Quando o ambiente proporciona oportunidades e ferramentas, as cooperativas se tornam mais inovadoras
A inovação não existe em um vácuo. Há todo um ecossistema de inovação que incentiva e dá origem às novas ideias que surgem no cooperativismo brasileiro. Esse ecossistema é formado por organizações de diversos tipos, das cooperativas às startups, passando por entidades de fomento e pelo ambiente de negócios.
Diante disso, o InovaCoop sempre se manteve de olho no ecossistema de inovação que torna o cooperativismo tão dinâmico, criativo e competitivo. Neste artigo, iremos retomar os diversos conteúdos de 2023 que abordam os elementos do ecossistema de inovação cooperativista. Aproveite a leitura!
O ecossistema de inovação que potencializa o coop
O cooperativismo é comunitário. Assim sendo, o ecossistema de inovação cooperativista é intimamente ligado às comunidades. Dessa maneira, o interesse pela comunidade, além de ser um dos princípios que guiam o cooperativismo, proporciona um ambiente de inovação diante dos desafios enfrentados por cada região e suas peculiaridades.
Fortalecer o cooperativismo local para torná-lo mais inovador foi, por exemplo, o objetivo do CoopMind, um evento em prol do desenvolvimento do cooperativismo rondoniense. Fomentar ecossistemas de inovação locais é um dos maiores papéis do cooperativismo.
Uma outra grande parceira que apoia o ecossistema de inovação no cooperativismo é a academia. A produção de conhecimento científico ajuda a tornar o coop mais conectado, inovador e competitivo. A Faculdade de Tecnologia do Cooperativismo (ESCOOP), por exemplo, surgiu com o objetivo de atender às demandas de qualificação das cooperativas gaúchas.
Somando comunidades e acadêmicos, é possível gerar conhecimento específico para atender as demandas específicas enfrentadas pelas cooperativas em suas estratégias de inovação com impacto social e local, portanto.
Conexão com startups
As startups ocupam uma posição de destaque no ecossistema de inovação do cooperativismo. Justamente por serem tão diferentes, cooperativas e startups formam uma aliança muito poderosa em prol da inovação. Essa inovação aberta proporciona ganhos mútuos para ambas as partes em busca de dar vida a soluções inovadoras.
Além disso, essa relação pode ensinar muitas coisas para as cooperativas. Como dissemos, são dois tipos de instituições bem diferentes, e é justamente por isso que as cooperativas podem absorver certos aspectos da cultura de startups para que possam se tornar mais inovadoras e dinâmicas - mas, claro, sem abrir mão da identidade cooperativista.
Uma cooperativa que coloca esse ecossistema para funcionar é a Nater Coop, antiga Coopeavi, com seu programa de inovação aberta em busca de novas soluções para seus desafios. A iniciativa recebe inscrições desde empresas e startups até instituições de ensino.
Ecossistema de inovação no campo
E já que chegamos no campo, o cooperativismo agropecuário está inserido em um ecossistema produtivo que está cada vez mais pujante e tecnológico para tornar o campo mais produtivo e, ao mesmo tempo, sustentável.
As startups agropecuárias - isto é, as agritechs - ganham força em meio a um momento de transição tecnológica e adoção de novos recursos em prol dos produtores rurais. Em 2022, 43% das agritechs alcançaram um faturamento superior a R$ 1 milhão, sendo que 11% desse total faturaram mais de R$ 5 milhões. Portanto, esse é um segmento em viés de alta - e que conta com a participação do cooperativismo.
Isso se dá por causa do contexto: estamos passando por um momento de revolução agroalimentar, em que a inovação é uma aliada para que o setor agropecuário alcance os níveis exigidos de produtividade pensando nas exigências futuras. Falamos a fundo desse processo neste e-book!
Fomento ao ecossistema de inovação
Um dos grandes desafios para a inovação é encontrar fontes de recursos para tirar ideias inovadoras do papel. Com frequência, o risco inerente a certas inovações pode ser impeditivo para que as cooperativas sigam em frente com seus projetos. Saber como captar recursos públicos e privados no ecossistema, portanto, é uma forma de dar vida à inovação.
A fim de organizar as oportunidades de fomentos para iniciativas de inovação e ESG das cooperativas, o InovaCoop lançou o Radar de Financiamento, um painel exclusivo que reúne as principais fontes de fomento no Brasil.
“O Radar facilita a visualização de um mundo de oportunidades quando se pensa em financiamento e fomento a projetos de inovação. Este é o primeiro passo para adotar estratégias de captação de recursos para ações inovadoras e sustentáveis que são tão essenciais para impulsionar a competitividade das cooperativas nos mais variados ramos”, explicou Guilherme Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB.
