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<p><em>Conheça os insights gerados pela missão</em></p>

Inovações para o ramo transporte em Israel

Conheça os insights gerados pela missão


Você sabia que Israel é considerada o terceiro maior ecossistema de startups do mundo (atrás apenas dos Estados Unidos e do Reino Unido)? Por isso ela é chamada de “Nação Startup”! Além disso, o governo israelense tem uma atuação focada na implementação de soluções inteligentes e colocar o país como referência no segmento de transportes.

Atento a isso, o Sistema OCB organizou uma missão de benchmarking, que contou com a participação de dirigentes de coops do ramo transporte e colaboradores da Instituição. O grupo teve como foco principal conhecer em profundidade soluções de mobilidade inteligente, utilização de novas ferramentas tecnológicas e a organização da cadeia logística para o transporte de passageiros e cargas.

Compartilhamos aqui algumas tendências para ficar de olho, destacadas pelo analista do ramo, Tiago Barros:

  • Israel está se preparando para viabilizar o tráfego de carros autônomos nos próximos anos;
  • NAAMA (Israel Urban Air Mobility Initiative): iniciativa que visa estabelecer uma rede de rotas nacionais para drones, que será capaz de transportar qualquer carga, desde que seja pequena e leve o suficiente, para qualquer lugar em Israel e a qualquer momento;
  • Sistemas para veículos autônomos que já são realidade em Israel e em outros países.

A missão gerou não só grandes reflexões para o ramo, mas também propiciou aos participantes uma visão sobre o futuro do ramo transporte, evidenciando o grande papel do cooperativismo brasileiro no fomento à inovação no setor.

No site institucional do Sistema OCB você tem acesso, de forma mais detalhada, à programação e aos insights gerados.

Aprenda aqui como ser um Pesquisador de Tendências? E aqui como ler os cenários para não perder o timing das mudanças e inovações.

<p>A edição de 2023 da Conferência Europeia de Pesquisa ICA CCR terá a inovação como foco. Conheça os pilares do evento e veja como participar! </p>

Inovação é o tema da edição de 2023 da Conferência Europeia de Pesquisa da ACI

Evento será sediado na Bélgica e conta com nove pilares ligados à inovação no cooperativismo; Sistema OCB marcou presença na última edição


A Conferência Europeia de Pesquisa ICA CCR, realizada pela Aliança Cooperativa Internacional, terá a inovação como um de seus pilares na edição de 2023. O evento irá acontecer na cidade de Leuven, na Bélgica, entre os dias 10 e 13 de julho. Leuven fica a apenas 25 km de distância de Bruxelas, a capital da União Europeia.

Na próxima edição da conferência, o tema central será “Inovando na governança cooperativista. Governando a Inovação no cooperativismo”. A partir desse mote, a ideia é reunir pesquisadores, acadêmicos, formuladores de políticas públicas e atores ativos das cooperativas do mundo todo para que possam discutir o desenvolvimento do cooperativismo.

O evento é organizado pelo Centre of Expertise for Cooperative Entrepreneurship (Centro de Especialização em Empreendedorismo Cooperativo). A entidade consiste em um centro de pesquisa e ensino que reúne vários públicos interessados no empreendedorismo cooperativista.

Com isso, a entidade tem o objetivo de promover conhecimento, proficiência e legitimidade sobre o empreendedorismo dentro do cooperativismo.



Programação traz a inovação no centro

A inovação é assunto central da conferência, que almeja incentivar a adoção e elaboração de práticas inovadoras ligadas à governança cooperativa. Afinal, a gestão democrática é uma característica integral para a evolução e a identidade do modelo de negócios cooperativista.

Entretanto, mesmo que esse tópico seja comum a todo o cenário do cooperativismo, a democracia nos processos de gestão pode ser realizada por diversos meios. A participação dos membros, a escolha dos representantes e a metodologia para tomada de decisões apresentam grandes variações na forma com que são executadas pelas cooperativas.

Por esse motivo, as coops emergem como grandes laboratórios para a inovação social, proporcionando novas maneiras de executar processos democráticos. Assim, o evento irá discutir esses temas, buscando respostas para perguntas como, dentre outras:

  • Quais são as inovações sociais da governança cooperativa?
  • Como as inovações de governança cooperativa contribuem para os negócios e o impacto social?
  • Essas inovações melhoram a qualidade dos processos de tomadas de decisões?
  • De que maneira elas influenciam o escopo e as formas de participação dos cooperados?
  • Como as inovações atuam para aprimorar a inclusão de minorias e enfrentamento às desigualdades de gênero na cultura de governança?
  • Como tais inovações podem ser mantidas e fomentadas no decorrer do tempo e através dos desafios que se impõem? 

