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<p>Destaques do Radar de Financiamento (Julho de 2024)</p>

Destaques do Radar de Financiamento (Julho de 2024)

Oportunidades de fomento em Inovação para coops brasileiras


O desenvolvimento de projetos de inovação para cooperativas é fundamental para manter e ampliar a competitividade no cenário brasileiro e global. Entretanto, o investimento nesses projetos demanda recursos financeiros. Muitas vezes, organizações privadas hesitam em fazer tais investimentos por conta das incertezas associadas aos resultados desses projetos, sobretudo quando se referem a inovações tecnológicas em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).

Felizmente, existem oportunidades oferecidas por atores do ecossistema de inovação brasileiro, especialmente aqueles vinculados ao governo. Esses atores propõem mecanismos de fomento para compartilhar os riscos relacionados a projetos de inovação.

Os principais mecanismos de fomento são:

Recursos reembolsáveis: Correspondem a financiamentos onde a organização recebe o recurso, mas precisa devolvê-lo posteriormente. Vale salientar que agências como FINEP e BNDES, que incentivam a inovação no Brasil, oferecem taxas de juros mais baixas e prazos maiores para pagamento em comparação com bancos comerciais.

Recursos não reembolsáveis: Se a organização tiver sua proposta aprovada, não precisa devolver esse recurso.

Incentivos fiscais: São benefícios concedidos pelo governo para incentivar setores ou atividades econômicas. Incluem isenções, deduções e compensações, entre outros, reduzindo a carga tributária de empresas que investem em P&D.

  

Destaques do Guia de Fomento do Sistema OCB (Inovação e ESG) para julho:

 1.    BNDES | Pronaf Bioeconomia

Região: Nacional

Setor: Agropecuário

Tipo de Suporte: Recurso reembolsável

Tipo de organização apoiada: Agricultores e produtores rurais de base familiar

Prazo para submissão da proposta: Fluxo contínuo.

Objetivos: Financiar agricultores e produtores rurais familiares (pessoas físicas) para investimento na utilização de tecnologias de energia renovável, tecnologias ambientais, armazenamento hídrico, pequenos aproveitamentos hidroenergéticos, silvicultura e adoção de práticas conservacionistas e de correção da acidez e fertilidade do solo, visando sua recuperação e melhoramento da capacidade produtiva.

Valor mínimo: R$ 250.000,00

% Apoiada: Não especificado.

Custos elegíveis: Despesas relacionadas a projetos de - Energia Renovável: hidroenergia, solar, biomassa, eólica, biocombustíveis, substituição de combustíveis fósseis. Sistemas Extrativistas: exploração sustentável, sociobiodiversidade. Tecnologias Ambientais: tratamento de água, dejetos, compostagem, reciclagem. Adequação e Regularização Ambiental: tratamento de efluentes, recuperação de áreas, manejo sustentável. Viveiros de Mudas: mudas florestais e frutíferas. Silvicultura: manutenção de florestas. Sistemas Agroflorestais. Turismo Rural: valorização de sociobiodiversidade. Bioinsumos e Biofertilizantes. Práticas Conservacionistas. Pastagens e Forragem. Infraestrutura Hídrica. Integração Agropecuária.

Duração do Projeto: Não especificado.

Link da chamada: https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/financiamento/produto/pronaf-bioeconomia

 

2.    Ministério das Cidades | APOIO À ESTRUTURAÇÃO E AO FORTALECIMENTO DAS COOPERATIVAS DE CATADORAS E CATADORES DE MATERIAIS REUTILIZÁVEIS E RECICLÁVEIS

Região: Nacional

Setor: Socioambiental; Sustentabilidade; Sustentabilidade Urbana

Tipo de Suporte: Recurso não reembolsável

Tipo de organização apoiada: Associações Civis; Cooperativa

Prazo para submissão da proposta: 19/09/2024

Objetivos: Concessão de apoio da Administração Pública para a execução de projetos que tenham como objetivo a implantação, ampliação ou aperfeiçoamento dos sistemas de coleta seletiva, triagem e tratamento (beneficiamento) de resíduos recicláveis secos operados por cooperativas e associações de catadoras e catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis.

Valor máximo: R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais)

% Apoiada: 20% de contrapartida obrigatória sobre o valor solicitado à FAPEMIG, sendo 10% proveniente das parceiras e 10% da proponente. Pelo menos metade da contrapartida das parceiras deve ser financeira.

Custos elegíveis: As temáticas financiáveis incluem a coleta seletiva de resíduos recicláveis secos, a triagem, tratamento e beneficiamento de resíduos recicláveis secos, bem como a estruturação e o fortalecimento de organizações de catadores de materiais recicláveis. Por outro lado, as temáticas não financiáveis abrangem a biodigestão de resíduos orgânicos, a coleta convencional, a coleta e triagem de resíduos orgânicos provenientes da coleta convencional e obras de construção civil.

Duração do Projeto: Não especificado.

Link da chamada: /arquivos/indica/EditaldeChamamentoPblicon012024.pdf


 3.    ABDE e IEBT Innovation | Programa Startup Indústria 2024/2025

Região: Nacional

Setor: Indústria; Tecnologia; Transformação Digital; Manufatura; Serviços

Tipo de Suporte: Recurso não-reembolsável

Tipo de organização apoiada: Spin offs (Corporativas e Acadêmicas); Startups, Organizações do setor produtivo

Prazo para submissão da proposta: 09/08/2024.