Com o lançamento do Radar de Financiamento, também elaboramos um guia prático que ensina como utilizar a ferramenta em busca de oportunidades de fomento às iniciativas de inovação.
Ambiente de negócios
O ecossistema de inovação também tem muito a ver com o ambiente de negócios ao seu redor. É a partir dele que os caminhos para a inovação se desenham. Para isso, todo o cenário econômico tem influência direta.
Nesse sentido, em 2023 o Brasil ultrapassou o Chile e se tornou a economia mais inovadora da América Latina, segundo Índice Global de Inovação, divulgado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual, em parceria com o Instituto Portulans. No ranking global, no entanto, o país fica somente na 49ª posição.
Quando falamos em ambiente de negócios, não podemos focar apenas na macroeconomia e nos grandes negócios. As pequenas cooperativas têm um papel importante para impulsionar a economia local com inovação e impacto social.
Tendências do ecossistema de inovação
O cenário econômico e o ecossistema de inovação privilegiam quem se antecipa às tendências. Por isso, é importante ficar de olho nas movimentações de mercado, mudanças de hábitos e no surgimento de novas tecnologias. Acompanhar isso não é simples, então listamos cinco maneiras de acompanhar as tendências de inovação.
Uma das dicas é ficar atento aos eventos de inovação. O mais emblemático deles é o South by Southwest (SXSW), que sempre traz à tona as principais tendências para acompanhar em diversas áreas. Nós reunimos aqui sete destaques da edição de 2023 do SXSW.
Conclusão
O ecossistema de inovação cooperativista abre um leque para que as cooperativas sejam protagonistas em seus ramos, fazendo negócios de sucesso e provendo soluções adequadas às novas demandas de mercado.
Este artigo faz parte de uma retrospectiva que resgata as grandes tendências e histórias de inovação cooperativista do InovaCoop em 2023. Fique de olho para conferir os próximos e ficar por dentro do que teve de mais inovador no ano!
Ideias inovadoras e iniciativas sustentáveis andam de mãos dadas no cooperativismo
A agenda ESG, que busca de dar vida ao desenvolvimento sustentável com responsabilidade ambiental, desenvolvimento social e foco na governança, é onipresente no ambiente de negócios contemporâneo. Nesse cenário, ESG e inovação andam de mãos dadas no cooperativismo em prol de novas ideias com impactos positivos para a construção de um futuro melhor.
As cooperativas já perceberam o impacto do ESG nos negócios e estão aderindo a estratégias cada vez mais sustentáveis. A partir disso, o InovaCoop preparou um e-book completíssimo apresentando um panorama sobre a agenda ESG no cooperativismo brasileiro.
Isso acontece porque estamos vivendo um processo de revolução sustentável, e isso tem tudo a ver com a nova face da inovação nos negócios. A busca por uma operação mais sustentável em cada um dos ramos do cooperativismo passa por uma cultura inovadora em busca de novas soluções.
Além disso, ser uma cooperativa ESG é bom para os negócios. Consumidores, parceiros, cooperados, públicos de interesse e órgãos reguladores estão exigindo que as coops sejam mais sustentáveis. A agenda ESG é, até mesmo, uma grande aliada para as cooperativas exportadoras.
Nesta retrospectiva, iremos retomar os diversos artigos do InovaCoop que mergulharam em temas de ESG e inovação, passando por cada um de seus três pilares. Aproveite a leitura - e também as releituras!
ESG e Inovação: sustentabilidade ambiental
Um dos principais pilares da sustentabilidade ambiental e da produção ecológica tem a ver com reduzir o desperdício de materiais por meio do reuso e da reciclagem de matérias-primas. Essa é a principal ideia por trás da economia circular, que vislumbra um processo produtivo mais eficiente na utilização de recursos naturais e redução do descarte de resíduos.
Uma das facetas dessa nova economia ecológica é o design circular, executado a partir da premissa de que o lixo é um erro de design. Quantas vezes você trocou de celular nos últimos dez anos? E quantos deles ainda funcionavam bem quando foram trocados por um mais novo? O design circular quer lidar com essa lógica de produção e consumo.
Para isso, os produtos já são projetados pensando no alongamento da vida útil, em possibilidades de atualizar somente partes obsoletas ou defeituosas e no uso de materiais descartados como matéria-prima para novos produtos. Há cooperativas que atuam nesse cenário - saiba mais aqui!
Logística reversa e cooperativas de reciclagem
Para que o crescimento da economia circular seja possível, no entanto, é necessário que haja um processo de logística reversa, que é um conjunto de procedimentos e ações para realizar a coleta e a restituição de resíduos sólidos para o ciclo produtivo. Isso reduz a poluição e diminui a necessidade de obtenção dos recursos naturais.
