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<p>Entenda como o meio cooperativista está se apropriando dos aspectos positivos das plataformas digitais para gerar novos negócios</p>

Como funcionam as plataformas de negócios no cooperativismo

Entenda como o meio cooperativista está se apropriando dos aspectos positivos das plataformas digitais para gerar novos negócios


A consultoria McKinsey prevê que as plataformas digitais - que hoje detêm um economy share de 2% da receita global - abocanhem uma fatia equivalente a 30% até o ano de 2025. Levando em consideração apenas exemplos de plataformas nacionais, fica fácil entender de onde vem tanto otimismo com relação à ascensão desse tipo de negócio.

A ABO2O (Associação Brasileira Online to Offline), entidade que representa mais de 120 plataformas de comércio eletrônico em todo o país, afirma que houve um aumento de 32% no número de novos clientes nos primeiros meses do ano de 2020 e que, no mesmo período, as vendas do comércio eletrônico chegaram a um crescimento de mais de 48%.

Crescimento exponencial das plataformas

As plataformas da Americanas, do Submarino e do Shoptime, que pertencem ao mesmo grupo, dobraram seu faturamento entre 2019 e 2020. A Magazine Luiza é outra plataforma que registrou um crescimento assombroso na base de clientes cadastrados entre 2019 e 2020, de 14 milhões de usuários para 29 milhões. Acompanhou esses números o crescimento de 57% nas vendas online no mesmo período.

E não é apenas o segmento de varejo que tem testemunhado crescimentos exponenciais em suas plataformas. O setor logístico é outro que tem visto o faturamento migrar para as plataformas digitais. Um dos exemplos é o da plataforma Fretadão, que vivenciou um crescimento expressivo nos 12 meses entre agosto de 2020 e agosto de 2021. A plataforma é desenvolvida por uma startup de tecnologia e faz a gestão de transporte privado por meio de um aplicativo.

De acordo com dados fornecidos pela empresa, a quantidade de passageiros atendidos no período praticamente dobrou e deu um salto de 5.700 pessoas para 10.200 clientes cadastrados na base. A quantidade de linhas de ônibus que estão cadastradas no Fretadão subiu 41% no período, chegando a 563 linhas.

Da mesma maneira, o consumo por meio de aplicativos de delivery também experimentou uma ascensão que extrapolou a mais otimista das previsões. Muito devido às restrições de circulação impostas pelo isolamento social decorrente da pandemia de Covid-19, em 2020 os gastos nos aplicativos Rappi, iFood e Uber Eats cresceram 149%. O ticket médio dos pedidos realizados por meio dessas plataformas foi de R$ 50,51 para R$ 103,96 no período de apenas seis meses entre março e setembro de 2020.

Como podemos ver, o crescimento do modelo de negócios baseado em plataformas digitais está em franco crescimento, em um movimento que não deve cessar nos próximos anos, conforme previsões da KPMG. Sendo assim, essa é uma tendência que também pode ser aproveitada pelo cooperativismo, configurando uma oportunidade interessante para as cooperativas se posicionarem na economia digital.

Afinal, trata-se de um modelo que propõe uma ruptura não só nos negócios, mas principalmente na cultura e na sociedade como um todo. As plataformas digitais, ao proporcionar uma série de novas facilidades por meio da tecnologia, ajudam a moldar novos comportamentos nos consumidores. E esta é uma mudança ainda mais significativa e que tem potencial para reconfigurar as relações de consumo existentes na sociedade.

E o cooperativismo nesse contexto?

Muito se engana quem pensa que o cooperativismo está assistindo de braços cruzados a esse movimento de crescimento das plataformas digitais.

Antes mesmo de entrar nos exemplos sobre como a onda vem sendo surfada pelo cooperativismo, é interessante dar uns passos para trás e fazer um paralelo entre a proposta que pautou o surgimento de plataformas, como a Uber, e os princípios do cooperativismo.

O conceito fundamental de plataforma afirma o seguinte:

Uma plataforma é uma empresa que viabiliza interações que criam valor entre produtores e consumidores externos, oferecendo infraestrutura para tais interações e estabelecendo condições de funcionamento para elas. O propósito primordial da plataforma é consumar o contato entre usuários e facilitar a troca de bens, serviços ou moedas sociais, propiciando assim a criação de valor para todos os participantes.