Objetivos: Apoiar projetos e experimentos de soluções inovadoras para empresas por meio de iniciativas de inovação aberta, acelerando o desenvolvimento tecnológico, a maturidade digital e a competitividade do setor produtivo brasileiro.

Valor máximo: R$ 70.000,00

% Apoiada: 100%.

Custos elegíveis: Custos de desenvolvimento de soluções inovadoras, testes práticos (PoC), projetos-piloto, implementação e ajustes necessários para inclusão na estrutura produtiva, capacitações e mentorias.

Duração do Projeto: 6 meses.

Link da chamada: https://startupindustria.abdi.com.br/


Para maiores detalhes, não deixe de acessar https://inova.coop.br/radar-inovacao

<p>A inteligência artificial ajuda, mas a gestão de pessoas segue sendo essencialmente humana. Veja como pessoas e máquinas se complementam!</p>

Gestão de pessoas: na era da IA, os colaboradores humanos são essenciais

Apesar do avanço da tecnologia, existem características humanas que não podem ser substituídas


A inteligência artificial é uma ferramenta fundamental quando o assunto é inovação. Com enorme potencial de aplicação, a tecnologia atua na automação de processos, economizando tempo e potencializando os resultados de algumas tarefas. Na área de gestão de pessoas, a história não é diferente.

Para quem liga com recursos humanos, a IA otimiza e permite uma atuação mais estratégica na gestão de pessoas, com ferramentas que permitem uma tomada de decisão mais assertiva. De acordo com a pesquisa da TIC Empresas, 22% das organizações pequenas e 37% das grandes já adotaram a inteligência artificial na sua rotina, com a implementação de softwares de RH e gestão.

Apesar da atuação relevante da IA na gestão de pessoas, a atividade humana na área continua sendo essencial. Algumas qualidades como empatia, criatividade e ética são exclusivas do ser humano e não podem ser mimetizadas por nenhuma tecnologia. Veja como humanos e máquinas se complementam para a gestão de pessoas!

O papel fundamental do ser humano

Quem já assistiu a filmes de ficção científica, com certeza tem medo de uma distopia em que as máquinas tomam o lugar dos humanos. Trazendo esse temor para uma realidade mais plausível, muitas pessoas acreditam que a IA possa substituir os seres humanos no mercado de trabalho.

Porém, a importância da humanidade é indiscutível. Especialistas enxergam um futuro em que a inteligência artificial e os seres humanos trabalham em conjunto, mas nunca que as máquinas ocuparão o espaço das pessoas.

Qualidade únicas humanas

A certeza da insubstituibilidade humana vem da complexidade de emoções e pensamentos dos indivíduos. Algumas qualidades são essenciais para processos criativos, interpretação de situações e tomada de decisões, mas a inteligência artificial não consegue replicá-las. Dentre elas estão:

• Criatividade

• Intuição

• Senso de ética e moral

• Empatia

• Adaptação a novos cenários

• Interação social

• Propósito de vida

IA gera oportunidades para a gestão de pessoas

Como visto, a inteligência artificial não deve ser vista como uma inimiga e sim como uma ferramenta para auxiliar nos processos do dia a dia. Pensando na gestão de pessoas, já existem softwares que conseguem encontrar padrões nos comportamentos de colaboradores. A partir dos resultados obtidos, essa ferramenta cruza dados e ajuda em análises importantes feitas pelo RH.

Por meio da mesma tecnologia de dados, a IA consegue relacionar informações de vagas em aberto com currículos recebidos pela organização, levantar necessidades de treinamentos e até desenvolver uma engenharia de cargos.

É possível também utilizar a inteligência artificial em processos de aprendizagem automatizados, que atuam em treinamentos e no onboarding de novos talentos. Outra aplicação é utilizar chatbots para recolher feedbacks constantes dos colaboradores.

Inteligência artificial no processo de recrutamento e seleção

Ferramentas de gestão comportamental são muito úteis quando o assunto é recrutamento e seleção. A inteligência artificial consegue cruzar dados de comportamento e habilidades de um candidato com as competências necessárias para um cargo em aberto na cooperativa.

Além de garantir assertividade nas escolhas, essa análise preditiva reduz o custo e o tempo do processo de seleção. Outra possibilidade é a utilização de algoritmos inteligentes para a análise e triagem de currículos, ou até utilizar chatbots para a realização de uma entrevista inicial e tirar dúvidas dos candidatos.

Benefícios do uso da IA no gerenciamento humano

Com desafios como orçamento limitado e falta de profissionais interessados na análise de dados, o RH muitas vezes sofre com a falta de recursos que auxiliem na execução de alguns processos. Nesse momento, a inteligência artificial surge como um grande aliado do setor.

Como visto, existem diversas aplicações da IA na rotina da gestão de pessoas, que não apenas diminuem o custo e o tempo das operações, mas também tornam as decisões mais inteligentes e baseadas em informações concretas, eliminando o paradigma de que os profissionais do RH atuam apenas baseados na intuição.

Gestão de pessoas e desenvolvimento dos colaboradores em tempos de IA

O suporte oferecido pela inteligência artificial vai além da área de recursos humanos. Dada a importância da colaboração dos funcionários com a tecnologia, realizar workshops e treinamentos com os profissionais também torna-se essencial para o desenvolvimento individual e da organização como um todo.

