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<p>A gestão potencializa o surgimento e a execução de novas ideias. Veja, então, como fazer a gestão de inovação nas cooperativas!</p>

Gestão da inovação: o que é e como as cooperativas podem fazê-la

Inovar não é um ato isolado, mas algo que exige a adoção de uma nova mentalidade por toda a organização. Ou seja, é um processo contínuo e que, portanto, demanda gestão. Mas o que é Gestão da Inovação, então?


A gestão da Inovação pode ser definida como um conjunto de processos e atividades que permitem a implementação e continuidade da inovação nas cooperativas. Ou seja, o controle de todo o processo e de suas variáveis, bem como seus fundamentos e atividades.

Dessa maneira, a gestão da inovação compreende todas as etapas: começo (entradas), meio (processamento) e fim (saídas e geração de resultados). Consequentemente, a gestão de inovação estabelece meios e métodos para gerar valor, concretizando ideias. Há ferramentas que auxiliam nesse processo.

Neste artigo, veremos como fazer a gestão da inovação em cooperativas, começando pela história da gestão da inovação. Aproveite a leitura!

O que faz a gestão da inovação

Para aplicar uma política de gestão da inovação é preciso, antes de tudo, entender o que ela é na prática. O primeiro ponto é alinhar internamente o que a cooperativa entende por inovação. De forma geral, as organizações tendem a entender que inovação é a implementação de novas ideias que geram valor.

Entretanto, independente de qual for a definição específica de inovação, a cooperativa deve alinhar a liderança e os colaboradores em torno de um mesmo entendimento. E isso é algo que entra no rol da gestão da inovação.

Delimitando a inovação

Para tanto, é essencial delimitar a inovação, o que pode ser feito ao definir quais são os dois principais tipos de inovação:

A inovação disruptiva consiste na elaboração de um novo produto, serviço ou processo que muda completamente a realidade de um mercado. Um caso clássico é a criação da Uber, que modificou profundamente a mobilidade urbana. O surgimento do cooperativismo de plataforma também representa uma disrupção.

São mudanças que apenas otimizam algo que já existe e, portanto, proporcionam uma melhor geração de valor aos produtos e serviços da cooperativa. A criação do chatbot Theo é uma inovação incremental que aprimorou o atendimento digital do Sicredi, por exemplo.

Nível de inovação

Outro ponto de atenção da gestão da inovação diz respeito à profundidade da iniciativa inovadora. Há, resumidamente, três níveis de inovação, que são:

Primeiro nível: neste nível, a inovação é apenas incremental. Ou seja, visa somente o aprimoramento do que já existe na cooperativa.

Segundo nível: já neste caso, a inovação visa novos negócios. Isto é, envolve mercados onde a cooperativa já atua e, de certa maneira, domina. Para inovar no segundo nível, a cooperativa precisa entender mercados semelhantes e desenvolver formas de explorar novas oportunidades de negócios.

Terceiro nível: por fim, estão as inovações disruptivas. Elas surgem, em geral, nesse nível, que se volta a ideias mais arriscadas e que demandam validação. É neste nível de inovação que surgirão novos produtos e serviços que vão transformar a atuação e o futuro da cooperativa.

Foco da inovação

Uma vez que já há entendimento de como a inovação se desenvolve, é importante entender a realidade atual da cooperativa e vislumbrar em quais horizontes a inovação vai atuar. A gestão da inovação, nesse sentido, considera dois panoramas:

Ao dar início à gestão da inovação, pode ser prudente manter um foco único de inovação. Em geral, isso significa pensar em inovações incrementais de processo e produtos já existentes.

Ao amadurecer a capacidade de gestão da inovação a cooperativa se torna capaz de trabalhar de formas variadas simultaneamente. Assim, além de fazer a inovação incremental em processos, produtos e serviços, a cooperativa começa a pensar em novos projetos relacionados ao seu negócio e a mercados similares.

Desenvolvimento da gestão da inovação em cooperativas

Os resultados obtidos pela cultura de inovação melhoram conforme a capacidade de gerenciar e estimular o desenvolvimento da inovação. Ademais, o desenvolvimento é facilitado a partir de algumas iniciativas. Confira um pouco mais sobre cada uma delas:

A gestão da inovação, ao considerar os acertos e erros cometidos pela cooperativa no passado, consegue entender o perfil do público interno, dos clientes e as peculiaridades do mercado em que a cooperativa atua.

Mais do que compreender o contexto e o histórico da cooperativa, a capacidade de aprendizagem contínua desenvolvida e estimulada pela gestão da inovação permite explorar caminhos e formas diferentes de inovar, além de proporcionar uma atualização dos conhecimentos e habilidades dos profissionais.

A cultura voltada à inovação torna os colaboradores mais propensos a tomarem iniciativas com potencial de gerar valor à cooperativa. A construção da cultura de inovação depende de ações que fazem parte da gestão da inovação.

No entanto, uma vez que esta cultura esteja minimamente desenvolvida dentro da cooperativa, a gestão da inovação tem muito a ganhar, pois o processo se retroalimenta. Para o estabelecimento da cultura de inovação, a cooperativa pode lançar mão de ferramentas como one-on-one (reunião do colaborador com seu gestor direto), encontros comuns e presenciais para comunicar expectativas, palestras e treinamentos.

Além do poder do exemplo, liderança está diretamente relacionada à capacidade de desenvolver pessoas que venham a sugerir melhorias para a cooperativa e, consequentemente, gerar valor para o negócio.

Então, a cooperativa precisa de líderes capazes de incentivar os colaboradores a terem novas ideias e a fazer as coisas de maneiras diferentes. Portanto, as lideranças da cooperativa devem não apenas abertas a ouvir as sugestões das pessoas, mas também estimulá-las. E isso é feito, dentre outras maneiras, ao não censurar propostas e ideias.

A liderança também estimula a gestão da inovação ao definir a estratégia da cooperativa e, nele, considerar instrumentos, programas e iniciativas que, por meio da inovação, gerem valor à cooperativa.

O marketing é uma ferramenta que pode ser usada para aprimorar a gestão da inovação. É por meio do endomarketing que é feita a comunicação que mantém as pessoas bem informadas e possibilita o engajamento nas iniciativas voltadas para inovação. Nesse cenário, novas ideias circulam na cooperativa e aumentam seu potencial criativo.

