Topbar OCB

<p><span style="color: rgb(0, 0, 0);">Processo criativo em adultos se desenvolve a partir de jogos, criações artísticas e viagens </span></p>

Habilidades do brincar preparam o ser humano para inovar

Processo criativo em adultos se desenvolve a partir de jogos, criações artísticas e viagens 


A Psicologia da Inovação foi um dos temas tratados com destaque durante a Semana de Competitividade promovida pelo Sistema OCB entre os dias 22 e 26 de agosto. A psicóloga, Fernanda Furia explanou sobre o que está por trás da capacidade de inovar. Segundo ela, “a capacidade de inovar nasce da influência familiar, das experiências da infância e do ato de brincar que, por sua vez, desenvolve habilidades para inovação”. 

Ajudar as pessoas a entenderem os novos contextos de mercado é o desafio central para que comecem a inovar, segundo a psicóloga. “Criatividade é a capacidade de pensar diferente, de ter ideias originais. Inovar é procurar entender, transformar e implementar as novas ideias. O adulto traz o medo de se arriscar, o que é um ato instintivo do ser humano, basta observarmos as crianças. Há resistência à inovação é cerebral e traz com ela o medo da mudança gerando reações de fuga, paralisação ou luta”. 

A psicóloga falou sobre as personalidades do brincar na fase adulta e como elas contribuem com os processos de inovação. De acordo com Fernanda, os adultos desenvolvem o processo criativo, por meio do brincar, gostando de jogos, desfrutando de novas experiências em uma viagem, em criações artísticas, em exercícios e até mesmo levando a vida com mais leveza. Para ela, as referências estão dentro do nosso banco de dados interno.  

“Outro ponto a ser salientado é aceitar as mudanças, as transformações, os riscos. Ter mais autonomia para adquirir novos conhecimentos, ser curioso e investigar para além do que está sendo visto. Neste sentido, a colaboração é bastante importante para que a gente consiga resolver temas complexos e antecipar situações difíceis”, acrescentou.  

A psicóloga destacou que o medo de inovar é um sentimento que acomete muitos adultos e que a nova realidade pede mais coragem, instinto humano. “A capacidade de funcionar em estado beta, que é quando um produto está em construção e é ofertado para um grupo de pessoas experimentarem e apontarem melhorias, é necessário no contexto atual. Não temos mais muito tempo de deixar tudo redondinho para lançar, então, é construir um avião no ar. Para isso, o medo dos riscos deve ser deixado de lado e uma nova mentalidade aflorar, para poder avançar e agir de um jeito mais saudável, tranquilo e menos sofrido”, pontuou. 

Ainda segundo Fernanda, o movimento cooperativista está alinhado a realidade das inovações. “O modelo das cooperativas segue a tendência da colaboração, de passar pelo olhar das pessoas. Falamos muito sobre inovação em termos de ferramentas, mas deve ser observado também que o que acontece dentro das pessoas. As cooperativas são terreno fértil para esse cenário de cuidar de quem inova”. 

Fernanda Furia – A mestre em Psicologia clinicou para crianças e adolescentes por 17 anos. Em 2013, passou a atuar como consultora em diversos projetos que integram as áreas de Psicologia, Inovação, Educação, Ciência do Brincar e Estudos sobre o Futuro. É a idealizadora do blog Playground da Inovação

<p>Lideranças de grupos com pouca representatividade têm auxiliado organizações a aumentar projeções </p>

Diversidade como fator impulsionador de negócios 

Lideranças de grupos com pouca representatividade têm auxiliado organizações a aumentar projeções 


A fundadora e a diretora-executiva da Olabi, Gabi Augustini e Silvana Bahia, contribuíram para abertura de novas ideias sobre lideranças e diversidade dentro do cooperativismo com a palestra Diversidade é Negócio, apresentada durante a Semana de Competitividade organizada pelo Sistema OCB, entre os dias 22 e 26 de agosto. Silvana iniciou sua fala instigando os participantes com a pergunta: Por que diversidade e inclusão? 

“Muita gente se sensibiliza, mas o fato é que percebemos no mundo afora que as organizações de variados portes e tipos se tornam mais fortes quando o clima organizacional conta com a diversidade em seus quadros. Faço outra indagação: As mulheres são a maioria da nossa população, mas quais posições estão ocupando? Sim, os espaços não espelham a sociedade em que vivemos. Fato é que 85% dos juízes são brancos, mesmo com 56% da população negra”, declarou, reforçando a importância de as organizações romperem o racismo estrutural que cria barreiras para a população negra. 

Outro conceito estrutural presente no universo corporativo identificado por ela é o machismo. “Fica evidente quando não vemos mulheres nestes espaços. E todas as organizações que não têm ações afirmativas vão repetir as opressões sociais ocasionadas pela estrutura social”, alertou Silvana. 

Segundo Gabi Augustini, “a diversidade é um guarda-chuva muito amplo. Tanto os líderes precisam levar em consideração as questões demográficas, como as pessoas precisam se ver refletidas nos produtos e serviços ofertados. O mundo está em constante transformação e inovar é necessário”. Sobre o que tem sido feito em ambientes de negócios, Gabi afirma que o ponto de partida é o diagnóstico interno da organização para entender o que é possível fazer para criar um conjunto de pactos e metas. 

