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<p><span style="color: rgb(0, 0, 0);">A abordagem centrada no usuário é um componente fundamental para produtos e serviços relevantes. Estar atento ao comportamento e desejos de seus públicos trará cada vez mais valor para suas entregas.</span></p>

Como o viés pode afastar as cooperativas de seus cooperados e clientes

A abordagem centrada no usuário é um componente fundamental para produtos e serviços relevantes. Estar atento ao comportamento e desejos de seus públicos trará cada vez mais valor para suas entregas.


Aplicar os princípios de design centrado nas pessoas é essencial para os negócios. No entanto, muitas organizações não compreendem ou aplicam totalmente esse conceito. Assim, infelizmente, a maioria das organizações não conseguem se conectar de forma empática com seus usuários. E as rápidas mudanças que as cooperativas estão enfrentando sugerem que entender profundamente seu público é essencial. Quando as mudanças ocorrem rapidamente, a estabilidade dos negócios fica inteiramente nas mãos do usuário.

Por isso, as práticas de design thinking estão cada vez mais sendo abraçadas por organizações inovadoras que precisam de ferramentas para ter uma compreensão mais profunda de seus usuários. E isso inclui descobrir não só do que eles precisam, mas também o que eles estão vivenciando ao nível emocional e social.

As cooperativas devem ir além de ideias básicas para conhecer os usuários, de modo a criar insights intensos para as experiências vivenciadas. E a melhor maneira de obter isso é abandonar os vieses, as ideias pré-concebidas sobre quem de fato estamos criando valor.

A seguir, listamos nossas melhores práticas para possibilitar uma compreensão mais aprofundada dos usuários, que é fundamental para oferecer produtos e serviços que eles realmente desejem.

Questione seus vieses

É fundamental conectar-se aos usuários de uma maneira a descobrir não só o que eles precisam, mas também o contexto em que a necessidade existe. Este contexto é formado por emoções associadas às necessidades e pelo contexto cultural em que essas necessidades existem.

Este entendimento mais profundo fica geralmente evidente ao usar pesquisa de mercado, entrevistas com usuários e testes com protótipos. Mas, embora todas essas ferramentas sejam bastante úteis, elas só funcionam se a organização perceber um aspecto essencial: seus próprios vieses para com os usuários e suas necessidades.

Para superar esses estereótipos, as cooperativas devem promover uma mentalidade de receptibilidade e curiosidade. É importante nutrir e incentivar a prática de questionar as crenças pessoais e internas para entender quando os preconceitos podem afetar um projeto. O primeiro passo é entender que todos temos vieses. Para aprender mais sobre o que não conseguimos perceber, temos que nos afastar do que conseguimos perceber. Não é fácil, e esse processo nunca tem fim. Contudo, questionar-se continuamente pode evitar que os preconceitos afetem nossas ideias.

Clientes mudam rapidamente

O mundo é um lugar dinâmico e as mudanças são constantes. Por isso, pode ser confuso entender quais mudanças devem ser priorizadas. A resposta a esta dúvida é começar por seus usuários. Os negócios mudam por causa das transformações que ocorrem nas vidas de seus clientes. Compreender a maneira como clientes afetam os negócios é fundamental para atender às suas necessidades, que estão sempre mudando. Muitas transformações pelas quais os negócios passam são causadas pelos usuários. A chave para desenvolver novos produtos e serviços também está em suas mãos.

Esse crescente foco em inovação está ocorrendo porque os modelos tradicionais para criar produtos e serviços não conseguem se adaptar suficientemente rápido em ambientes com alta incerteza. As cooperativas que sobreviverem nos próximos anos serão aquelas que realmente compreenderem os desejos dos seus clientes e cooperados e que criarem propostas de negócios em torno deles. As organizações que trabalham em estreita colaboração com seus usuários conseguirão gerar novos produtos e serviços e substituir as opções atuais que não atendem às necessidades dos clientes. É importante perceber que se conectar verdadeiramente às necessidades dos usuários conforme suas vidas mudam significa não impor suas crenças em relação a essas mudanças. Certifique-se de que as informações e as ideias estão fluindo diretamente deles, e não de vieses internos.

 

As ferramentas de design de negócios

Existem muitas ferramentas no processo de design thinking que produzem novos serviços e colocam o usuário no centro do processo. Algumas das ferramentas mais populares são o business model canvas, o lean canvas e o service blueprint canvas.

O business model canvas tornou-se popular devido à sua representação gráfica simples. Designers adoram essa ferramenta porque ela estabelece rapidamente o valor de um novo serviço. Ela é diferente dos planos de negócios tradicionais, porque se concentra em colocar o usuário em primeiro lugar e só depois desenhar o negócio em torno dele. Essa ferramenta evoluiu para outra versão criada por Ash Maurya, o Lean Canvas. Esse canvas possui campos que se concentram mais em descobrir o problema, uma vez que ter um entendimento mais profundo do problema está diretamente ligado a compreender o usuário.