Como vimos, inovação é geração de valor. Então, mesmo que nos primeiros passos não exista expectativa por retorno financeiro, em algum momento é preciso começar a medir o ROI (Retorno sobre o investimento) das iniciativas de inovação.

Afinal, a inovação precisa ser vista como investimento e faz parte da gestão da inovação atentar para essa relação entre alocação e retorno de recursos financeiros. Logo, as cooperativas precisam medir os resultados da inovação, o que acontece a partir da definição de indicadores de desempenho para acompanhar cada etapa do processo de inovação.

Isso inclui verificar quais são as etapas do processo de inovação em que o desempenho pode ser melhorado para aumentar o aproveitamento do potencial empreendedor e criativo dos colaboradores.

A gestão da inovação se relaciona com o público interno e também externo para captar realidades e perspectivas diversas. Levar pessoas de fora para falar na cooperativa, visitar eventos e realizar capacitações são iniciativas com potencial para ajudar na educação dos colaboradores. Avaliar concorrentes e cases práticos também são importantes ferramentas na gestão da inovação.

Importância dos cases para a gestão da inovação

O benchmarking é uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento da inovação. Por isso, olhar para programas de inovação no cooperativismo é uma estratégia interessante para desenvolver a inovação dentro da sua própria cooperativa.

Este tipo de pesquisa traz inspiração para o desenvolvimento de uma cultura de inovação. Afinal, programas de inovação são frutos de processos de trabalho bem estruturados. Eles têm em comum a promoção contínua e integrada da inovação, que não é decorrente de iniciativas isoladas. Assim, estão intrinsecamente ligados à estratégia da cooperativa.

Além disso, observar cases traz aprendizados importantes a partir dos erros e acertos feitos por outras organizações. Uma verdadeira cultura de inovação disseminada por todo um setor evidencia a importância da troca de informações em prol da comunidade como um todo. Ou seja, de maneira bastante ligada aos princípios do cooperativismo que propõem a intercooperação.

Para facilitar o acesso a cases de inovação de cooperativas em todo o País, o InovaCoop conta com uma seção totalmente dedicada a contar cases inspiradores de inovação no cooperativismo. Confira!

Conclusão

Em suma, a gestão da inovação atua nas seguintes frentes:

Assim sendo, a gestão da inovação é responsável por planejar, organizar e controlar as ações acima, contribuindo de muitas maneiras para a cooperativa. Dentre os benefícios da gestão da inovação estão, dentre outras:

• Valorização da marca da cooperativa

• Aumento da vantagem competitiva

• Crescimento das receitas

• Abertura de novos mercados

• Alinhamento entre processos e estratégia

• Atração e retenção de talentos

Como podemos ver, a Gestão da Inovação é algo muito valioso, pois leva a uma compreensão mais ampla da inovação e fortalece uma mentalidade mais inovadora nos colaboradores e cooperados, levando a uma transformação positiva na cultura organizacional.

A cooperativa precisa assumir o protagonismo neste assunto para obter resultados positivos e gerar valor, com cada vez mais impacto na cooperativa e na sociedade. A melhoria de cada um dos processos envolvidos com a política de inovação depende de uma gestão assertiva.

<p>Como e por que adotar a gamificação na sua cooperativa para aumentar a inovação e engajamento de cooperados e clientes.</p>

Gamificação: como utilizar a inovação para engajar?

Dê o start na gamificação e descubra por que essa prática está sendo usada pelas maiores companhias do mundo


Uma forma de engajar equipes e fidelizar clientes e cooperados através de um dos instintos humanos mais fortes: a competitividade positiva. É assim que podemos definir a gamificação, termo tão em alta no mundo dos negócios.

Estamos falando de uma estratégica que ativa todas as características necessárias para unir, ensinar, comunicar e sensibilizar pessoas. É capaz, por exemplo, de colocar times e públicos inteiros em contato com os valores das cooperativas de uma maneira leve e orgânica.

Então, dê o play nessa leitura e prepare-se para aumentar seus “pontos de experiência”, como é dito no mundo dos jogos famosos, pois você está prestes a aprender como se tornar um vencedor da gamificação, aplicando-a na sua cooperativa.

O que é a gamificação?

O conceito de gamificação define o estudo dos efeitos do sistema dos jogos no comportamento humano, especificamente em termos de consumo. Sua análise envolve disciplinas como a psicologia, e tecnologia da informação, o design e a administração.

Essa estratégia pode ser definida como o uso da lógica dos jogos para atingir resultados específicos, como o engajamento de um time, a transmissão de conhecimento ou a interação com marcas visando a fidelização de clientes.

Atribuição de pontos, criação de objetivos, trabalho em grupo, evoluções de níveis e até aumentos de habilidades são técnicas retiradas de games e materializadas na vida real pela gamificação, que pode ser aplicada através de cartas, gincanas, jogos digitais, tabuleiros e muitos outros.

E como a gamificação impulsiona o engajamento?

Se você está se perguntando “como o uso de cartas pode fazer com que meu time seja mais produtivo ou meus cooperados se tornem mais próximos da minha cooperativa”, está no caminho certo. Autores como Sebastian Deterding, Jane McGoningal e Gabe Zichermann se questionaram sobre as mesmas coisas para estudar a gamificação.

E entre as muitas descobertas feitas, percebeu-se a ativação de partes específicas do cérebro quando as pessoas jogam. Basicamente, os jogos têm elementos responsáveis por gerar interesse e senso de conquista muito grandes, liberando hormônios como a dopamina e a serotonina em nosso organismo.

É por isso que podemos passar horas e horas jogando sem que nem notemos o tempo passar. E foi esse efeito que chamou tanto a atenção das organizações e mostrou que a gamificação pode ser o caminho para fugir da mesmice e transmitir informações de forma realmente envolvente.

Aqui estão algumas das características dos jogos que foram adaptadas na gamificação como conhecemos hoje.

Definição de objetivos

Quando você está aprendendo a jogar um game novo, é comum que logo faça a seguinte pergunta: O que eu tenho que fazer para ganhar?

Isso não acontece à toa: uma das razões pelas quais os jogos conseguem prender a atenção por tanto tempo é a capacidade de criar metas a curto e longo prazo, deixando o usuário sempre com gostinho de que ele pode se superar.