“O diagnóstico auxilia na criação dessas metas, mas outros indicadores podem ser formulados ao longo do processo. As ações de conscientização de gênero, racial e de outros públicos minorizados na história podem surpreender e criar oportunidades de mercado. Fizemos um processo seletivo para área de tecnologia e a vaga foi preenchida por uma pessoa da favela que levantou questões de conectividade com as quais os funcionários não estavam acostumados. Sanamos ali um problema enfrentado por muitos e que não estava no radar dos grandes centros urbanos”, reforçou Gabi. 

Silvana endossou que a criação de comitês e grupos de afinidade atuam como espaços propositivos para pautar uma organização e são fundamentais para passar o conjunto de diretrizes sobre o que precisa ser feito. “Um exemplo é como as vagas são expostas. Há real convite para a pessoa integrar a organização? A intencionalidade é fundamental, pois é um saber-ação para a prática das cooperativas. Precisamos mudar nossa lente para não perdermos oportunidades”, complementou. 

Elas defenderam ainda que o entendimento sobre os contextos culturais serve como chaves importantes neste processo. E, além de canais de denúncia para práticas racistas, machistas ou homofóbicas, sugeriram a criação de políticas de sanções e punições de práticas discriminatórias. 

Olabi - Com oito anos de atuação, o Olabi desenvolve trabalhos nas áreas de inovação social, tecnologia e criatividade. O foco é democratizar as tecnologias por meio de conteúdos e metodologias que se espalham pelo mundo e agregam mudanças positivas na sociedade.

<p>Coleta de informações contribui para desenvolvimento de projetos em prol de comunidades</p>

Implantação de uma cultura de dados favorece inovação

Coleta de informações contribui para desenvolvimento de projetos em prol de comunidades


“Inovar é pensar diferente, é criar valores e lógicas. A inspiração é encontrada na diversidade de pensamento, na conversa com um cliente, com um cooperado, ou com uma empresa. Visões divergentes trazem inovações”. A afirmativa é da diretora global de negócios digitais do grupo Stefanini, Mary Balestra, que comandou a palestra Como implementar uma cultura de dados durante a Semana de Competitividade organizada pelo Sistema OCB entre os dias 22 e 26 de agosto.  

Mary apontou cinco caminhos a serem percorridos para a implementação: governança flexível, ética, desenvolvimento da força de trabalho, igualdade de dados e inteligência artificial. Segundo ela, algumas considerações devem ser evidenciadas quando falamos do futuro dos dados. “A qualidade deles é mais importante que a quantidade. Reconhecer que são imperfeitos e subjetivos é outro ponto e não é por isso que deixam de ser inspiradores e apresentarem soluções para outros setores da cooperativa”.  

A diretora afirmou que três grandes competências podem fazer uma cooperativa mais inovadora. “Inspirar-se em outras experiências, colaborar com novos conhecimentos e, claro, usar os dados e não agir apenas pelo empírico. Entender profundamente o que está acontecendo seja no contexto de mercado, ou nos setores da cooperativa, é somar informações para aumentar a capacidade de inovar”.  

 A palestrante utilizou o case da crise hídrica que ocorreu no Estado de São Paulo, em 2013, em que Grupo Stefanini atuou no processo de resolução, por meio de uso de dados, para exemplificar os conceitos abordados. “A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a partir do entendimento do ciclo inteiro de abastecimento e distribuição de água e acompanhamento de dados, não teve mais problemas de racionamento ou escassez. Sanada a crise, conseguimos implementar um sistema para prever, inclusive, novas falhas na distribuição”, explicou.  

Ainda de acordo com ela, o sistema implantado ajudou a Sabesp a ter um abastecimento satisfatório e também a implementar junto aos colaboradores a cultura de dados para se antecipar sobre riscos e tomar decisões assertivas. 

Mary reforçou que as cooperativas já têm valores revolucionários em um mundo onde a direção para o bem comum é o coração. “Usem essa capacidade e se conectem com outras cooperativas, que conseguirão ainda mais escala”.  

Na exposição da diretora também foram explicitados alguns requisitos para a transformação da coop como utilizar ferramentas de compartilhamento de conhecimento; apresentar conteúdo relevante; engajar atores a partir de visões direcionadas; usar premissas de negócios para criar melhores métodos de análise; e construir uma sólida base tecnológica. 

Ela destacou que a arquitetura de dados precisa estar preparada para suportar novos contextos e soluções. Sobre a fonte de dados, salientou a importância da diversificação de informações. A respeito da plataforma, disse que são necessárias a conexão, integração e inteligência. Já em relação à análise de dados, pontuou que ela é essencial para tomada de decisão e propor medidas de inovação. Por fim, sobre a distribuição de dados, a diretora considera que a chave está na descentralização e no empenho. “A inovação não é poder. O poder é o compartilhamento responsável”, concluiu. 

Coop de dados – De acordo com a diretora, as cooperativas de dados são sistemas de gerenciamento, que podem limitar ou modular a captura de dados para criar valor a seus membros em áreas de aplicação onde as comunidades afetadas não veem nenhum benefício aparente. As comunidades, no entanto, podem usar a receita de seus dados para gerar mudanças sociais positivas como, por exemplo, financiando pesquisas públicas. As coops de dados integram o ecossistema da economia digital. 