As cooperativas de reciclagem cumprem um papel essencial para o funcionamento das iniciativas da logística reversa. Confira algumas dessas histórias:
- Centcoop: oficializada em 2006, ela reúne 21 cooperativas e associações de catadores de materiais recicláveis no DF que somam mais de mil cooperados. Seu papel é realizar a comercialização conjunta dos materiais que as cooperativas recuperam da coleta seletiva por empresas ou pelas próprias cooperativas associadas.
- Recicle a Vida: idealizada em 2005, a cooperativa é contratada pelo Governo do Distrito Federal para fazer a coleta seletiva na região administrativa de Samambaia. Ela também participa de diversas iniciativas de logística reversa, potencializando o impacto ecológico assim como as ações sociais.
- Coopermiti: conforme a tecnologia passou a integrar nosso cotidiano também criou, consequentemente, um fluxo de lixo eletrônico com alto potencial poluente. Diante disso, a Coopermiti, de São Paulo, é pioneira no segmento de reciclagem de resíduos eletrônicos. Só em 2022, ela reciclou mais de 5 toneladas de resíduos.
Créditos de carbono e energia limpa
Uma outra maneira em que as cooperativas podem fazer bons negócios por meio de suas estratégias de proteção ambiental é o mercado de créditos de carbono. Com isso, uma produção agropecuária ou industrial ecologicamente correta é capaz de gerar renda e faturamento para cooperativas e seus cooperados.
Ademais, a transição energética também se apresenta como um elemento central para que as cooperativas consigam unir ESG e inovação. Veja as histórias que contamos em nossos cases de inovação:
- Central Sicredi Centro Norte: a fim de atingir seus compromissos de desenvolvimento sustentável, a central cooperativa construiu uma usina de energia solar no Mato Grosso para abastecer as 140 agências do estado. Isso vai reduzir em 26% a emissão de carbono da coop.
- Frimesa: formado por Lar, C.Vale, Primato, Copacol e Copagril, a Frimesa está em processo de transição energética apoiado no uso de biodigestores em suas plantas industriais e na geração de energia solar.
ESG e inovação: desenvolvimento social
O papel social é intrínseco ao modelo de negócios cooperativista. A OCDE descreve a inovação social como o desenvolvimento e a implementação de novas soluções com o fim de melhorar o bem-estar de indivíduos e das comunidades. Portanto, a inovação social encontra um ambiente propício para crescer nas cooperativas.
As cooperativas agropecuárias do Brasil, por exemplo, têm um enorme protagonismo na jornada pela segurança alimentar em todo o mundo. Dessa maneira, as inovações no Ramo têm um forte potencial de impacto social não só para seus cooperados, mas também para a sociedade como um todo.
No mais, esse também é um elo do ESG que é capaz de gerar boas oportunidades de negócios. É o que acontece com a cooperativa agropecuária Coprodia que impulsiona suas exportações com apoio da responsabilidade social em adição às iniciativas ambientais.
Diversidade e inclusão
A diversidade é um elemento central para a inovação. Pessoas com diferentes visões de mundo e trajetórias de vida são capazes de fornecer ideias e soluções inovadoras diante dos desafios que se impõem no ambiente de negócios.
A fim de inspirar para que as cooperativas sejam cada vez mais inclusivas, então, listamos aqui 6 iniciativas de diversidade e inclusão com participação de Frimesa, CooperJohnson e Sicredi, além de outros exemplos de sucesso que vêm de fora do coop.
ESG e inovação: gestão com governança
Por fim, vem a letra menos chamativa e midiática, mas tão importante quanto as outras, do ESG. A governança corporativa tem um valor imensurável para promover a gestão ética e a integridade da cooperativa perante cooperados, clientes e o mercado.
A governança, afinal, diz respeito às práticas e medidas que visam garantir uma operação ética, transparente e calcada tanto na lisura dos processos internos quanto no relacionamento com atores externos.
Um dos elementos mais importantes da governança corporativa é o estar em dia com o compliance, que quer dizer que a cooperativa se mantém de acordo com as normas regulatórias, leis e princípios éticos. O assunto foi tema da Análise Econômica de junho.
Transparência em foco
Além do compliance, a transparência é outro fator preponderante para a governança, sobretudo para as cooperativas. Nessa seara, produzir um relatório de sustentabilidade é uma ótima maneira de documentar os impactos positivos e negativos da atuação da cooperativa para o ambiente e a sociedade.
Por fim, a transparência também se faz necessária quando estamos falando sobre tratamento e uso de dados. Trata-se, aliás, de um dos principais princípios que dão sustentação ao cooperativismo de plataforma.
Conclusão
Inovação e ESG são duas coisas indispensáveis para as cooperativas em busca de competitividade e perenização. Juntá-las, portanto, é uma maneira de potencializar tanto as ideias inovadoras quanto as iniciativas sustentáveis nas cooperativas.