Se você está pensando em criar um treinamento com gamificação, pode dividir a equipe em times diferentes e promover um desafio que deve ser cumprido em um determinado tempo, por exemplo.

Colaboração e competitividade

Pode parecer contraditório ver a competitividade como uma forma de aproximar seus colaboradores, mas esse é um caminho extremamente eficiente na gestão de equipes, bem como no marketing.

Em um bom jogo, não existem perdedores: todos saem ganhando alguma coisa, seja um prêmio ou um aprendizado. Por meio da colaboração, os cooperados podem aprender muito mais sobre seus colegas, reformular valores, fortalecer vínculos e, principalmente, se desenvolver.

Em termos de divulgação de produtos e serviços, isso também é interessante. Criar pontos de contato entre diferentes consumidores para que eles possam colaborar entre si ou criar uma competição saudável foi a base para muitas estratégias de sucesso.

Estímulo à criatividade

Imagine que você desafiou seus clientes e colaboradores a criarem um novo jingle para a empresa em três dias e com o uso de palavras pré-determinadas, argumentando que o resultado mais criativo seria oficializado e renderia prêmios para quem os desenvolveu.

Com certeza, as pessoas teriam que sair de suas zonas de conforto e pensar fora da caixa, não é mesmo? A prática deste hábito é extremamente positiva para gestores que visam conteúdos mais originais e únicos, gerando destaque em termos de inovação para cooperativas.

Mecanismos de recompensa

Poucas sensações são tão boas quanto a de passar de nível em um jogo, principalmente quando ele é difícil ou exige muita técnica. Na gamificação, esse elemento é usado para gerar mais tempo de interação e proporcionar uma sensação de autorrealização atrelada à cooperativas. Aqui estão alguns exemplos hipotéticos:

  1. A cada X amigos indicados, você ganha X desconto na sua próxima compra.
  2. A cada X reais investidos em nossos produtos, você ganha um prêmio.
  3. Suas participações em reuniões geram pontos que podem ser trocados por benefícios.

Geração de interesse por um assunto

Como comentado anteriormente, a gamificação se destaca por captar a atenção de indivíduos. Mas o que é realmente interessante nessa técnica é que ela permite não apenas conquistar a curiosidade do público, mas direcioná-la por toda uma jornada.

Poucas pessoas querem assistir uma apresentação de 300 slides sobre a sua marca ou assistir a um vídeo longo sobre os diferenciais dela. Mas todo mundo gosta de se envolver em narrativas interativas, em que a participação delas faz toda a diferença para que um objetivo seja alcançado e uma recompensa seja proporcionada.

Por que adotar a gamificação nas cooperativas?

Porque a gamificação e o cooperativismo têm tudo a ver. Afinal, ambos materializam a ideia de que a colaboração pode funcionar melhor do que a competitividade negativa para gerar resultados mais benéficos a todos os envolvidos.

Além disso, os resultados falam por si: um estudo da TalentLSM indicou que a gamificação pode aumentar o envolvimento dos funcionários em treinamentos online em até 90%. Esse dado evidencia todo o argumento usado anteriormente de que esse sistema gera um aumento significativo do interesse do público na mensagem da sua cooperativa.

Elementos da gamificação

Os jogos parecem ter um certo “elemento secreto” com o poder de nos manter com foco durante horas e nos envolver em cada partida, não é mesmo? Mas a verdade é que não existe nenhum mistério nesse efeito. Trata-se apenas do uso de técnicas que, quando combinadas, causam esse forte engajamento. Confira quais são elas:

Emoções

Imagine duas situações: na primeira, você precisa chegar de um ponto ao outro sem ser interrompido por obstáculos. Na outra, você precisa ajudar uma simpática criatura a comer o máximo de bolinhas em um labirinto sem que os fantasmas o capturem.

Qual das descrições te emocionou mais?

Esse é o poder das emoções na gamificação. Uma vez que você conta uma história, como foi a citada anteriormente e inspirada na sinopse de PacMan, fica infinitamente mais fácil transmitir uma ideia.

As pessoas querem se envolver com personalidades com quem se identificam e sentir tudo o que um jogo proporciona. Na gamificação em cooperativas, não é diferente: ao estimular emoções positivas, o público se torna muito mais aberto para interagir com você.

Narrativa

Já se foi o tempo em que os jogos contavam narrativas simples. Hoje em dia, podemos encontrar verdadeiras obras literárias e cinematográficas tanto em games digitais quanto nos mais clássicos como os de tabuleiro.

Se você desafiar sua equipe a aumentar as vendas, está informando algo. Mas se você criar um conceito que os coloca como astronautas descobrindo um planeta novo e compartilhando produtos com os habitantes desse lugar, você vai ver resultados totalmente diferentes.

Relacionamentos

Esqueça aquele conceito de jogos que causam discórdia entre amigos e familiares. Apesar deles serem muito engraçados em momentos de descontração, eles geram um efeito totalmente contrário do que a gamificação no cooperativismo pode proporcionar. A ideia aqui é fazer com que as soluções dos jogos só sejam encontradas quando todos cooperam.

Com as premissas certas, você consegue fazer com que pessoas de setores diferentes se envolvam, interajam e descubram que têm muito mais em comum do que imaginavam. Isso é muito válido se considerarmos que em algum projeto futuro, eles já vão ter “quebrado o gelo” e vão conseguir trabalhar juntos com muito mais eficiência.

Restrições

Seria muito fácil chegar ao outro lado do labirinto se o PacMan não precisasse desviar dos fantasmas, não é? Na verdade, ficaria até chato e entediante, já que não haveria desafio algum a ser superado.

Na vida real, acontece algo muito similar. Existem centenas de restrições que fazem com que as cooperativas precisem desviar e encontrar novos caminhos para entregar resultados, principalmente através da inovação.

A gamificação ajuda o público a entender o que são as restrições e o treina para enfrentá-los com ânimo e com a perspectiva de que algo melhor está prestes a chegar, principalmente se todos trabalharem juntos.

Progressão

Ficar no mesmo nível só é interessante se você puder passar para o próximo. A progressão é um elemento essencial da gamificação, pois mostra ao player que ele evoluiu e reconhece o avanço dele.

No cooperativismo, a lógica deve funcionar da mesma forma: uma vez que alguém aprimora suas habilidades a ponto de estar pronto para um novo trabalho, esse reconhecimento deve chegar na forma de um estímulo para que isso continue acontecendo em um ciclo de autodesenvolvimento.