E agora vamos relembrar rapidamente os sete princípios do cooperativismo:

Em teoria, uma plataforma digital prega a liberdade para que os motoristas, por exemplo, no caso de um aplicativo, possam aderir ou deixar de fazer parte da plataforma a qualquer momento, o que configura, ainda, autonomia e independência. De forma similar, as plataformas prometem participação econômica e geração de valor para a comunidade.

Ou seja, não podemos dizer que é descabida a comparação entre as propostas de uma plataforma e os princípios que pautaram o surgimento do cooperativismo e que orientam a atuação das cooperativas até hoje.

Entretanto, na prática, não é isso que acontece. Quase que na mesma medida em que trazem um crescimento econômico exponencial e oportunidades de renda para trabalhadores autônomos, as plataformas digitais acabam por criar uma série de distorções nas dinâmicas de mercado. A partir de determinado ponto de domínio de mercado, são as plataformas que passam a regular as condições de trabalho e passam a impor valores aviltantes para a hora de trabalho, com clara deterioração das condições trabalhistas.

Tipos de plataforma

Esse fenômeno adverso decorrente do crescimento das plataformas nos leva ao surgimento de algumas vertentes que pegam emprestados os conceitos do cooperativismo e o modelo de negócio das plataformas.

Dessa forma, podemos concluir que, hoje, existem três modelos bem claros de plataforma:

  1. Plataformas digitais tradicionais, que puxaram esse movimento no mundo todo e seguem crescendo, conforme os números apresentados no começo deste texto. São exemplos deste tipo de plataforma a Amazon, Mercado Livre, Magalu, entre outras.
  2. Cooperativas de plataforma, resultantes do cooperativismo de plataforma - termo cunhado por Trebor Scholz. Elas atuam com base nos princípios do cooperativismo e são negócios digitais tendo plataformas como principal formato de operação. Ou seja, visam aproveitar o potencial de crescimento exponencial desse modelo de negócios sem as características perniciosas que afetam alguns dos mercados explorados por plataformas. Para saber mais sobre cooperativismo de plataforma, baixe o nosso e-book sobre o tema.
  3. Plataformas de negócios dentro do movimento cooperativista. Ou seja, cooperativas tradicionais que estão se apropriando do modelo de negócio de plataforma. Elas contam com a tecnologia das plataformas digitais para fazer a venda, a distribuição de seus produtos ou oferecer um novo serviço para seus cooperados, conforme veremos nos exemplos a seguir.

Plataformas digitais das cooperativas

Algumas cooperativas tradicionais, atentas ao movimento de “plataformização”, já criaram suas próprias plataformas. Para exemplificar, selecionamos 5 cases dentre vários que vêm surgindo nos últimos meses. Confira!

1. Sicredi Conecta

Por meio do programa Inovar Juntos, o Sicredi conseguiu se conectar à Hallo, uma startup que auxiliou a cooperativa na construção e operacionalização de uma plataforma para os cooperados.

A proposta da criação do marketplace era apoiar o desenvolvimento de pequenos empreendedores, promovendo a expansão do cooperativismo por meio da intercooperação. Assim, o marketplace do Sicredi funciona como uma vitrine virtual de produtos e serviços dos seus cooperados.

Como resultados dessa iniciativa baseada em uma plataforma digital, o Sicredi conseguiu com que mais de 20 mil pessoas se cadastrassem e passassem a usar o aplicativo. Com isso, mais de 10 mil anúncios foram publicados e houve um aumento de 48% de novos usuários somente em abril de 2020, resultando em crescimento de mais de 30% nas vendas.

2. Ailos Aproxima

Lançada em abril de 2020, a Ailos Aproxima atua como uma plataforma de anúncios on-line, uma verdadeira vitrine de produtos e serviços que possibilita a realização de conexões entre clientes e empresas.

A proposta é a de servir como uma plataforma de marketplace para os cooperados do sistema, promovendo, assim, a aproximação entre cooperados e clientes como forma de fomentar a atividade econômica de empreendedores locais.

O acesso à plataforma se dá por meio de aplicativo ou website. A divulgação de produtos e serviços é gratuita por parte dos cooperados. Os usuários, cooperados ou não, podem fazer compras ou contratações.

A plataforma da Ailos já apresenta resultados significativos, como o cadastro de mais de 4,5 mil pessoas em um único mês, um volume de interações que extrapola as 1,3 mil mensagens, mais de 2,3 mil produtos e serviços cadastrados e mais de mil vendedores ativos.

