ainda foi necessário um processo de capacitação, para que os produtores pudessem manejar as novas sementes de maneira correta.

O resultado foi excelente! A produtividade de milho nas pequenas propriedades associadas à intercooperação passou de uma média de 4.122 kg/ha no ano 2000, para 7.835 kg/ha, em média, em 2020. Contamos essa história com mais detalhes em nossos cases de inovação.

Inovação e produtividade nos atendimentos

A tecnologia e a inovação também são grandes aliadas na busca por melhorias de produtividade no atendimento a clientes e cooperados. Automatizando atendimentos mais simples e repetitivos, por exemplo, é possível resolver problemas com mais rapidez. Ao mesmo tempo, os atendentes humanos lidam com situações mais complexas.

Chatbots e ferramentas de inteligência artificial são outras tecnologias de apoio à produtividade, efetividade, e economia de tempo durante os atendimentos. Elas são úteis para o fechamento de novas vendas, atendimento no pós-venda e para a estratégia de marketing da cooperativa.

No geral, os chatbots podem agregar produtividade em todos os ramos do cooperativismo. Mas segundo a pesquisa Panorama Mobile Time de 2022, dois setores com grande presença de cooperativas se destacam: os serviços financeiros e os de saúde.

Unimed Natal: chatbots ampliam capacidade de atendimento

Um exemplo que contamos em nossos cases de inovação é o da Unimed Natal. Em parceria com a BRbots, a cooperativa potiguar desenvolveu uma solução baseada em inteligência artificial para lidar com a grande demanda em seus canais de atendimento.

O objetivo da inovação era atender mais rápido, melhor e com menores custos - isto é, melhorar a produtividade. Após um período de transição, a nova solução foi muito bem aceita pelos clientes.

Com apoio dos assistentes virtuais, os clientes da Unimed Natal podem agendar, confirmar, cancelar ou reagendar consultas e exames, acompanhar aprovações e status de exames e consultas, negociar dívidas e obter segunda via de boletos. Antes tudo era feito por telefone ou presencialmente por atendentes humanos.

Atualmente, 50% das chamadas de clientes da Unimed Natal são totalmente atendidas pelos robôs. A melhor produtividade fez com que a fila de espera para o atendimento fosse eliminada e, além disso, gerou uma economia estimada em R$ 500 mil até o final de 2022.

Como unir inovação e produtividade na sua cooperativa?

A aliança entre inovação e produtividade, apesar de evidente, não é necessariamente simples de colocar em prática. Nesse sentido, algumas práticas podem colocar a sua cooperativa no caminho de inovar e produzir melhor em prol da competitividade. Selecionamos, então, alguns pontos de partida:

Atualizar a estrutura tecnológica: possuir uma estrutura tecnológica moderna e adequada faz uma grande diferença para os níveis de produtividade. Usar plataformas mais rápidas, com mais recursos e melhor potencial de processamento aprimora a eficiência do trabalho e facilita a adoção de novas tecnologias integradas.

Tirar proveito de ferramentas de IA: já até falamos dos chatbots, mas a inteligência artificial é muito mais do que isso. Há uma série de ferramentas que aproveitam os avanços tecnológicos e oferecem novos recursos para facilitar e automatizar tarefas diversas. Há soluções para gestão de tempo, edição de textos, produção de conteúdo em áudio e vídeo, planejamento e programação, por exemplo. Tanto é que fizemos um guia prático inteiro sobre o tema - veja aqui!

Aproveitar o conhecimento das equipes: a inteligência coletiva é capaz de encontrar respostas para muitos problemas que freiam a produtividade. Quem está com a mão na massa sabe quais processos apresentam gargalos e atrapalham a eficiência. Dessa forma, apostar no intraempreendedorismo é uma ótima pedida para inovar com eficácia.

Proporcionar treinamento e aprendizado contínuos: colaboradores e cooperados atualizados são capazes de propor ideias inovadoras em busca da produtividade. Estar por dentro de novas tecnologias, técnicas e conceitos é fundamental nesse processo. Por isso, ofereça oportunidades de aprendizado e aperfeiçoamento educacional para colher soluções. Portanto, cultive a cultura lifelong learning na sua cooperativa - e sabe como você pode fazer isso? Com os cursos do InovaCoop, clique aqui e confira!