Humanismo digital e a colaboração entre IA e seres humanos

O humanismo digital é uma filosofia que valoriza o papel humano em meio à transformação digital, colocando as pessoas no centro e levando em conta suas habilidades e necessidades. Ou seja, a ideia é que a inteligência artificial e os indivíduos devem trabalhar juntos, ao invés de competirem.

Para que a inteligência artificial e o ser humano se completem e cooperem, assim como proposto no humanismo digital, é importante que as organizações valorizem ambas as partes. Além de apostar no investimento em tecnologia, ter uma abordagem humanizada permite criar um ambiente de trabalho estimulante e acolhedor, onde os profissionais se sentem valorizados e instigados.

Benefícios de treinamentos sobre inteligência artificial

Em meio à expansão da IA nas rotinas de trabalho, torna-se essencial aprender a manuseá-la. Capacitar seus colaboradores para que saibam operar essa ferramenta não só contribui para o desenvolvimento pessoal e profissional dos indivíduos, mas também garante que a organização esteja alinhada às tendências mundiais de tecnologia.

Além de permitir o engajamento e a interação entre os colaboradores, realizar treinamentos sobre a inteligência artificial permite conscientizar a equipe sobre a importância dessa tecnologia e desenvolver novas habilidades.

Rumo ao sucesso na gestão de pessoas com a IA

Muitas organizações já adotaram a inteligência artificial na rotina de gestão de pessoas - e obtiveram resultados positivos. Com a automação de alguns processos, as instituições conseguiram otimizar resultados e tomar decisões mais assertivas.

Assistente virtual encontra os melhores matches para vagas

O site Vagas.com, por exemplo, adotou uma ferramenta que utiliza inteligência artificial para conectar seu banco de talentos com a plataforma de recrutamento e seleção para pequenos e médios negócios. A ARIA (Assistente de Recrutamento por IA) foi lançada em 2023 e navega por mais de 25 milhões de perfis para encontrar o match ideal para cada vaga.

A tecnologia foi pensada para acelerar um dos processos mais demorados do recrutamento: a primeira seleção de candidatos. Os recrutadores definem o perfil que querem contratar e a ARIA cria uma lista com 10 profissionais em até 72 horas. Feita de forma manual, essa primeira etapa pode demorar até 45 dias.

GAIA, a inteligência artificial da Gupy

A Gupy, plataforma de recrutamento, foi além da seleção de currículos e encontrou mais uma função para a IA. Desde 2016, a plataforma utiliza a GAIA, uma inteligência artificial responsável pela validação de documentos no processo de admissão digital.

Apenas a automação dessa etapa já reduz em 50% o tempo gasto por profissionais do RH em processos de admissão. A tecnologia é alimentada com informações da plataforma há mais de sete anos e passa por avaliações constantes para garantir a qualidade.

Conclusão

O avanço da inteligência artificial é inevitável, inclusive na gestão de pessoas. Porém, devido a características únicas humanas, a tecnologia não será capaz de substituir a atuação dos indivíduos.

O que tende a acontecer é o fortalecimento de conceitos como humanismo digital e a IA como extensão dos seres humanos. As pessoas precisam aprender a dominar a tecnologia para obterem os melhores resultados possíveis, economizando tempo e esforços desnecessários.

Dada a expansão iminente da inteligência artificial, o InovaCoop preparou um guia prático sobre como usar inteligência artificial na prática. Nele, você aprenderá a dominar o Chat PT e outras formas de aplicar a IA na rotina da sua cooperativa! 

<p>Por meio de dois casos práticos, veja como o Mix de Fomento pode impulsionar iniciativas de inovação nas cooperativas!</p>

Mix de Fomento: conheça duas cooperativas que buscaram fontes de financiamento com apoio do Sistema OCB

Sorteada pelo Sistema OCB, a Optar Orgânicos e a Coprel, membro do GT InovaCoop, receberam consultoria para mapear oportunidades de financiamento de projetos.


A 2ª edição da Pesquisa de Inovação no Cooperativismo Brasileiro, realizada pelo Sistema OCB, revela que a falta de dinheiro é a principal dificuldade que as cooperativas enfrentam para executar projetos inovadores. Para lidar com isso, um caminho é buscar fontes externas de financiamento. O Mix de Fomento da ABGI é uma ferramenta para encontrá-los!

Segundo a ABGI, a ideia é criar um mix balanceado de instrumentos de fomento que abranja recursos não reembolsáveis, reembolsáveis, recursos humanos, incentivos fiscais e outras formas de apoio. As fontes de financiamento variam de acordo com a natureza dos projetos de inovação e a necessidade da cooperativa.

Diante disso, o Sistema OCB convidou duas cooperativas para participar do Mix de Fomento, com consultoria da ABGI, a fim de encontrar fontes de financiamento adequadas para seus projetos. São cooperativas de diferentes portes, regiões e ramos de atuação, mostrando como a metodologia pode ser aplicada em diversas ocasiões. O Mix de Fomento tem três etapas:

1. Tudo começa a partir de entrevistas com a cooperativa com o objetivo de conhecer os projetos apresentados e o potencial de inovação em cada um deles.

2. Depois disso, a ABGI busca e seleciona oportunidades de fomento aderentes às iniciativas selecionadas.

3. Ao final, ocorre a reunião de entrega das oportunidades encontradas e do plano de alavancagem de fomento, com visão de curto, médio e longo prazo, além de orientações.

