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<p>Conheça os cinco eixos temáticos e saiba como submeter sua pesquisa para o 7° Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo!</p>

7° EBPC abre inscrições para pesquisas sobre inovação e outros temas

Edição do Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo conta com cinco eixos temáticos para artigos científicos e relatos de experiência


O 7° Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC) está com inscrições abertas para a submissão de trabalhos até o dia 15 de maio. Nesta edição, o tema é “Sustentabilidade no cooperativismo: competitividade, inovação e diversidade”.

O encontro será realizado presencialmente entre os dias 25 e 27 de setembro, em Brasília. O EBPC é aberto a todos os interessados em compreender e fortalecer as cooperativas enquanto organizações econômicas e sociais que promovem o desenvolvimento inclusivo, com destaque para:

  • Pesquisadores
  • Gestores de cooperativas
  • Dirigentes
  • Profissionais do sistema de aprendizagem
  • Elaboradores de políticas públicas

Com isso, a ideia é estimular a realização de estudos que buscam maior eficácia e eficiência nos processos das cooperativas. Assim, o EBPC propõe um ambiente favorável à criatividade, experimentação e implementação de novas ideias capazes de unir competitividade e desenvolvimento sustentável dentro do cooperativismo brasileiro.

O EBPC é organizado pelo Sistema OCB, com coordenação científica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade Federal de Viçosa (UFV).

Eixos temáticos do EBPC

O EBPC conta com cinco eixos temáticos para nortear a produção dos trabalhos que serão apresentados no evento. São eles:

  • Identidades Cooperativas e Direito Cooperativo: busca investigar o que torna as cooperativas diferentes das demais organizações. Para isso, leva em conta seus aspectos teóricos, identitário, legal e societário, bem como os variados fatores que influenciam na identidade cooperativa no ambiente de negócios.
  • Educação, Inovação e Diversidade: acolhe trabalhos relacionados aos processos de educação, empreendedorismo e inclusão que atuam sobre o desenvolvimento e a promoção da equidade nas cooperativas. Com isso, a ideia é dar visibilidade a uma agenda de inovação e promoção do conhecimento cooperativista.
  • Governança e Gestão: investiga modelos de governança e gestão nas cooperativas, como fidelização de cooperados, desenvolvimento de lideranças, transparência, intercooperação e agenda ESG.
  • Contabilidade, Finanças e Desempenho: compreende estudos que analisam a gestão do capital das cooperativas. Com isso, são trabalhos que tratam de avaliação de projetos, investimentos, eficiência e demais tópicos relacionados ao desempenho econômico e social das coops.
  • Impactos e Contribuições Econômicas, Sociais e Ambientais: a proposta é debater se e como o cooperativismo gera impactos econômicos, sociais e ambientais. O foco é investigar a mensuração e a efetividade, dos efeitos, contribuições e impactos das cooperativas nas comunidades em que elas estão inseridas.

A inovação marca presença como um dos pilares para o desenvolvimento do cooperativismo brasileiro. Além disso, os temas incentivam os estudos que apoiem a compreensão de cenários futuros e a projeção de tendências.

O evento fomenta, também, a reflexão sobre os impactos das decisões e atividades das cooperativas na sociedade e no meio ambiente. Tudo isso leva em conta a geração de conhecimento em apoio ao desenvolvimento sustentável do ecossistema cooperativista. Confira, portanto, o detalhamento de cada um dos eixos temáticos neste documento.

Modalidades de artigos para o 7° EBPC

A pluralidade de trabalhos apresentados durante o 7° EBPC também engloba três modalidades de pesquisa. Assim, as possibilidades são as seguintes:

  • Artigo científico: definido como a publicação com autoria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento. O artigo científico pode ser derivado dos resultados de trabalhos acadêmicos como teses, dissertações e monografias de cursos de especialização.  
  • Artigo de iniciação científica: artigos científicos especificamente relacionados a trabalhos de iniciação científica e a trabalhos de conclusão de curso de graduação ou curso técnico.
  • Relatos de experiência: reservada para o compartilhamento de experiência de ensino aprendizagem, extensão universitária, programas e projetos desenvolvidos pelas cooperativas. Recebe trabalhos que, sobretudo, levam à reflexão acerca da sustentabilidade no cooperativismo.

Clicando neste link, você acessa um guia para submeter os trabalhos e encontra templates com a estrutura adequada de cada uma das modalidades.

Sobre o EBPC

A primeira edição do Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo aconteceu em 2010, com o objetivo de fomentar o intercâmbio de pesquisadores e a produção técnica e científica sobre cooperativismo.

Desde então, unindo diversas áreas do conhecimento, o EBPC já contou com outras seis edições, com variedade nos eixos temáticos. A diversidade do público também favorece a troca de experiências e o delineamento de novos projetos, fortalecendo o cooperativismo.

A sétima edição do EBPC marca, ainda, a volta ao formato presencial do encontro. A última edição do evento, em 2021, foi virtual, por conta do isolamento social em meio à pandemia de Covid-19.

Cronograma do 7° EBPC

O período para que os interessados possam submeter seus artigos começou no dia 3 de março e terminará no dia 15 de maio. Além disso, cada autor pode enviar até 4 trabalhos ao todo. Dessa forma, o calendário com as principais datas para participar do 7° EBPC é o seguinte - marque na agenda:

  • Submissão dos trabalhos: até o dia 15/05/23
  • Divulgação dos trabalhos aprovados: 21/07/23
  • Inscrições de autores com trabalhos aprovados: de 21/07/23 até 21/08/23
  • Inscrição dos participantes: de 21/07/23 até 01/09/23
  • Realização do 7° EBPC: 25/09/23 a 27/09/23

No mais, os artigos mais bem ranqueados no processo de avaliação dos artigos para o EBPC serão encaminhados à Revista de Gestão e Organizações Cooperativas. O comitê editorial, seguindo seus critérios, irá convidar os autores para um processo de fast track, para que a aprovação e publicação sejam agilizadas.

Conclusão

Márcio Lopes Freitas, presidente do Sistema OCB, ressaltou a importância do EBPC para impulsionar a construção coletiva de novas ideias no cooperativismo:

“Pretendemos, novamente, alcançar toda a comunidade acadêmica, pesquisadores, universidades e Unidades Estaduais do Sistema OCB para que eles colaborem, por meio de seus artigos, com a apresentação de desafios e soluções para impulsionar o cooperativismo, em especial, nas questões de responsabilidade ambiental, cuidado social e gestão e governança, o nosso ESGCoop”, declarou.

A produção de conhecimento científico ajuda a entendermos melhor o cenário, os desafios e as oportunidades presentes no ambiente de negócios do cooperativismo. A presença da inovação entre os eixos temáticos do EBPC sublinha a importância das ideias inovadoras para o desenvolvimento do cooperativismo como movimento e como negócio.

Por fim, para estimular as contribuições acadêmicas sobre o coop, a plataforma CapacitaCoop lançou a trilha de aprendizagem Programa Pesquisa Científica do Cooperativismo. Gratuita, ela é composta por cinco cursos:

  • Estatística Básica;
  • Fichamento, Resumo e Resenha;
  • Como elaborar projetos de pesquisa;
  • Escrita acadêmica;
  • Descomplicando o Lattes;

E aí, já submeteu seu artigo?