Novas tecnologias e a governança cooperativa

Um outro tema da conferência que se destaca é o emprego das novas tecnologias para o aprimoramento da governança cooperativa. Elas podem representar, ao mesmo tempo, tanto desafios quanto oportunidades.

As restrições e o isolamento social causados pela pandemia de Covid-19 imprimiram a necessidade de adoção de recursos digitais para a realização dos processos de gestão democrática. Ferramentas alternativas tiveram que ser desenvolvidas para a realização remota ou híbrida das assembleias, por exemplo.

Por outro lado, o uso dessas tecnologias reduz a capacidade efetiva de participação dos cooperados? Este questionamento também estará no centro das discussões da conferência.

Isso acontece porque, mesmo que estejam se tornando mais sofisticadas, essas ferramentas digitais prejudicam a interação entre os cooperados e os incentivos à participação ativa. Aqui, no InovaCoop, apontamos o metaverso como possível plataforma para a realização de assembleias.

Mais temas - e mais inovação

Ao todo, a conferência se alinha - mas não se limita - em nove temas gerais que funcionam como espinha dorsal dos trabalhos que serão apresentados e discutidos. A inovação aparece com destaque dentre os temas.

Além dos dois tópicos centrais que detalhamos acima, eis os outros sete pilares do evento:

  • Novas formas do cooperativismo: embora o cooperativismo seja um modelo com anos de existência, ele segue se reinventando, conforme as novas demandas e contextos sociais. Um exemplo que se destaca são as cooperativas de plataforma, desenvolvido para enfrentar as problemáticas da gig economy.
  • Cooperativas que inovam em prol da sustentabilidade ecológica: o sétimo princípio do cooperativismo, de interesse pela comunidade, tem se tornado cada vez mais importante. A ascensão da agenda ESG emerge como uma forma de combater as mudanças climáticas e proteger a biodiversidade. As coops são pioneiras nessas iniciativas.
  • Cooperativas, inovação social e criação de riqueza cívica: ao mesmo tempo em que as cooperativas se focam, tradicionalmente, na criação de riqueza para seus associados, novas coops têm surgido visando o bem comum e a geração de valor para a sociedade.
  • Resiliência, crise e inovações: graças a seu modelo participativo de gestão, as cooperativas se mostram mais fortes no enfrentamento a contextos de dificuldades. Com isso, as coops ajudam a enfrentar as crises, proporcionando alternativas inovadoras aos mecanismos econômicos que não estão funcionando bem.
  • Cooperativas em novos setores e no desenvolvimento de setores tradicionais: em mercados tradicionais, como agricultura, serviços financeiros e varejo, as cooperativas impulsionam inovações e o desenvolvimento sustentável. Além disso, as coops estão ficando mais diversas e ingressando em novos setores.
  • Inovações na legislação cooperativista: as leis que regulamentam o cooperativismo devem se adaptar ao desenvolvimento do modelo de negócios e dos conceitos cooperativistas. O crescimento da ideia de economia solidária deve entrar nesse debate. A União Europeia tem liderado a modernização das legislações que impactam as cooperativas.
  • Educação e treinamento cooperativista: há, em curso, um movimento de retomada de cursos dedicados ao cooperativismo. O ensino cooperativista é um passo para a reinvenção da educação econômica em prol da inclusão social. 

Como se nota, a inovação permeia uma gama de processos e assuntos em relação ao desenvolvimento do cooperativismo. Pesquisadores que produziram estudos que se encaixam nestes temas podem inscrever seus trabalhos por meio deste link a partir de 1° de dezembro. Os temas estão detalhados neste documento

O Sistema OCB esteve na conferência de 2022

A edição de 2022 da conferência contou com a participação do Sistema OCB. As analistas técnicas Ana Tereza Libânio, Feulga Reis e Kátia Buzar foram as representantes brasileiras do evento, que ocorreu em Atenas, capital da Grécia, entre os dias 15 e 17 de julho.

O grupo apresentou artigos produzidos em inglês dentro da temática “Repensando as cooperativas: do local ao global e do passado ao futuro”. Confira os artigos que foram apresentados:

O impacto do SouCoop

Ana Tereza Libânio ficou a cargo de apresentar o artigo “O Sistema SouCoop como fomentador de uma cultura de dados para o cooperativismo”. No texto, a analista apresenta o SouCoop, base de dados do cooperativismo brasileiro que reúne informações cadastrais, financeiras e comerciais das cooperativas brasileiras.

A ferramenta tem a finalidade de apoiar decisões, mensurar resultados, orientar e evidenciar o desempenho das organizações de forma clara, objetiva e transparente. Além disso, o SouCoop contribui com a elaboração do Anuário do Cooperativismo Brasileiro, sistematizando os dados para que as coops possam aderir à gestão data driven.