Conheça, então, as duas cooperativas que participaram do Mix de Fomento com aconselhamento da ABGI a convite do Sistema OCB!

Optar Orgânicos

A primeira cooperativa a participar do Mix de Fomento da ABGI com apoio do Sistema OCB foi a Optar Orgânicos. Fundada em 2019, a Optar Orgânicos atua em uma região semiárida no interior do Ceará e tem a produção de acerola como carro-chefe. A cooperativa agropecuária foi sorteada após participar do lançamento da segunda Pesquisa de Inovação no Cooperativismo Brasileiro, durante o Cooptech Summit de 2023.

“Lá, eu tive a oportunidade de expressar que as cooperativas pequenas, que estão na ponta, têm de acessar fontes de fomento. A gente sabe que essas fontes existem, mas é complexo para conseguirmos acessá-las”, narra Iran Arcino, diretor-presidente da Optar Orgânicos.

Para começar, a ABGI conheceu a cooperativa mais a fundo, assim como seus planos para montar uma agroindústria a fim de processar a produção. O objetivo da Optar Orgânicos é construir uma unidade de beneficiamento para agregar valor aos seus produtos.

Com as informações sobre o projeto da cooperativa em mãos, a ABGI buscou e apresentou opções de financiamento adequadas. “Conhecendo nossas necessidades, eles foram atrás de fontes em que a Optar Orgânicos é elegível e trouxeram alternativas de fontes não reembolsáveis e linhas de crédito”. A cooperativa deu seguimento a algumas oportunidades mapeadas e agora aguarda retorno das entidades.

Mapeando oportunidades para pequenas cooperativas

Arcino avalia que muitas vezes, pequenas cooperativas não têm estrutura ou expertise para mapear oportunidades de financiamento. Dessa maneira, realizar o Mix de Fomento com acompanhamento da ABGI pode fazer uma grande diferença.

“Vemos agora que tem muitos recursos, tem muita coisa para a gente usar. No entanto, não usamos porque não sabemos como chegar até essas fontes de fomento. Falta conhecimento sobre linhas de crédito e também falta conhecimento sobre como acessá-las”, ele explica.

Coprel no Mix de Fomento: energia e impacto social

A gaúcha Coprel, que atua no setor de energia e telecomunicação, é outra cooperativa que participou do Mix de Fomento da ABGI a convite do Sistema OCB. Para decidir quais projetos seriam apresentados, o setor de inovação da Coprel ouviu os facilitadores das áreas internas para selecionar três projetos:

Avaliação social do impacto: o projeto almeja entender os impactos da cooperativa na sociedade considerando retorno financeiro, expectativa de vida e sucessão familiar, de forma a gerar impactos econômicos positivos para uma determinada comunidade.

Análise de informações de distribuição: avaliar as condições climáticas e o histórico das redes de distribuição para entender o comportamento de suas condições a fim de antecipar possíveis problemas para preveni-los antes que eles gerem prejuízos aos usuários.

Geração de energia: o projeto almeja desenhar modelos de otimização de geração na busca por melhorar o rendimento das usinas.

Cada um desses projetos passou por um processo de desenvolvimento do escopo a partir de informações bibliográficas, recursos necessários e definição de metas. Eles foram apresentados para a ABGI no decorrer de três reuniões online. Paralelamente, a cooperativa também saiu em busca de parcerias para aprimorar os projetos.

“Posteriormente, vamos estruturar esses projetos para a ABGI ter mais subsídios ao avaliá-los”, explica Jackson Samuar, orientador de inovação da Coprel. A partir disso, a ABGI levantou e apresentou as possibilidades disponíveis de financiamento para os projetos da Coprel.

“Eles pegaram cada projeto e detalharam, criando um índice para cada um deles e lá dentro classificaram quais fomentos podemos utilizar, como fundos do BNDES e outros”. O levantamento inclui prazos e valores que a cooperativa poderia levantar para as fontes de financiamento de cada um de seus projetos de inovação.

A importância do fomento para a inovação

Agora, a Coprel está desenvolvendo as ideias para apresentá-las às fontes de financiamento mapeadas. “Estamos recebendo os retornos para conseguir ter uma melhor estrutura para esses projetos”, conta Samuar.

Ele aponta que a participação no Mix de Fomento da ABGI também causa impactos positivos na cultura da cooperativa. “A Coprel sempre foi inovadora, tanto pela energia como pela telecom, mas essa busca por fomento é algo muito novo para nós. Entender as linhas de crédito, as possibilidades, a importância das consultorias também para conseguir o fomento, foi um grande aprendizado”, avalia.

Samuar também ressalta a importância do apoio institucional para a inovação no cooperativismo. “A abertura que o Sistema OCB, a Ocergs e o Sescoop oferecem à área de inovação das cooperativas é muito importante, pois conseguimos visualizar diversas possibilidades”.

Por fim, o orientador de Inovação ressalta a importância do Hub Aliança para o desenvolvimento dos projetos de inovação da Coprel, inclusive os que foram selecionados para integrar o Mix de Fomento. “Toda cooperativa deveria poder contar com uma área de inovação estruturada a fim de fomentar e auxiliar o desenvolvimento de novos projetos inovadores”.

Conclusão: Radar do Financiamento

A ABGI também é parceira do Sistema OCB no Radar de Financiamento, uma plataforma do InovaCoop que compila diversas fontes para que as cooperativas possam obter recursos e tirar suas iniciativas inovadoras do papel.