<p>Veja como a liderança feminina acelera a inovação e conheça mulheres protagonistas do cooperativismo! </p>

Liderança feminina: mulheres que impulsionam a inovação no cooperativismo

Conheça histórias de mulheres inspiradoras e protagonistas no cooperativismo


O cooperativismo é desigual, mas vem apresentando evolução, indicam os dados do Anuário do Cooperativismo Brasileiro, produzido pelo Sistema OCB. Essa desigualdade fica ainda mais evidente quando olhamos a liderança feminina nas cooperativas.

Os números mais recentes, referentes a 2021, mostram que as mulheres representam 40% dos mais de 18 milhões de cooperados brasileiros. No Ramo Saúde a presença delas é de 46%, por exemplo. Em contrapartida, a distribuição de gênero dos dirigentes é bem menos positiva.

Em 2021, apenas 20% dos cargos de liderança nas cooperativas eram ocupados por mulheres. O número indica progresso, já que, no ano anterior, essa taxa era de somente 17%. Mesmo assim, esses dados apontam que, embora a liderança feminina esteja crescendo, o caminho ainda é bastante longo.

As barreiras para o progresso da liderança feminina não existem apenas no cooperativismo. O estudo Women in the Workplace 2022, da consultoria McKinsey indicou que há discrepância na promoção das mulheres para cargos de gerenciamento: a cada 100 homens promovidos, somente 87 mulheres têm a mesma oportunidade.

Por isso, neste artigo iremos discorrer sobre a importância da liderança feminina, entender o papel das mulheres na inovação, apresentar iniciativas do Sistema OCB em prol da inclusão e conhecer mulheres inspiradoras que lideram dentro do cooperativismo brasileiro. Boa leitura!

Diversidade de gênero impulsiona inovação e negócios

A diversidade é um fator primordial para que a inovação seja efetiva. Novas ideias, afinal, surgem por meio de novas perspectivas de mundo. Nesse sentido, a presença feminina em papéis de liderança proporciona um novo olhar para as situações, algo fundamental para encontrar oportunidades inovadoras.

Além disso, a diversidade de gênero impacta positivamente, também, o desempenho dos negócios. A McKinsey encontrou uma correlação entre a diversidade de gênero nas equipes executivas e a performance financeira.

As equipes executivas das instituições com performance superior têm mais mulheres em cargos de liderança do que em outras funções.

O papel da liderança feminina para inovação e tecnologia

A contribuição da liderança feminina na inovação também tem a ver com o papel decisivo que elas desempenham nas comunidades de ciência e tecnologia. Elas estão ganhando cada vez mais espaço na área.

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o número de alunas que concluíram cursos superiores nas áreas da Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática aumentou 96% entre 2010 e 2021.

Isto é: as mulheres estão galgando e conquistando espaços importantes no ambiente de tecnologia e inovação. Esse progresso irá impulsionar o surgimento de ainda mais lideranças femininas no ambiente de inovação.

Com objetivo de chamar a atenção da sociedade e do mercado de trabalho para esta situação, a ONU Mulheres Brasil definiu o tema do Dia Internacional das Mulheres deste ano: “Por um mundo digital inclusivo: inovação e tecnologia para a igualdade de gênero”. 

Liderança feminina: importância e desafios

A desigualdade de gênero nos postos de liderança ainda é sintoma de preconceitos sociais que perduram há muito tempo. No Brasil, embora a evolução seja visível, ainda há muitos passos para superar essa questão.

Contudo, o fomento à liderança feminina engloba uma série de fatores importantes tanto em termos sociais quanto econômicos. Por exemplo, para o Fundo Monetário Internacional (FMI), o PIB global cresceria 35% com a igualdade de gênero nas relações de trabalho.

Mesmo assim, algumas barreiras ainda impõem dificuldades para o surgimento de lideranças femininas, como:

  • Preconceito: o avanço nessa questão é perceptível, mas o cenário de discriminação de gênero ainda existe, tanto de forma intencional quando de maneira inconsciente. Ainda há uma percepção de que mulheres são mais adequadas para certas funções, e não para liderar.
  • Vida familiar: antiquadamente, o cuidado com crianças, idosos e pessoas doentes acaba recaindo sobre as mulheres. Com isso, elas precisam equilibrar as responsabilidades, o que pode atrasar o progresso na carreira.
  • Autossabotagem: por conta da cobrança desigual, muitas mulheres podem estabelecer metas inalcançáveis e, assim, muitas delas acabam nem assumindo uma posição de liderança por medo de falhar. Para superar a autossabotagem, são necessários esforços para que elas se enxerguem como lideranças de qualidade.

Sistema OCB em prol da liderança feminina

O Sistema OCB está alinhado às demandas da sociedade e adorou a igualdade de gênero como uma pauta estratégica e prioritária. O Comitê Nacional de Mulheres do Cooperativismo, também conhecido como Elas Pelo Coop, foi efetivado em 2021, englobando o Sistema OCB Nacional e as organizações estaduais.

O Comitê propõe soluções para que a inclusão aconteça na prática e lançou um Manual de Implementação, apontando caminhos para que as cooperativas sejam protagonistas no fomento à liderança feminina.

Além disso, o projeto Semeando Futuros, desenvolvido pelo Sistema OCB em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), atua para formar e capacitar lideranças femininas para o Agro. “As mulheres investem em seu próprio empoderamento quando dedicam tempo para estudar e para investir em sua qualificação”, ressalta Divani Matos, coordenadora do projeto.

As OCBs estaduais também apoiam a jornada em prol da liderança feminina. O Sistema OCB/ES, por exemplo, registrou que a cada dez diretores ou gerentes de cooperativas capixabas, três são mulheres. A presença de mulheres nesses cargos aumentou 5,2 pontos percentuais em 2021, se comparado a 2020.

Lideranças femininas inspiradoras no cooperativismo

Mesmo em meio às diversas dificuldades que se apresentam, diversas mulheres se estabeleceram como lideranças importantes no cooperativismo. Conheça, portanto, lideranças femininas inspiradoras no cooperativismo!

Tânia Zanella: pioneira no Sistema OCB

A catarinense Tânia Zanella ingressou no Sistema OCB em 2008, como assessora, e está construindo uma história de empoderamento e transformação no cooperativismo brasileiro. Pioneira, Tânia foi a primeira em muitas coisas:

  • Primeira mulher a assumir a Gerência de Relações Institucionais da OCB.
  • Primeira pessoa a assumir a Gerência-Geral da OCB
  • Primeira mulher a assumir a superintendência da Unidade Nacional do Sistema OCB, posição que ocupa desde 2021

Formada em Direito, Tânia cresceu dentro do Sistema OCB graças à sua capacidade de realizar. Em entrevista para a revista Saber Cooperar, Márcio Lopes Freitas, presidente do Sistema OCB Nacional, exaltou os méritos da líder:

“Tânia é uma profissional respeitada na Casa, benquista nos estados e muito dedicada ao cooperativismo. Era muito lógico, para mim, que ela assumisse essa posição. Não a escolhemos como superintendente para cumprir algum tipo de cota na instituição. Ela vinha de uma carreira muito bem-sucedida: foi gerente; depois, gerente-geral, e agora é superintendente.”