Conquistas

Nem todo esforço se resume a progredir. Alguns deles dizem respeito apenas a ter conquistado alguma coisa, mostrando que você tem alguma característica única.

Se um cliente consumiu um número significativo de compras, que tal presenteá-lo com o título de “consumidor fiel”, que pode ser exibido em suas redes? Ou então, se um colaborador aprendeu um novo idioma, como ele se sentiria ao receber um broche que diz que ele é um “funcionário sem fronteiras”?

Como a gamificação funciona

Nós citamos diversos usos para a gamificação em cooperativas. Mas como isso funciona na prática? Basicamente, é desenvolvido um jogo (ou escolhido um que já existe e que se encaixa no perfil do caso) e, depois de testes e aperfeiçoamentos, ele é aplicado junto a um contexto de recursos humanos ou marketing.

Isso pode acontecer através da iniciativa da própria cooperativa ou por intermédio de empresas especializadas no segmento e com know-how específico na área, o que geralmente enriquece bastante a experiência

A seguir, trouxemos um resumo sobre os tipos de gamificação para que você possa sentir com exemplos como essa ferramenta funciona.

Treinamento: Esse é um dos usos mais comuns da gamificação e inclui jogos como fonte de envolvimento e engajamento entre a equipe. Exemplo: uma cooperativa quer melhorar a comunicação entre colaboradores e, ao invés de dar uma palestra sobre o tema, usa um jogo colaborativo para dar exemplos de compartilhamento de informações com inteligência.

Onboarding: Trata-se da recepção a novos membros da equipe, transmitindo uma grande quantidade de informações de um jeito mais leve. Exemplo: um novo funcionário precisa completar todos os níveis do processo para ganhar um emblema de novo integrante do time.

Educação: Ideal para cooperativas que precisem fazer treinamentos mais técnicos e aumentar o nível de conhecimento dos associados. Exemplo: ao invés de falar sobre a organização de documentos no escritório, uma cooperativa pode gerar uma jornada interativa para que o público entenda com atividades todos os atributos necessários.

Marketing: Foca no estímulo a vendas, usando narrativas para envolver o público e incentivá-lo a consumir. Exemplo: uma cooperativa convida consumidores a enviarem um desenho temático com o lançamento de um produto novo.

Engajamento social: Pode ser usado para incentivar a participação de membros, sendo estratégico para cooperativas. Exemplo: uma cooperativa com um fórum online premia os participantes com mais postagens em um determinado período.

Fidelização de clientes ou cooperados: Uma cooperativa pode impactar consumidores com jogos que visam tanto ao aumento das vendas quanto à fidelização. Exemplo: uma cooperativa pode criar um sistema de pontos que dá brindes conforme os clientes consomem com frequência.

Gamificação no cooperativismo

As cooperativas têm uma relação muito forte com a gamificação. A parceria entre esses dois conceitos é antiga e já rendeu casos inspiradores. Aqui estão alguns deles:

Jornada Coop: propagando o cooperativismo de forma gamificada

De forma inovadora, o Sistema OCB aderiu à gamificação para propagar a comunicação dos serviços para todas as cooperativas do Brasil. Basta acessar o site do Jornada Coop com os dados da sua cooperativa e responder as perguntas do game.

Ao final da atividade interativa, você saberá de quais programas a sua cooperativa participa e poderá, de acordo com o resultado, buscar melhorias e inovações.

Sicredi utiliza gamificação para formar líderes

A gamificação foi adotada pelo Sicredi para investir no desenvolvimento de futuros líderes. O programa Comitê Jovem recebeu cursos de crescimento pessoal e profissional para jovens cooperados por meio de uma plataforma lúdica que incentiva os participantes a passarem por desafios.

Já foram mais de 300 mil participantes que concorreram a prêmios e passaram por experiências transformadoras através dessa estratégia de gamificação.

Ailogs: jogo promove educação cooperativa para crianças

Esse caso é um exemplo perfeito de como a educação pode ser transmitida por meio de narrativas bem construídas e envolventes.

Os Ailogs, personagens interestelares que vieram ao nosso planeta ensinar sobre cooperativismo, foram a materialização do amplo conhecimento do Sistema Ailos sobre o tema, simplificando conteúdos de forma leve e divertida.

A ideia é aproximar as crianças da causa de um jeito muito mais envolvente do que apenas uma apresentação com dados. Com os Ailogs, os pequenos entram em um universo de aprendizado e aventuras.

Unimed Cascavel: programa de inovação em elementos de gamificação

Com mais de 98 mil beneficiários, a Unimed Cascavel decidiu que era hora de aumentar sua competitividade. Para isso, foi criada a Fábrica de Inovação: um espaço livre para que colaboradores e cooperados possam sugerir melhorias e novos projetos.

O programa usou técnicas de gamificação para estimular a participação e promover as melhores ideias. Afinal, se o mercado é um jogo, iniciativas como essa fazem com que todos os lados sejam vencedores.

Como aplicar a gamificação nas cooperativas

Para finalizar, decidimos trazer algumas dicas valiosas, práticas e objetivas sobre as melhores aplicações de gamificação em cooperativas. Aproveite:

Transforme processos em jogos

Descubra pontos do seu fluxo de trabalho que podem melhorar e desenvolva um sistema de jogos para otimizá-los. A proposta não é infantilizar essas etapas, mas sim criar uma lógica que faça sentido para quem a usa e padronize as atividades.

Tenha objetivos e mecânicas bem definidos

Um jogo não pode ficar mudando suas regras sempre que algum jogador quer fazer algo diferente. Portanto, vale definir as mecânicas e as regras de funcionamento do seu universo para manter o foco dos participantes.

Integre diferentes áreas da cooperativa

O jogo de futebol da rua ficava muito mais interessante quando outro bairro era convidado para competir também, não é? Na gamificação, vale integrar diferentes setores e unir pessoas que não interagem normalmente por meio de um objetivo em comum.

Estimule a colaboração e a competitividade em busca de um objetivo

Competitividade saudável é sempre uma ferramenta de crescimento. Por isso, vale criar um “lugar seguro” para que todos possam participar de maneira respeitosa e que, ao mesmo tempo, ative o lado vencedor que cada pessoa tem dentro de si.