<p>Selecionar a metodologia de gestão adequada pode tornar a execução de um projeto mais eficiente. Para isso, é fundamental conhecer as vantagens e limitações dos diferentes modelos </p>

Como escolher a melhor metodologia para o projeto da sua cooperativa

Selecionar a metodologia de gestão adequada pode tornar a execução de um projeto mais eficiente. Para isso, é fundamental conhecer as vantagens e limitações dos diferentes modelos.


O sucesso de um projeto deriva de uma série de fatores, e um dos mais importantes deles é a aplicação de uma metodologia de gerenciamento adequada. O planejamento, afinal, é a base que dá sustentação ao desenvolvimento das iniciativas.

Quando chega a hora de definir como um projeto será realizado, o questionamento é inevitável: qual metodologia adotar? A resposta para essa pergunta pode ser a diferença entre um resultado positivo ou negativo.

A metodologia do projeto diz respeito ao modelo de gestão que será utilizado para organizar e ordenar as atividades para seu desenvolvimento. Ou seja: é como um projeto será planejado e colocado em prática, com as tarefas delineadas e ferramentas definidas. Fatores que serão influenciados pela metodologia selecionada são:

  • Escopo do projeto
  • Detalhamento dos processos
  • Sequenciamento das atividades
  • Montagem de cronograma
  • Elaboração de orçamento
  • Registro de custeio
  • Prazos de entregas
  • Definição de responsabilidades

Por que é importante usar uma metodologia adequada

Diante desses quesitos, percebe-se que a escolha da metodologia terá impactos no andamento do projeto. Por isso é tão importante escolher um método adequado para coordená-lo e viabilizá-lo.

A partir da necessidade de otimizar processos e obter melhores resultados, com o tempo, uma gama bastante ampla de metodologias foram desenvolvidas. Cada uma delas terá suas próprias características, vantagens e prejuízos.

Neste artigo, conheceremos uma série de diferentes metodologias para gestão de projetos, descrevendo suas características e benefícios. Diante desse leque de possibilidades, veremos como escolher uma metodologia adequada para aplicar no projeto da sua cooperativa. Aproveite a leitura!

Como escolher uma metodologia

Qual a melhor metodologia para executar um projeto? A única resposta certa é: depende. Cada tipo de metodologia poderá trazer resultados práticos distintos. Cada projeto deve ter suas peculiaridades avaliadas para que essa escolha seja feita.

Objetivos, foco e complexidade

Tal seleção deve levar em conta fatores como objetivos, metas, prazos, recursos disponíveis, verbas e equipe, dentre outros. A metodologia adequada a cada projeto será aquela que consiga organizar esses pilares em prol de um planejamento assertivo e eficiente, que contemple as prioridades e limitações do projeto.

O projeto demanda constantes ajustes dos clientes? Metodologias ágeis, que realizam feedbacks frequentes, podem ser a melhor opção. O objetivo é reduzir custos e aumentar a eficiência? A solução está no lean. Quer manter tudo documentado minuciosamente? Vá de PRINCE2, como método de execução, ou de PMBOK, para guiar os seus processos.

“O gerenciamento de projetos ágil e o tradicional não estão em guerra um com o outro”, explica Robson Cardoso, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB. “Em um mundo movido por constantes mudanças, as empresas não podem aplicar apenas uma metodologia em todos os seus projetos se quiserem permanecer competitivas/sustentáveis”, completa Cardoso.

“Sempre gosto de dizer que não existe um método perfeito para condução de projetos. Mas com certeza existe um método mais assertivo que outro para o problema do momento”, explica.

Poderes e limitações das metodologias

“Por tempos, eu partia do velho e tradicional 5w2h”, conta Cardoso. “Ultimamente tenho dado preferência à utilização de canvas para poder visualizar o todo e conseguir chegar em 8w3h”. Essa estrutura, segundo ele, é:

  • A base, o propósito: por que estamos fazendo esse projeto?
  • As pessoas, o patrocínio: quem é o responsável pelo projeto?
  • As partes interessadas: quem se beneficiará e será afetado pelo projeto?
  • Os recursos: quem administrará o projeto e quais habilidades são necessárias para entregá-lo?
  • As entregas: o que os produtos do projeto construirão ou entregarão?
  • O plano: como e quando o trabalho será realizado?
  • As mudanças: como vamos engajar as partes interessadas e gerenciar os riscos?
  • O investimento: quanto custará o projeto?
  • Os benefícios: quais benefícios e impactos o projeto irá gerar, e como saberemos que o projeto foi bem-sucedido?

Essa estrutura garante que cada projeto tenha um propósito e esteja alinhado com a estratégia da organização. “Gosto porque ele é um documento vivo, a ser revisto sempre que houver uma decisão importante de fazer alterações no escopo do projeto”, argumenta.

Papel da liderança

“Costumo dizer que os projetos são tão bons quanto as pessoas que os executam. Então, quais são as principais qualidades que os líderes precisam para se destacar em um mundo orientado a projetos?”, indaga Cardoso. Ele mesmo responde:

  • Habilidades de gerenciamento de projetos
  • Experiência em desenvolvimento de produtos e serviços
  • Visão de estratégia e negócios
  • Habilidades de liderança e gerenciamento de oportunidades
  • Agilidade e adaptabilidade
  • Ética e valores

E continua: “se os gerentes e as organizações quiserem desenvolver as competências necessárias para se transformar e prosperar na nova economia orientada a resultados, eles precisarão se sentir à vontade para elaborar estratégias que sejam impulsionadas não pela eficiência, mas pela mudança”. 