Em 2021, Tânia Zanella foi incluída entre as 100 Mulheres Poderosas do Agro, em lista produzida pela revista Forbes.

Célia Regina Hoffman e a liderança no Ramo Agropecuário

A cooperativa agropecuária paranaense Copacol recebeu o Prêmio Quem é Quem: Maiores e Melhores Cooperativas Brasileiras de Aves e Suínos, na categoria Liderança Feminina. O reconhecimento se deve à gerente de Controladoria e Finanças da Copacol, Célia Regina Hoffman.

Célia Regina Hoffman, gerente de Controladoria e Finanças, ingressou na Copacol como estagiária no Curso de Tecnólogo em Cooperativismo e Administração Rural. A partir de então, construiu uma história de quatro décadas na cooperativa.

Ela assumiu toda a gerência financeira da Cooperativa em 2016 e no ano seguinte chegou à Controladoria e Finanças. “Sou movida a desafios. Não sou de recuar. Quem está chegando, meu conselho é ter perseverança, foco, determinação e seriedade”, declarou na cerimônia de premiação.

Solange Pinzon de Carvalho: uma cooperativa de mulheres líderes

As mulheres também fazem diferença no cooperativismo financeiro. Solange Pinzon de Carvalho, presidente do Sicoob Meridional desde 2015 e sua liderança representa uma cooperativa de grande protagonismo feminino.

Antes de chegar ao cargo mais alto dentro do Sicoob Meridional, Solange trilhou um caminho profissional que passou por bancos e pelo empreendedorismo, antes de chegar ao cooperativismo. Em 2006, ela assumiu a diretoria administrativo-financeira da cooperativa, depois se tornou vice-presidente e, por fim, assumiu a presidência.

“Nós, mulheres, somos competentes, agregamos valor às equipes das quais fazemos parte e temos de dar as mãos umas às outras para crescer cada vez mais”, declarou a executiva.

Dados de 2020 apontam que, dos 260 colaboradores da cooperativa, 64% são mulheres. Além disso, vários cargos de gestão são ocupados por lideranças femininas. A coop possui, também, agências 100% formadas por mulheres. “Queremos ver esse número crescer cada vez mais”, destaca Solange.

Radar da Inovação: iniciativas inovadoras lideradas por elas

No Radar da Inovação, onde compilamos iniciativas inovadoras realizadas por cooperativas, contamos diversas histórias de inovação lideradas por mulheres. Veja alguns desses exemplos inspiradores e clique nos links para ler essas jornadas na íntegra!

Liciane Giacomin Rovani: Colégio CEM desenvolve plataforma digital MinicidadeON 

Mantido pela Cooperativa de Trabalho Magna, o Colégio CEM realiza, desde 2007, a “Minicidade Cooperativista”, com um projeto pedagógico inovador onde é proporcionado às crianças experiências reais de cidadania e vida comunitária.

Em 2018, a cooperativa plataforma MinicidadeON, levando essa jornada para o mundo digital, sob a coordenação pedagógica de Liciani Giacomin Rovani. Com a inovação, a cooperativa conseguiu resolver problemas antigos e aumentou a participação dos alunos.

Lívia Duarte: Coopresa supera dificuldades ao inovar seu modelo de negócios na manutenção de aviões 

Idealizada por militares, a Coopresa, uma cooperativa de trabalho de mecânicos de avião, passava por dificuldades quando Lívia Duarte assumiu a presidência com o desafio de renovar seu modelo de negócios. Antes focada quase exclusivamente na aviação militar, Lívia liderou uma mudança estratégica na coop: atuar na aviação civil.

Enxergando uma grande oportunidade de mercado, a Coopresa se especializou em manutenção de baixa complexidade e conseguiu contratos com grandes companhias aéreas. Hoje, a cooperativa reúne mais de 300 cooperados e cumpre um papel importante no treinamento de mecânicos recém-formados.

Jociane Coutinho: Plataforma da Unifop viabiliza atendimento de saúde na cooperativa 

A pandemia de Covid-19 inviabilizou, repentinamente, o atendimento presencial por parte dos profissionais de saúde cooperados à Unifop. Para contornar a situação, garantindo a segurança das pessoas e o faturamento da cooperativa, foram feitos investimentos em tecnologia para criar o canal de telessaúde.

Sob a liderança feminina da presidente Jociane Coutinho, a cooperativa alcançou resultados com a retomada dos atendimentos e o ganho de possibilidade de expansão geográfica da base de clientes.

Sylvia Urquieta: Cooprodados une especialistas em proteção de dados

A Cooprodados é uma cooperativa que reúne profissionais autônomos multidisciplinares especializados em privacidade e proteção de dados. A ideia de fundar a cooperativa partiu da advogada Sylvia Urquieta, que se especializou na LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).

A cooperativa reúne profissionais autônomos que encontravam para oferecer, individualmente, seus serviços ao mercado. Isso porque os problemas ligados à governança de dados demandam a atuação integrada de especialistas de diversas áreas. Reunindo suas habilidades, a cooperativa oferece preços acessíveis que também remuneram bem os cooperados.

Solange Barbosa: Coogavepe cria sistema para aumentar a transparência da comercialização do ouro

Para controlar melhor a procedência e a comercialização do ouro, a Cooperativa dos Garimpeiros do Vale do Rio Peixoto (Coogavepe) criou um sistema para deixar o processo mais transparente, sob a liderança de Solange Barbosa, presidente da cooperativa.

Para isso, a cooperativa criou um sistema para controle e rastreabilidade do minério de ouro comercializado pelos garimpeiros junto aos postos de compras de ouro das Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários (DTVMs). Essa transparência, conta Solange Barbosa, trouxe mais segurança jurídica, fiscal e tributária.

Conclusão

Um estudo da consultoria Accenture notou que as organizações que têm uma mentalidade inovadora são as que promovem uma cultura mais igualitária e focada na diversidade. Isso acontece porque, quando o ambiente é mais diverso, as pessoas têm menos medo de errar.

Ou seja: quanto mais presente a liderança feminina for nas cooperativas, mais o cooperativismo vai ser inovador. Proporcionar o crescimento das mulheres nos cargos de gestão não é só o cumprimento do papel social, mas sim dar oportunidades para mulheres talentosas, com capacidade de liderar a inovação e fazer bons negócios.

Quer se aprofundar no tema e aprender o que é inteligência de gênero, por exemplo? Confira então o curso Liderança Feminina, da Capacitacoop.

“Não há limite para o que nós, como mulheres, podemos conquistar” - Michelle Obama, advogada e ex-primeira dama do EUA.

Um feliz dia da mulher a todas as mulheres do Coop!