Coop sustentável

O outro trabalho brasileiro apresentado foi o artigo “Cooperativas e a agenda ESG”, fruto da colaboração entre Kátia Buzar e Raquel Rodrigues, que também é analista do Sistema OCB. A pesquisa trata dos impactos que as mudanças recentes do mundo têm trazido para a realização de negócios.

Outro ponto levantado pelas autoras é a importância da criação de valor de longo prazo e da promoção do desenvolvimento econômico, social e ambiental. Tudo isso sem deixar de levar em conta a vantagem competitiva e a mitigação de riscos, além de explorar as oportunidades e convergências entre o cooperativismo e a Agenda ESG.

Unindo educação e cooperativismo

Já Feulga Reis apresentou o artigo “Educação cooperativa e diversidade na política de sucessão como ferramenta para o crescimento cooperativo”. No artigo, a analista sublinha o papel que as cooperativas de crédito brasileiras assumem como agentes da inclusão financeira no país.

Para Feulga, há dois principais desafios que as coops de crédito encaram: a educação cooperativa e uma política mais diversificada de sucessão de seus gerentes, pois ainda existe uma desigualdade notável dentre as lideranças dessas instituições.

Mais artigos brasileiros

Além das analistas do Sistema OCB, o Sescoop/RS esteve presente com o artigo “O potencial bancário das cooperativas de crédito brasileiras durante a pandemia de Covid-19”, de Leonardo Machado.

Ele argumenta que o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo apoiou a expansão financeira e o desenvolvimento social por meio da democratização do acesso ao crédito e aos serviços bancários.

As cooperativas de crédito também foram objeto de análise de Letícia Valério Porfírio, estatística do Fundo Garantidor de Crédito Cooperativo (FGCoop).

Letícia estudou a “Avaliação da suficiência de um fundo garantidor de depósitos com base na análise de risco: abordagem às cooperativas de crédito”.

Conclusão

A Conferência Europeia de Pesquisa ICA CCR é uma enorme oportunidade para apresentar o ecossistema de inovação do cooperativismo brasileiro, além de ficar por dentro do cenário mundial do cooperativismo.

A premissa dos artigos pode ser submetida para análise entre os dias 1° de dezembro de 2022 e 31 de janeiro de 2023. O resultado da fase de aprovação das propostas sai no dia 28 de fevereiro e o artigo final deve ser entregue pronto até 15 de junho.

As informações, modelos e temas estão disponíveis no site do evento. Fique de olho nos prazos e contribua para agregar conhecimento ao cooperativismo brasileiro e divulgar as inovações protagonizadas pelas cooperativas no país!

<p><span style="color: rgb(0, 0, 0);">Realizado em Lisboa, evento indicou tendências e caminhos para a inovação</span></p>

Web Summit 2022: confira 5 destaques do maior evento de tecnologia do mundo

Realizado em Lisboa, evento indicou tendências e caminhos para a inovação


A edição de Lisboa do Web Summit, maior evento de tecnologia e inovação do mundo, aconteceu entre os dias 1º e 4 de novembro. Ao todo, a conferência reuniu mais de 70 mil pessoas e mais de mil palestrantes distribuídos por 25 palcos.

Acompanhar as atrações do Web Summit é uma ótima forma de ficar antenado com as tendências mais importantes para a inovação. O evento congrega grandes nomes do mundo da tecnologia e da nova economia em prol de apresentações e debates que indicam os principais temas para ficar de olho.

Em meio a tantas apresentações e painéis, alguns temas se projetam. Portanto, selecionamos cinco destaques do Web Summit Lisboa de 2022 que merecem a sua atenção. Confira!

1. Tecnologia não é sinônimo de transformação digital

O desenvolvimento das tecnologias é uma pauta quente e constante sempre que o assunto é transformação digital. Diversos recursos digitais modernos são tidos como formas de dar escala aos negócios e agregar valor.

Contudo, é um equívoco interpretar que a adoção da tecnologia representa, por si só, um processo de transformação digital. A reflexão é de Glaucia Guarcello, professora do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da FDC e sócia-líder de Inovação da Deloitte, durante as apresentações do Web Summit Lisboa.

Esse erro acontece porque, em muitas organizações, os programas de transformação digital mantêm processos improdutivos. Não basta somente adotar novas tecnologias se as limitações e os paradigmas prévios são mantidos.

Dessa forma, a transformação digital que gera valor real é a que concilia a transformação da organização em si e dos negócios. Mais do que tecnologia, a transformação digital é um processo de mudança na visão estratégica integrada ao mundo digital. Ou seja: os recursos tecnológicos são aliados dessa jornada, mas não a finalidade dela.