Este artigo faz parte de uma retrospectiva que resgata as grandes tendências e histórias de inovação cooperativista do InovaCoop em 2023. Fique de olho para conferir os próximos e ficar por dentro do que teve de mais inovador no ano!
“Conteúdo é rei”, escreveu Bill Gates em 1996 - para o marketing de atração, sua opinião segue valendo
Atrair novos clientes e cooperados é um desafio constante para os negócios das cooperativas. Para isso, é necessário divulgar a marca, torná-la conhecida das pessoas, chegar ao público-alvo e atraí-lo. Esse, portanto, é o papel do inbound marketing!
O inbound marketing proporciona uma série de métodos, ferramentas e estratégias para atrair, convencer e converter novos clientes. A era digital, dessa forma, ampliou as possibilidades de inbound marketing perante as particularidades de cada cooperativa.
Na jornada em busca de tornar o negócio sustentável e escalável, encontrar novos clientes se faz fundamental! Diante disso, iremos entender melhor o que é inbound marketing, quais seus objetivos, técnicas e elementos. E para conhecer alguns dos termos deste artigo, veja nosso guia prático Marketing Digital: tudo o que você precisa saber para começar. Aproveite a leitura!
O que é inbound marketing
Com a era digital, o relacionamento entre marcas e consumidores mudou. Publicidade e conteúdo se misturam cada vez mais e, agora, as marcas também são plataformas de mídia. Esses espaços têm o objetivo de criar identidade e obter novos clientes e cooperados. Vem daí a importância do inbound marketing.
O inbound marketing é o marketing de atração com base em um conjunto de estratégias de criação de conteúdo direcionado a um público específico com o objetivo de criar uma conexão entre as pessoas e a marca.
Ou seja, o inbound marketing é uma maneira de atrair potenciais clientes e cooperados, apresentar seus produtos e serviços e criar uma percepção positiva de marca. Esse é o ponto de partida para torná-los clientes e até mesmo propagadores da cooperativa!
Dessa forma, o principal objetivo do inbound marketing é gerar leads - isto é, encontrar possíveis oportunidades de negócios e iniciar o relacionamento com as pessoas que se interessam pelo seu conteúdo e, consequentemente, por aquilo que sua cooperativa oferece!
Assim sendo, estratégias de inbound marketing ajudam a conseguir, por exemplo, o e-mail ou algum outro tipo de dado relevante sobre as pessoas interessadas no seu conteúdo. Essa é uma etapa fundamental para, no futuro, converter e fidelizar essas pessoas.
Benefícios do inbound marketing
O inbound marketing surgiu quando as marcas entenderam que as novas tecnologias digitais abrem novas oportunidades de relacionamento. O termo foi cunhado por Brian Halligan, cofundador da HubSpot, e logo se popularizou entre os profissionais da área que notaram a força dessa estratégia de marketing digital.
Dentre os motivos que tornam o inbound marketing tão relevante e poderoso estão:
• Segmentação de público: alcançar mais pessoas sempre é algo positivo para as marcas. Mas, mais importante ainda, é chegar às pessoas certas! O inbound marketing visa atrair um público segmentado e interessado previamente naquilo que a sua cooperativa tem a oferecer - seja um plano de saúde, um serviço financeiro ou uma nova linha de cafés especiais.
• Visibilidade de marca: produzir conteúdo de qualidade torna a marca mais difundida e reconhecida pelas pessoas. Dessa forma, potenciais consumidores vão atrás do bom conteúdo e, consequentemente, têm contato com a marca, que é divulgada a cada compartilhamento. No fim, as pessoas preferem comprar de marcas que já conhecem.
• Relacionamento com clientes: uma vez que o inbound marketing oferece conteúdo relevante para seu público-alvo, é criada uma relação de confiança e interação entre as partes. A partir de então, essas pessoas estão mais abertas aos seus produtos e serviços. O inbound marketing também possibilita a coleta de feedbacks para aprimoramentos.
• Ciclo de vendas mais eficiente: o ciclo de vendas consiste no tempo em que a cooperativa dispensa desde o primeiro contato com o potencial cliente até a conclusão da venda. Uma das principais vantagens do inbound marketing é diminuir a duração desse ciclo, acelerando o processo de venda. Isso se deve ao conteúdo segmentado, que torna a jornada pelo funil de vendas mais dinâmica e veloz.
• Mensuração ágil dos resultados: capturar dados sobre a eficácia e conversão de leads proporciona a oportunidade constante de melhorar os conteúdos e rever as estratégias de inbound marketing continuamente.
• Crescimento do ROI: dados levantados pela HubSpot indicam que os melhores retornos sobre investimentos são blogs, mídias sociais e marketing de influência. Isso porque os leads qualificados geram ticket médio maior e um nível mais alto de fidelização.