<p>O desenvolvimento de cenários futuros apoia o planejamento da inovação e contribui para a competitividade dos negócios</p>

Futurismo: antecipando o futuro com as pistas do presente

O desenvolvimento de cenários futuros apoia o planejamento da inovação e contribui para a competitividade dos negócios


No InovaCoop, estamos sempre falando sobre a importância de antecipar as tendências para impulsionar a inovação no cooperativismo. Mas, para isso, é necessário imaginar como as coisas serão no futuro, certo? Pois, apesar de parecer um superpoder, prever o futuro nos negócios não tem nada de fantasioso. Trata-se, isso sim, de uma atividade muito valorizada: o futurismo.

O futuro, apesar de ser um conceito um tanto abstrato, não é tão incerto quanto parece. A análise do presente é capaz de nos dar pistas sobre como as coisas serão no futuro. Isso não quer dizer, contudo, que identificar essas pistas e analisar o que elas indicam seja fácil.

É por isso que estudar o futuro requer habilidades, capacidades analíticas e compreensão do presente. Essas perspectivas proporcionam um norte para o avanço das inovações e das estratégias nos negócios. A avaliação das tendências de mercado é um fator que conta muitos pontos de competitividade, afinal.

Neste artigo, iremos entender, então, o que é o futurismo, como essa habilidade é utilizada para impulsionar iniciativas inovadoras, quem são os grandes futuristas da atualidade e quais técnicas eles usam para antecipar o futuro. Aproveite a leitura!

O que é futurismo

Futurismo (ou foresight, como é chamado em inglês) é uma disciplina que analisa situações do presente para antecipar, acelerar e influenciar o futuro. A ideia é formular cenários prováveis para ajudar o planejamento e a tomada de decisões.

O futurismo não é uma ciência exata - e nem poderia ser, não é mesmo? Com isso, essa disciplina busca entender os movimentos e as transformações a fim de proporcionar um vislumbre das possibilidades plurais que o futuro apresenta. Por esse motivo, o futurismo busca identificar tendências e fenômenos, e não dar uma única resposta sobre como o futuro vai ser.

Nessa jornada, o futurismo é um campo de estudo interdisciplinar - isto é, reúne bases de várias outras áreas do conhecimento. O futurismo, portanto, mescla as ciências exatas, ciências sociais, design, filosofia e técnicas de gestão para projetar cenários futuros a partir de sinais do presente.

O termo “futurismo” foi criado na década de 1940 pelo professor alemão Ossip Flechtheim, com o objetivo de introduzir a ciência da probabilidade no desenvolvimento de cenários futuros. A partir de então, o futurismo se desenvolveu como uma nova disciplina acadêmica, ganhando novas ramificações e técnicas. Por isso, é importante reforçar: futurismo não é achismo.

Por que o futurismo é importante

Na prática, toda vez que sua cooperativa fica de olho nas tendências e se prepara diante das perspectivas que essas tendências indicam, ela já está fazendo um exercício de futurismo. Dessa forma, o futurismo é uma ferramenta para otimizar o planejamento dos negócios, encontrar oportunidades, identificar riscos e, consequentemente, atuar estrategicamente dentro desses cenários.

Por esse motivo, desenhar cenários futuros é importante para a estratégia dos negócios de todos os portes e atividades. O futurismo, então, é uma maneira de compreender quais caminhos adotar com base no estudo das tendências, em vez de apostar somente na intuição e na experiência.

Portanto, o futurismo tem o papel de evitar que o planejamento seja elaborado pensando somente no curto prazo.

“O futurismo é, assim, o instrumento que favorece as melhores tomadas de decisão no presente, que possibilitam a melhor criação de futuros para todos e cada um de nós, garantindo a nossa humanidade, diversidade e sustentabilidade”, defende a futurista Martha Gabriel.

Os papéis estratégicos do futurismo

O futurismo cumpre, ainda, uma série de papéis dentro do planejamento estratégico e da gestão da inovação. Essa disciplina possibilita que as cooperativas encontrem novos modelos de negócio que ainda estão começando a se desenvolver, assim como se antecipar às mudanças e incertezas do cenário econômico. As tendências de consumo também estão no escopo do futurismo.

Diante disso, a MJV Innovation destaca as três principais aplicações estratégicas do futurismo nos negócios:

  • Estudo de futuros: trata-se de antecipar transformações e planejar, de antemão, respostas efetivas às mudanças que se desenham no horizonte. Mesclando inteligência de dados e o desenvolvimento de cenários futuros, é possível entender melhor tendências sociais, econômicas e geopolíticas - e preparar os negócios para tais mudanças.
  • Gerenciamento de risco: o futurismo ajuda, ainda, na identificação de situações que podem representar riscos para os negócios. Portanto, os cenários futuros auxiliam a encontrar as ameaças que se aproximam.
  • Inovação antecipatória: pensar nas formas de antecipar a cooperativa perante as mudanças, com foco em tomar as melhores decisões frente aos cenários futuros e às incertezas atuais. Afinal, é preciso agir o quanto antes para que as mudanças sejam efetivas e capazes de gerar vantagem competitiva.

Futurismo e inovação

O futurismo não é apenas prever o que vai acontecer no futuro, mas também envolve influenciar e conduzir as mudanças. O desenvolvimento de cenários futuros é, assim, uma forma de guiar as inovações por meio da disrupção.

A ideia é construir e inovar dentro dos cenários de futuro identificados, usando essas percepções para a realização de iniciativas inovadoras com capacidade de influenciar esses contextos.

Em um mercado dinâmico e competitivo, há cada vez menos tempo hábil para desenvolver novas soluções, produtos e serviços. Os cronogramas apertados exigem que as novas ideias mirem no futuro, e não no agora. Por esse motivo, o futurismo se tornou uma ferramenta valiosíssima para os negócios que buscam a inovação constante.

No mercado atual, a capacidade de antecipar tendências e necessidades dos consumidores é imprescindível. A inovação, então, surge para suprir essas novas demandas identificadas pelo futurismo.

Futurismo e ambidestria organizacional

Em nosso artigo sobre as principais tendências que se tornaram realidade em 2022, falamos sobre a ambidestria organizacional. Trata-se de um conceito que descreve a importância de equilibrar as inovações que dão sustentação aos negócios no presente ao mesmo tempo em que a cooperativa fica de olho nas possibilidades de inovação que se apresentam para o futuro, explorando tendências e oportunidades.

Dessa forma, o futurismo é um elemento importante para a efetividade da ambidestria organizacional. Uma vez que um dos pilares dessa ideia é a inovação a longo prazo, o desenvolvimento de cenários futuros é imprescindível para a ambidestria organizacional.

A inovação a longo prazo, afinal, precisa já está sendo feita no agora. Não dá para esperar o futuro chegar sem estar preparado para as mudanças. Com isso, o futurismo é uma ferramenta para identificar os caminhos que irão direcionar a inovação no longo prazo e apontar as direções em meio à transformação digital.

Quem prevê o futuro: o que é um futurista?

“O futurista é alguém que estuda resultados futuros usando sinais do presente”. Essa é a definição de Amy Webb, uma das maiores futuristas da atualidade, sobre a sua função.