“Grandes projetos não apenas tornam o trabalho melhor - eles tornam o mundo melhor”, conclui Cardoso.

Para aplicar uma metodologia

No momento de colocar a metodologia de projeto em prática, alguns passos são importantes, para garantir uma implementação eficaz. São eles:

  • Padronização: a adoção de uma metodologia demanda que todos os processos do projeto sejam padronizados conforme seu modelo. Dessa forma, evita-se a existência de incompatibilidades que podem atrasar o cronograma ou prejudicar a qualidade das entregas.
  • Delegação: cada metodologia terá suas tarefas específicas, mas é fundamental definir quem ficará a cargo de cada passo durante a execução do projeto. Papéis bem definidos deixam os processos mais fluidos.
  • Treinamento: para que a metodologia seja aplicada de forma a potencializar seus benefícios, a equipe que a está executando deve conhecê-la a fundo. Assim, o treinamento é imprescindível.
  • Gerenciamento: as lideranças são fundamentais para a aplicação efetiva de uma metodologia de projetos. Além de conhecimento sobre os processos, os gestores precisam ter uma visão sobre a evolução da iniciativa, para que possam gerir os recursos e apontar caminhos para evolução.
  • Feedback: a implementação das diferentes metodologias deve ser avaliada periodicamente, de forma a identificar os pontos positivos e negativos. Assim, é possível melhorar a aplicação da metodologia no decorrer do projeto ou em jornadas futuras.

Principais metodologias de gestão de projetos

Com o tempo, diversas metodologias foram desenvolvidas a fim de superar dificuldades e tornar a gestão de projetos mais eficaz. Elas surgem a partir de contextos que demandam novos tipos de planejamento e gerenciamento para tocar um projeto adiante com sucesso.

Aqui, listamos algumas das principais metodologias de gestão de projetos. Confira!

Metodologias ágeis

As transformações, tanto na tecnologia como nos negócios, estão cada vez mais rápidas. Isso exige que certos projetos sejam executados de forma dinâmica, com foco na eficiência. É com essa finalidade que surgiram as metodologias ágeis, encurtando processos e aproveitando melhor o tempo.

As metodologias ágeis visam abrir mão de processos redundantes, de forma que as entregas sejam mais rápidas e produtivas. Além disso, como os processos são mais curtos, fica mais fácil identificar erros e aumentar as possibilidades de ajustes e adaptações no decorrer do projeto, que se torna mais flexível.

No Radar da Inovação, contamos como o Sicredi passou a utilizar metodologias ágeis durante seu processo de transformação digital. O modelo é utilizado no desenvolvimento de seus produtos digitais, impulsionando a inovação de seus serviços.

Se quiser entender mais a fundo como colocar as metodologias ágeis em ação, confira nosso guia prático sobre o tema clicando aqui. Agora vamos conhecer um pouco mais sobre três das principais metodologias ágeis. Confia:

Kanban

Embora seja considerada uma metodologia ágil, o Kanban foi criado há quase um século, no Japão dos anos 40, pela montadora Toyota. Inicialmente, ele foi desenvolvido para auxiliar no controle de estoque, mas os resultados foram tão evidentemente bons que logo ele foi empregado para gerenciar tarefas e projetos em geral.

O Kanban é uma ferramenta focada na organização visual dos elementos por meio de cartões e colunas. Cada cartão representa uma tarefa, enquanto as colunas designam as fases de desenvolvimento do projeto. Conforme a tarefa progride, o cartão avança coluna por coluna, até a conclusão. Ferramentas como Trello, Asana e ClickUp utilizam a metodologia Kanban.

No InovaCoop, produzimos um guia prático totalmente dedicado ao Kanban. Veja!

Scrum

A metodologia Scrum nasceu com o Manifesto Ágil, em 2001, com o intuito de otimizar o desenvolvimento de softwares. Pouco tempo depois, outras áreas acolheram o Scrum, sobretudo a gestão de projetos.

Esse modelo deriva da ideia de que não há fórmula fixa para desenvolver um projeto e que ajustes são frequentemente necessários para que um bom resultado final seja obtido. Na prática, o Scrum é implementado por meio de ciclos com duração de até quatro semanas, envolvendo reuniões periódicas para correções e encontros de avaliação após cada ciclo.

OKR

Sigla para objectives and key results (objetivos e resultados-chave), o OKR é uma metodologia pautada na definição de metas que direcionam os trabalhos para a realização dos objetivos. Criado na década de 70 por Andrew Grove, então presidente da Intel, o OKR representa um conjunto de metas que se relacionam para constituir os objetivos estratégicos da cooperativa.

Dessa forma, a metodologia OKR permite que os gestores consigam avaliar o progresso na busca por atingir seus objetivos. Caso as metas não sejam alcançadas, o modelo facilita a identificação das falhas que impediram o sucesso pleno do projeto.

Lean

A metodologia lean (enxuta), inspirada pelo sistema de gestão da montadora japonesa Toyota, diz respeito à redução de desperdícios, seja de tempo ou de recursos, ao manter o foco nas tarefas essenciais. Dessa forma, é possível otimizar a operação da cooperativa e reduzir os custos.