3. Sicoob Coopera

O Centro Cooperativo Sicoob (CCS) promoveu a reformulação de seu programa de pontos para incluir novas funcionalidades e, dessa maneira, melhorar a experiência dos seus cooperados. Com isso, além do resgate de pontos, o Sicoob Coopera também passou a disponibilizar aos 5,1 milhões de cooperados um marketplace, com lojas virtuais.

A intenção por trás da reformulação era melhorar a experiência dos usuários no uso de pontos conquistados por meio do programa de fidelidade da cooperativa, o Sicoobcard Prêmios.

Assim, por meio de uma nova plataforma digital a cooperativa foi capaz de oferecer aos seus cooperados, além de um programa de pontos, um marketplace que engloba parceiros que aceitam os pontos acumulados e lojas virtuais para os cooperados que desejam ofertar seus produtos por meio do comércio digital.

4. Supercampo

Com a proposta de ser a maior comunidade do agronegócio no Brasil, a plataforma Supercampo se propõe a ser o elo entre a demanda dos produtores rurais e as ofertas dos principais fornecedores.

Para tanto, o desafio é a construção de uma plataforma tecnológica robusta e capaz de atender às principais demandas das cooperativas e seus cooperados. Ou seja, proporcionar conveniência e facilidade aos cooperados.

Então, além do aspecto tecnológico da plataforma, o Supercampo visa à criação de um verdadeiro ecossistema cooperativista digital, com foco na conexão e integração da cadeia.

5. SmartCoop

Ao longo de dois anos, a Federação Das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande Do Sul (FecoAgro/RS) atuou no desenvolvimento de uma plataforma digital capaz de facilitar a rotina de seus 173 mil produtores associados nas tarefas relacionadas à gestão das propriedades e produção diária.

Por meio da plataforma SmartCoop os associados conseguem acompanhar suas propriedades, negociar e comercializar seus produtos de forma rápida e prática, o que levou a um aumento significativo na competitividade desses negócios.

A expectativa da FecoAgro/RS com a SmartCoop é a de que a plataforma impulsione o salto em eficiência, produtividade e lucratividade no campo, democratizando a tecnologia na agricultura brasileira.

Conclusão

O advento das plataformas digitais promoveu uma verdadeira revolução na maneira como se faz negócio ao redor do mundo. Toda uma sorte de novos serviços foi criada em decorrência das plataformas. E o cooperativismo não ficou de fora disso.

O meio cooperativista foi bastante ágil para detectar pontos prejudiciais do crescimento das plataformas, como os monopólios e a distorção das relações de trabalho. Isso deu origem às plataformas cooperativistas, que colocaram os trabalhadores no centro das relações e decisões acerca da atuação das plataformas.

Além disso, cooperativas tradicionais passaram a se beneficiar das facilidades e novas possibilidades trazidas pela tecnologia e conceito de negócio das plataformas. Com isso, há um enorme potencial de ganho de produtividade e competitividade para cooperativas de diversos ramos de atuação.

Para conhecer outras iniciativas semelhantes às apresentadas neste texto, acesse o Radar da Inovação! E não deixe de conferir a plataforma NegóciosCoop, recém-lançada pelo Sistema OCB que permite a intercooperação, onde as cooperativas podem anunciar seus produtos e serviços, além de também encontrar outras cooperativas que fazem sentido para o seu negócio.

<p>Futurista discorreu sobre as quatro forças dominantes do mundo digital e sobre como elas nos afetam hoje e nos afetarão cada vez mais.</p>

O futuro da sua coop começa hoje

Futurista discorreu sobre as quatro forças dominantes do mundo digital e sobre como elas nos afetam hoje e nos afetarão cada vez mais.


A Semana InovaCoop, realizada entre os dias 13 e 17 pelo Sistema OCB, chegou ao fim e trouxe a sensação de dever cumprido. A avaliação foi feita pela superintendente Tânia Zanella, nesta sexta-feira. Segundo ela, todos os feedbacks já recebidos foram muito positivos.

“Para nós, é um divisor de águas. É por isso que estamos com esse sentimento de tarefa concluída com sucesso. Afinal, o tema de inovação foi uma demanda das cooperativas ao final do 14º Congresso Brasileiro do Cooperativismo, realizado em maio de 2019. Todas as diretrizes, em especial as prioritárias, foram cumpridas. Estamos entregando tudo o que foi estabelecido e, por isso, também queremos agradecer às unidades estaduais do Sistema OCB, sempre tão parceiras e incansáveis ao nosso lado”, comentou a superintendente.