Essa ideia do que é um futurista leva em conta a origem do futurismo: a ficção. O escritor H.G. Wells, autor de obras como A Máquina do Tempo, foi o grande precursor do futurismo moderno ao desenvolver uma técnica que ele chamou de “escrita preditiva”. À frente iremos falar mais sobre a ficção especulativa no futurismo.

Com o passar do tempo, os futuristas foram desenvolvendo novas técnicas, absorvendo as novas tecnologias e fazendo uso dos dados para antecipar os cenários futuros. Há futuristas, como Amy Webb, que estudam mudanças tecnológicas e sociais mais amplas e gerais, enquanto outros grupos se especializam em determinados temas ou indústrias.

Os grandes futuristas da atualidade

O futurismo se tornou uma prática importante para o planejamento estratégico de muitos negócios. Com isso, uma série de profissionais ganhou destaque nesse meio e têm suas análises respeitadas e levadas em consideração. Separamos, então, alguns dos principais futuristas da atualidade para acompanhar:

  • Amy Webb: fundadora e CEO do Future Today Institute, que produz relatórios anuais sobre tendências tecnológicas e realiza consultorias sobre mapeamento de cenários e construção de futuros. Além disso, Amy Webb protagoniza apresentações disputadas, nas quais discorre sobre suas predições - como no caso do festival South By Southewst (SXSW).
  • Scott Galloway: outro a marcar presença no SXSW, Galloway é professor na New York University e conhecido por suas previsões certeiras. Seu foco está, majoritariamente, no mercado de tecnologia.
  • Genevieve Bell: antropóloga cultural e futurista mais conhecida por seu trabalho na interseção de práticas culturais e desenvolvimento de tecnologia. Ela é diretora do Instituto de Inovação de Autonomia, Agência e Garantia (3Ai), que alia a análise de dados e a Inteligência Artificial ao futurismo.
  • Jaqueline Weigel: referência do Brasil no tema, faz parte da equipe estratégica da W Futurismo, uma consultoria que se dedica a explorar sinais de mudança para construir visões de futuro e, assim, apoiar o planejamento estratégico das organizações. 

Ficção especulativa: prevendo o futuro com a arte

Como vimos, um dos grandes precursores do futurismo foi um escritor de ficção. Neste artigo, aqui no InovaCoop, também explicamos que a ficção é um meio de construir narrativas e cenários de futuro para antecipar tendências. A escritora Margaret Atwood entende que a ficção especulativa existe como um reflexo do mundo real.

A autora explica que a ficção especulativa é a construção ficcional de um futuro palpável de acordo com as tendências tecnológicas, culturais e sociais correntes. Isto é: tem muito a ver com o futurismo em sua jornada de interpretar o futuro a partir de pistas do presente.

Além disso, os negócios também podem tirar lições da ficção especulativa para antecipar tendências do ambiente de negócios. Há, inclusive, consultorias especializadas atuando nesse setor que atendem grandes nomes da economia global. É o caso, por exemplo, da Experimental.Design.

Contratada pela montadora Ford, a Experimental.Design elaborou um protótipo para a cidade do futuro, na qual os espaços são mais ocupados por pessoas, em detrimento dos carros. Ou seja: um cenário que representa um desafio para uma das líderes da indústria automotiva. Agora, então, a montadora pode se antecipar e inovar perante essas circunstâncias.

Técnicas de futurismo

Diante de tamanha importância de desenvolver cenários futuros a fim de potencializar o planejamento estratégico, o passo seguinte é: como identificar tendências e criar cenários futuros?

Bom, não existe uma única metodologia para isso, até mesmo por causa do caráter multidisciplinar do futurismo. Contudo, alguns fatores são imprescindíveis para fazer uma análise de predição. Assim, a Bits Academy desenvolveu uma metodologia que reúne as técnicas mais importantes para a análise de cenários futuros chamada Future Canvas.

A metodologia proposta se baseia em cinco pilares, que são:

1. Analisar os sinais fracos

Os sinais fracos são as pequenas mudanças que, muitas vezes, não são percebidas. De início, essas mudanças podem até parecer pouco relevantes mas, no longo prazo, são capazes de gerar grandes mudanças. Identificar os sinais fracos com antecedência permite a análise de futuros derivados dessas mudanças.

Para isso, uma sugestão é escanear o ambiente de negócios buscando identificar os sinais fracos, assim como as soluções para tirar proveito do que eles indicam. Isso pode ser feito por meio de pesquisas de mercado, conversas com clientes, gestores e outros públicos de interesse.

2. Verificar as consequências dos sinais fracos

Depois de identificar os sinais fracos, é hora de entender quais são as suas consequências. Para isso, faça uma reunião para que a equipe possa apresentar ideias e conjecturas sobre os impactos das mudanças. Esses impactos vão gerar outras consequências, como se fosse uma cascata, que também devem ser consideradas.

3. Analisar o contexto em que as pequenas mudanças estão ocorrendo

O contexto das mudanças deve ser avaliado levando em consideração uma série de fatores:

  • Social: estilos de vida, demografia, valores, comportamento;
  • Tecnológico: inovação, transporte, comunicação, energia;
  • Econômico: taxa de juros, comércio, economia, inflação, subsídios, emprego;
  • Ambiental: poluição, comida, fatores climáticos;
  • Política: estabilidade, sindicatos, políticas fiscais, grupos de pressão.

Todas essas áreas são afetadas pelas mudanças. Neste passo, a ideia é obter uma visão ampla sobre o cenário futuro.

4. Entender quais são as tendências

Tendências são padrões que têm um grande potencial de impacto. A Bits Academy as divide em 4 grupos:

  • Megatendências: movimentos que levam décadas até que estejam consolidados, mas são certezas. Geralmente, têm a ver com forças macroeconômicas.
  • Macrotendências: ocorrem em um contexto amplo, globalizado, e duram entre 5 e 10 anos.
  • Microtendências: têm menor duração do que as macrotendências e ocorrem a todo momento de maneira mais localizadas. São, também, rapidamente substituídas.
  • Modas: ganham popularidade rapidamente, mas somem na mesma velocidade. Bastante presentes nas mídias digitais.

5. Desenhar os cenários futuros

Neste ponto, há uma gama de possibilidades de cenários futuros que devem ser levados em conta:

  • Absurdos: cenários que no momento parecem impossíveis e, provavelmente, nunca vão ocorrer.
  • Possíveis: cenários que podem ocorrer, com base em algum conhecimento futuro que ainda não possuímos, mas que poderíamos ter algum dia.
  • Plausíveis: são os cenários que poderiam acontecer com base no conhecimento atual e compreensão de como o mundo funciona hoje.
  • Projetados: cenários que mantêm a atual conjuntura. Ou seja, a projeção do futuro se nada mais mudar.
  • Prováveis: aqueles cenários que, provavelmente, acontecerão, de forma que é possível prevê-los com base em tendências atuais.
  • Desejáveis: os únicos cenários em que o juízo de valor é aplicado. A ideia é imaginá-los para identificar o futuro desejado a partir de nossos próprios valores.