Na prática, a metodologia lean busca utilizar somente os recursos estritamente necessários para a realização de um projeto. Ao abrir mão de processos que não contribuem positivamente nas entregas, os trabalhos ficam mais ágeis e menos custosos.

Six Sigma

Aplicado conjuntamente tanto às metodologias lean quanto às ágeis, o modelo Six Sigma é empregado na gestão de qualidade dos projetos. Seu principal propósito é melhorar os processos de forma contínua, de forma a eliminar falhas e aprimorar o desenvolvimento do projeto.

O Sigma é uma letra grega que, neste modelo, se refere à taxa de desperdícios por operação - ou seja, a frequência com que determinado processo usa mais recursos do que o necessário. Assim, elabora-se uma escala de qualidade, em que 1-sigma é o nível mais baixo e o 6-sigma é a excelência.

Cascata

A metodologia cascata é um modelo de gestão de projetos que divide os processos em diferentes fases. Cada uma dessas fases só é iniciada quando a anterior é totalmente concluída. Seu planejamento é organizado por meio de passos claros ao longo de todo o projeto.

É ideal para projetos que demandam um desenvolvimento mais linear, já que traça uma meta a ser alcançada por vez. Contudo, projetos que demandam dinamismo e adaptações constantes podem ficar engessados na metodologia cascata, pois ela apresenta pouca margem de mudanças de última hora.

PRINCE2

A sigla PRINCE2 deriva de Projects In Controlled Environments - ou seja, projetos em ambientes controlados. Usando a metodologia de cascata, esse modelo é muito utilizado para gerenciar projetos de TI. Ele é executado por meio de um cronograma rígido, com foco no respeito aos prazos estabelecidos e documentação dos processos.

Seus sete princípios são:

  1. iniciar um projeto;
  2. direcionar um projeto;
  3. começar a execução um projeto;
  4. supervisionar um projeto;
  5. administrar a entrega dos produtos;
  6. gerir uma divisão de fases;
  7. encerrar um projeto.

PMBOK

Enquanto o PRINCE2 é uma metodologia no sentido mais estrito do termo, o PMBOK (Project Management Body of Knowledge, ou Conjunto de Conhecimentos de Gerenciamento de Projetos) representa um compêndio de boas práticas que leva em consideração diversos processos de desenvolvimento.

Ou seja, o PMBOK não apresenta um passo a passo. Ele é bastante flexível e não apresenta uma lista de tarefas pré-definidas. Por isso, cada projeto deve definir quais atividades deverão ser executadas em cada trecho do projeto. O PMBOK é organizado em cinco grupos de processos:

  1. Início do projeto;
  2. Planejamento do projeto;
  3. Execução do projeto;
  4. Controle do projeto;
  5. Encerramento do projeto.

Método do caminho crítico (CPM)

Essa metodologia se baseia na identificação e no planejamento das tarefas críticas de um projeto. O método do caminho crítico funciona melhor em iniciativas de pequeno e médio porte.

Como as tarefas estão interligadas, esse modelo parte do princípio de que uma nova etapa só pode ser realizada quando as anteriores já estão concluídas. Para isso, é necessário definir qual é o caminho crítico - ou seja, o ordenamento para que todos os passos sejam executados na ordem correta.

A Asana elencou 6 passos para encontrar o caminho crítico:

  1. Elencar as atividades: usa-se uma estrutura analítica para listar tarefas e atividades necessárias para as entregas, desde a ideação até a conclusão.
  2. Identificar as dependências: a partir da estrutura analítica, determina-se as fases interdependentes - ou seja, para iniciar uma, é necessário que quais outras tarefas estejam concluídas? Isso ajuda a identificar quais trabalhos podem ser feitos paralelamente.
  3. Criar um diagrama de rede: em seguida, a estrutura deve ser transformada em um diagrama de rede - um fluxograma que evidencie a ordem cronológica das atividades e seus avanços.
  4. Estimar a duração das tarefas: a definição do caminho crítico tem relação com quanto tempo cada atividade leva para ser realizada.
  5. Calcular o caminho crítico: com os prazos estimados e o ordenamento das tarefas interdependentes, elabora-se o caminho crítico. Há algoritmos que fazem esse trabalho.
  6. Calcular a margem de flutuação: a margem de flutuação diz respeito à flexibilidade de determinada tarefa, indicando o quanto ela pode atrasar sem afetar as tarefas seguintes ou o prazo de conclusão.

Conclusão

A escolha de uma metodologia adequada é parte fundamental para o sucesso de um projeto.

A forma como as ideias e tarefas serão discutidas e executadas tem o poder de impulsionar ou atrapalhar o andamento das iniciativas. Por isso, não devemos subestimar a importância de escolher cuidadosamente como os projetos serão tocados.

Conforme as dinâmicas sociais e econômicas mudam, novas metodologias de gestão são criadas ou adaptadas. Há espaço tanto para as mais tradicionais quanto para os métodos modernos. Cada caso é um caso.

Por isso, é importante conhecer as diferentes metodologias de gestão, como elas funcionam e quais são suas vantagens e desvantagens. Esse conhecimento vai ajudar a dar vida aos projetos na sua cooperativa, criando um ambiente propício para a eficiência e a inovação.