E seguida, a gerente geral da OCB, Fabíola Nader, fez um resumo de como foi a programação da Semana e sobre tudo o que está disponível para as cooperativas inovarem, começando pelo site www.inova.coop.br, onde é possível encontrar o que tem de melhor a respeito da inovação disponível no mercado, além de cursos, e-books, posts com novidades, mais de 80 cases de coops inovadoras do Brasil e do mundo e muito mais.

Na sequência, Tiago Mattos, investigador de futuros e membro da Singularity University nos EUA, ministrou a palestra Construir Futuros, na qual explicou sobre o que, na opinião dele, deve ser a prioridade para as cooperativas que querem manter e conquistar novos espaços no mercado: conhecer as quatro forças dominantes do mundo digital.

Segundo o Mattos, existem 4 forças dominantes, a digitalização, a automação, a personalização e a distribuição ditam e ditarão as tendências do mundo. Além de explicar cada uma das forças e como elas nos afetam diretamente, o futurista trouxe exemplos de como o mundo digital já está muito mais presente na nossa vida do que podemos imaginar, entre os exemplos estão: comida impressa sob medida, relógio que em contato com a pele confere a quantidade de calorias a cada refeição e roupas que crescem junto com os bebês.

Outros dois destaques da participação de Mattos dizem respeito ao planejamento estratégico que, para ele, já está em desuso, considerando que é uma ferramenta feita ao contrário, sem levar em consideração os impactos do futuro no presente; e à segurança psicológica no ambiente de trabalho, além de o quanto esse aspecto pode impactar positivamente no resultado das organizações.  

CONEXÃO COM STARTUPS

Também foram abertas as inscrições para a 2ª edição do programa Inovacoop Conexão com Startups, que está focada na solução dos desafios das coops do Ramo Agro, com inovação e intercooperação. Confira aqui todos os detalhes.

INOVACOOP PLAY

O encerramento da Semana InovaCoop teve, ainda, o pré-lançamento do canal InovaCoop Play, onde serão disponibilizados, às cooperativas, conteúdos como dicas, entrevistas e ferramentas para ajudar no desenvolvimento da cultura de inovação. Em breve, o Sistema OCB vai divulgar todas as informações sobre essa nova opção de imersão em inovação.

ASSISTA: E se você quer rever ou não viu a palestra do investigador de futuros Tiago Mattos, clique aqui.


<p>Evento contou com a participação de Marcos Fava Neves e, convidados da FGV e da Natura.</p>

Semana Inova debate transformação digital no agro

Evento contou com a participação de Marcos Fava Neves e, convidados da FGV e da Natura.


Transformação digital e novos canais para o cooperativismo agropecuário. Este foi o tema do debate realizado pelo Sistema OCB, no terceiro dia da Semana Inovacoop, e que contou com a participação do professor Marcos Fava Neves, o doutor agro, o professor do Departamento de Mercadologia da FGV/EAESP, Leandro Angotti Guissoni, e o diretor da Natura, Murillo Boccia.

Durante a abertura do debate, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, destacou que o papel da OCB é atuar para que as cooperativas tenham a “condição de surfar as ondas do mundo globalizado, cheio de mudanças e transformações, fazendo isso com a competência de quem lida com pessoas. E as cooperativas são formadas não só por armazéns, cofres ou grãos... no nosso de negócios, elo que nos mantém firmes é a confiança. E é isso que nos diferencia dos demais modelos, sobretudo no atual momento da humanidade”.

Fava Neves, por sua vez, disse que são impressionantes os impactos do digital no agro. “São muitas oportunidades, desde contratos assinados por computador, até a presença de voz nas mídias sociais. É um universo muito grande. E essa influência, segundo ele, pode ser listada em 10 setores, pelo menos. São elas: Segurança, conhecimento, ambiental, transparência, social, comunicação, financeiro, inovação, eficiência e comércio”.

Já Leandro Guissoni fez questão de destacar o entendimento sobre o que é disrupção digital e como ela afeta múltiplos setores dentro e fora do agro. Discorreu, também, sobre a relevância de se compreender como responder a esse processo na perspectiva da cooperativa.