Principais diferenças entre inbound marketing e outbound marketing
Se o inbound marketing existe, seu oposto também. É o outbound marketing, que atua de forma diferente, menos segmentada e em que a marca vai atrás do cliente em vez de fazer o cliente encontrá-la de forma orgânica. Publicidade em rádio, outdoors e conteúdo focado na venda do produto são algumas características. Algumas diferenças entre eles, portanto, são:
Elementos do inbound marketing
O inbound marketing é executado por meio da produção de conteúdo associado à marca da cooperativa, mas que não é material publicitário. Nesse sentido, as principais plataformas para praticar o inbound marketing são:
Marketing de conteúdo e SEO
Bill Gates, fundador da Microsoft, escreveu em um ensaio de 1996 que “conteúdo é rei”. No texto, ele descreve que o futuro da internet seria sustentado pela oferta de informação e entretenimento. A previsão de Gates não só se tornou realidade, como também antecipou a relevância do marketing de conteúdo.
O marketing de conteúdo é uma das principais ferramentas de inbound marketing e consiste na criação de conteúdo informativo e enriquecedor a fim de promover a marca da cooperativa. E para que esse material seja encontrado com mais facilidade, o SEO (Search Engine Optimization – Otimização para Mecanismos de Busca) é um grande aliado.
Afinal, a ideia é que as pessoas encontrem o blog da sua cooperativa e tenham contato com a sua marca. O SEO reúne uma série de técnicas para que o algoritmo de mecanismos de buscas, como Google e Bing, avaliem o conteúdo como bom e relevante. Para entender mais sobre marketing de conteúdo e SEO, confira o artigo do NegóciosCoop!
Redes sociais
É impossível escapar das redes sociais e dos criadores de conteúdo digital. Um levantamento da Comscore revela que o Brasil é o terceiro maior consumidor das mídias sociais em todo o mundo. Essas plataformas são a fonte primária de conteúdo digital para muita gente.
Dessa forma, para que as pessoas achem a sua cooperativa, é importante estar onde elas estão. Além disso, nas redes sociais os materiais são mais fáceis de serem compartilhados e podem viralizar, chegando a mais pessoas.
Com uma fanpage ou uma conta de marca alimentada com conteúdo de qualidade, a marca se integra à vida digital das pessoas. Essas plataformas também proporcionam um enorme nível de interação e feedback. Para potencializar ainda mais a atuação da sua cooperativa nas redes, saiba mais sobre os algoritmos por trás delas!
Materiais ricos
Uma ótima maneira de captar leads é oferecer algum material especial em troca. São os materiais ricos, mais elaborados e profundos, como e-books, estudos, white papers, relatórios, análises especializadas e infográficos, por exemplo.
Esse tipo de material pode pedir dados como o e-mail para ser acessado pelas pessoas interessadas por meio de landing pages. Essa é uma forma eficaz de gerar leads segmentados e avançar no funil de vendas. Afinal, quanto mais valor o público-alvo enxergar no material, mais informações ele está disposto a ceder para acessá-lo.
Inbound marketing na prática
O inbound marketing atua em uma parte importante do funil de vendas. Dessa forma, o inbound marketing proporciona ferramentas muito importantes para gerar leads, convencê-los a seguir adiante com a compra e fidelizá-los.
Diante desse poder do inbound marketing, confira as principais etapas e processos para colocá-lo em prática e usar o poder dele para potencializar o marketing digital da sua cooperativa!
Inovando com o inbound marketing
Na era digital, novas ferramentas e soluções surgem a todo momento. Com isso, o inbound marketing também agrega as inovações e mudanças de hábitos das pessoas. Confira algumas delas:
• WhatsApp: o Brasil é o país que mais envia mensagens de texto e áudio no mundo pelo WhatsApp. O mensageiro é onipresente na vida de muita gente. Por que não utilizá-lo, então, para disseminar o conteúdo da cooperativa? Aproveite recursos como os novos canais para isso e tome cuidado para não ser inconveniente.
• Omnicanalidade: a internet permite que o conteúdo seja multimídia e a jornada de compra se dê em diferentes plataformas. Aproveite essa interação. Coloque um QR code no seu vídeo, apresente seus conteúdos em suas lojas físicas e promova a interação;
• Eventos digitais: as lives estão em alta! Aproveite esse formato para difundir conteúdos sobre as especialidades da sua cooperativa. Webinars (seminário online) são baratos de fazer, difundem conhecimento, agregam as pessoas e permitem a interação.
Conclusão
O inbound marketing ganha novas soluções a todo momento. Conteúdo de qualidade é uma ótima maneira de atrair leads qualificados e construir uma relação para que eles se tornem clientes da sua cooperativa.