Coagru: escola técnica eleva produtividade

Um exemplo prático de como a educação é um elo entre produtividade e inovação é a Coagru (Cooperativa Agroindustrial União) e sua Escola Técnica Avícola. Após identificar deficiências na produção de frango de corte, a cooperativa apostou na educação como forma de aprimorar a produtividade no segmento.

Assim, a Coagru percebeu a necessidade de capacitar colaboradores e cooperados com conhecimentos técnicos sobre a avicultura. Sem nenhuma entidade capaz de fornecer o treinamento adequado na região, a cooperativa criou sua própria escola técnica.

Em uma iniciativa de intercooperação com o Sicredi Vale do Piquiri, a Coagru investiu R$ 1,5 para financiar as obras e a infraestrutura do projeto, que foi inaugurado em 2015. Com a qualificação, os resultados na produtividade apareceram logo: o peso médio das aves aumentou, assim como a receita proveniente de cada ave comercializada.

Sinais de que sua coop precisa olhar para a produtividade

A baixa produtividade pode ser resultado da falta de uma cultura que dê valor a novas ideias. A aversão exagerada a riscos afeta a capacidade de inovar, o que pode levar ao comodismo e à perda de competitividade.

Diante disso, alguns sinais denunciam que sua cooperativa enfrenta desafios ligados à produtividade e à inovação. Veja três deles:

1. Falta de colaboração: a cooperação precisa existir entre as equipes que tocam a cooperativa. Afinal, a interação e a troca de ideias geram ideias inovadoras. Pode ser que sua cooperativa precise passar por uma transformação cultural.

2. Alta rotatividade: caso sua cooperativa sofra com muitos colaboradores saindo, é hora de tentar entender o que está acontecendo. As pessoas gostam de desafios. A busca por inovação e produtividade é uma forma de estimular e agregar o senso de pertencimento.

3. Falta de transformação digital: não é mais possível deixar as novas tecnologias e o mundo conectado de lado. Para tanto, a transformação digital precisa estar no planejamento da cooperativa. Dessa forma, inovações e ganhos de produtividade serão mais frequentes.

Ferramentas de produtividade

Por fim, a inovação proporciona ferramentas para que a cooperativa tenha ganhos de produtividade. Seja por meio de novas metodologias ou serviços digitais, há uma série de oportunidades para tornar sua operação mais eficiente. Algumas sugestões são:

Metodologias ágeis: a velocidade da nova economia exige que os processos também fujam do tradicional. As metodologias ágeis cumprem esse papel, dando mais rapidez às tarefas e, assim, aumentando a produtividade. Confira o material que preparamos sobre elas!

Sistema de gestão: contar com um bom software para controle, gestão e gerenciamento de processos pode render um grande ganho de produtividade nas cooperativas. Manter todas as áreas da coop integradas em um único sistema contribui para a integração de setores e aprimora a tomada de decisões.

Intercooperação: o ecossistema cooperativista é, essencialmente, colaborativo. Essa união proporciona oportunidades de melhorar a produtividade. Com a intercooperação, as cooperativas conseguem unir forças e somar recursos para obter resultados melhores e ganhar competitividade.

Conclusão: a simbiose entre inovação e produtividade

A busca pela produtividade é um dos maiores motores da inovação. Modernizar, aprimorar processos, adotar novas tecnologias, educar e dar protagonismo à criatividade: tudo isso deixa a sua cooperativa mais produtiva.

Portanto, mais do que nunca, é hora de trabalhar esses dois elementos conjuntamente, de forma estratégica e central no planejamento das cooperativas. A construção de uma cultura voltada à inovação e à busca pela produtividade é cada vez mais necessária para todo o ambiente de negócios cooperativista.

No fim das contas, inovação e produtividade nutrem uma relação de simbiose e crescimento mútuo. Ambas se estimulam em um ciclo virtuoso de novas ideias e ganhos de competitividade. Com isso, o protagonismo das cooperativas na economia digital passa por organizações mais produtivas e inovadoras.

Que tal aprender com algumas das companhias mais inovadoras - e produtivas - da economia global? Então confira nosso e-book que esmiúça como Apple, Google e Amazon se organizam estrategicamente para inovar!

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