O service blueprint pode ajudar as cooperativas a mapearem novas ofertas. O blueprint é um diagrama que mostra todo o processo de entrega de serviços, listando todos os passos em cada etapa, e que desempenha as diferentes funções envolvidas. Esta ferramenta elenca serviços em uma matriz para mostrar como as diferentes etapas e as envolvidas, tais como departamentos de negócios ou websites, podem desenvolver o serviço. É importante enfatizar que os serviços são traçados a partir da perspectiva do usuário, e não do negócio. A matriz mostra o que o usuário vivencia ou vê e o que ele não vê. O blueprint é muito útil para testar os passos da entrega, e também para mostrar como o usuário vivencia cada etapa. Se quiser experimentar o uso desta ferramenta, baixe aqui o pdf.

 

Fonte: Adaptado de: http://www.practicalservicedesign.com/the-guide

Embora existam muitas ferramentas e métodos que designers usam para colocar seu usuário no centro do processo de desenvolvimento, a ferramenta mais valiosa é uma mudança de mentalidade.

Sempre haverá novos processos e ferramentas para dar apoio e evoluir o desenvolvimento de negócios. Mas uma mentalidade focada nas necessidades dos usuários, que são sempre contínuas e estão em constante evolução, é fundamental para encontrar a solução para qualquer problema que aconteça agora ou no futuro. Essas ferramentas também agem como um lembrete em relação aos vieses e ideias pré concebidas: se você não sabe o que o usuário está pensando ou sentindo em determinados momentos, pergunte a eles, não invente.

O valor é definido pelo usuário

Em última análise, o valor de produtos e serviços de um negócio é definido integralmente pelo usuário. Todas as decisões devem ser regidas pelas necessidades dele. À medida que as coisas mudam, é importante manter-se perto de seus clientes, escutá-los, analisar as tendências que seguem e os comportamentos que surgem. Use o design para se livrar de velhos preconceitos e para descobrir algo de valor para o seu público. Lembre-se de não basear decisões em preconceitos criados a partir de conclusões ou suposições prévias. Colocar os usuários em primeiro lugar e entender profundamente os problemas deles é o melhor caminho para evoluir em um mundo que muda rapidamente.

Encontrar um novo caminho para evoluir durante os tempos de mudança nunca será algo simples. No entanto, métodos de design thinking foram criados já pensando em situações complexas. Essas ferramentas foram criadas para absorver mudanças, assumir grandes desafios e resolver problemas. Se você continuar a promover uma abordagem centrada nos usuários, não haverá problemas que não possam ser enfrentados. Para aprender sobre o design thinking faça nosso curso.

<p><span style="color: rgb(58, 58, 58);">Em um contexto no qual não basta ter o vínculo comercial com seus públicos as coops devem se preocupar com os sentimentos que elas nutrem a cada experiência. As marcas buscam aprofundar o relacionamento de maneira mais intensa do que em qualquer outra época.</span></p>

Mapa de Empatia: conhecer para ter um relacionamento profundo

Em um contexto no qual não basta ter o vínculo comercial com seus públicos as coops devem se preocupar com os sentimentos que elas nutrem a cada experiência. As marcas buscam aprofundar o relacionamento de maneira mais intensa do que em qualquer outra época.


O mapa de empatia é uma ferramenta importante para melhorar o relacionamento com os clientes. Isso porque é preciso criar um vínculo forte, a fim de que a marca sobreviva às inúmeras ofertas que cada cliente recebe minuto a minuto. E nenhum relacionamento se mantém se não houver conhecimento entre as partes.

Para resolver essa questão e proporcionar um entendimento estratégico e assertivo, o post de hoje trata sobre o mapa de empatia, como fazer, para que serve e várias outras dicas.

O que é mapa de empatia?

O mapa de empatia é uma ferramenta de design que, de forma visual, provoca a investigação das características dos consumidores. Uma análise holística, cujo objetivo é proporcionar um alto nível de empatia da marca para com sua persona.

Assim, é imprescindível ter a persona desenvolvida, ou seja, o perfil do consumidor perfeito da marca, em que hábitos, desafios, desejos e características estejam mapeados.

Tanto é que a Xplane, empresa responsável pela criação do mapa de empatia, fez uma atualização da ferramenta no ano 2017. Na oportunidade foram inseridos dois novos campos que correspondem diretamente à persona sendo, respectivamente, “Com quem estamos sendo empáticos?” e “O que ela precisa fazer?”.

Para que serve o mapa de empatia?