Diante desse cenário, empregue as ferramentas disponíveis para chegar mais perto dessas pessoas. O conteúdo, afinal, continua sendo rei. As tecnologias e possibilidades que mudaram.
Confira também o nosso e-book Inovação na comunicação: integrando novas tecnologias e estratégias de marketing!
Avanços na inteligência artificial e novidades nos pagamentos digitais se destacaram em 2023
Não tem como negar: 2023 foi um ano de consolidação e desenvolvimento da inteligência artificial generativa. Ainda em 2022, Dall-E e ChatGPT, duas ferramentas OpenAI, chegaram com tudo mostrando que uma revolução estava a caminho. E o InovaCoop acompanhou o progresso da IA como uma das tecnologias mais influentes de 2023.
Além disso, também estivemos de olho em novas tecnologias que estão mudando o mundo dos pagamentos, o surgimento de uma indústria 5.0 e ainda contamos diversas histórias de cooperativas que estão colocando a inovação tecnológica em prática. Confira, então, os maiores destaques de 2023 em avanço tecnológico e inovação. Boa leitura!
O ano da inteligência artificial
Os chatbots, ou seja, robôs capazes de conversar, não são exatamente novidade. Mas o ChatGPT mudou toda a percepção e mostrou um novo potencial por ferramentas do tipo usando a inteligência artificial generativa.
Na prática, o ChatGPT é um robô que utiliza inteligência artificial generativa para criar textos. Isto é, os usuários dão um comando para a ferramenta, ela interpreta o pedido e gera um texto com as especificações. Essas interações podem ser por meio de perguntas, como em uma conversa, mesmo, ou instruções sobre conteúdo, tema, tamanho e até estilo do texto. Aqui explicamos melhor sobre o funcionamento dele!
O ChatGPT, o Dall-E e outras alternativas que foram surgindo com o tempo tornaram a IA muito mais intuitiva para quem não é expert em tecnologia. Agora, qualquer pessoa pode aproveitar o que a inteligência artificial pode oferecer de forma bem mais simples. Neste guia prático, ensinamos como usar as novidades do mundo da IA.
Com o tempo, o ChatGPT e outras ferramentas de IA foram ganhando espaço nos negócios. Elas podem ser extremamente úteis para uma série de tarefas. Diante disso, saber pilotá-las é uma habilidade que vai ter cada vez mais valor no mercado. Confira, então, como extrair o máximo potencial da inteligência artificial.
As possibilidades da IA
Mas afinal, para que serve essa tal de IA? Na verdade, para muitas coisas - e uma delas é multiplicar a eficiência dos negócios. Essa é a visão de Daniel Guths, gerente de Cognição e IA, e Alceu Ruppenthall Meinen, Superintendente de Relacionamento e IA, ambos do Sicredi Nacional. Eles palestraram na trilha de inovação da Semana da Competitividade.
Daniel Guths também participou da nova seção InovaCoop Responde, dando sua visão para perguntas sobre como a IA pode mudar a maneira de fazer negócios no cooperativismo. Ele falou sobre a IA no atendimento ao clientes e explorou os desafios e oportunidades proporcionados pela tecnologia mais influente do ano.
Tudo isso só é possível porque a nova onda de inteligência artificial generativa não se resume a ChatGPT, Dall-E e Bard, para mencionar os mais famosos. A tecnologia abriu um amplo leque de possibilidades que exploramos nesse guia prático sobre a IA além do ChatGPT. Tem IA pra escrever, melhorar imagens, fazer arte, produzir música, editar áudio, gerenciar tarefas e escrever códigos, por exemplo.
Cooperativas e a inteligência artificial
Os chatbots movidos por inteligência artificial já chegaram no cooperativismo e, também, em nossos cases de inovação. Na Unimed Natal, os robôs inteligentes ampliaram a capacidade de atendimento, eliminaram as filas e geraram uma expectativa de economia que supera R$ 500 mil reais.
Já na cooperativa agropecuária Integrada, a assistente virtual inteligente IRIS-Integrada atua no atendimento ao cliente e na pré-venda de produtos da cooperativa. Por meio de uma foto de um pet, por exemplo, a IA consegue descobrir o alimento mais adequado e encontrar distribuidores próximos. Apesar de recente, o projeto já venceu o Prêmio de Inovação da Oracle Cloud para a América Latina.
Novas tecnologias chegam ao mundo dos pagamentos
A transformação digital chegou com tudo no universo dos serviços financeiros. Hoje, é difícil imaginar o cotidiano sem as praticidades do internet banking e das transações realizadas por meios digitais. Dados indicam que os pagamentos digitais já dominam os hábitos dos brasileiros.
O Pix, o pagamento por WhatsApp, as criptomoedas, a difusão das carteiras digitais, pagamentos por aproximação. Tudo isso torna possível até mesmo sair de casa sem carteira - um celular ou um smartwatch já são suficientes para pagar. Conheça mais sobre esse mercado tecnológico cheio de oportunidades e desafios clicando aqui.