<p>Aliadas à criatividade, novas tendências e tecnologias proporcionam oportunidade de inovação </p>

Tendências e oportunidades: 4 dicas para sua coop ficar de olho e inovar

Aliadas à criatividade, novas tendências e tecnologias proporcionam oportunidade de inovação 


Diante de um mundo em constante mudança, as oportunidades de inovação podem estar nos mais diversos lugares. Por isso, é importante estar atento às novas tendências para identificar possibilidades para inovar.

As novas tecnologias que conduzem a transformação digital proporcionam um ambiente fértil para ideias inovadoras. O potencial de muitas ferramentas que despontam como tendências para o futuro dos negócios ainda está sendo explorado, e a sua cooperativa pode fazer parte desse processo de descobertas.

Por isso, analisar tendências e entender o que o novo panorama tecnológico tem a oferecer é fundamental para encontrar soluções inovadoras. Confira nossa seleção de cinco dicas para ficar de olho e encontrar oportunidades de inovar na sua cooperativa! Afinal, uma nova ideia para inovar pode estar:

1. Na criatividade

Independentemente do quão a tecnologia esteja avançando, a inovação sempre estará ligada à criatividade. O poder de imaginar, criar e construir coisas originais capazes de resolver problemas é valioso. A inovação surge a partir desse processo.

A criatividade entra em ação quando deixamos de reproduzir padrões e, em vez disso, optamos pela criação de novas possibilidades. Diferente de uma crença muito comum, a criatividade não é um mero talento nato, mas sim uma habilidade que pode - e deve - ser estimulada, treinada e aperfeiçoada.

Decifrando a criatividade

Para desenvolver algo novo, não basta fazer análises de mercado e aderir às ferramentas mais modernas disponíveis. É essencial usar a cabeça para descobrir soluções.

Conforme explicamos neste artigo, a criatividade é um fator que estimula a criação de novas ideias. A inovação acontece a partir do momento em que essas ideias são implementadas na prática.

5 elementos da criatividade

No livro “The Innovator’s DNA” (DNA do Inovador), os autores enumeram 5 habilidades que diferenciam as mentes inovadoras das comuns:

  1. Capacidade de associação: ocorre quando o cérebro consegue dar lógica e coerência no processamento de informações em sequência, conectando fatores aparentemente isolados. Quanto mais diversificada forem as experiências e conhecimentos, a mente será capaz de desencadear conexões mais complexas.
  2. Questionamento: as perguntas ajudam a compreender como as coisas funcionam e, assim, como é possível desenvolvê-las ou subvertê-las. As soluções não surgem das respostas, mas sim dos questionamentos, pois são eles que levam à reflexão.
  3. Observação: enxergar e entender os detalhes dos processos permite o surgimento de insights para a inovação. Examinando fenômenos comuns, chega-se a ideias disruptivas. Por exemplo: quer desenvolver novos métodos de lidar com seus clientes? Primeiro observe como eles se comportam.
  4. Networking: a criação de relações com diferentes pessoas e grupos possibilita o contato com novas visões de mundo e acesso a perspectivas variadas. O ConexãoCoop possui um curso sobre como criar uma rede de relacionamentos profissionais para potencializar a carreira. Confira!
  5. Experimentação: a busca por novas ideias deve passar pela constante experimentação de coisas novas. Por meio de experiências interativas, pessoas experimentadoras tentam provocar situações que escapam à obviedade e proporcionam ideias inovadoras.

Para estimular a criatividade

O desenvolvimento e treinamento da mente para que ela se torne mais criativa passa pela criação de hábitos que estimulam a criatividade.

A demanda por novas ideias não para de crescer e, como vimos, a criatividade é uma competência que pode ser desenvolvida por meio do treinamento. Por isso, também listamos oito hábitos que ajudam a desenvolver habilidades criativas. Veja:

  1. Não julgue as ideias assim que elas surgirem; espere para que amadureçam antes de avaliar.
  2. Tire um tempo para a solitude - o contato consigo próprio potencializa a reflexão.
  3. Arrisque-se e perca o medo de errar. A inovação depende de ideias ousadas.
  4. Saia de sua bolha. Converse com pessoas experiências de vida diferentes da sua; descubra novos conteúdos artísticos.
  5. Use a mão que você não costuma usar para atividades simples, como escovar os dentes. Isso estimula a formação de conexões cerebrais.
  6. Mude o caminho que faz você ir para o trabalho, pois assim é possível conhecer novos lugares.
  7. Escreva seus sonhos noturnos. Pesquisadores afirmam que existe uma relação direta entre os sonhos noturnos e a criatividade.
  8. Alimente-se com um repertório de referências inspiradoras. Vá a exposições, ande pela cidade, leia livros, veja filmes.

Criatividade a serviço da inovação

O passo seguinte à criatividade é o processo de ideação, ou seja, a materialização e discussão das ideias para que elas sejam estruturadas e se tornem inovação. Uma metodologia útil para essa finalidade é o Design Thinking, que une a sensibilidade do design com métodos para entender as necessidades das pessoas.

A captação de ideias que resultam em inovação pode ser feita com a realização de um brainstorm, por exemplo. Trata-se de uma “tempestade de ideias” em grupo que estimula a criatividade. Conheça mais sobre essa metodologia em nosso guia prático dedicado ao tema.

2. No cooperativismo de plataforma

A proliferação de recursos tecnológicos também resulta no surgimento de modelos de negócios, possibilitados pelas novas ferramentas digitais. É o caso do cooperativismo de plataforma.