Os benefícios da aplicação da ferramenta se estendem até após a sua realização, como apontamos abaixo.

Insights

Uma vez que se passa a exercitar o olhar do cliente e não mais o próprio, a marca conta uma probabilidade maior de gerar insights que agreguem valor à experiência dos consumidores, o que é possível a partir de inúmeras ações.

Por exemplo: gerar melhorias dos produtos e das soluções ou detectar melhores formas de reter a atenção deles nas campanhas e ações de marketing ou, até mesmo, otimizar os processos de atendimento e interação.

É possível, ainda, não só incrementar como também detectar oportunidades e, a partir daí, aumentar o portfólio oferecido.

Alinhamento

O formato visual do mapa de empatia favorece não só o seu entendimento e absorção das informações como também consultas futuras. Afinal, ele sempre será uma fonte rica, uma vez que concentra boa parte do entendimento que a cooperativa tem sobre a sua persona, gerando uma comunicação e foco de público para tudo o que for realizado.

E por mais simples de entender que o mapa de empatia seja, o bom resultado depende mais do comportamento e comprometimento da equipe. O desenvolvimento requer dedicação para que a equipe saia da zona de conforto e consiga se colocar na posição de cliente, abrindo todos os seus sentidos para se aproximar da realidade dele.

A fim de facilitar a aplicação do mapa de empatia, separamos as dicas abaixo.

Dicas para o preenchimento

A ferramenta é um exercício focado. Assim, se a marca tiver mais de uma persona, escolha por qual começar, já que cada uma deverá ter seu próprio mapa de empatia.

Respeite a ordem de preenchimento, pois há uma lógica entre as etapas, tendo em vista aprofundar gradativamente o entendimento sobre o cliente, de forma que o quadrante anterior auxilia o melhor preenchimento do seguinte.

E, claro, nunca se esquecer que tudo deve ser respondido sob a perspectiva do cliente. Analisar as informações é um processo posterior à conclusão do preenchimento. A princípio a energia deve estar concentrada em não perder o foco na perspectiva da persona.

Mapa de empatia: como fazer

Para fazer o mapa de empatia, a dica é seguir as etapas abaixo. Confira.

1. Com quem estamos sendo empáticos?

A fim de contextualizar todo o processo, o mapa de empatia inicia perguntando as características da persona. Aqui vale enfatizar o objetivo e o momento de vida dela, juntamente com seus desafios, valores, desejos e características.

2. O que precisa fazer?

De forma direta, a pergunta se refere às ações necessárias para que o objetivo da persona seja, de fato alcançado. O protagonismo dela deve ser descrito em decisões e atitudes que tomará.

3. O que vê?

Nessa etapa se inicia o aprofundamento, tendo em vista a descrição do cotidiano no qual está inserida, ou seja: quais são os ambientes, as pessoas, as circunstâncias, no que presta atenção?

4. O que fala?

Parte da construção da personalidade e da identificação a quais nichos pertence, nesta etapa é preciso, de fato, escrever expressões e frases que validem os sentimentos, a identidade da persona.

5. O que faz?

Entendimento do agir comum da persona, aqui é preciso apontar quais são as atividades que habitualmente realiza no dia a dia: em casa, na locomoção, no trabalho, nos momentos de lazer.

6. O que escuta?

Mais um aprofundamento do meio, pois a pergunta gerará informações que não dependem, diretamente, de uma ação da persona, mas dos demais que estão ao seu redor e das mídias a que é exposta e escolhe consumir, como opiniões, expressões, indagações, ordens, conselhos etc.

7. O que pensa e sente?

O impacto de todo o viver da persona que fala, vê, ouve e tem suas próprias angústias e ambições culminam em um determinado posicionamento, em uma infinidade de possíveis sentimentos. O último quadrante revela como a persona processa tudo isso dentro de si mesma ao se debruçar sobre suas dores e sentimentos.

Neste conteúdo, você aprendeu que o mapa de empatia é uma ferramenta poderosa para compreender melhor o seu cliente e aprofundar o relacionamento com ele. Também demos o passo-a-passo e dicas de como fazer o mapa de empatia, respeitando as principais etapas e realizando o preenchimento adequado. Baixe aqui nossa ferramenta.

<p>Vinícius Poit, relator do Marco Legal das Startups na Câmara dos Deputados, aponta vantagens da presença do setor entre os players do mercado no Brasil</p>

Startups: princípios inovadores do cooperativismo aumentam competitividade

Vinícius Poit, relator do Marco Legal das Startups na Câmara dos Deputados, aponta vantagens da presença do setor entre os players do mercado no Brasil


“Um novo olhar, não só para o negócio, mas também para o grupo de colaboradores, associados ou cooperados”. É assim que o deputado Vinícius Poit (Novo-SP) define em entrevista para o Sistema OCB o Marco Legal das Startups (PLP 146/19). Relator do projeto, o parlamentar acrescenta que “o acesso à tecnologia e aos novos modelos de negócio, a exemplo das startups, são o farol dos novos empreendimentos, especialmente para a juventude que começa a chegar ao mercado de trabalho”. A votação da proposta foi concluída pela Câmara dos Deputados na última terça-feira (11) e aguarda sanção presidencial.