E já que falamos no Pix, não dá pra negar que ele caiu no gosto dos brasileiros. Diante disso, surgem novas tecnologias e inovações para pagamento usando o Pix. Uma delas está sendo desenvolvida pela Central Ailos em parceria com o Banco Central.
É o Pix Crédito, que propõe a criação de uma nova modalidade de pagamento parcelado que aproveita a alta adesão do Pix. O projeto integra o LIFT Lab, uma iniciativa da FENASBAC e do BC para instituições ou pessoas que trazem novas ideias para o setor financeiro e segue em desenvolvimento, mirando a elaboração de um MVP.
Os desafios do Open Finance
O ecossistema financeiro digital brasileiro vem passando por um processo de modernização tecnológica. O Open Finance, um sistema financeiro aberto e digital, é um dos principais elementos dessa jornada. Por meio do compartilhamento de dados, ele permite a troca de informações entre as instituições participantes, criando um ambiente de negócios mais inclusivo, seguro e inovador.
A integração de dados proporcionada pelo Open Finance abre um leque de novas possibilidades para os serviços financeiros e, principalmente, para os clientes e cooperados. Saiba mais sobre as oportunidades, desafios e a implementação do Open Finance aqui!
Indústria 5.0: uma tecnologia mais humana
O futuro do trabalho e da economia oferece diferentes perspectivas. Todas elas levam em conta o papel da Indústria, um setor econômico importante e responsável pela transformação de matérias-primas em bens e serviços.
É nesse cenário que a Indústria 5.0 emerge, propondo a humanização dos processos industriais, a fim de combinar aspectos essencialmente humanos à velocidade, produtividade e eficiência alcançadas pela automação trazida pelas máquinas e digitalização.
A fim de explorar a fundo a capacidade humana de análise crítica e especializada na operação de super tecnologias e maquinários avançados, o desenvolvimento da Indústria 5.0 representa tanto uma série de avanços tecnológicos quanto a formação de um processo produtivo mais consciente e sustentável.
Cases de tecnologias mais influentes de 2023 no cooperativismo
As cooperativas não ficam para trás na hora de absorver novas tecnologias e integrá-las aos seus processos, produtos e serviços. Nos cases de Inovação, aqui no InovaCoop, contamos algumas histórias de desenvolvimento tecnológico dentro do cooperativismo. Confira:
- Sicoob Metropolitano: em meio à migração dos cooperados para os canais digitais, a cooperativa de crédito desenvolveu um projeto de criar um canal de atendimento no metaverso, a fim de humanizar a interação online com os associados. Confira aqui o case completo.
- Cooxupé: na agricultura digital, é necessário investir em tecnologias e equipamentos para conhecer em detalhes as características de cada propriedade para que as tomadas de decisão sejam mais assertivas. O projeto “Sustenta Mais: Agricultura Regenerativa” leva tecnologias de custo acessível e adaptadas a solos tropicais para os cooperados da Cooxupé.
- Coocafé: inspirada na Apple, a cooperativa agropecuária desenvolveu o iCoop, uma plataforma digital que conecta tanto cooperados quanto o público externo. Com funcionalidades que vão de informações da propriedade à assinatura de contratos, o aplicativo usa a tecnologia para reforçar o relacionamento com cooperados, colaboradores, parceiros e comunidade.
Conclusão
Os avanços tecnológicos estão acontecendo com uma velocidade cada vez maior. Isso abre um amplo leque de oportunidades para inovar a partir das novas ferramentas disponíveis - e as cooperativas devem ficar de olho nisso.
Este é o primeiro artigo de uma retrospectiva que irá resgatar as grandes tendências e histórias de inovação cooperativista do InovaCoop. Fique de olho para conferir os próximos materiais!
Em meio à interminável enxurrada de conteúdo online, devemos saber o que ignorar para focar no que realmente importa
A internet é um paraíso para quem está atrás de informações. É só atualizar a timeline ou entrar na homepage de um portal de notícias que vai sempre ter coisa nova pra conferir. Nesse cenário, filtrar o que é importante ou não demanda pensamento crítico. Só que a enxurrada de conteúdo é tanta que está na hora de começar a ignorar criticamente.
Tem muito conteúdo útil e de alta qualidade disponível na web. Mas, ao mesmo tempo, as plataformas digitais são um ambiente fértil para a proliferação da desinformação, conteúdo manipulativo e notícias falsas. Ignorar criticamente esse tipo de conteúdo online é necessário.