Conclusão

O processo de inovação passa pela antecipação das tendências e dos cenários de futuro. Dessa forma, as iniciativas inovadoras podem se integrar mais eficazmente no planejamento estratégico e na gestão da inovação.

Por esse motivo, é importante estar sempre de olhos abertos para os sinais de mudanças e as perspectivas para o futuro. As técnicas de futurismo ajudam a antecipar as tendências e estar sempre um passo à frente.

O InovaCoop tem um curso online de pesquisador de tendências voltado ao cooperativismo. Desenvolvido em parceria com a Descola, o curso ensina a olhar para cenários e contextos de uma forma estratégica, para te ajudar a mapear tendências a partir de mudanças sociais, de produtos ou de comportamentos.

<p>A inovação é uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento social e bem-estar das comunidades. Entenda o que é inovação social, veja como ela se relaciona com o cooperativismo e conheça exemplos </p>

Inovação social: quando novas ideias beneficiam a sociedade

A inovação é uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento social e bem-estar das comunidades. Entenda o que é inovação social, veja como ela se relaciona com o cooperativismo e conheça exemplos


A inovação não diz respeito somente ao sucesso no mundo dos negócios. Ela também é uma ferramenta poderosa para promover o desenvolvimento social e ambiental. Essa ideia é tão forte que tem até nome: é a inovação social. Vamos conhecê-la?

A OCDE descreve a inovação social como o desenvolvimento e a implementação de novas soluções com o fim de melhorar o bem-estar de indivíduos e das comunidades. Além disso, a inovação social envolve evoluções em conceitos, produtos ou transformações organizacionais. Isto é: a inovação em benefício da sociedade.

Em meio ao crescimento da agenda ESG, a inovação social também vai ganhando protagonismo. O “S”, afinal de contas, diz respeito justamente à responsabilidade social, fator cada vez mais valorizado por mercado, reguladores e consumidores. Isso atua como um impulso para o surgimento de iniciativas de inovação social.

No mais, o social e o ambiental também andam juntos. Por isso, iniciativas com foco na preservação ambiental afetam diretamente a vida das pessoas e a sociedade como um todo e, portanto, também integram a inovação social. A demanda dos consumidores e dos mercados pela atenção às pautas ESG impulsiona iniciativas de inovação social.

Papel do cooperativismo na inovação social

O cooperativismo é um dos grandes responsáveis pelos avanços na inovação social. Afinal, o cooperativismo consegue direcionar o capital em prol de iniciativas que prezam pelo bem-estar e desenvolvimento das comunidades - inclusive na hora de inovar.

O papel social do cooperativismo é marcante. As cooperativas agropecuárias do Brasil, por exemplo, têm um enorme protagonismo na jornada pela segurança alimentar em todo o mundo. Sendo assim, as inovações no Ramo têm um forte potencial de impacto social tanto para seus cooperados quanto para a sociedade.

O cooperativismo também é um ator no combate às mudanças climáticas e, inclusive, marcou presença na COP27, a conferência do clima organizada pelas Nações Unidas. No Radar da Inovação, por exemplo, contamos a história da parceria entre Certel e Sicredi em prol da produção de energia limpa e renovável. Além disso, podemos destacar as iniciativas de cooperativas como a MinasCoop Energia, Cocamar, Cooplana e da Fundação Coopercitrus Credicitrus.

O sistema OCB também atua em prol da inovação social. É o caso, por exemplo, do NegóciosCoop, um marketplace cooperativo criado para impulsionar a intercooperação durante a pandemia de Covid-19., ajudando muitas cooperativas a fazer negócios e levar desenvolvimento para suas regiões e cooperados. Há também uma há iniciativa institucional chamada Cooperação Ambiental, na qual você tem acesso a tudo que vem sendo realizado pela instituição na temática.


Inovação social na prática

Inovação social significa criar sistemas em que o ganho é de todos - sobretudo da sociedade. OU seja: uma lógica sustentável a longo prazo que produz novas ideias almejando construir um mundo melhor. Veja alguns exemplos para entender a inovação social:

  • Rede Nossas Cidades: criada em 2011, surgiu para mobilizar pessoas em prol de melhorias nas cidades brasileiras. Ao todo, a iniciativa já reúne mais de 170 mil pessoas em ações virtuais e presenciais. Nela, qualquer pessoa pode começar uma mobilização, além de apoiar iniciativas de outras pessoas.
  • Colab: eleito o melhor app urbano no mundo, em 2013, pela New Cities Foundation, trata-se de uma rede social com foco na cidadania. Ele faz o meio-de-campo entre cidadãos e cidades, aproximando as pessoas e os gestores públicos.
  • Khan Academy: sem fins lucrativos, seu objetivo é disseminar a educação por meio de cursos gratuitos para todos os perfis. Há aulas de diversas disciplinas e graus de complexidade disponibilizados gratuitamente.
  • Catarse: a plataforma de financiamento coletivo mostra que a inovação social também pode ser um bom negócio. O serviço já ajudou a viabilizar quase 20 mil projetos de diversas áreas, fortalecendo a relação entre artistas e público. 

Em meio ao surgimento de iniciativas de impacto social, até mesmo premiações de sustentabilidade começaram a apreciar o tema. Vamos, então, contar a história da MapBiomas, uma iniciativa brasileira calcada na colaboração e premiada internacionalmente.

MapBiomas: colaboração brasileira ganha prêmio de inovação social

Em cerimônia realizada em Davos, na Suíça, durante o Fórum Econômico Mundial, o brasileiro Tasso Azevedo foi premiado como um dos Inovadores Sociais do Ano. Azevedo é engenheiro florestal, cofundador e coordenador do MapBiomas, uma rede colaborativa que incentiva a gestão sustentável e o combate às mudanças climáticas.

Ao todo, 16 lideranças socioambientais foram premiadas pela Fundação Scwhab. Os critérios levam em conta a abordagem inovadora das iniciativas e o seu potencial de impacto global. A cerimônia aconteceu no dia 17 de janeiro. Outros dois representantes da MapBiomas também foram reconhecidos: a coordenadora científica Julia Shimbo e o coordenador técnico Marcos Rosa.

Azevedo evidencia que a inovação não tem o seu papel restrito à competitividade no mundo dos negócios. Pelo contrário - a mentalidade inovadora tem muito a contribuir para também tornar o mundo mais sustentável e um lugar melhor para todos.

Como o MapBiomas inova

O MapBiomas foi laureado dentro de uma nova categoria da premiação a de Inovação Social Coletiva. Assim, a novidade na premiação foi elaborada a fim de dar uma maior visibilidade a iniciativas de cooperação e impacto coletivo na transformação social. Em sua estreia, a categoria premiou cinco iniciativas, dentre as quais o projeto liderado por Tasso Azevedo.

O projeto é formado por uma rede colaborativa que contempla ONGs, universidades e startups de tecnologia que atuam em conjunto com o propósito de usar a tecnologia e a ciência para revelar as transformações ambientais no território brasileiro. Para isso, o MapBiomas foca em:

  • Produzir mapeamentos anuais da cobertura e uso do solo;
  • Monitorar mensalmente a superfície de água e cicatrizes de fogo;
  • Validar e elaborar relatórios para cada evento de desmatamento detectado no Brasil.