“O Radar facilita a visualização de um mundo de oportunidades quando se pensa em financiamento e fomento a projetos de inovação. Este é o primeiro passo para adotar estratégias de captação de recursos para ações inovadoras e sustentáveis que são tão essenciais para impulsionar a competitividade das cooperativas nos mais variados ramos”, explica Guilherme Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação da OCB.

Ao todo, mais de 70% dos gastos em iniciativas inovadoras no Brasil são feitos exclusivamente com recursos próprios. Diante disso, buscar oportunidades externas de financiamento é uma maneira de dar mais fôlego para tirar ideias e projetos do papel.

Para aprender a usar o Radar de Financiamento, confira o guia prático em que explicamos o funcionamento e os recursos disponíveis na ferramenta. Além disso, a ABGI também contribuiu para a elaboração de um curso online sobre fontes de fomento para a inovação, que pode ser acessado gratuitamente no CapacitaCoop!

<p>Conheça o Visual Thinking e veja como elementos visuais podem contribuir para a criatividade e a inovação!</p>

Visual Thinking: como usar elementos visuais no processo de Design Thinking

Técnica adota desenhos simplificados para comunicar e discutir ideias de forma mais clara e engajadora


O sistema conhecido como Design Thinking propõe uma abordagem em etapas, usando métodos do design para encontrar soluções práticas e aplicáveis para as organizações. O processo prevê a empatia no usuário da solução a ser desenvolvida, a definição do problema, a ideação de possíveis soluções, a prototipagem e o teste destas soluções.

Estas fases, porém, podem ter sua eficácia potencializada pelo uso de elementos visuais para organizar e apresentar as ideias de forma mais clara e intuitiva. É aqui que entra o chamado Visual Thinking, traduzido para o português como pensamento visual. Trata-se do uso de linguagem visual para comunicar ideias, resumir informações com clareza e engajar pessoas.

Neste artigo, vamos entender o que é Visual Thinking, porque ele é importante para processos de inovação, a estrutura fundamental do Visual Thinking e quais são os caminhos para colocá-lo em prática. Boa leitura!

O que é Visual Thinking e para que serve

O Visual Thinking é uma nova maneira de se olhar, apresentar e debater ideias e pode ser aplicado na apresentação de projetos, sejam de negócios ou pessoais. Ao usar esta técnica, as ideias são desenhadas - de preferência com papel e caneta - usando traços simplificados, em uma distribuição capaz de hierarquizar informações e esclarecer os conceitos.

São esboços rápidos, feitos a mão, fáceis de ajustar e adaptar caso seja necessário. É importante ter em mente o conceito de “menos é mais”: imagens simples transmitem ideias de forma mais rápida e descomplicada. Dessa forma, o Visual Thinking não tem um formato pré-definido e pode se apresentar na forma de esquemas, diagramas, imagens ou mapas mentais.

É comum pensar que o desenho está restrito às crianças e aos criativos, mas a capacidade de desenhar é inata do ser humano. Nós simplesmente desaprendemos a usá-la. O objetivo do Visual Thinking é resgatar essa habilidade para facilitar a comunicação.

Por que você deve aprender sobre Visual Thinking

Nosso pensamento é visual: imagens são processadas mais rápido do que textos e nos ajudam a memorizar aquilo que é exposto. Por isso, ao aplicar o Visual Thinking você se conecta melhor com sua audiência e estimula a geração de ideias, a criatividade e a aprendizagem, abrindo caminho para uma construção coletiva.

No mundo dos negócios, o pensamento visual descomplica pontos complexos de um projeto, clarifica ideias até então vagas e engaja as pessoas envolvidas na discussão. O uso de papel e caneta torna a atividade mais inclusiva e espontânea, mas nada impede a adoção de tablets, computadores ou outras tecnologias.

A espinha-dorsal do visual thinking

O visual thinking não começa pela necessidade de aprender a desenhar melhor, mas sim de aprimorar a nossa visão. A técnica é dividida em quatro ações-chave: observe, veja, imagine e mostre.

1. Observe

Nesta etapa, colete as informações relevantes para você. Observar significa juntar dados visuais, fazer uma varredura do ambiente e construir uma imagem global de onde partirá todo o processo.

2. Veja

Depois de observar, é preciso refinar o olhar. Manipule a informação, crie categorias, identifique padrões e hierarquize os dados coletados.

3. Imagine

A partir do material analisado, é hora de imaginar como transformar esta informação em imagens. Faça associações, aplique símbolos e metáforas, crie narrativas. Pense em novas formas de agrupar e organizar as informações.

No mundo dos negócios, imaginar muitas vezes significa ter ideias originais para resolver um problema. Uma boa forma de fazer isso é usar o método SQV: Simplifique, Qualidade, Visão.

  •     Simplificar: trata-se de buscar a forma mais descomplicada e efetiva para desenhar uma solução; optando pelo caminho mais simples, você libera espaço na sua mente para novas ideias e insights e não fica preso nos detalhes de um desenho complexo.
  •     Qualidade: em oposição a quantidade, significa que é melhor usar uma imagem que se aprofunde em um ponto do que criar desenhos que abordam de forma rasa diversos aspectos de um problema.
  •     Visão: significa adequar a mensagem à audiência e ter em mente que uma visão clara para você não necessariamente é clara para todos.