Entre os principais pontos do novo marco legal, Poit destaca o que prevê segurança jurídica aos empreendedores e a inclusão do setor cooperativista. A inclusão das cooperativas no texto foi um pedido do próprio setor através da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), responsável por sua representação institucional. Segundo ele, a atuação das startups cooperativistas abre espaço para a descoberta de modelos de negócios diferenciados. “As startups no Brasil buscam princípios inovadores que o modelo cooperativista possui desde sua criação e que podem gerar vantagens no que diz respeito ao ganho de escala e maior poder de negociação no mercado”.

As startups podem atuar nos mais diversos ramos e têm baixas despesas de manutenção com crescimento rápido de receita. De acordo com o texto aprovado, podem ser classificadas como startups as sociedades cooperativas e empresas que operem com a inovação aplicada a produtos, serviços ou modelos de negócios; e que tenham receita bruta de até R$ 16 milhões no ano anterior ao da promulgação da norma e até dez anos de inscrição no CNPJ. 

O novo marco legal também exige que as startups declarem, em seu ato constitutivo, o uso de modelos inovadores ou que se enquadrem no regime especial Inova Simples, previsto no Estatuto das Micro e Pequenas Empresas. Entretanto, para entrar no Inova Simples, a empresa precisa estar enquadrada nos limites do estatuto, de receita bruta máxima de R$ 4,8 milhões.

De acordo com a Associação Brasileira de Startups (Abstartups), de 2015 a 2019, o número de startups mais que triplicou no país, saltando de 4.151 para 12.727. Ao mesmo tempo, em todo o Brasil, o número de cooperativas passa de 5 mil com cerca de 15,5 milhões de brasileiros associados. Esses números corroboram com a opinião do relator de que “o brasileiro é um empreendedor nato. Empreender é o quarto principal desejo dos cidadãos do país, perdendo apenas para ter casa própria, carro e viajar”.

De olho no ecossistema de inovação e nesse universo crescente, a OCB lançou no último dia 10 de maio o programa InovaCoop Conexão com Startups para acelerar e contribuir na consolidação de startups de diversos ramos. Para o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, o programa permite que as cooperativas se tornem protagonistas no processo de transformação da economia pós-pandemia, principalmente pelo fato de possuírem em seu DNA a reinvenção e a superação. “Acredito que seja uma forma dos dois polos se ajudarem, empreendedores e cooperativa. Um modelo para o setor se conectar com novas tecnológicas e aumentar a competitividade no mercado”. 

Saiba mais sobre o programa InovaCoop Conexão com Startups no link https://bit.ly/3ophOVZ 

Confira a entrevista com o deputado Vinícius Poit:

O que esperar com a sanção do Marco Legal das Startups?

O brasileiro é um empreendedor nato. Empreender é o quarto principal desejo dos cidadãos do país, perdendo apenas para ter casa própria, carro e viajar. Vivemos em um país de renda média baixa e sonhamos alto. Somos empurrados para arriscar no mercado pela necessidade. A maioria dos empreendedores são pequenos, 99% são micro ou pequenas empresas ou cooperativas com um pequeno número de associados, e o ambiente de negócios no Brasil é péssimo. Aqui o trabalho parece ser feito para matar a inovação. Falta liberdade para quem quer trabalhar, produzir e empreender, mas sobra burocracia. E para corrigir isso o marco é um avanço inicial para garantir segurança, fomentar e potencializar ainda mais. O acesso à tecnologia e aos novos modelos de negócio, como as startups, são o farol dos novos empreendimentos, especialmente da juventude que chega. Esperamos, com a sanção do projeto, que seja uma sinalização de que sim, queremos mais inovação. E que o Estado brasileiro será um parceiro e não um obstáculo. A partir da sanção queremos mostrar a maturidade no tema, garantindo um ambiente mais próspero para os novos empreendedores, aqueles que vendem soluções e fomentam assim a nossa economia, a produtividade brasileira e o nosso crescimento.

Qual a importância do marco legal para os diversos ramos de tecnologia e inovação?