A força da liderança

Glaucia destaca, ainda, que as lideranças são fundamentais para a execução dos processos de transformação digital. Ela indica uma característica em comum entre as jornadas de sucesso: “um único executivo responsável pela transformação”.

Afinal, a tarefa de liderar um programa de tamanha importância estratégica exige foco e visão holística de toda a organização. Com isso, a presença de um líder dedicado à transformação digital pode fazer muita diferença.

2. Descentralização da internet: inclusão e os NFTs

A Web3 desponta como o futuro da internet, funcionando de forma descentralizada, centrada no usuário e, consequentemente, mais democrática. A criptoeconomia, impulsionada pela criação da tecnologia blockchain, cumpre um papel notável no desenvolvimento dessa nova rede.

Na prática, a Web3 (também chamada de Web 3.0) é uma nova maneira de conectar as redes. Enquanto o atual estágio, que é a Web2, concentra o poder nas grandes corporações digitais - as big techs -, a Web3 visa distribuir esse poder de decisão e protagonismo para os próprios usuários. No palco dedicado aos assuntos referentes ao crypto, debateu-se as maneiras como a blockchain pode ajudar a tornar a sociedade mais inclusiva. Além disso, sua aplicação em processos de candidaturas para empregos, escolas e universidades de forma a reduzir os vieses, também esteve em pauta. O impacto social não foi o único tópico abordando a Web3. O Web Summit também proporcionou apresentações sobre a descentralização do entretenimento por meio das mudanças nas estruturas de propriedade e monetização.

A utilidade dos NFTs

O mercado de NFTs e sua aplicabilidade foi mais um tema debatido ao redor da nova estrutura da internet. Pierre-Nicolas Hurstel, co-fundador da carteira de NFTs Arianee, previu, em sua palestra, a tendência de que essa tecnologia seja utilizada para reunir informações pessoais, como se fossem carteiras digitais.

William Quigley, co-fundador e presidente da empresa de carteira digital WAX, é mais um que acredita nesse caminho. Para ele, até mesmo elementos do mundo real serão registrados online. "Eu acho que, para todos nós, o maior impacto que os NFTs terão é tokenizar os produtos de consumo", argumentou.

3. É hora de compreender a geração Z

O protagonismo das novas gerações está começando a ficar evidente. Muitas mudanças na tecnologia e na cultura digital são realizadas pela Geração Z, que comporta os jovens que nasceram, aproximadamente, entre 1995 e 2010.

Já que essa geração está ocupando cada vez mais espaço e criando sua própria maneira de conviver digitalmente, suas demandas foram discutidas durante o Web Summit 2022.

A Geração Z é a primeira nativa digital e, por isso, domina as novas tecnologias e possui um alto grau de alfabetização digital. E eles já estão carregando essa característica para o mercado de consumo e de trabalho. Até o final da década, essa geração deve corresponder a 50% do PIB global. Portanto, é necessário compreendê-los.

Assim, o Web Summit já debateu, inclusive, o começo da ocupação da Geração Z nos cargos de liderança e o que esse processo vai significar para o mundo dos negócios.

4. Sustentabilidade é inovação

Assunto que segue mais importante a cada dia que passa, a sustentabilidade se tornou preponderante toda vez que se discute o avanço da tecnologia e da inovação. O consumo consciente é uma tendência que guia decisões nos negócios e norteia iniciativas inovadoras. Assim, o tema marcou presença no Web Summit.

O primeiro dia do Web Summit realizou um debate sobre como utilizar a tecnologia a fim de amenizar problemas sociais e ambientais, convidando os participantes a refletirem os impactos de seus negócios.

Posteriormente, a vice-presidente do setor de Iniciativas Ambientais da Apple Lisa Jackson sublinhou a baixa adesão às práticas de redução das emissões de carbono.

O papel das organizações também foi pontuado por Brad Smith, vice-presidente da Microsoft. “Para evitar o colapso climático, as 51 bilhões de toneladas de carbono emitidas anualmente precisam cair para 12 ou 10 bilhões. Precisamos fazer mais do que qualquer geração já fez”, disse o executivo.

ESG em alta

O Web Summit também reforçou a necessidade do envolvimento dos atores econômicos nas questões climáticas. A crise do clima segue se agravando e precisa ser encarada pelas organizações.

Ao longo do evento, painéis destacaram ações de combate ao aquecimento global e apontaram a importância de cumprir as metas ambientais. Participantes da conferência defenderam que o ESG é uma atividade que permeia a sociedade como um todo e deve ser compartilhada por governos e organizações privadas.

No InovaCoop, já mostramos que o cooperativismo carrega o ESG no DNA. Além disso, também explicamos que a sustentabilidade é positiva para os negócios. Confira!