4. Comunique

O último ponto na espinha-dorsal do Visual Thinking é escolher as ferramentas para comunicar visualmente o que foi desenvolvido até aqui. Você pode fazer isso com um desenho, como na facilitação gráfica, ou com um mapa mental, que conhecermos melhor adiante.

Como colocar o Visual Thinking em prática

Para aplicar a técnica do Visual Thinking, pratique as seguintes etapas:

  •     Faça o simples: uma das principais recomendações é focar na simplicidade. Não tente ser um artista. Isso não é necessário nem eficiente. Faça o simples e foque na essência da mensagem que você quer transmitir. O pensamento visual não é uma questão de habilidade artística, mas sim de organizar ideias e criar conexões entre os conteúdos.
  •     Imite: também não tenha medo de copiar desenhos que você já tenha visto antes. Copie e acrescente seu toque pessoal. Não se preocupe com a perspectiva: faça desenhos chapados, despretensiosos, mas que sejam capazes de transmitir bem a mensagem.
  •     Mescle textos e imagens: outra dica importante é combinar textos e imagens de forma complementar, evitando a redundância. As imagens devem tornar a informação mais clara e compreensível e não apenas repetir o que já está dito no texto.
  •     Planeje a hierarquia visual: você pode usar diferentes fontes, tamanhos e cores para indicar à audiência o que é mais importante e o que é secundário. O uso das cores, em especial, ajuda a categorizar as informações e torna a compreensão mais intuitiva.
  •     Organize as informações: também é útil separar os assuntos em diferentes zonas e clusters na folha de papel, além de criar títulos para cada segmento, a fim de facilitar a leitura. É importante que essas divisões sejam claras e bem organizadas. É o que acontece, por exemplo, em uma capa de jornal. 
  •     Faça storytelling: técnica de contar histórias para gerar engajamento e identificação é uma poderosa ferramenta de marketing, que também pode ser aplicada ao pensamento visual. Narrativas causam impacto e envolvem o público.

Confira também as principais técnicas para aplicar o Visual Thinking:

1. Mapa mental

Um mapa mental é um esquema visual criado para representar ideias, tarefas ou outros conceitos, relacionando-os a uma ideia central que pode ser resumida em uma palavra-chave. Ao redor desta palavra se prolongam ramos de subtemas que, por sua vez, se subdividem em categorias ainda mais específicas.

A função de um mapa mental é ajudar na organização e visualização das informações, facilitando a tomada de decisões e o desenvolvimento de projetos. Esta pode ser uma ferramenta para aplicar o Visual Thinking.

2. Facilitação gráfica

Outra ferramenta importante é a facilitação gráfica: um método que nasceu para coletar e aglutinar ideias e informações em eventos. Trata-se de um jeito novo de registrar os principais tópicos do que foi dito e, também, vivido. Na facilitação gráfica, o objetivo é deixar o conhecimento mais acessível através de textos, gráficos e desenhos.

Por meio da facilitação gráfica é possível coletar os pensamentos, insights, palavras-chave e ideias discutidas pelos participantes e transformar tudo isso em um painel gráfico, que representa a essência do evento. O resultado deve ser atraente e compartilhável.

Conclusão: para aprender Visual Thinking

O Visual Thinking é uma ferramenta de grande valor para estimular a criatividade e comunicar ideias. Dessa forma, as cooperativas podem usá-lo em prol da inovação!

Para quem quer se aprofundar no tema e colocar em prática as técnicas de pensamento visual, o Sistema OCB oferece um curso online de Visual Thinking, com duas horas de duração. O curso é gratuito e restrito às cooperativas registradas e regularizadas no Sistema OCB. Clique aqui para acessar!

<p>Entenda como a inteligência artificial está impulsionando o Agro 4.0 e a inovação no cooperativismo agropecuário. </p>

Agro 4.0: quais os impactos reais da IA no campo

Entenda os benefícios e tendências da tecnologia no campo


A inteligência artificial está em todo lugar, inclusive no campo: é o Agro 4.0! A tecnologia já está impactando a produção agropecuária e é esperado uma participação cada vez maior da IA nessa indústria. Com o crescimento exponencial da população mundial, será necessário produzir até 60% mais alimentos até 2050, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura.

E é nesse momento que a IA entra em cena. Com a fusão da tecnologia e da agropecuária, a produção desse setor deve crescer significativamente. Até 2028, é esperado que o mercado agrícola movimente cerca de R$23,57 bilhões.

Essa participação da inteligência artificial no setor agropecuário se mostra cada dia mais presente com o advento do Agro 4.0. A seguir, confira como a tecnologia está impulsionando a agricultura 4.0 e levando a inovação em prol da produtividade e da sustentabilidade no campo!

Impactos da inteligência artificial no Agro 4.0

O Agro 4.0 nada mais é do que a integração de um conjunto de tecnologias que otimizam a produção e gestão agrícola,buscando melhores resultados e uma prática mais sustentável. Passamos por uma revolução industrial que está implementando o uso de tecnologias não apenas nas fábricas e no comércio, mas também no ambiente rural.

Nesse cenário, a IA é cada vez mais presente na rotina agrícola. Já passou o tempo em que a tecnologia era utilizada apenas para automatizar colheitas ou para coleta básica de dados. Desde drones e softwares até tratores autônomos, a modernização do campo está em constante avanço.