É muito comum chamar esses empreendedores de nômades digitais, uma vez que eles não estão atrelados a fronteiras físicas. Seus negócios são disruptivos, são maleáveis. E essa maleabilidade serve exatamente para fugir de países que os impeçam de ter sucesso. Você não prende um negócio desse no seu país criando dificuldades em cima dele, você o atrai quando monta um ambiente de competitividade e liberdade. É nesse sentido que está a importância do marco, ele vai na direção exata de impedir que o Estado brasileiro deposite seu peso em cima de negócios que não têm motivo para ficar aqui caso sejam prejudicados. É uma visão de mundo totalmente diferente e a nossa política precisa estar atenta. O país mais hospitaleiro leva e queremos que seja o nosso. O Brasil quer startups.

E com relação as cooperativas? 

Acreditamos que a atuação das startups cooperativas abre espaço para a descoberta de modelos de negócios diferenciados. As startups buscam princípios inovadores que o modelo cooperativista possui desde sua criação e que podem gerar vantagens no que diz respeito ao ganho de escala e maior poder de negociação no mercado”. É uma oportunidade importante principalmente para os jovens que buscam um espaço no mercado de trabalho. Queremos que o marco ajude a prosperar ainda mais o setor cooperativista, assim como todo o ramo de tecnologia e inovação de forma geral. 

A agricultura brasileira também pode se beneficiar com o marco?

Apesar de liderar o peso da nossa balança comercial e ter progressivos ganhos de produtividade, a agricultura brasileira ainda carece de conectividade. A tecnologia 4.0 é uma realidade e precisa ser conectada ao ramo da agricultura para aumentar a produtividade, a eficiência, a competitividade e o retorno financeiro. Maior conectividade garante a tomada de decisões mais ágeis, mais assertivas e em tempo real, fomentando um ambiente de inovação que aumenta nossos ganhos em escala. A agricultura digital é uma demanda a ser resolvida, inserindo inclusive startups para a tecnologia no campo. O nosso século terá uma revolução verde como protagonista, é visível essa tendência nos fóruns mundiais que debatem o tema. E o Brasil tem vantagens comparativas muito boas para liderar essa transição, ser a economia verde modelo a nível mundial. Mais do que relevância geopolítica, a inovação, a ciência e a tecnologia na agricultura são fundamentais para a sobrevivência.

<p>Entenda as etapas de prospecção, prova de conceito e projeto piloto </p>

Como funciona a contratação de startups na prática

Entenda as etapas de prospecção, prova de conceito e projeto piloto 


Se o seu interesse é saber como contratar startups, possivelmente já leu nossos outros dois posts sobre este tema. No primeiro deles explicamos que a conexão com startups é uma peça fundamental da Inovação Aberta. Já no segundo, mostramos como a sua cooperativa pode identificar problemas a serem resolvidos por startups.

Agora, neste post, vamos ampliar a abordagem e falar sobre a parte prática da contratação. Para isso, vamos abordar as seguintes etapas:

  • Prospecção e seleção
  • Prova de conceito (POC)
  • Piloto
  • Contratação

Então, vamos às etapas!

Prospecção e seleção de startups

No modelo tradicional, as boas práticas de prospecção e seleção de fornecedores envolvem pesquisar o histórico da empresa no mercado e avaliar sua saúde financeira, dentre outras avaliações relacionadas ao porte e à capacidade do fornecedor em honrar seus compromissos.

Não que no caso das startups esse tipo de critério deva ser ignorado, mas é preciso flexibilizar o processo. Afinal, startups são, em geral, empresas nascentes. Logo, sem histórico e, em alguns casos, dependentes de uma grande contratação - como a da sua cooperativa - para escalar seu processo e, enfim, crescer.

De qualquer forma, há maneiras de reduzir o risco ao contratar uma startup. E é muito recomendável que sua cooperativa faça isso, pois certamente você não quer colocar seu programa de inovação a perder, não é mesmo?

Aliás, o próprio processo de desenvolvimento do programa é um dos elementos que reduzem o risco por meio do planejamento inicial e da definição apurada do plano de ação a ser conduzido.

Conforme pregam as cartilhas de inovação, o processo de transição da cultura para uma cooperativa mais inovadora passa pelo benchmarking com outros programas de inovação. Ou seja, pelo adequado aproveitamento do know-how já desenvolvido por outros parceiros.

Então, assim como num processo tradicional de prospecção e seleção de fornecedores, a escolha das startups que irão te ajudar a conduzir seu programa de inovação envolve aprender a partir dos obstáculos enfrentados por outras cooperativas. Ao apresentar suas demandas e expectativas, outras cooperativas ou empresas mercantis podem dar dicas valiosas para selecionar, passar o briefing e conduzir o processo de contratação e gestão da startup que vier a ser selecionada.