Ignorar criticamente na economia da atenção
Na economia digital, as plataformas concorrem em busca de uma riqueza escassa: a atenção das pessoas. É disso que o modelo de negócios delas depende. Estão todas tentando ocupar o tempo disponível do usuário. Para isso, elas tentam provocar emoções como curiosidade, raiva e ultraje.
O objetivo, com isso, é manter as pessoas usando as plataformas pelo maior período possível. Assim, elas conseguem coletar dados dos usuários e exibir anúncios mais rentáveis. Acontece que nem sempre o conteúdo que vai engajar é algo que mereça a atenção.
Além disso, a atenção está ficando mais dispersa. Um estudo de 2019 publicado na conceituada revista Nature aponta que os assuntos em alta nas redes sociais ficam populares e depois são deixados de lado cada vez mais rapidamente. Com mais conteúdo brigando pelo nosso tempo, a nossa atenção fica menor.
Dentro desse contexto, um artigo do Fórum Econômico Mundial argumenta que as pessoas precisam retomar a própria autonomia. Para isso, é necessário se defender dos excessos informativos. É essa a importância de ignorar criticamente (ou critical ignoring, no termo original em inglês).
Por só pensamento crítico não basta
O pensamento crítico é uma habilidade extremamente valiosa. Tanto é que, segundo o relatório The Future of Jobs 2023, do próprio Fórum Econômico Mundial, o pensamento crítico é considerado a soft skill que mais vai ganhar importância no mercado de trabalho. Ademais, essa é uma habilidade útil para todos os momentos da vida numa sociedade digital.
A ideia é a de que, por meio do pensamento crítico, as pessoas sejam capazes de compreender e avaliar o quanto determinada informação é relevante e honesta. Mas, em meio ao tsunami de desinformação que toma conta dos ambientes online, isso é suficiente? Para o Fórum Econômico Mundial, as resposta é um categórico “não”. Isso se dá por dois motivos:
- Primeiramente, o mundo digital contém mais informações do que todas as bibliotecas do mundo combinadas. E grande parte dessa informação é proveniente de fontes não confiáveis. Na prática, isso quer dizer que ler tudo isso com pensamento crítico significa que vai faltar tempo para conferir o que de fato importa.
- Além disso, investir a capacidade de pensamento crítico em informações que deveríamos ter ignorado significa que esses responsáveis pela desinformação conseguiram o que queriam: a nossa atenção.
Ignorar criticamente é gerenciar informação
Os estudiosos do Fórum Econômico Mundial explicam que ignorar criticamente consiste na habilidade de escolher o que ignorar, a fim de investir a atenção e o tempo em coisas que importam de verdade.
Dessa forma, ignorar criticamente não significa simplesmente deixar de prestar atenção, mas sim praticar hábitos saudáveis para viver em meio à abundância informacional. De outra forma, as pessoas vão acabar vivendo em um mar de conteúdo que distrai ou, pior ainda, é danoso.
Ferramentas para ignorar criticamente
Os estudiosos sugerem três ferramentas para colocar o critical ignoring em prática; são elas, portanto:
- Auto-orientação: as pessoas devem arquitetar suas vidas digitais para restringir o fluxo de informações. Remover determinadas notificações do celular é um exemplo. Ou então definir horários específicos para entrar nas redes sociais. Tudo tem a ver com a criação de hábitos online mais saudáveis.
- Leitura lateral: é o uso de técnicas para conferir a credibilidade de uma informação online - pesquisar sobre o histórico do portal ou das pessoas por trás de uma determinada notícia que te chamou a atenção, por exemplo. Caso o conteúdo seja “aprovado” nesse processo, ele merece ser lido. A web é uma ótima ferramenta para isso.
- Não alimentar os trolls: os trolls são usuários que só querem causar discórdia na internet. Suas técnicas são muito efetivas em gerar engajamento. Mas eles tornam o ambiente digital muito menos proveitoso para quem busca conteúdo de qualidade. Não dê atenção a esse tipo de conteúdo, mesmo que pareça irresistível.
Conclusão: usando o poder da web para ignorar melhor
A facilidade de publicar conteúdo na internet possibilita que muita gente possa produzir e compartilhar conhecimento relevante. No entanto, essa dinâmica também abriu espaço para a desinformação. No dia a dia, pode ser muito difícil distinguir uma coisa da outra, sobretudo em temas mais especializados.
Em artigo publicado no Nieman Lab, um laboratório de estudos sobre a mídia ligado à Universidade de Harvard, o professor Sam Wineburg, que leciona na Universidade de Stanford, reforçou a importância de ignorar criticamente para lidar com “toda a porcaria que tem na internet”.
O problema é que, segundo uma pesquisa conduzida por ele, nem mesmo estudantes de universidade renomadas têm essa capacidade. E, com isso, são vítimas fáceis da desinformação. Nesse contexto, saber o que ignorar é uma habilidade de extrema importância para a vida digital.
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