Proporcione um ambiente otimista

Jogos são divertidos: essa é a grande base deles. Na hora de aplicar sua gamificação, proporcione um clima com um astral positivo, onde todos se sintam confortáveis e com uma energia de entusiasmo.

É hora do jogo!

Se você chegou até aqui, provavelmente tem muita curiosidade em gamificação. Isso nos alegra muito, pois quer dizer que você tem interesse em estratégias humanizadas e eficientes para gestão de cooperativas.

Pensando nisso, queremos te fazer dois convites: o primeiro é, na verdade, um presente. O e-book Gestão de Equipes: como engajar seu time para inovar já está disponível para download gratuito. É uma leitura rápida, leve e muito inspiradora.

Nosso segundo convite é para brincar conosco no Jornada Coop, uma atividade interativa com intuito de trazer insights sobre a sua cooperativa. Trata-se de uma gamificação muito interessante para quem busca melhorias e inovações com alta funcionalidade. É só clicar e aproveitar!

<p>O programa MAIS INOVAÇÃO BRASIL, lançado no final de agosto pelo BNDES e FINEP, com um aporte de R$ 66 bilhões até 2026, se tornou um marco no apoio à inovação para entidades privadas no Brasil e é uma das oportunidades trazidas pelo radar de financiamento do InovaCoop.</p>

Destaques do Radar de Financiamento (outubro de 2023)

Oportunidades de fomento em Inovação para coops brasileiras


O desenvolvimento de projetos de inovação para cooperativas é fundamental para manter e ampliar a competitividade no cenário brasileiro e global. Entretanto, o investimento nesses projetos demanda recursos financeiros. Muitas vezes, organizações privadas hesitam em fazer tais investimentos por conta das incertezas associadas aos resultados desses projetos, sobretudo quando se referem a inovações tecnológicas em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).

Felizmente, existem oportunidades oferecidas por atores do ecossistema de inovação brasileiro, especialmente aqueles vinculados ao governo. Esses atores propõem mecanismos de fomento para compartilhar os riscos relacionados a projetos de inovação.

Os principais mecanismos de fomento são:

Recursos reembolsáveis: Correspondem a financiamentos onde a organização recebe o recurso, mas precisa devolvê-lo posteriormente. Vale salientar que agências como FINEP e BNDES, que incentivam a inovação no Brasil, oferecem taxas de juros mais baixas e prazos maiores para pagamento em comparação com bancos comerciais.

Recursos não reembolsáveis: Se a organização tiver sua proposta aprovada, não precisa devolver esse recurso.

Incentivos fiscais: São benefícios concedidos pelo governo para incentivar setores ou atividades econômicas. Incluem isenções, deduções e compensações, entre outros, reduzindo a carga tributária de empresas que investem em P&D.

Destaques para outubro:

1. No final de agosto, FINEP e BNDES lançaram o mais significativo programa de apoio à Inovação para entidades privadas da história do país, o MAIS INOVAÇÃO BRASIL. Este programa destinará R$ 66 bilhões para inovação até 2026. Neste mês, ressaltamos três oportunidades de recursos não reembolsáveis do programa já em operação pelo BNDES:

a) MAIS INOVAÇÃO - Investimento em inovação

b) MAIS INOVAÇÃO - Aquisição de bens inovadores

c) MAIS INOVAÇÃO - Difusão tecnológica

 • Taxa de Juros Anual: Em comparação a bancos comerciais, financiamentos de agências que fomentam inovação possuem taxas mais atrativas. O programa MAIS INOVAÇÃO apresenta taxas ainda mais baixas. A combinação do Custo Financeiro (TR) com a Taxa do BNDES (entre 2,2% a 2,7%) resulta em uma taxa anual entre 4% e 5%.

Período de Carência: 2 a 4 anos – tempo até iniciar o pagamento do financiamento; durante este período, só são pagos os juros.

Tempo de Amortização: 10 a 16 anos – tempo para finalizar o pagamento do financiamento após o período de carência

 2. Está aberta a chamada pública do PROGRAMA INOVAMAZ da EMBRAPA AMAZÔNIA. O edital convida empresas, cooperativas e instituições registradas no CNPJ a desenvolver soluções tecnológicas em parceria com a Embrapa Amazônia Oriental. A EMBRAPA pode cobrir de 50 a 70% do valor total do projeto com recursos não reembolsáveis. Prazo para submissão: 10/11/2023.

 Para maiores detalhes, não deixe de acessar o Radar de Financiamento !

<p>Depois de 12 anos, Brasil volta a figurar entre as 50 economias mais inovadoras do mundo. Confira os resultados do Índice Global de Inovação. </p>

Brasil ultrapassa Chile e se torna a economia mais inovadora da América Latina

País ganha cinco posições no Índice Global de Inovação e volta a figurar entre as 50 economias mais inovadoras do mundo após 12 anos


Entre os 132 países que integram o Índice Global de Inovação (IGI), o Brasil é agora a 49ª economia mais inovadora do mundo. Em 2023, o país ganhou cinco posições, ultrapassou o Chile e se tornou líder em inovação na América Latina. E entre os cinco países do BRICS, o Brasil está na terceira colocação, à frente de Rússia e África do Sul.

Os dez países mais bem colocados no IGI 2023 são: Suíça, Suécia, Estados Unidos, Reino Unido, Singapura, Finlândia, Holanda, Alemanha, Dinamarca e Coreia do Sul. A classificação, divulgada anualmente desde 2007, foi reconhecida pelo Conselho Econômico e Social das Nações Unidas como um instrumento de referência para avaliar a inovação em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

O Índice Global de Inovação é divulgado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual, em parceria com o Instituto Portulans e o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI).

Apesar do crescimento no Índice Global de Inovação, ainda temos muito a evoluir

Em resumo, a pesquisa aponta que, neste ano, os pesquisadores brasileiros conseguiram inovar mais, mesmo com menos condições em relação a 2022. Ainda segundo o estudo, o Brasil apresenta pontuações elevadas em indicadores como serviços governamentais online (14ª posição) e participação eletrônica (11ª), além de demonstrar força em ativos como marcas registradas e valor global de marcas.

Na comparação com países de renda média alta, o Brasil tem desempenho acima da média nos indicadores de: resultados de conhecimento e tecnologia; resultados de criatividade; sofisticação de negócios; sofisticação de mercados; capital humano e pesquisa; e infraestrutura.