É interessante, ainda, lembrar que as startups passam por 4 fases: ideação, validação, tração e escala. Ao passar por cada uma dessas etapas as startups se tornam mais maduras e, portanto, oferecem menos risco. Em compensação, ao se tornarem mais prontas para o mercado elas também perdem em flexibilidade. Isso significa menor espaço de manobra para adequar os processos da startup aos da cooperativa. Isso não é, necessariamente, ruim, mas precisa ser contemplado pelo programa de inovação. Afinal, conforme pontua a Innoscience, o seu objetivo determina o perfil do parceiro e o sucesso do projeto.

Além disso, é imprescindível ficar atento aos canais de comunicação adequados para isso. Ou seja, os programas de seleção e aceleração de startups existentes no mercado, que fomentam o empreendedorismo e, para tanto, contam com critérios que orientam as próprias startups sobre como fazer a gestão e a condução de processos. Um exemplo de programa do qual a sua cooperativa pode participar é o recém-lançado InovaCoop Conexão com Startups.

Mas além de participar de programas de parceiros, a cooperativa também pode optar por realizar uma chamada própria, a exemplo do que fizeram Sistema Ailos, Sicredi, Unimed Vales Do Taquari e Rio Pardo, entre outras.

Depois de selecionar a startup, o próximo passo é realizar testes - seja uma prova de conceito, mais conhecida como POC (Proof of Concept), e/ou um projeto piloto. Para ambos os casos é necessário assinar um termo de cooperação técnica e financeira, que define as condições sobre as quais as partes vão se relacionar. Vamos entender isso melhor a seguir.

Prova de conceito (POC)

Um instrumento que aumenta as chances de sucesso na contratação de uma startup é a prova de conceito. E uma das primeiras coisas que você precisa saber é que essa etapa demanda a assinatura de um termo de cooperação técnica e financeira. Basicamente, trata-se de um documento jurídico que respalda as partes em relação ao investimento, propriedade da POC/piloto, propriedade intelectual, uso da solução gerada, desembolsos, período de realização da POC/piloto, o escopo do trabalho e responsabilidades de cada parte.

Esta é a primeira chance - com risco relativamente controlado - de a startup comprovar a aderência de sua solução e sua competência técnica para atender a demanda da cooperativa. Em outras palavras, é a chance de demonstrar na prática que a solução é o que a cooperativa está procurando.

A POC não deve ser encarada como uma possibilidade de a cooperativa testar a solução gratuitamente. Lembre-se do que falamos anteriormente, de que se trata de uma oportunidade de cooperação financeira, inclusive. Logo, para a subsistência da startup, mas também para desenvolver uma solução com a qualidade esperada e necessária, é necessário pagar pelas POCs. Na prática, a recomendação é por testar pequeno, mas testar de verdade para não induzir ao erro o seu próprio processo.

No processo de realização da POC é importante não confundir com o propósito do MVP (Mínimo Produto Viável). Isso porque POC e MVP ocorrem em universos diferentes. O MVP já é um teste de mercado, portanto posterior à POC, que ocorre em ambiente controlado, antes do desenvolvimento do produto em si. Além disso, a POC visa a testar a tecnologia, principalmente.

Assim, na prática, a POC, mesmo envolvendo um investimento inicial de tempo e recursos, proporciona redução de custos ao permitir detectar falhas e erros em geral. A POC também proporciona a oportunidade de receber feedbacks importantes para o desenvolvimento do produto, além de, quando bem sucedida, aumentar a motivação dos times envolvidos.

Quando finalizada a POC chega o momento de desenvolver o piloto, que é quando a solução será, de fato, desenvolvida, já começando a se tornar adequada às necessidades e à realidade da cooperativa. É importante salientar que POC e piloto são etapas complementares e desenvolvidas separadamente.

Projeto piloto

Se na POC o objetivo é apenas demonstrar a solução na prática, no projeto piloto se avança um pouco mais. Trata-se de um experimento estruturado, também com assinatura de termo de cooperação técnica e financeira e, sobretudo, baseado em processo. Isso significa que não se trata de um processo de tentativa e erro.

Logo, conta com uma definição de escopo, levantamento de incertezas, estabelecimento de KPIs (Key Performance Indicators ou indicadores-chave de desempenho, em português), hipóteses, recursos, um roadmap que dê visibilidade ao processo, além de envolver despesas e controle de cronograma. Além disso, é comum o uso de metodologias ágeis, como Design Thinking, Lean Startup e Scrum, para melhor acompanhamento do projeto e maior agilidade no processo.

Tudo isso, quando devidamente aplicado, aumenta as chances de a execução do piloto ser bem sucedida e, portanto, levar a um desenvolvimento mais rápido e afinado do produto final.

Em artigo publicado na MIT Sloan Management Review Brasil, o fundador da Innoscience, Maximiliano Carlomagno, afirma que um bom piloto precisa envolver bons problemas da corporação.