Para Murillo Boccia, diretor da Natura, o digital liga pessoas, empresas e coisas de forma mais rápida, barata, imersiva, gerando e usando dados e, por fim, criando novos modelos de negócios e serviços. “E, graças a esse processo, vamos conviver com um nível de exigência cada vez maior por parte dos consumidores, por isso, precisamos estar preparados.”

Para assistir a mesa redonda na íntegra, clique aqui.

<p>O cooperativismo tem tudo a ver com o modelo de negócio de plataforma e este curso vai te mostrar os motivos</p>

Cooperativismo de Plataforma é tema de novo curso

O cooperativismo tem tudo a ver com o modelo de negócio de plataforma e este curso vai te mostrar os motivos


Em muitos países, o cooperativismo de plataforma já é uma realidade. E, aqui no Brasil, começa a dar os primeiros e sólidos passos para ganhar o mercado. Como estratégia para isso, o Sistema OCB lançou, nesta terça-feira (14/9), um curso totalmente voltado ao tema. A aula magna foi ministrada pelo doutor em Direito, Mário de Conto, professor, pesquisador e diretor geral da Escoop, como parte da programação do segundo dia da Semana InovaCoop.

O objetivo é preparar as cooperativas para atuarem com mais força e resultados nesse mundo dos aplicativos e plataformas. Por isso, o curso está estruturado em quatro módulos. Vale destacar que os módulos 1, 2 e 3 estão no InovaCoop e poderão ser acessados de acordo a disponibilidade de cada aluno. Já o módulo extra será um encontro on-line (síncrono) a partir da segunda quinzena de outubro, para aqueles que tiverem feito os três módulos anteriores.

Numa entrevista concedida ao InovaCoop, Mário De Conto explica como esse modelo funciona e o porquê de as coops aproveitarem essa oportunidade. “Nesse modelo, uma empresa primeiro projeta um produto ou serviço, a partir disso o produto é fabricado e colocado à venda ou um sistema é implementado para fornecer o serviço e, finalmente, um cliente adquire o produto ou serviço. Essa lógica linear é profundamente alterada no modelo de plataforma: nesse modelo, diferentes tipos de usuários - alguns deles produtores, alguns deles consumidores e alguns deles, pessoas que podem desempenhar ambas as funções em vários momentos – interagem uns com os outros usando os recursos fornecidos pela plataforma. As cooperativas certamente podem utilizar-se desse modelo de negócio com um aspecto muito importante: Na cooperativa, a propriedade e a gestão da plataforma são de seus próprios associados. E essa é a grande diferença que o cooperativismo pode fazer na economia de plataforma.”

PROGRAMA DO CURSO

Módulo 1: Capitalismo de Plataforma

Aborda as transformações do capitalismo, o surgimento da economia de plataforma e seus aspectos (criação de valor e efeitos de rede) e, também, como essa estratégia pode ser incorporada pelas coops. Apresenta, ainda, a tática das plataformas, provocando a reflexão a respeito das estratégias que podem ser adotadas. Utilizam-se exemplos de empresas brasileiras que utilizam a estratégia de plataformização.

Módulo 2: Cooperativismo de Plataforma

Contextualiza o cooperativismo de plataforma. Apresenta conceituação e classificações. Aborda a Legislação brasileira no que diz respeito às formas de financiamento, governança digital, escala e cooperativa multistakeholder.

Módulo 3: Cases de cooperativas de plataformas

Apresentação de cases de Cooperativas de Plataforma e sua contextualização segundo o Direito brasileiro, apontado desafios e oportunidades. Cases: Stocksy, Mensakas, Coopcycle, UpandGo e Fairbnb.

Módulo Extra: Geração de Modelo de Negócios

Aborda as possibilidades de elaboração de modelo de negócios considerando a natureza e os princípios das organizações cooperativas e as características dos negócios de plataforma. Apresenta a ferramenta de geração de modelo de negócios customizada para proposição de cooperativas de plataforma.