Além disso, o valor dos unicórnios brasileiros (22ª) também é destaque, representando 1,9% do PIB nacional em 2023. O Brasil é reconhecido no ranking do IGI por abrigar 16 unicórnios (startups que atingiram valor de mercado de US$ 1 bilhão).

Mesmo diante dos resultados positivos pelo terceiro ano consecutivo, o Brasil, que tem a 12ª maior economia do mundo, ainda está aquém do seu potencial. Essa é avaliação do presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

“Precisamos de políticas públicas modernas e atualizadas e, para isso, o índice tem o papel fundamental de auxiliar na compreensão dos pontos fortes e fracos do Brasil.”, disse Andrade ao site da Exame.

Oportunidade para ecoinovação

A busca por melhores resultados significa também uma oportunidade para as organizações brasileiras. E essa oportunidade, segundo os organizadores do Índice Global de Inovação, pode passar pelo estabelecimento de uma cultura de ecoinovação - ou "inovação verde" - no país.

Na prática, os especialistas entendem que as áreas de gestão de resíduos, conservação de energia, energia alternativa e transporte oferecem capacidades inovadoras promissoras na indústria brasileira.

Inclusive, apostam que o Brasil tem uma oportunidade histórica de se tornar um líder verde globalmente, já que possui mais patentes verdes em comparação às principais economias (16,1% no Brasil contra 14,9% nos EUA, 14,3% na UE e 15,3% na China).

Como funciona o Índice Global de Inovação (IGI)

O IGI de 2023 utiliza 80 indicadores para monitorar as tendências mundiais no campo da inovação em mais de 130 economias. A posição global dos países no índice é resultado de um cálculo que divide os indicadores em “insumos de inovação” (inputs) e “resultados de inovação” (outputs), em que há pesos diferentes para cada indicador.

A categoria resultados de inovação indica o desempenho dos países quanto à inovação produzida. Por exemplo: produção científica, patentes, novos produtos, serviços e processos, entre outros indicadores.

No geral, o estudo também evidencia que um grupo de economias emergentes vêm melhorando sistematicamente seu desempenho no IGI devido aos seus investimentos no ecossistema de inovação, que faz toda a diferença, segundo o diretor-geral da Organização Mundial da Propriedade Intelectual, Daren Tang.

"O IGI de 2023 reforça que, apesar da desaceleração do financiamento de capital de risco em âmbito mundial, a capacidade inovadora segue crescendo em ritmo pujante, embora esse crescimento tenda a ser cada vez mais qualitativo e menos quantitativo", afirma Tang.

O relatório completo do Índice Global de Inovação 2023 pode ser baixado clicando aqui

<p>Entenda o que é a economia dos criadores e como a sua cooperativa pode tse aliar a influenciadores digitais!</p>

Economia dos criadores: o que é como sua cooperativa pode influenciar pessoas

Quantos likes teve seu último post? Os criadores digitais podem impulsionar seus números e dar uma cara para sua marca


A forma com que consumimos conteúdo mudou. Agora, os criadores digitais são protagonistas do entretenimento e da informação na era digital. Estamos conectados o tempo todo e, portanto, em contato com suas postagens e interações cada vez mais influentes. Essa é a economia dos criadores.

Os criadores de conteúdo para a internet e influenciadores digitais atuam em um mercado ainda muito novo, mas já enorme. Tanto em números quanto em impacto. Essa nova realidade está mudando, também, o marketing digital e a publicidade nas redes.

O uso da imagem desses criadores para potencializar e dar visibilidade às marcas ficou conhecido como marketing de influência. Associar a marca a uma pessoa famosa não é exatamente novidade, mas a economia dos criadores tem características próprias.

É isso que veremos neste artigo. Você vai entender melhor o que é a economia dos criadores, verá a força do marketing de influência, conhecer etapas para inserir sua cooperativa nesse ambiente e aprender quais são as armadilhas que você deve ficar de olho para evitar. Aproveite a leitura!

O que é a economia dos criadores

As plataformas digitais se tornaram uma fonte quase infinita de conteúdo. Fotos, vídeos, stories, textos, tweets, podcasts, memes e tudo o mais que consumimos nas redes. Esse mercado cresceu tanto que consolidou uma nova classe: os influenciadores digitais.

Essa é a economia dos criadores: um fenômeno que está tornando os influenciadores digitais cada vez mais protagonistas no mercado de conteúdo. Se antes era necessário aparecer na mídia tradicional para ganhar relevância, agora as redes sociais democratizaram a produção de conteúdo, quebrando barreiras e fronteiras.

Esse mercado ainda passa por uma fase de amadurecimento e profissionalização, mas os números já mostram que o impacto é grande. Uma pesquisa da Opinion Box revela que 77% dos entrevistados acompanham influenciadores. Além disso, 55% das pessoas ouvidas no estudo admitem que já compraram algo indicado por um influenciador.

Ou seja, a economia dos criadores tem muita coisa a contribuir para o marketing digital - o que o mercado já está percebendo. A pesquisa Youpix+Nielsen ROI & Influência 2023 mostra que as marcas estão dando cada vez mais valor aos influenciadores. Isso resulta em mais investimento: quase 85% das marcas participantes do levantamento têm a intenção de aumentar os valores dedicados aos criadores.

As características da economia dos criadores

A economia dos criadores é fruto de uma série de dinâmicas peculiares. Algumas de suas características são:

Produção independente: a grande maioria dos criadores atuam por conta própria, sem grandes estruturas de mídias por trás. Conforme o mercado cresce, novas formas de organização e agências estão surgindo, mas não é necessário fazer parte de uma companhia de mídia para crescer na economia dos criadores.

Nativos digitais: as novas gerações já nasceram com a internet difundida e cresceram conectadas. Assim sendo, seus grandes ídolos não estão mais na TV, nos jornais ou no cinema, mas sim no YouTube, no Instagram e no TikTok.

Conteúdo de nicho: os criadores digitais conseguem formar comunidades de interesse em temas específicos e nichados que não teriam espaço em mídias tradicionais. Jogos antigos de um console obscuro? Rock progressivo contemporâneo? Esportes de inverno? Se tem gente interessada, vai ter gente criando conteúdo sobre.