5. Confiança no metaverso

O metaverso é um tópico que proporciona subsídio para muitas discussões. Se por um lado ele muitos entusiastas que veem um grande potencial na tecnologia, por outro, há uma série de críticos que encaram a ideia com ceticismo e chamam a atenção para suas limitações.

Como não poderia ser diferente, o Web Summit foi palco para a apresentação de visões sobre o metaverso. Naomi Gleit, executiva de produtos da Meta, foi a representante do otimismo. “O metaverso vai acontecer com ou sem o investimento da Meta”, falou Naomi. Segundo ela, trata-se de uma evolução da internet, que sai do 2D e explora a terceira dimensão.

Em contrapartida, Maha Abouelenein, fundadora da consultoria Digital & Savy, crê que o metaverso “ainda não está pronto para os consumidores”. Mesmo quem acredita no potencial da tecnologia enxerga a necessidade de amadurecimento antes que ela se consolide.

Por outro lado, a indústria vê a adoção do metaverso com muito mais proximidade. Jean-Marc Ollagnier, CEO da consultora Accenture, garantiu que o metaverso já está conectando a realidade física com os recursos digitais. Vamos acabar por “digitalizar tudo, equipamento, capacidades de manufatura, cidades, talvez alguns de nós também”, ponderou.

Conclusão

A partir do ano que vem, o Web Summit também terá a sua edição brasileira. Pelos próximos seis anos, o Rio de Janeiro irá sediar o maior evento de tecnologia do mundo. A edição de 2023 já tem até local e data marcada: entre os dias 1° e 4 de maio de 2023, no Riocentro.

O anúncio que oficializou a realização da conferência no Brasil foi feito no dia 3 de maio, contando com a presença de Paddy Cosgrove, cofundador do Web Summit. As negociações entre a organização do evento e a cidade foram intermediadas pela Invest.Rio, uma agência de atração e promoção de investimentos para a cidade.

<p>Avanços tecnológicos proporcionam oportunidades de inovar com a IA - e já tem cooperativa utilizando a tecnologia para inovar</p>

O que é Inteligência Artificial e como ela pode impactar os negócios

Avanços tecnológicos proporcionam oportunidades de inovar com a IA - e já tem cooperativa utilizando a tecnologia para inovar


A Inteligência Artificial é um dos elementos mais frequentemente mencionados quando o assunto é transformação digital e inovação. Em nosso artigo sobre tecnologias disruptivas para inovar, por exemplo, a IA é o primeiro ítem listado.

Essa percepção é compartilhada por diversas organizações que almejam antecipar tendências e entender as perspectivas para a integração de novos recursos tecnológicos nos negócios. Uma delas é a Deloitte, que cita a Inteligência Artificial na edição de 2022 do seu estudo anual Tech Trends. A Gartner é mais uma que também banca essa aposta.

Diante da importância, do potencial e das atuais aplicações práticas da Inteligência Artificial, neste artigo iremos entender melhor o conceito da IA, seus benefícios, utilidades e veremos exemplos de cooperativas que já exploram as possibilidades proporcionadas em suas jornadas de inovação. Boa leitura!

O que é Inteligência Artificial

O conceito de Inteligência Artificial define situações em que sistemas computadorizados são capazes de mimetizar a inteligência humana na execução de determinadas tarefas. Dessa forma, esses sistemas conseguem se aprimorar gradativamente a partir das informações que recebem, coletam e analisam.

Com o passar do tempo, a Inteligência Artificial encontrou mais de uma definição acadêmica:

  1. Sistemas que pensam como seres humanos
  2. Sistemas que atuam como seres humanos
  3. Sistemas que pensam racionalmente
  4. Sistemas que atuam racionalmente

Ainda assim, dentro dessas variações, a Inteligência Artificial leva em consideração a imitação do raciocínio ou do comportamento humano.

Assim, as ações sustentadas na Inteligência Artificial têm base em padrões obtidos a partir de um banco de dados. Um braço importante da IA é o machine learning (aprendizado de máquina), que consiste na ideia de que os sistemas possam aprender com os dados, identificar padrões e tomar decisões com o mínimo de intervenção humana.

Origens da Inteligência Artificial

A ideia de computadores que imitam o raciocínio humano precede a tecnologia necessária para colocá-la em prática. Os estudos sobre a IA se tornaram importantes a partir da Segunda Guerra Mundial, na década de 40. Alan Turing, considerado um dos pais da computação, foi um nome fundamental para o desenvolvimento dessa área do conhecimento.