Conceito desenvolvido pelo professor Trebor Scholz, da universidade The New School, de Nova York, o cooperativismo de plataforma surgiu como uma resposta ao crescimento da gig economy.

Embora disruptivos, serviços como Uber, AirBNB e iFood originaram uma série de questionamentos éticos sobre a natureza do trabalho. Em teoria, essas plataformas proporcionam flexibilidade aos trabalhadores. Na prática, entretanto, elas impulsionaram a informalidade

No cooperativismo de plataforma, a proposta é empoderar os trabalhadores a partir de uma mudança estrutural na economia do compartilhamento. O objetivo é colocar os trabalhadores em posse das plataformas. Ainda em processo de maturação, esse novo modelo de negócios representa oportunidades para o surgimento de cooperativas inovadoras.

Cooperativismo de plataforma no Brasil

Em 2019, quando veio ao Brasil para palestrar no 14° Congresso Brasileiro de Cooperativismo (CBC), organizado pelo Sistema OCB, Scholz disse ver o potencial do modelo no país. Segundo ele, “o Brasil é um dos países mais propícios para as cooperativas de plataforma”. Contamos aqui qual é o panorama do cooperativismo de plataforma no Brasil.

O InovaCoop é um dos principais impulsionadores do cooperativismo de plataforma em terras brasileiras. Já publicamos diversas postagens, cases e e-books para disseminar o tema. Este papel é corroborado pelo pesquisador Rafael Zanatta, em seu estudo “Cooperativismo de Plataforma no Brasil: Dualidades, Diálogos e Oportunidades”.

Zanatta argumenta que o cooperativismo de plataforma é percebido como um impulsionador da inovação e uma oportunidade de gerar novos negócios para as cooperativas. Por isso, as plataformas operam como uma forma de reinvenção do cooperativismo em mercados que já são relevantes para o setor, como transporte, crédito e saúde.

A OCB defende que o futuro do setor no Brasil passa pelo desenvolvimento do cooperativismo de plataforma. O modelo apresenta soluções sustentáveis e inovadoras diante das novas realidades econômicas.

Desafios

No artigo, Zanatta explica que o cooperativismo de plataforma também enfrenta barreiras para crescer. A maior delas é o conjunto de restrições regulatórias em relação às possibilidades de investimento em cooperativas. Isso causa dificuldades na hora de angariar financiamento para colocar cooperativas de plataforma de pé.

Por causa disso, o desenvolvimento das plataformas acaba restrito às cooperativas de grande porte. Coops menores têm dificuldade em exercer o modelo, o que deixa o amadurecimento do cooperativismo de plataforma mais lento.

Iniciativas

Mesmo com essas complicações, entretanto, já há iniciativas que buscam dar vida ao cooperativismo de plataforma brasileiro.

A Ciclos, por exemplo, é uma cooperativa de plataforma originada pelo hub de inovação da Sicoob do Espírito Santo. Ela disponibiliza acesso a serviços de planos de saúde, telefonia e energia a seus cooperados.

Ao redor do mundo, já há instituições bem-sucedidas inspiradas pelo conceito de Schols. Na Driver’s Seat Cooperative, por exemplo, os motoristas são remunerados pelos dados gerados a partir das corridas realizadas. Na Grã-Bretanha, a Eccoo foi idealizada para colocar em contato profissionais e pessoas que precisam de cuidados especiais em seu dia a dia.

No Radar da Inovação, também já contamos as histórias da Midata, da CoopCycle e da Smart Coopérative. O cooperativismo de plataforma mostra que um novo modelo de negócio pode ser um ótimo lugar para se deparar com oportunidades de inovação para as cooperativas.

3. Na internet do futuro - web 3.0 e metaverso

A internet se tornou indispensável para o cotidiano das pessoas. A rede é cenário de interações sociais, consumo de entretenimento e, cada vez mais, uma nova forma de comportamento humano. E conforme a tecnologia avança e os hábitos mudam, a internet também se transforma.

O futuro da internet é descentralizado, aponta Gavin Wood, responsável por cunhar o termo “web 3.0”. Na atual internet 2.0, o poder está nas mãos das grandes companhias de tecnologia, como Google e Meta. A terceira geração da internet busca descentralizas essas forças, empoderando os usuários. Essa é a lógica por trás da blockchain, que sustenta criptomoedas, NFTs e DAOs.

DAOs e cooperativismo

E o cooperativismo já está ingressando nesse universo digital descentralizado. As DAOS (Decentralized Autonomous Organizations, ou Organizações Autônomas Descentralizadas) são organizações autônomas que operam de forma autônoma.

As regras de funcionamento são descritas em código de programação e verificadas por meio de contratos inteligentes, os smart contracts. As decisões em respeito à operação de uma DAO são democráticas, uma vez que elas adotam princípios de governança compartilhados pelos seus membros.

Soa parecido com o cooperativismo? Pois, nos Estados Unidos, muitas DAOs estão adotando o modelo cooperativista e inovando em seus modelos de negócios. O conceito conecta as coops às DAOs é a patronagem: maneira com que os membros se relacionam à cooperativa. A distribuição do lucro entre os membros, característica inata das cooperativas, é um exemplo.

Mas a natureza digital das DAOs não quer dizer que elas atuam somente no mundo virtual. Um exemplo de DAO constituída como cooperativa é a Employment Commons. Trata-se de uma organização que negocia planos de saúde e benefícios para trabalhadores informais de forma coletiva, atuando como uma cooperativa de consumo.

