Contexto
Fundada em 1977 no Paraná, a Frimesa é uma das maiores marcas do agronegócio brasileiro. Atualmente, a Frimesa Cooperativa Central é um sistema cooperativo formado por Lar, C.Vale, Primato, Copacol e Copagril.
Com princípios voltados à produção agropecuária sustentável, a Frimesa avalia que a energia desempenha um papel vital no desenvolvimento de suas atividades.
Em um cenário cheio de questões de energia enfrentadas pelo país em termos de disponibilidade e sustentabilidade, a Frimesa passou a buscar soluções energéticas que satisfaçam as demandas da cooperativa sem prejudicar o meio ambiente.
Neste contexto, a Frimesa sempre priorizou a sustentabilidade de sua matriz energética. A partir de 2021, então, implementou uma política estratégica focada na redução do consumo de combustíveis fósseis e na autogeração de energia renovável e diversificação das fontes.
Desafios
A produção da Frimesa demanda um alto consumo de energia. Assim sendo, a busca por fontes de energias renováveis se mostra uma maneira para que a cooperativa possa aliar avanços de produtividade com apoio à sustentabilidade.
Tais iniciativas foram construídas em busca de:
• Diversificação de riscos: ter várias fontes de energia reduz a exposição a riscos associados a flutuações de preços e disponibilidade de uma única matriz. Além disso, essa diversificação ajuda a controlar os gastos com energia, tornando a produção mais eficiente em termos financeiros.
• Independência energética: a capacidade de gerar sua própria energia a partir de fontes renováveis dá à Frimesa maior autonomia em relação ao fornecimento de energia externa, reduzindo a dependência de terceiros.
• Eficiência e segurança energética: a redução da dependência de uma única fonte contribui para redução de desperdício e aumenta a produtividade energética da cooperativa.
• Redução da pegada de Carbono: as energias renováveis contribuem para que a cooperativa possa mitigar suas emissões de gases de efeito estufa.
Desenvolvimento
Diante disso, a cooperativa elaborou uma política energética com ampliação no uso de energias limpas e renováveis por meio da implementação de usinas fotovoltaicas, uso de biomassa lenhosa de eucalipto em suas caldeiras e implementação de biodigestores para produzir biogás, biometano e CO², por exemplo.
A política energética com foco na redução da emissão de combustíveis fósseis e geração de energia da Frimesa teve início em 2021. O movimento faz parte da estratégia ESG da cooperativa, que almeja crescer com sustentabilidade.
A Frimesa possui um time estratégico focado em analisar as possibilidades de ampliar seus projetos em energias renováveis em todas as operações, buscando oportunidades em reduzir custos e otimização de processos em consonância com o meio ambiente e as metas ESG, recentemente adotadas pela cooperativa de forma pública.
Nesse cenário, a cooperativa passou a adotar o biogás na unidade de Medianeira; biometano, CO² e energia solar em Assis Chateaubriand; e biomassa florestal que abrange todas as unidades produtivas, dos quais 70% é proveniente de de áreas próprias e os outros 30% de terceiros.
Resultados
A Frimesa gera biogás a partir dos efluentes gerados no frigorífico de suínos em Medianeira/PR. A unidade possui capacidade de gerar cerca de 8.700 Nm³/dia de biogás. Segundo o Departamento de Meio Ambiente e Sustentabilidade, o projeto vem trazendo resultados na casa dos R$ 3 milhões por ano, desde março de 2022.
Já em em Assis Chateaubriand, também no Paraná, a cooperativa está construindo uma infraestrutura capaz de gerar 5.850 Nm³/dia de biometano e produção de CO²: 2.500 Kg/dia. Por fim, a usina de energia solar em Assis Chateubriand, que custou R$ 400 mil para a instalação, gera uma economia anual estimada em R$ 70 mil.
Ao todo, as energias renováveis já representam mais de 98% de todo o consumo energético da Frimesa.
Próximas iniciativas
Agora, a Frimesa planeja identificar oportunidades de negócio em suas unidades industriais, priorizando projetos que unam viabilidade econômica e ambiental, a fim de aproveitar as oportunidades de diversificação da matriz energética.
Em relação ao transporte de insumos e mercadorias, a cooperativa estuda modais alternativos e a substituição gradual de combustíveis fósseis por biocombustíveis em seus veículos.