O MapBiomas foi fundado em 2015 visando gerar mudanças sistêmicas por meio de novas ferramentas e da inovação. Tasso Azevedo explicou assim:

“O acesso livre a informações e dados atualizados, históricos e de qualidade sobre o uso e cobertura da terra é premissa para a implantação de políticas públicas, combate ao desmatamento e para a atuação responsável de empresas. Hoje qualquer pessoa com acesso à internet tem condições de verificar o que está acontecendo em todo o território nacional”.

A premiação

O prêmio para inovadores sociais é uma realização da Fundação Schwab em parceria com o Fórum Econômico Mundial e é dividido em cinco categorias:

  • Empreendedor social
  • Intraempreendedor social público
  • Intraempreendedor social corporativo
  • Inovação social coletiva
  • Líder mentor da inovação social

Ao anunciar os vencedores, Hilde Schwab, presidente da fundação, disse que “os Inovadores Sociais de 2023 representam uma geração de líderes de mudança social e ambiental que demonstram que modelos inovadores de cooperação e atuação intersetorial são essenciais para avançarmos diante dos complexos desafios que enfrentamos”.

Além do MapBiomas, a premiação também laureou, por exemplo, um empreendedor nigeriano que apoia os negócios de pequenos agricultores e um pioneiro no conceito de “contratação aberta”, que que ajuda desempregados na busca por trabalhos sem barreiras como a verificação de antecedentes criminais. Veja todos os vencedores do ano neste link.

Conclusão

"Problemas complexos não podem ser resolvidos por organizações isoladas. Os premiados deste ano mostram novos modelos de colaboração entre setores usando tecnologia inovadora, recursos e conhecimentos compartilhados". Essa é a avaliação de François Bonnici, diretor-executivo da Schwab e chefe de inovação social do Fórum Econômico Mundial.

Isto é: a cooperação é um fator-chave para o desenvolvimento da inovação social- e a inovação social já está na raiz do cooperativismo.

E aí na sua Coop? Iniciativas de Inovação social estão no radar?

<p>Saiba mais sobre o aprimoramento da experiência do cliente e a hiperpersonalização, algumas das tendências mais relevantes para 2023</p>

Experiência do cliente e hiperpersonalização: como os dados potencializam os negócios

A transformação digital está deixando os consumidores mais exigentes. Serviços personalizados e jornadas de compra satisfatórias surgem como soluções.


A transformação digital aumentou o acesso a uma ampla diversidade de tipos de produtos e serviços, deixando o ambiente de negócios mais competitivo. Com isso, cresce, ainda, a busca por diferenciais para conquistar os clientes e cooperados. Para lidar com essa situação, a resposta pode estar em proporcionar a melhor experiência do cliente.

Na jornada de proporcionar uma experiência do cliente satisfatória, os dados são imprescindíveis. A coleta de informações dos usuários, que já é indissociável para a economia digital, ganha um protagonismo maior para guiar a relação com um público consumidor mais exigente do que nunca.

Assim, com o objetivo de fornecer a melhor jornada do cliente possível, os dados resultam em um movimento de hiperpersonalização no design de serviços. Dessa forma, a tendência é que os dados coletados sobre o comportamento dos consumidores sejam utilizados para otimizar a experiência e a jornada de compra.

Este artigo é o primeiro de uma série de conteúdos do InovaCoop em que abordaremos cada uma das 9 tendências para ficar de olho em 2023. Neste texto, iremos discorrer sobre o quinto item de nossa lista: a hiperpersonalização, comportamento e experiência do cliente.

Experiência do cliente e seus elementos

A digitalização dos negócios desencadeou um fenômeno de empoderamento dos consumidores. Com o aumento na concorrência e, consequentemente, competitividade, os consumidores esperam maior qualidade dos produtos e serviços. Já alertamos para essa tendência em nosso artigo sobre o futuro do consumo.

A internet facilitou a pesquisa de preços, comparativos de qualidade e disseminação de experiências de consumo. Ter uma boa reputação em plataformas como o Reclame Aqui é prioridade para muitas marcas que querem passar uma sensação de confiança para os seus consumidores.

A palavra-chave aqui é justamente “sensação”. Não basta mais somente prover um bom produto para ter sucesso nos negócios. Isso, agora, é o mínimo. A qualidade do produto ou serviço deve vir aliada a sensações positivas que satisfaçam o consumidor durante toda a jornada de compra.

O conceito que permeia essa busca é o de experiência do cliente - ou customer experience, frequentemente abreviado como CX. A ideia é colocar o cliente no centro do planejamento, e o primeiro passo para isso é entendê-lo.

Além disso, a consultoria KPMG listou seis pilares que guiam todas as experiências humanas positivas para nortear as iniciativas dos negócios. São eles:

  1. Integridade
  2. Resolução
  3. Expectativa
  4. Tempo e esforço
  5. Personalização
  6. Empatia

Por que se preocupar com a experiência do cliente

Para 2023, a experiência do cliente deve ter lugar no planejamento das cooperativas que almejam impulsionar a competitividade. O relacionamento com os clientes é um foco de inovação que gera resultados.

Com isso, a consultoria MJV Innovation ilustra a importância de proporcionar uma experiência positiva com os seguintes dados:

  • 32% dos clientes deixam de fazer negócios com uma marca após uma experiência negativa.
  • 72% dos clientes compartilham com seis ou mais pessoas suas experiências de compra positivas.
  • 13% dos clientes insatisfeitos, por outro lado, compartilham a experiência negativa com 15 ou mais pessoas

Na internet, o fenômeno do boca a boca ganha uma nova dimensão com o alcance proporcionado pelas novas mídias. Portanto, proporcionar uma experiência do cliente positiva faz a diferença nos negócios mais do que nunca.

Conhecendo seu público

Tendo assimilado a importância de proporcionar uma boa experiência do cliente, o primeiro passo é conhecê-lo melhor. A identificação das personas está longe de ser algo novo. As pesquisas de mercado, por exemplo, têm essa tarefa. O que mudou é a disponibilidade de dados e informações para tal.

Com isso, priorizar o cliente quer dizer que a cooperativa busca entender os motivos que os levam a escolher seus produtos ou serviços. Ao conhecer suas características, necessidades, demandas e comportamentos, torna-se possível adequar a relação. Consequentemente, os clientes têm uma experiência mais satisfatória.

Assim, uma boa experiência do cliente começa com o estudo de seus comportamentos e desejos. Para isso, a transformação digital proporcionou um grande aliado: os dados. Usando-os a fim de entender os usuários, os negócios têm uma base sólida para inovar na experiência do cliente.

Omnicanalidade

As pessoas estão cada vez mais conectadas usando diferentes plataformas a cada momento. Celulares, computadores, tablets, relógios inteligentes, smart TVs… tudo isso, e muito mais, pode ser um canal de vendas. Por causa disso, estima-se que mais de 90% dos internautas usam mais de um aparelho para completar alguma tarefa online.