Contudo, a Inteligência Artificial se consolidou como algo concreto na década de 50. No fim da década de 60, o primeiro chatbot, batizado de ELIZA, foi desenvolvido, o que representou um marco no amadurecimento da IA. A propósito, Eliza também é o nome da assistente virtual que utiliza realidade aumentada no livro Inovação no Cooperativismo, publicado pelo Sistema OCB.

Durante muitas décadas, a Inteligência Artificial era limitada pela tecnologia e pelos custos. Entretanto, com a sofisticação da computação e barateamento dos equipamentos, a IA começou a ganhar aplicações práticas. Com isso, seus impactos no mundo dos negócios e em iniciativas de inovação ficaram evidentes e passaram a proporcionar grandes oportunidades.

Benefícios da Inteligência Artificial

A difusão crescente da Inteligência Artificial no mundo dos negócios ocorre porque ela potencializa e otimiza o uso de dados. Em meio à era do Big Data, a IA é uma ferramenta que extrai aplicações práticas da abundância de informação disponível.

A estimativa da consultoria PwC é de que a Inteligência Artificial contribuirá em 15,7 milhões de dólares para a economia em 2030, impulsionando o crescimento de 14% no PIB mundial. Sendo assim, eis alguns dos benefícios mais notáveis ao empregar a Inteligência Artificial nos negócios da sua cooperativa:

  • Produtividade: a PwC aponta que o grande impacto da IA ocorrerá por meio de ganhos na produtividade. Esse fenômeno tem duas facetas: a automação industrial e a consequente potencialização da produção dos colaboradores. A produtividade proporcionada pela IA deve contribuir com 6,6 milhões de dólares à economia global em 2030.
  • Aumento de receita: a consultoria também argumenta que o uso estratégico dos dados internos e externos pode ajudar a melhorar o crescimento dos negócios, evidenciando novas e melhores oportunidades. Com isso, é possível aumentar os retornos e as margens.
  • Vantagem competitiva: a IA otimiza o uso de dados em diversas áreas dos negócios, de forma a possibilitar o desenvolvimento de novos produtos e serviços. A tecnologia ainda ajuda a identificar oportunidades e prever riscos.
  • Melhor tomada de decisão: a Inteligência Artificial é uma grande aliada da gestão data driven, uma vez que ela é capaz de compreender volumes massivos de dados e indicar os caminhos adequados perante as informações disponíveis.

Aplicações da Inteligência Artificial

Esses benefícios se tornam possíveis devido às aplicações práticas da Inteligência Artificial que foram se desenvolvendo e incrementando recursos e funcionalidades em diversas áreas dos negócios.

Diante disso, confira quais são algumas das principais possibilidades proporcionadas pela utilização da Inteligência Artificial:

Chatbots

Os chatbots baseados em inteligência artificial são úteis para cooperativas que realizam atendimentos a clientes e cooperados. Isso ocorre porque a tecnologia é capaz de resolver problemas simples e tirar dúvidas com alto grau de eficiência e rapidez.

Esse tipo de atendimento pode ficar disponível 24 horas por dia e auxiliar na coleta de dados, acelerar a fila de atendimentos e realizar a triagem dos problemas. Dessa forma, os atendentes humanos podem se dedicar a situações mais complexas, aumentando a produtividade geral e a satisfação dos clientes.

De acordo com a consultoria Gartner, os chatbots serão os canais primários no atendimento dos consumidores para cerca de um quarto das organizações. Ou seja, os chatbots que empregam a inteligência artificial serão, cada vez mais, ativos importantes para atendimentos e interações.

Chatbots em atuação nas coops brasileiras

No cooperativismo brasileiro, já há casos de sucesso no uso dos chatbots. No Sicoob, por exemplo, a assistente virtual Alice, criada a partir de um programa de transformação digital, usa a IA para desenvolver sua linguagem. Os dados comprovam o sucesso da inovação: o chatbot soluciona 70% dos atendimentos iniciados pela Inteligência Artificial.

O Sicredi é mais uma cooperativa de crédito que utiliza a tecnologia. O assistente virtual Theo foi vencedor do prêmio Banking Transformation 2021 - Relatório Bancário, devido ao emprego da IA no atendimento por WhatsApp.

Robótica autônoma

A Inteligência Artificial também potencializa os avanços da robótica automatizada, de forma que os robôs autônomos empregam a tecnologia como forma de refinar a operação. Essa tecnologia cumpre um papel central no desenvolvimento da indústria 4.0 e representa avanços em diversas áreas da economia.

A consultoria Next Move Strategy mensurou que o valor de mercado global dos robôs autônomos em 2021 ficou no valor de 1,61 bilhão de dólares e seguirá crescendo. Até 2030, essa quantia deve superar os 22 bilhões de dólares.