Além disso, a preocupação com o meio ambiente é outra característica do Agro 4.0. Tendo em vista as mudanças climáticas, os produtores estão se preocupando cada vez mais com questões de sustentabilidade. Tanto nos processos de planejamento da produção, quanto nos impactos ambientais e consequências climáticas, as organizações têm investido mais no acompanhamento e melhoramento de práticas sustentáveis.

A IA chega ao campo: aplicações no agro 4.0

Como visto, a tecnologia está criando raízes cada vez mais profundas no campo. Enquanto em 2017 o mercado global de inteligência artificial na agricultura foi avaliado em cerca de US$545 milhões, está previsto que alcance US$2.075 milhões até 2024. Mas de que forma exatamente a inteligência artificial tem atuado na agricultura 4.0?

Identificação de áreas para agricultura

Por meio da tecnologia de visão computacional e de dados coletados por drones e satélites, é possível identificar novas áreas para a agricultura. Além disso, o monitoramento por imagens permite a preparação e identificação do plantio, o gerenciamento do campo, a determinação da saúde das safras e o mapeamento do solo.

Fiscalização de processos críticos

Existem softwares de decisão que são desenvolvidos por Agritechs e auxiliam os produtores a tomarem decisões mais assertivas. Com a coleta massiva de dados no campo, as organizações ficam a par de uma enorme quantidade de informações.

Essas ferramentas contam com a ajuda da inteligência artificial para fazer uma análise completa de clima, fertilizantes, pragas, finanças, históricos de cultivo, informações do solo e quaisquer outros ajustes que a safra pode precisar durante o plantio.

Assim, os produtores não apenas conseguem planejar o momento ideal de plantio e colheita, como também conseguem identificar rapidamente anormalidades na safra. Por meio da fiscalização constante, fica fácil identificar um problema logo no início, antes de ele atingir um ponto irreversível ou que causaria muitos danos à organização.

Monitoramento da saúde da colheita e controle de pragas

O estudo de imagens é um grande auxílio no monitoramento da saúde da colheita. Porém, a tecnologia empregada no controle de pragas vai muito além da análise imagética. O sensoriamento remoto acompanhado de digitalização a laser 3D, por exemplo, pode fornecer métricas de milhares de hectares. Assim, os produtores podem acompanhar a saúde das safras e identificar qualquer problema.

Tecnologias como essa poupam o tempo dos agricultores e estão sendo cada vez mais desenvolvidas. Em 2022, começou a ser testado no Brasil um equipamento que, com ajuda da IA, permite capturar e simular sinais neurais para detectar doenças em estágio inicial nas plantações de soja .

Liderado pela Embrapa, o projeto consiste em um sistema que simula o funcionamento cerebral no instante em que especialistas visualizam imagens de plantas doentes. Dessa forma, ocorre a automação da rotulagem, o que torna a etapa mais rápida e eficiente.

Análise de solo

Existem tecnologias que conseguem analisar a condição do solo utilizando a inteligência artificial. Esse é o caso do sistema também desenvolvido pela Embrapa com outras instituições, por exemplo.

Utilizando o LIBS, mesma técnica usada pela NASA para avaliar o solo de Marte, a IA consegue realizar análises de carbono dos solos, da textura e do pH. Tudo isso sem gerar resíduos e de forma rápida e econômica.

Automação de processos

Com o auxílio de sensores e algoritmos inteligentes, as máquinas são programadas para realizar tarefas repetitivas como semear, irrigar e colher. Por meio da automação de procedimentos agrícolas, as organizações diminuem a dependência de intervenções manuais, tornando o processo mais rápido e eficiente.

Gestão agrícola: do plantio à colheita

Já vimos que existem plataformas que, por meio da coleta de dados e análise inteligente, conseguem identificar o melhor momento para o plantio e colheita. Porém, existem outras tecnologias que, unidas às citadas anteriormente, garantem uma gestão mais eficiente da plantação.

Algumas máquinas agrícolas analisam em tempo real questões chave como a umidade do solo, o estado de maturação das plantas e as condições climáticas. Dessa forma, é possível ajustar automaticamente as melhores técnicas de plantio, além da velocidade e a profundidade da colheita.

Agricultura de precisão

Você sabia que caso muito fertilizante seja aplicado em uma lavra, o excesso pode poluir os lençóis freáticos? Na agricultura de precisão a IA é utilizada para indicar a quantidade precisa de insumo que deve ser utilizado em cada situação, como em casos de detecção de pragas, doenças nas plantas ou má nutrição do plantio.

Um exemplo são sensores utilizados para identificar ervas daninhas na lavoura e que decidem qual o melhor herbicida a ser aplicado. Nesse momento, a inteligência artificial também controla a quantidade exata que deve ser aplicada na safra sem prejudicar as plantações. Dessa forma, as organizações não apenas protegem o meio ambiente, como também economizam investimentos em insumos.

Produção agropecuária sustentável

Diante das iminentes mudanças climáticas e a preocupação com o futuro do planeta, a inteligência artificial também começou a ser utilizada em prol de uma prática agrícola mais sustentável. Existem diversas tecnologias desenvolvidas apenas visando a sustentabilidade em campo.

A começar por algoritmos que conseguem ajudar no monitoramento e cálculos de emissão de carbono. Outro exemplo é o processo de irrigação, também controlado por máquinas inteligentes, que consegue ser muito mais preciso e evitar o desperdício de água.

Como a IA pode gerar valor para o Agro?