Metaverso

Em sua apresentação no festival SXSW, a futuróloga Amy Webb apontou que a expressão mais evidente da web3 é o metaverso. Principal aposta para o futuro da Meta (ex-Facebook), o metaverso consiste em um mundo digital de convivência, onde pessoas interagem entre si e com outros objetos por meio de avatares.

Ainda longe de ser uma tecnologia estabelecida, há quem veja um grande potencial para o universo virtual. A consultoria Gartner prevê que 2 bilhões de pessoas vão estar no metaverso até 2026.

Ainda que o metaverso não seja, por enquanto, uma tecnologia difundida, há atores importantes da economia explorando suas potencialidades de inovação. Já tem grife fazendo desfile imersivo, operadora de telefonia abrindo lojas e até fábrica de avião planejando utilizar o metaverso para projetar aeronaves

Aplicações do metaverso

Novidades como o metaverso trazem consigo um leque de oportunidades de inovação que só serão descobertas e testadas com o tempo. A princípio, algumas atividades se destacam, em relação à utilidade da plataforma:

  • Marketing e vendas: no universo virtual, pode ser possível criar espaços de exibição e demonstração de produtos com custos reduzidos, em relação à manutenção de estruturas físicas.
  • Trabalho e reuniões: a instauração de ambientes virtuais cria a possibilidade de que assembleias sejam realizadas de forma remota, por exemplo. Além disso, pessoas em lugares diferentes podem trabalhar simultaneamente em um mesmo projeto.

As oportunidades de inovação proporcionadas pelo metaverso ainda estão passando por um processo de descoberta e experimentação. Por isso, é importante ficar de olho no desenvolvimento e na popularização dessa tecnologia, que pode render boas ideias para inovar.

4. Na rede 5G

Em início de seu processo de implementação no Brasil, a internet de quinta geração promete revolucionar as telecomunicações e acelerar ainda mais a transformação digital. Uma rede mais rápida e estável indica um futuro mais conectado, inteligente, eficiente e inovador.

As expectativas acerca das novas possibilidades proporcionadas com o advento do 5G são grandes. O relatório sobre os impactos econômicos do 5G até 2030 da Omdia argumenta que a internet de quinta geração será uma força a guiar os negócios rumo à transformação digital.

O estudo The Global Economic Impact of 5G, da PwC, avalia que, até 2030, a rede de quinta geração vai acrescentar quase US$ 1,4 trilhão à economia mundial. A consultoria acredita que a revolução será tamanha que a chama de “próximo salto quântico”.

Impactos no negócios brasileiros

Já no Brasil, a IDC estima que a tecnologia 5G deve movimentar US$ 25,5 milhões no país até 2025. Em relação aos impactos da modernização da competitividade, os líderes corporativos brasileiros ouvidos pela Deloitte, acreditam que a adesão às novas tecnologias de internet vão resultar em:

  1. Redução de custos (39%)
  2. Melhoria de eficiências (37%)
  3. Obtenção de novas vantagens tecnológicas (31%
  4. Melhoria de interação com os clientes (31%)
  5. Melhoria de segurança (31%)

Influência setorial

O 5G tem a capacidade de impactar alguns setores importantes com forte presença do cooperativismo, tais quais:

  • Agro: a conectividade 5G promete impulsionar a automação no setor agropecuário, difundindo o uso de máquinas e robôs. A consultoria EY acredita que o aumento na conectividade do campo vai incentivar o desenvolvimento das agtechs - startups especializadas no agronegócio.
  • Saúde: a telemedicina ganhou força desde o início da pandemia de covid-19 e o 5G pode deixá-la ainda mais sofisticada. Com o aumento de dispositivos conectados, dispositivos vestíveis, como relógios inteligentes, vão ser mais difundidos e capazes de coletar informações sobre a saúde.
  • Finanças: a PwC avalia que a integração do 5G nos serviços financeiros pode ter um impacto de US$ 86 bilhões na economia mundial. A rede ainda tem potencial de melhorar os sistemas de segurança e detecção de fraudes financeiras. Do ponto de vista dos clientes, o processamento das transações ficará mais rápido.

O 5G deve impactar, ainda, nos hábitos dos consumidores, fortalecendo ainda mais o consumo online, a produção de conteúdos em vídeo e a difusão de games multijogadores. Nesse contexto, as coops devem acompanhar as influências do 5G nos negócios e na sociedade, a fim de encontrar possibilidades para inovar empregando seus recursos.

Conclusão

A inovação é um processo multidisciplinar, que integra processos mentais, construção de equipes, metodologias de gestão e ferramentas tecnológicas.

Por isso, as cooperativas que desejam inovar devem ficar de olho em diversos aspectos, internos e externos, para desenvolver novas ideias e encontrar soluções inovadoras.

A transformação digital proporciona uma gama de ferramentas e tecnologias passíveis de experimentação. Isso otimiza processos, aumenta a produtividade e cria oportunidades de negócios.

Com o tempo, novas utilidades são descobertas, mesclando as possibilidades da tecnologia e a criatividade para inovar. Dessa forma, as novas ideias surgem para tirar proveito dos recursos modernos, mas sempre com foco nas pessoas.

Image
SISTEMA OCB © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.