Conexão constante: vivemos conectados incessantemente em nossos aparelhos. Com isso, o fluxo de consumo de conteúdos é muito veloz e em grandes quantidades. Quantas telas você vê por dia só no seu celular? Todo esse tempo online gera demanda para mais conteúdo dos criadores.

Poder dos algoritmos: as plataformas de conteúdo e redes sociais usam algoritmos para seguir continuamente oferecendo conteúdo. Para isso, elas identificam os gostos, interesses e hábitos e, então, distribuem conteúdo com base nisso, mesmo que tenha sido feito por alguém que você nunca viu antes. Neste artigo, explicamos melhor como esses algoritmos funcionam

Identidades e conexões: na economia dos criadores, as pessoas podem seguir influenciadores com que se identificam. Isso torna a relação muito mais próxima e fomenta comunidades digitais centradas em temas ou até mesmo nos próprios criadores.

Alcance: a internet não tem (muitas) fronteiras. Com isso, criadores podem fazer sucesso no mundo todo. Um brasileiro pode acompanhar um influenciador de qualquer lugar do mundo, assim como criadores têm capacidade de se tornarem fenômenos globais sem nem sair de casa.

A nova lógica de consumo de conteúdo

O consumo de internet está crescendo sem parar nos últimos anos, segundo a pesquisa #PUBLI: o impacto da Creators Economy entre os internautas brasileiros, da IAB Brasil. No Brasil, já são quase 150 milhões de usuários de internet consumindo a produção de criadores, por exemplo.

Ademais, as telas diminuíram. O aparelho mais comum para consumir conteúdo é o celular, um fenômeno central para a construção da economia dos criadores. Quanto mais tempo as pessoas passam nas redes sociais, mais conteúdo consomem.

O resultado disso é que os usuários estão passando mais tempo com conteúdos produzidos pelos criadores digitais do que com produções profissionais. Ao todo, segundo a IAB Brasil, os conteúdos de criadores representam 39% das horas semanais de mídia consumidas pelos americanos com mais de 13 anos de idade. Streaming pago e TV, somados, chegam a 38%.

Monetização e oportunidades de marketing digital na economia dos criadores

As dinâmicas financeiras da economia dos criadores têm lógicas próprias. Na maioria dos casos, os criadores recebem uma fração da publicidade veiculada pelas plataformas em seus conteúdos. No geral, porém, os valores são relativamente baixos.

Os criadores também podem receber diretamente do público, por meio de serviços de financiamento coletivo. Além disso, influenciadores também transformam a própria imagem em uma marca para vender produtos.

Por fim, a economia dos criadores abriu um novo mercado em que marcas aproveitam a imagem e a proximidade desses influenciadores com o público para realizar ações de marketing digital. Esse é o marketing de influência, que iremos conhecer melhor agora. Será que sua cooperativa pode tirar proveito disso?

A força do marketing de influência na economia dos criadores

O marketing de influência acontece quando as marcas utilizam a imagem dos criadores de conteúdo para se comunicar com seu público. Com isso, as marcas ampliam o alcance de sua estratégia de marketing digital com os diferenciais desse tipo de ação. Alguns pontos que tornam o marketing de influência tão atrativo são:

Segmentação: é muito melhor produzir um conteúdo de marketing que via chegar ao público específico almejado pelo seu negócio. Os criadores são mais segmentados do que a mídia tradicional, nesse sentido. É uma cooperativa que produz carnes? Então que tal fazer uma parceria com um canal que ensina técnicas de churrasco? 

Conversão: dados da Nielsen apontam que mais de 70% dos consumidores confiam na opinião dos influenciadores sobre produtos e serviços. Com isso, ter a marca da sua cooperativa recomendada por um criador consegue melhorar a conversão com o público que o segue.

Engajamento: parcerias com influenciadores também ajudam na construção de marca com os consumidores. Os criadores contam com o engajamento do público e ações patrocinadas também proporcionam engajamento das pessoas com as marcas.

A classe dos influenciadores digitais segue um crescimento vertiginoso. Segundo a Nielsen, são 500 mil profissionais atuando com marketing de influência só no Brasil.

Os microinfluenciadores

Um cuidado importante para a estratégia de marketing de conteúdo é não olhar somente para os números de seguidores dos criadores. Não adianta falar com muita gente se uma grande parte dessas pessoas não tem o perfil do seu produto ou serviço.

Nessa seara, os microinfluenciadores ocupam um papel importante no ecossistema da economia dos criadores. Muitas vezes abordando assuntos de nicho, eles criam comunidades com proximidade e engajamento.

Então sempre leve isso em conta. Vale mais a pena fazer uma ação com um influenciador grande, mas que aborda temas genéricos e dispersos ou com criadores menores, mas relevantes naquilo que sua cooperativa quer vender? A proximidade com o público também é um valor.

O impacto dos influenciadores no momento da compra

O levantamento Marketing de Influência no Brasil, realizado pela Opinion Box, apurou quais os principais motivos que levam as pessoas a fazer compras após conteúdos de criadores digitais. Essas foram as respostas mais frequentes:

Eu já queria comprar e foi decisivo ver alguém testando e aprovando o produto: 38%

Já precisava do produto e o influenciador ou influenciadora me fez lembrar dessa necessidade: 27%

O preço estava baixo e valia a pena comprar: 26%

Era um produto que eu não conhecia e me despertou curiosidade: 24%

O influenciador ou influenciadora ofereceu um cupom de desconto exclusivo: 24%

Confiei no bom gosto do influenciador ou influenciadora: 23%

Era um produto novo que eu queria testar: 21%

Quis ter o mesmo resultado mostrado pelo influenciador ou influenciadora: 16%

Era um produto que estava em alta/ na moda e eu queria tê-lo: 13%

Comprei para me sentir parecido(a) com o influenciador ou influenciadora: 5%

A economia dos criadores e o cooperativismo

O ecossistema cooperativista já deixa os seus impactos na economia dos criadores, tanto por meio do surgimento de influenciadores dedicados ao cooperativismo quanto por ações de marketing e conteúdo com personalidades relevantes no ambiente digital.

O Sistema OCB de forma institucional, assim como as cooperativas, lideram ações que dão mais visibilidade para o modelo de negócios e marcas cooperativistas nas mídias sociais. Tanto é que o Prêmio SomosCoop 2022 contou com a categoria “Influenciador Coop”.