Com suporte da IA, os robôs autônomos demonstram potencial de atuar em áreas como transporte, armazenamento, agronegócio e procedimentos de saúde. Veículos autônomos, maquinário agrícola e equipamentos médicos despontam como o futuro da robótica aliada à Inteligência Artificial nos negócios.

Serviços financeiros

A IA já apresenta ganhos de escala no setor financeiro, mas o grande salto com a tecnologia ainda está por vir. Diante desse cenário, a PwC enxerga uma gama de possibilidades para o emprego da Inteligência Artificial nos serviços financeiros. As três áreas em que há maior potencial são:

  1. Planejamento financeiro personalizado
  2. Detecção de fraude e combate à lavagem de dinheiro
  3. Automação de processos, tanto de escritório quanto de atendimento

Uma das ideias é que, assim, as instituições financeiras podem usar a IA no desenvolvimento de soluções personalizadas para cada cliente ou cooperado. Com isso, os consumidores terão serviços adequados a suas necessidades sem que seja necessário navegar dentre múltiplas opções fornecidas para achar a escolha apropriada.

Os avanços da IA nos serviços financeiros também devem ser impulsionados pelo compartilhamento de dados. No Brasil, por exemplo, há o open finance, permitindo que os consumidores compartilhem seus dados entre diferentes instituições financeiras em busca de melhores ofertas.

Na mesma seara de empregar dados para encontrar soluções personalizadas com a Inteligência Artificial, existe, ainda, um grande potencial para a indicação de investimentos. Levando em conta o perfil de risco e a capacidade financeira de cada pessoa, a IA ajuda a encontrar produtos adequados.

Saúde

Segundo o levantamento da PwC, a saúde é a área onde há maior potencial de impacto proporcionado pela adoção de ferramentas atribuídas à Inteligência Artificial. Os dados indicam que o apoio na busca por diagnósticos se destaca como uma atividade em que a IA aparece como uma grande protagonista nos próximos anos.

Isso pode ser realizado por meio da detecção de pequenas variações dos dados normais de cada paciente, gerando uma análise individualizada perante cada organismo.

Além disso, de forma mais ampla, a IA é capaz de identificar padrões que denunciam potenciais pandemias, epidemias ou surtos de determinadas doenças. Dessa maneira, atua na prevenção de contágios.

No longo prazo, os robôs autônomos manipulados por Inteligência Artificial também poderão estar a cargo de procedimentos médicos e pequenas cirurgias. Atualmente, eles já são empregados em certas funções de apoio a um médico humano, mas as expectativas são de que robôs autônomos possam realizar cirurgias simples sozinhos.

Transportes e logística

A aposta da PwC é de que as três áreas mais promissoras de utilização da IA no mercado de transportes e logística são:

  1. Caminhões autônomos e entregas
  2. Controle de tráfego e redução de congestionamentos
  3. Aprimoramento na segurança viária

Com isso, as cadeias logísticas de armazenamento, suprimento e locomoção de carga ficarão mais eficientes, reduzindo prazos e diminuindo a incidência de erros. Em um mundo em que os grandes nomes do e-commerce apresentam a velocidade do frete como diferencial, a IA promete fornecer um importante diferencial competitivo.

Em um horizonte mais longínquo, carros autônomos guiados por Inteligência Artificial também devem contribuir para tornar o tráfego mais seguro e ordenado nas ruas. A tecnologia necessária para isso, contudo, ainda precisa de refinamento e de conquistar a confiança dos consumidores.

Em entrevista ao ConexãoCoop, o advogado Fernando Lucindo, especializado em Direito Cooperativo, defende que a Inteligência Artificial faz parte do futuro dos negócios no Ramo. “Para as cooperativas, as possibilidades são imensas. Desde sua organização em DAO’s utilizando Governance Tokens à exploração inteligente dos próprios dados através da Web3”, declarou.

Exemplos da Inteligência Artificial aplicada no cooperativismo

Inovador por natureza, o cooperativismo já soma exemplos de aplicações da Inteligência Artificial em diferentes áreas em seus negócios. Confira alguns exemplos inovadores:

Case Unimed: Robô Laura

No Radar da Inovação, contamos como a Unimed Grande Florianópolis, de Santa Catarina, implementou a Inteligência Artificial a fim de monitorar pacientes em tempo integral. A tecnologia alerta para a deterioração do estado de saúde dos pacientes, de forma a direcionar o atendimento com rapidez quando for necessário.

Batizada de Robô Laura, a ferramenta foi implementada em 2019 e funciona como um colaborador em alerta permanente. O objetivo é que nada escape ao seu monitoramento para que a IA possa atuar como gerenciadora dos riscos hospitalares.