“Há pilotos que respondem positivamente às incertezas, mas, em função do baixo alinhamento dos problemas com a estratégia corporativa, não se transformam em negócios. Uma boa ideia é procurar problemas relevantes, frequentes e mal resolvidos na empresa e priorizá-los em função do encaixe com as startups disponíveis no ecossistema”, afirma.

Ele conta que, no Sicredi, a alta gestão preferiu problemas de baixo risco para a primeira edição do programa Inovar Juntos, mas eram estratégicos. “Dos oito pilotos executados, cinco foram contratados como fornecedores ou parceiros. Agora, depois de testar o método, a cooperativa optou por buscar soluções para problemas de mais impacto.”


Framework de aprendizagem de pilotos

Para aumentar as chances de sucesso dessa etapa e, consequentemente, de todo o processo, a Innoscience desenvolveu um framework com 9 passos para o desenvolvimento do piloto. Vamos conhecê-los.

1. Definição de problema: Quanto mais específico nesse caso, maiores as chances de sucesso. Um erro, nesse caso, seria confundir o problema com o objetivo. Enquanto objetivos se estabelecem num momento futuro e almejado pela cooperativa, o problema representa a situação existente e que se mostra indesejável.

2. Incertezas: Nesta etapa, a cooperativa começa a listar as dúvidas que precisam ser sanadas pela solução da startup. É esperado que existam incertezas de mercado, técnicas, relacionadas à organização e à disponibilidade de recursos. No entanto, é recomendável não ampliar muito o leque de incertezas a serem tratadas e focar inicialmente quatro ou cinco. Para chegar a um número reduzido, a dica é seguir uma metodologia (veja algumas neste post) que permita priorizá-las. Em todo caso, o mais importante é tornar o mais claro possível o que precisa ser verdadeiro para a validação do piloto.

3. KPIs: Uma vez que você já tem as incertezas listadas, precisa determinar o que configura uma resposta. E isso depende de estabelecer métricas claras e factíveis, com um indicador para cada incerteza. Novamente, quanto mais precisão nesse caso, melhor.

4. Experimentação: As incertezas começam a ser respondidas com a experimentação da solução. Para tanto, o ideal é definir cada um dos passos e especificar onde, como e por quanto tempo será realizado o piloto.

5. Hipóteses: É interessante, também, estabelecer algumas hipóteses a serem comprovadas ou descartadas. Elas servem como orientação para a avaliação dos resultados apontados nos indicadores.

6. Despesas: Como dissemos anteriormente, é melhor investir quantias adequadas de tempo e recursos na POC e no piloto para não ter prejuízos muito maiores quando a solução estiver operando na produção. Lembre-se de que uma startup está buscando meios de viabilizar sua própria operação. Logo, precisa de recursos financeiros para honrar seus compromissos. Se você exigir uma POC ou piloto gratuitos e, no meio do processo, um outro cliente aparecer disposto a pagar, possivelmente a startup vai direcionar esforços para atender ao cliente pagante.

7. Recursos: Para garantir que a startup e as áreas internas tenham fôlego e condições de conduzir o processo até o final, é preciso considerar todas as necessidades do piloto para proporcionar os recursos necessários à sua execução. E não estamos falando apenas de dinheiro, mas de pessoas, informações, acesso, equipamentos e materiais.

8. Cronograma: Assim que as partes estiverem alinhadas com relação à execução do piloto, torna-se prioritário estabelecer um cronograma sobre as entregas e interfaces necessárias com pessoas internas ou externas à empresa.

9. Roadmap: O piloto não deve olhar para além do momento de experimentação. No entanto, a Innoscience recomenda imaginar um potencial roadmap posterior ao piloto, que ajudaria a consolidar os primeiros passos na relação com a startup. Esse roadmap pode apontar para uma segunda fase do piloto, por exemplo.

Depois dos testes, a contratação

Uma contratação tradicional exige, na maioria dos casos, a cotação com pelo menos três fornecedores. No entanto, como pudemos ver ao longo deste texto, o processo de prospecção, seleção e desenvolvimento das etapas iniciais do projeto visam estabelecer uma aderência entre as partes que extrapola em muito a questão do preço.

Ainda assim, há algumas boas práticas na contratação de startups que orientam essa etapa e proporcionam engajamento e atendimento aos objetivos da cooperativa, bem como respeitam sua capacidade de investimento. Um ponto importante a ser considerado diz respeito às características inerentes às startups, que podem levar ao desenvolvimento de um contrato com mais flexibilidade.

Então, mais do que nunca, é recomendável entender a endereçar as singularidades do fornecimento em questão. Se, por um lado, a startup precisa de flexibilidade, a cooperativa tem o direito de exigir o cumprimento dos compromissos estabelecidos. A definição de direitos e deveres de ambas as partes é essencial em qualquer tipo de contrato e a orientação jurídica é bem importante.