A categoria foi vencida por Marcelo Vieira Martins, diretor-executivo da Unicred União e presença garantida no Instagram, Facebook, canal no Youtube e página no LinkedIn, além de livros publicados.

“Eu assumi um compromisso comigo de devolver para a comunidade, para a sociedade tudo aquilo que pude ter, todos os ensinamentos, o crescimento pessoal e profissional”, disse o executivo e influenciados ao SomosCoop.  

Sistema OCB faz campanhas para difundir o coop

O Sistema OCB também liderou a campanha #BoraCooperar, com a presença de ex-participantes do reality show Big Brother Brasil com influência nas redes. Eles contaram como deixaram de competir entre si e decidiram começar a cooperar.

O objetivo da campanha foi gerar uma conexão com o coop de forma educativa. Os influenciadores Thelma Assis, João Luiz e Caio Afiune refletiram: e se em vez de competir a gente decidisse cooperar? A ação contou ainda com a participação de páginas de fofoca com milhões de seguidores nas redes sociais.

Outra iniciativa com a participação do Sistema OCB na economia dos criadores foi o apoio ao podcast Naruhodo, dedicado à divulgação científica. No episódio, o podcast discutiu se a cooperação entre seres vivos é inata e apontou quais são os pontos positivos em cooperar.

Frimesa ganha prêmios na economia dos criadores

A cooperativa agropecuária integrou o marketing de influência em sua estratégia de marketing e foi premiada. A coop conquistou duas medalhas consecutivas do Prêmio ABEMD (Associação Brasileira de Marketing de Dados) de marketing digital.

Em 2021, a cooperativa ganhou a medalha de ouro pela iniciativa #EuRecomendoFrimesa, que contou com diversas ações de conteúdo, dentre elas uma websérie, com criadores de conteúdo digital preparando receitas com os produtos da marca. Por meio do marketing de influência, a iniciativa gerou engajamento e ainda produziu um e-book de receitas.

Já em 2022, outra iniciativa de marketing de influência ganhou a medalha de prata. Foi a campanha Ceia Prática Frimesa, que, no Natal anterior, reuniu 15 influenciadores mostrando que é possível fazer uma ceia mesmo sem experiência na cozinha - e usando os produtos da cooperativa.

Como inserir a cooperativa na economia dos criadores

Depois de tudo isso dito, já percebemos que, na economia dos criadores, o marketing de influência pode ser um grande aliado para a estratégia digital da sua cooperativa. Mas colocar em prática de forma eficaz exige planejamento e cuidados.

Por isso, então, selecionamos alguns critérios para te ajudar a colocar a sua cooperativa na economia dos criadores. Afinal, não basta somente procurar nomes famosos com muitos seguidores, como vimos. Para associar a marca da sua coop a um criador, fique de olho em:

Alinhamento de valores: se você quer associar a marca da sua cooperativa, tenha certeza de que os valores são compartilhados entre ambas as partes. O criador precisa estar em consonância com a visão de mundo da cooperativa.

Engajamento: ter muitos seguidores pode valer pouco caso o engajamento seja baixo. Isso significa que o conteúdo é fugaz e o influenciador não consegue construir uma comunidade com base em sua popularidade.

Conexão entre criador e produto: o perfil do produtor e seus temas de interesse precisam combinar como o produto que ele está divulgando para sua cooperativa. Será que faz sentido divulgar um plano de saúde para crianças com um criador de conteúdos sobre moda?

Análise de conteúdo: mesmo quando houver o match entre valores e temas, olhe a qualidade do conteúdo que o influenciador publica e veja se condiz com o que você quer que pensem da sua marca.

Comportamento: o mundo digital tem poucos filtros e muitas polêmicas. Pra que correr o risco de ligar a sua cooperativa com um influenciador que arranja confusão? Verifique se o comportamento e a imagem que ele transmite é adequada.

De olho nas métricas

Para mensurar bem a efetividade da estratégia de marketing digital da sua cooperativa na economia dos criadores, é importante acompanhar e analisar os resultados e métricas. Esse processo contribui para diagnosticar o que está sendo feito de certo e errado na incursão da cooperativa no marketing de influência.

São essas métricas, afinal, que irão subsidiar as decisões para futuras colaborações e campanhas junto com os criadores digitais. Portanto, é necessário entender o retorno que o investimento está dando. Eis algumas métricas para acompanhar:

Alcance e impressões: imprescindível para medir o efeito do criador para dar visibilidade à marca. No fim das contas, você quer ser visto, não é? Nesse sentido, dominar os algoritmos faz toda a diferença.

Engajamento: conteúdo bom gera interação: curtidas, comentários e compartilhamentos, por exemplo. Assim, essa métrica ajuda a entender a recepção do público tanto de forma quantitativa (número de likes), quanto qualitativa (explorando os comentários).

Cliques e leads: confira quantas vezes o link que o influenciador postou para seu site foi clicado. Dessa forma, a sua cooperativa vai entender melhor qual é a capacidade de engajamento do influenciador. Além disso, confira quantos leads foram gerados a partir desses cliques.

Reconhecimento de marca: os influenciadores podem ajudar a tornar sua marca mais popular e reconhecida por potenciais clientes ou cooperados. Com a colaboração de um criador, as cooperativas podem começar a ser conhecidas pelas pessoas com uma imagem positiva.

Vendas: muitas campanhas de marketing digital têm o objetivo de vender mais. Para mensurar se a iniciativa está dando o resultado esperado, dê links específicos e rastreáveis para cada influenciador parceiro e veja quantos geram cliques que se convertem em negócios fechados.

Conclusão: economia dos criadores e marketing digital

A economia dos criadores proporciona uma série de novas possibilidades para a estratégia de marketing digital das cooperativas. O crescimento desse mercado motivado pelas mudanças tecnológicas e culturais não deve ser deixado de lado na inclusão do cooperativismo na nova economia.

Esse meio passa por muitas mudanças. Profissionalização, melhores práticas, organização por meio de agências. Mas a maioria dos produtores ainda surge de forma independente para falar de suas paixões e realizar seus sonhos. Por que não fazer uma cooperação de benefício mútuo, então?

Para saber mais sobre marketing digital, confira o nosso guia prático dedicado ao tema! Nele, ensinamos tudo o que você precisa saber para começar: desde os conceitos básicos até o passo a passo para implementar uma estratégia inicial na sua coop!

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