Na prática, o Robô Laura gera dois tipos de alerta de acordo com a gravidade do caso monitorado. A implementação da tecnologia trouxe benefícios aos pacientes internados no hospital da cooperativa, uma vez que os alertas apresentados nos painéis de gestão ajudam as equipes na priorização dos pacientes com maior chance de deterioração clínica.

Em pouco tempo, o uso da IA já apresentou resultados positivos. Com três meses de implementação, o robô monitorou 605 pacientes, gerou 5.640 alertas, aumentou em 30% a quantidade de alertas atendidos em até uma hora e em 55% os atendidos em até três horas.

Inteligência Artificial no campo

Com apoio do HUB de Inteligência Artificial do Senai no Paraná, a Cocamar desenvolveu uma solução que usa a Inteligência Artificial na classificação de soja. A tecnologia captura imagens dos grãos que são analisadas por um algoritmo que monitora a acidez e a concentração de clorofila.

Com isso, a cooperativa consegue otimizar a operação, deixando-a mais rápida, eficiente e padronizada durante um processo que, anteriormente, era parcialmente manual.

IA em campos internacionais

A revista Saber Cooperar, do Sistema OCB, narrou como os produtores associados às Cooperativas de Frutas e Legumes da Bélgica usam a Inteligência Artificial no campo. A coop foi a ganhadora do Prêmio de Rastreabilidade e Informação ao Consumidor graças à iniciativa.

Os cooperados utilizam a plataforma Care4Growing, uma plataforma digital que utiliza a Inteligência Artificial para fornecer um suporte completo de todo o processo de cultivo da produção.

O processo começa na semeadura e vai até a comercialização dos produtos, indicando o melhor momento para a colheita e denunciando precocemente o risco de pragas e doenças. A inovação conta com mais de 100 funcionalidades, incluindo um assistente virtual que usa um banco de dados com a finalidade de otimizar a operação da cadeia de suprimentos.

Conclusão

A Inteligência Artificial está com desenvolvimento acelerado, possibilitado pelos avanços tecnológicos. Isso permite que ela sirva de ferramenta para uma série de inovações que potencializam os negócios.

De forma ampla, a Inteligência Artificial promete otimizar muitos processos e transformar indústrias inteiras. Por esse motivo, o domínio dos recursos, ferramentas e oportunidades de inovação proporcionados pela IA são imprescindíveis para o crescimento da competitividade nos negócios.

Em meio a esse cenário dinâmico de constante inovação e busca incessante por aumentos de produtividade, a IA desponta como um recurso poderoso de otimizar a operação das cooperativas.

A Inteligência Artificial representa avanços importantes para a transformação digital. Para ficar por dentro de como as inovações tecnológicas podem contribuir para os negócios da sua cooperativa, confira nosso curso online de transformação digital desenvolvido em parceria com a Descola. A mentalidade inovadora é fundamental para aproveitar o máximo do que a IA tem a oferecer, confira!

<p><span style="color: rgb(0, 0, 0); background-color: rgba(0, 0, 0, 0);">“Inovar não significa criar sistemas totalmente novos, mas descobrir um jeito diferente de fazer as coisas” - Márcio Lopes de Freitas, Presidente do Sistema OCB.</span></p>

Inovação no Cooperativismo: Livro está disponível em formato digital!

“Inovar não significa criar sistemas totalmente novos, mas descobrir um jeito diferente de fazer as coisas” - Márcio Lopes de Freitas, Presidente do Sistema OCB.


A inovação está no DNA do cooperativismo e também faz parte dos objetivos estratégicos do Sistema OCB. Conforme demonstrado em nossa pesquisa, o maior desafio das cooperativas é colocar a inovação em prática, de forma planejada e sistematizada. E, para disseminar ainda mais esse tema entre as coops e torná-las cada vez mais competitivas o Sistema OCB disponibilizou, agora também em formato digital, o livro Inovação no Cooperativismo: Um guia descomplicado para quem deseja inovar mais e melhor no universo coop

O arquivo tem a mesma estrutura do livro físico e mantem o objetivo de promover a cultura da inovação nas cooperativas e dar visibilidade às boas práticas já desenvolvidas ou em andamento no universo coop! 

 O livro digital apresenta as principais tendências da atualidade, mantendo seu formato em seis capítulos que vão da introdução ao tema, passando por metodologias e estratégias, cases de sucesso do universo coop e artigos de especialistas renomados no tema, trazendo dicas do que o futuro ainda reserva no curto, médio e longo prazo. 

A novidade dessa versão é a realidade aumentada, que agora dá espaço à vídeos curtos e rápidos da Eliza, que segue nos acompanhando no decorrer de todo o conteúdo. 

 

Vamos inovar juntos? Acesse o link e baixe o livro na versão digital.

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