Dessa maneira, a experiência do cliente deve estar preparada para migrar por diversos canais digitais ou analógicos em uma mesma jornada de compra. A pessoa pode conhecer o produto em uma propaganda na televisão, ver suas características de perto em uma vitrine, pesquisar preços pelo celular e, enfim, efetuar a compra em um computador, por exemplo.

Por esse motivo, todos os canais devem ser pensados para que contribuam de forma complementar para a experiência do cliente, emitindo a mensagem correta e disponibilizando os processos adequados em cada uma dessas plataformas. Afinal, compradores que se relacionam com um produto em múltiplas plataformas são mais propensos a efetuar a aquisição.

Fator UX e UI

A experiência do cliente tem, ainda, a tarefa de garantir que as experiências e interfaces de usuário gerem a fidelidade do cliente. Para isso, há duas ferramentas que não podem ser deixadas de lado. São elas:

  • Experiência do usuário (UX): processo em que as marcas desenvolvem experiências valiosas e significativas para o cliente de um produto ou serviço específico. Isso envolve o design de todo o processo e busca entregar boas experiências ao usuário, incentivando hábitos e comportamentos.
  • Interface do usuário (UI): voltada para o layout gráfico e as interfaces para produtos ou serviços. Trata-se da disciplina que estuda a maneira com que os usuários interagem com um determinado aplicativo, monitor, dispositivo ou software.

Dados da consultoria Gartner indicam que os negócios que têm a experiência do usuário como um dos seus pilares apresentam desempenho 228% acima da média. Neste processo, a interface contribui diretamente para a experiência do usuário, o que é fundamental para a fidelização dos clientes.

Ou seja: UX e UI devem ser integrados, sobretudo no ambiente digital, já que ter uma interface para realizar as ações é indispensável nas jornadas de compra feitas pela internet.

Mensurando a experiência do cliente

Mas como saber se a experiência do cliente é satisfatória? Medir a CX e a percepção dos usuários é vital para todo tipo de negócio, pois fornece subsídios para o aprimoramento da jornada de compra.

Esse processo, contudo, exige cuidado, cautela e planejamento. Fazer as perguntas certas e encontrar as métricas adequadas são tarefas desafiadoras, mas não podem ser deixadas de lado. Para este fim, a metodologia mais usada é o Net Promoter Score (NPS), que mede a experiência do cliente por meio da satisfação em determinados critérios em notas dadas pelos usuários.

No Radar da Inovação, contamos como a Unimed Poços de Caldas utiliza a metodologia NPS para melhorar a experiência de seus pacientes. Em parceria com uma startup, a cooperativa colhe avaliações dos usuários em uma série de critérios e, com isso, identifica pontos de atenção e melhoria.

Desde que adotou a metodologia, a cooperativa obteve uma melhora significativa na experiência de seus pacientes em relação às seis metas estabelecidas. No segundo semestre de 2021, o Índice de Percepção em Segurança do Paciente estava em 68%. No primeiro semestre de 2021, essa taxa cresceu 29 pontos, para 89%, por exemplo.

Hiperpersonalização

O aspecto mais marcante das mudanças no relacionamento com os consumidores decorrente da transformação digital é o aumento na personalização dos produtos e serviços. A oferta de soluções ágeis, individualizadas e personalizadas é uma nova demanda do público que se tornou possível graças aos dados - trata-se da hiperpersonalização.

Isto é: a hiperpersonalização consiste na oferta que atenda especificamente a necessidade individual de cada cliente. As novas dinâmicas de consumo já levam em conta as experiências personalizadas, e esse processo será cada vez mais agudo. Diante desse cenário, as cooperativas precisam mapear os interesses de cada cliente a fim de oferecer soluções certeiras.

A inteligência de dados é imprescindível para a adequação na oferta de produtos e serviços hiperpersonalizados. Afinal, não basta mais classificar grupos inteiros de clientes em certos perfis unidos por características comuns - agora, a jornada de compra é dinâmica e os ajustes são feitos a todo instante, guiados pelos dados e algoritmos.

Muitos serviços já têm a hiperpersonalização como alicerce de seus modelos de negócio. No streaming, por exemplo, as plataformas identificam o gosto pessoal em filmes, séries e música de cada indivíduo para sugerir novos conteúdos e guiar o caminho de futuras produções. Agora, a hiperpersonalização será ainda mais presente na economia como um todo.

Um diferencial competitivo

Em um meio de competição acirrada, a oferta de serviços personalizados levando em conta as experiências valorizadas por cada consumidor é o que faz o cliente escolher uma marca em detrimento de outra.

Joe Pine, cofundador da Strategic Horizons LLP e especialista em experiência do cliente, argumenta que a hiperpersonalização ajuda a entender não só o indivíduo, mas também o contexto em que ele está em certo momento:

“Por meio dessa hiperpersonalização, as empresas podem criar plataformas geniais que não apenas detectam e respondem a consumidores individuais, mas que antecipam o que as pessoas querem, precisam e desejam para que as próprias companhias possam multiplicar o que almejam”, explicou ao site Consumidor Moderno.

Ao praticar a abordagem focada no indivíduo, os negócios identificam as necessidades específicas não somente para a pessoa, mas também para a situação. Essa rapidez e adaptabilidade às circunstâncias contribui para a fidelização e proporciona um diferencial na competitividade.

Open Finance e a hiperpersonalização financeira

Os serviços financeiros estão caminhando rumo à hiperpersonalização, com o desenvolvimento de soluções específicas para cada indivíduo. Essa tendência que deve avançar em 2023 tem, como pano de fundo, o avanço nas ferramentas para tratamento de dados, inteligência artificial e a difusão da internet 5G.

O Open Finance - um sistema financeiro aberto, compartilhado e digital - é o grande responsável por esse movimento no Brasil. O compartilhamento de dados entre as instituições financeiras possibilita uma competição pela oferta de serviços financeiros e bancários individualizados, empoderando ainda mais os clientes.

Assim, o Open Finance estimula uma competição pela melhor e mais personalizada experiência do cliente, dando opções aos consumidores e cooperados. Afinal, já que a oferta de crédito e serviços financeiros se baseia no histórico dos consumidores, o cruzamento de dados dos usuários permite a compreensão de suas necessidades específicas.

Conclusão

As tecnologias digitais e a ampla disponibilidade de dados abrem o caminho para que, em 2023, a experiência do cliente e a hiperpersonalização dos serviços e produtos ganham um protagonismo cada vez maior no mundo dos negócios. Com isso, essas são áreas em que a inovação deve se apresentar bastante ativa e prioritária.

Mais do que nunca, o cliente precisa estar no centro da estratégia de negócios. Isso quer dizer que as cooperativas precisam modernizar suas táticas e ferramentas perante os novos comportamentos que privilegiam experiências positivas e personalizadas.

Por isso, não deixe de dar atenção à jornada do seu consumidor, agregando valor a todo o processo e às interações com a sua cooperativa. Confira, então, o curso de Design de Serviços, que elaboramos em parceria com a Descola e conheça conceitos e práticas para tornar o seu serviço uma experiência incrível para o seu público!

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