A inteligência artificial pode gerar valor para o agro em dois pontos principais: na produção e no posicionamento no mercado. O uso de tecnologias para controlar a disseminação de pestes, a saúde da safra e a automação de processos ajuda na tomada de decisões e na obtenção de resultados mais eficientes.

No âmbito de posição de mercado, a IA pode ser aplicada em setores de organização como marketing, finanças e administrativo, tornando a engrenagem organizacional mais eficaz. Além disso, ser uma cooperativa relacionada à inovações tecnológicas traz prestígio à marca, fator positivo para a reputação no mercado.

Futuro da IA no Agro 4.0

Apesar do avanço tecnológico no campo, ainda há muito que pode ser feito. O uso de drones e sensores inteligentes já está em alta, mas a tendência é que cresça ainda mais. O veículo aéreo é regulamentado no Brasil desde 2021 e tem diversas aplicações na rotina agrícola, já que permite um monitoramento completo da lavoura de forma rápida e eficiente.

Com o equipamento, os produtores são capazes de capturar imagens para análises, demarcar estrategicamente as áreas de plantio, identificar pragas, pulverizar defensivos agrícolas e detectar falhas no plantio. O drone também auxilia na segurança da fazenda e na identificação de incêndios e zonas de desmatamento.

Outra tendência é a adoção de sistemas de fazenda autônomos. A ideia de máquinas e tratores comandados apenas por inteligência artificial está mais perto do que se pode imaginar. Com isso, a eficiência no campo aumentaria significativamente, além de otimizar o fluxo de trabalho dos agricultores, que investiriam melhor seu tempo em outras atividades mais complexas.

A alteração genética é outra aposta de caminho futuro para a agropecuária. A manipulação de genes visando o aprimoramento das sementes já é uma realidade, mas ela deve se unir à IA muito em breve. Essa junção tornaria o processo de identificação de alguns genomas mais fáceis e rápidos, além de analisar qual a melhor alteração genética para que os plantios sobrevivam a novas mudanças climáticas.

IA e Agricultura Sustentável no cooperativismo

Dada a preocupação com sustentabilidade, as organizações têm investido em técnicas e procedimentos que diminuam os impactos da produção agropecuária no meio ambiente. A gestão inteligente da água e do lixo, reciclagem, optimização energética e adaptação às mudanças climáticas são algumas das ações tomadas visando um rendimento mais sustentável.

Muitos negócios já estão adotando essas políticas sustentáveis - inclusive as cooperativas. Tanto no Brasil quanto internacionalmente, a IA se mostra presente no mercado agropecuário e vem causando ótimos resultados.

Coopavel usa IA para monitorar abate de aves

A Coopavel decidiu usar a inteligência artificial como ajudante no processo de sangria, uma das etapas mais importantes no abate de animais. Tradicionalmente, o monitoramento desse procedimento acontece por meio de uma inspeção manual e visual. Muitas vezes as aves não eram sangradas adequadamente e as cooperativas ficavam sujeitas a multas.

Agora a Coopavel conta com uma câmera que fica acompanhando o procedimento, um hardware de processamento que utiliza IA e um sistema de sinalização. Caso aconteça algum problema, um alerta luminoso comunica ao responsável que é necessário realizar o processo corretamente.

Integrada identifica áreas agricultáveis com IA

A Integrada Cooperativa Agroindustrial lançou em parceria com o Hub de Inovação do SENAI projeto Áreas Agricultáveis, que possibilita a identificação, através de imagens de satélite e com o auxílio da IA, de áreas com potencial produtivo em toda região de atuação da cooperativa.

A partir desse programa surgiu a ferramenta CIA Field, que com a ajuda da inteligência artificial consegue analisar imagens de satélite automática e mensalmente, e cruza as informações obtidas com o banco de dados da cooperativa.

Cases internacionais de IA no Agro 4.0

• A cooperativa americana Land O’Lakes fechou uma parceria com a Microsoft para aprimorar a cadeia de suprimentos e tornar sua operação mais sustentável. As soluções de inteligência artificial ajudam os agricultores com os principais desafios do setor.

• A Zen-noh, uma federação nacional de cooperativas agrícolas do Japão, contou com a ajuda da IA para suprir a falta de mão de obra. Em parceria com a BASF, o serviço produz análises sobre a produção das lavouras com informações de satélite e dados meteorológicos, auxiliando os produtores com a gestão do campo.

• A Fonterra, produtora de leite e laticínios neozelandesa, se uniu à agritech Connect Terra para criar uma assistente virtual. A ferramenta conta com inteligência artificial para elaborar recomendações personalizadas para cada produtor a partir de dados coletados pela cooperativa.

Conclusão

A inovação no campo é imprescindível. Com o avanço da tecnologia, a inteligência artificial está criando raízes não apenas no cooperativismo, mas no ambiente agrícola. Com análises de solo, controle da saúde das safras, máquinas autônomas e agricultura de precisão, a IA tem ajudado a rotina dos produtores rurais.

E para não passar batido no mercado, as organizações precisam acompanhar esse ritmo de inovação. Por isso, o InovaCoop desenvolveu o e-book Como a tecnologia está redefinindo a sociedade e transformando os negócios cooperativos.

O material discute como as mudanças tecnológicas afetam a interação humana com o mundo ao seu redor, e como as cooperativas podem atender os novos desafios e oportunidades sem perder seus princípios.

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