Conclusão

Neste texto, você viu que o processo de contratação de uma startup não é trivial e envolve etapas a mais em comparação a fornecedores tradicionais e já estabelecidos no mercado. Entretanto, se cada um dos passos for seguido adequadamente, o próprio processo se torna parte da solução a ser contratada, aumentando consideravelmente as chances de sucesso.

Então, não é uma boa ideia negligenciar as melhores práticas no processo de contratação de uma startup sob o risco de obter uma economia imediata, mas que vai refletir em gastos muitos maiores lá na frente e até mesmo no não atingimento dos objetivos.

Portanto, para impulsionar sua cooperativa a caminhar mais rápido e a obter conquistas mais consistentes, atente para o processo de prospecção, seleção e contratação de startups, respeitando e extraindo ganhos de cada uma das etapas.


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<p>Inovação é a melhor estratégia das cooperativas para acompanharem ou estarem à frente em seus mercados. Por isso, fortalecer a cultura da inovação dentro da sua coop não é algo para depois, mas para já!</p>

Inscrições para o InovaCoop Conexão com Startups

Inovação é a melhor estratégia das cooperativas para acompanharem ou estarem à frente em seus mercados. Por isso, fortalecer a cultura da inovação dentro da sua coop não é algo para depois, mas para já!


O Sistema OCB abre hoje o processo de inscrição para o programa Inovacoop Conexão com Startups. A ideia é que, com base na inovação aberta, ou seja, a que ocorre com parcerias ou intercooperação, como dizemos no cooperativismo, as cooperativas possam aumentar a eficiência de seus projetos, reduzir custos e riscos, aumentar o retorno sobre os investimentos a ampliar as oportunidades e fontes de receita.

Como o programa funciona? Simples. As cooperativas inscrevem seus desafios e com base no regulamento os melhores desafios são selecionados para o programa. Os critérios de seleção são:

  • Regularidade da cooperativa junto à OCB;
  • Relevância da solução do desafio para o ramo;
  • Possibilidade de aplicação da solução do desafio em pelo menos cinco cooperativas. Todas deverão estar cientes da inscrição com seus dados no formulário de inscrição;
  • Capacidade da cooperativa de investimento no piloto, com disponibilidade de investimento referente a 30% do valor do projeto piloto. A OCB irá apoiar com os outros 70%;
  • Disponibilidade de pessoal para desenvolver o piloto junto à startup;
  • Perfil do desafio adequado para o ecossistema de startups.

Os desafios selecionados são divulgados para o ecossistema de inovação e as startups se inscrevem para apresentar ideias para solucioná-los. À partir daí iniciam-se as conversas para a conexão entre as coops e as startups em um projeto piloto.

“Assim, aproximando essas duas pontas e combinando o que cada uma pode oferecer de melhor, o Sistema OCB pretende contribuir com o desenvolvimento da cultura da inovação dentro do setor, consolidando as iniciativas de sucesso e disseminando as oportunidades de inovação. Aliás, vale ressaltar que esses aspectos fazem parte das diretrizes estabelecidas no Congresso Brasileiro do Cooperativismo, realizado em maio de 2019”, comenta a coordenadora do núcleo de inovação do Sistema OCB, Samara Araujo.

Desafio

Para se inscrever, as coops interessadas vão precisar definir um desafio, afinal de contas, inovação é movida a ideias e bons problemas a serem resolvidos. Para compreender melhor sobre o que é um desafio e como ele pode ser identificado e até solucionado, clique aqui.

Parceria

O programa conta com a parceria das unidades estaduais do Sistema OCB, que tem o papel de contribuir com a identificação dos desafios, apoiar as coops na busca por outras coops interessadas em participar (mínimo de 5 coops por desafio) e potencializar a intercooperação.

Como participar

Para participar, é fácil. Basta que as coops interessadas sigam os seguintes passos:

1. Acesse a área exclusiva do programa para entender melhor;

2. Procure sua unidade estadual para facilitar a intercooperação;

3. Cadastre o desafio de sua cooperativa;

4. Comece a torcida para o desafio de sua coop ser selecionado!

Prazo de inscrição

O Sistema OCB acaba de anunciar a prorrogação das inscrições para que as cooperativas brasileiras participem do programa Inovacoop Conexão com Startups. A nova data é 11 de junho. O objetivo da iniciativa é fortalecer a cultura da inovação no ambiente cooperativista. O programa InovaCoop Conexão com Startups é desenvolvido em parceria com a Innoscience. Participe!

Saiba mais

Quer mergulhar no tema para entender tudo de inovação aberta? Leia nosso e-book "Como fazer conexão com startups" hoje mesmo! Baixe aqui.

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