SEMANA INOVACOOP

Começou ontem e vai até sexta-feira (17/9) com conteúdos exclusivos que prometem agregar muito valor ao dia a dia das cooperativas do país. Além de palestras, workshops e apresentação de cases, o evento também contará com lançamentos de produtos e serviços. Para saber mais detalhes acesse o site da Semana InovaCoop: https://semanainova.coop.br

COOPERATIVISMO DE PLATAFORMA

Para quem tiver interesse em aprofundar no tema separamos alguns links:

<p>“Repetição não cria memórias. Novas experiências, sim!” Com este insight do Maurício Benvenutti, palestrante da abertura do evento, iniciamos nossa semana com muita vontade de inovar.</p><p><br></p>

Competitividade e inovação na Semana InovaCoop

“Repetição não cria memórias. Novas experiências, sim!” Com este insight do Maurício Benvenutti, palestrante da abertura do evento, iniciamos nossa semana com muita vontade de inovar.


Cooperativistas de todo o país participam a partir desta segunda-feira da Semana InovaCoop, realizada pelo Sistema OCB, e que vai até sexta-feira (17/9). O evento começou em grande estilo com a palestra Competitividade e inovação, ministrada pelo escritor, empreendedor, mentor, palestrante Maurício Benvenutti.

Ele foi sócio da XP Investimentos e, atualmente, é sócio do StartSe e autor do livro Incansáveis, best-seller de negócios que está na 5ª edição. Há 3 anos no Vale do Silício, se tornou referência brasileira em inovação, sendo reconhecido no Congresso Nacional como Personalidade Brasileira de 2017.

Segundo ele, inovar não precisa, necessariamente, envolver uma tecnologia inacessível. “A inovação está nas pequenas coisas. Uma pesquisa mostra que 95% das inovações que usamos no nosso dia a dia, não têm nenhuma tecnologia de foguete envolvida, mas verificam a jornada do consumidor, bem como os ruídos dentro desse processo e, por fim, entregam um serviço ou produto que agregam valor ao usuário de alguma forma”, comenta.

O especialista também falou sobre o futuro das relações de trabalho, destacando dois pontos essenciais de uma grande onda de tendência de mercado: a valorização cada vez maior das habilidades humanas e exigência de habilidades tecnológicas.

Além disso, ressaltou a necessidade de se compreender como o online potencializa o analógico, especialmente num mundo onde as pessoas são muito mais abertas para o novo. “A gente aceita muito e, por isso, demanda muito mais”.

Outros destaques da palestra de Maurício Benvenutti dizem respeito à transformação digital, à transição de ciclos, à revisão do modelo de negócios e a importância requalificação profissional constante.

TRÊS PILARES

Segundo o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, desde 2019, quando foi o realizado o 14º Congresso Brasileiro do Cooperativismo, a instituição vem atuando com base em três pilares, indicados pelos participantes do evento e que fazem parte do Planejamento Estratégico do Sistema OCB.

“Desde o nosso congresso, temos tentado acelerar esse impulso digital em todas as cooperativas, trazendo a inovação como parte do processo de gestão estratégica. De lá para cá, temos falado sobre integridade, que tem que fazer parte do DNA de todas as instituições e empresas e cooperativas. Falamos também sobre a sustentabilidade, que tem que ser integral, passando pelo meio ambiente, pela saúda das empresas e, claro, da saúde das pessoas; e, por fim, a inovação”, lembrou o líder cooperativista.

Além disso, o presidente do Sistema OCB também discorreu sobre o objetivo da Semana InovaCoop. “Tudo que vamos apresentar ao longo desta semana é um pouco de como nós imaginamos que pode ajudar a despertar esse ambiente de cultura de inovação no cooperativismo brasileiro. Não temos a pretensão de ensinar ninguém a inovar, mas de despertar para essa nova realidade e possibilidade que já bate à nossa porta”, conclui.


LIVRO INOVAÇÃO NO COOPERATIVISMO

Nesta segunda-feira também foi feito o pré-lançamento do livro “Inovação no cooperativismo”, um material que dará visibilidade para tudo aquilo que as coops têm feito de inovador, inclusive sobre como começar a criar a cultura de inovação na sua cooperativa. O livro será lançado, oficialmente, no final deste ano.


CONEXÃO COM STARTUPS

O que também começou nesta segunda-feira foram os encontros entre cooperativas e startups selecionadas no programa Inovacoop Conexão com Startups. O resultado sai a partir da semana que vem. Confira a programação dos pitches.


Se você não viu ou quer ver de novo a abertura do evento, que vai até sexta-feira, 13/9, acesse o vídeo no canal do Youtube do Sistema OCB. E fique de olho na programação dos outros dias da Semana InovaCoop.

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