
Métricas de inovação: como ser data driven contribui para o sucesso de projetos inovadores
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Os dados são grandes aliados para a gestão da inovação no cooperativismo
Os dados são aliados essenciais para as iniciativas de inovação nas cooperativas, permitindo decisões mais estratégicas e efetivas. Nesse cenário, as métricas de inovação ajudam a acompanhar o desenvolvimento e os resultados dos projetos inovadores.
Essas informações, afinal, são fundamentais para desenhar, mensurar o impacto e comprovar os resultados reais das iniciativas de inovação. Desse modo, adotar uma abordagem data driven otimiza processos.
O uso de métricas de inovação claras permite transformar ideias em projetos bem-sucedidos, acompanhando o desempenho desde a concepção até a mensuração dos resultados finais. Neste artigo, vamos entender mais sobre as métricas de inovação, por que elas são importantes e quais são as principais métricas. Boa leitura!
Por que as métricas de inovação são importantes
As métricas são elementos muito importantes para o gerenciamento de projetos. Na jornada de inovação, então, os dados são imprescindíveis. Medir a inovação é um caminho para garantir que os investimentos e esforços para executar novos projetos estão indo na rota certa.
Nesse cenário, as métricas de inovação proporcionam dados quantificáveis que servem para guiar a gestão da inovação rumo aos objetivos estratégicos da cooperativa. As métricas oferecem subsídios para análises e insights que, por sua vez, guiam as decisões de estratégias e processos de inovação.
Em vez de depender apenas de percepções subjetivas, os indicadores quantificam o avanço dos projetos, seja no lançamento de um novo produto ou na otimização de um processo interno. Essa clareza é fundamental para manter todos alinhados e focados nos mesmos alvos, garantindo que os esforços de inovação estejam realmente gerando valor ao negócio.
Além de medir o sucesso, as métricas fornecem percepções importantes para orientar e otimizar futuras ações, criando um ciclo de aprendizado contínuo. Um indicador que mostra baixa adesão a uma nova ferramenta digital, por exemplo, não deve ser visto como um fracasso, mas como um diagnóstico capaz de gerar lições e aprimoramentos.
É nesse ciclo de medir, aprender e otimizar que as métricas de inovação se tornam elementos centrais para a execução de uma cultura data driven. Conheça, então, quais são as principais métricas de inovação para apoiar as cooperativas!
Métricas de inovação para as cooperativas
Existem métricas de diferentes naturezas que ajudam a entender etapas distintas da estratégia de inovação de uma cooperativa. Em comum, elas devem ser claras e mensuráveis.
Métricas de entrada
As métricas de entrada medem os recursos e esforços que uma cooperativa dedica à inovação. Elas representam o compromisso da cooperativa em investir e criar um ambiente propício ao surgimento de novas ideias e projetos.
Em vez de focar nos resultados finais, essas métricas avaliam a base sobre a qual a inovação será construída, de forma a proporcionar um diagnóstico sobre a alocação de recursos (sejam financeiros ou humanos) perante os objetivos de inovação. Alguns exemplos de métricas de entrada são:
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Investimento em pesquisa e desenvolvimento: quantifica o total de recursos financeiros que a cooperativa destina especificamente para atividades de P&D. Ela é um forte indicador do comprometimento estratégico da organização com a inovação, já que reflete a disposição para explorar novas tecnologias, processos e modelos de negócio.
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Horas de treinamento: mede o tempo que os colaboradores dedicam a atividades de capacitação como cursos sobre novas tecnologias, workshops de design thinking, metodologias ágeis ou outras competências criativas. Avalia, portanto, o desenvolvimento do capital humano e o investimento na cultura interna de inovação. Os cursos do InovaCoop podem impulsionar essa métrica na sua cooperativa, confira!
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Número de ideias geradas: contabiliza a quantidade de novas ideias submetidas pelos cooperados e colaboradores por meio de canais formais, como plataformas de inovação, concursos de ideias ou programas de intraempreendedorismo. É um termômetro do engajamento com a estratégia de inovação.
Métricas de processo
As métricas de processo são indicadores que avaliam a eficiência e a agilidade da cooperativa em transformar ideias em soluções concretas. Desse modo, elas focam no “como” as coisas acontecem.
Elas são essenciais para identificar gargalos, otimizar fluxos de trabalho e garantir que as boas ideias não se percam no caminho. Por isso, as métricas de processo contribuem para o aprimoramento contínuo dos processos de inovação. Algumas delas são:
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Tempo para desenvolver um protótipo: mede o tempo médio decorrido entre a aprovação de uma ideia e a criação da sua primeira versão tangível e testável. É um indicador da agilidade da cooperativa. Um tempo curto sugere que a coop consegue validar hipóteses rapidamente, aprender com os erros e acelerar o ciclo de desenvolvimento.
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Taxa de conversão de ideias em projetos: calcula a porcentagem de ideias, que após serem geradas e avaliadas, são efetivamente transformadas em projetos reais, com recursos e pessoas envolvidas. Ela mostra se o processo de triagem e seleção de ideias da cooperativa é eficiente e alinhado com a estratégia de negócio.
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Iniciativas de inovação aberta e intercooperação: quantifica o número de projetos de inovação desenvolvidos em colaboração com entidades externas, como startups, universidades, centros de pesquisa ou outras cooperativas.
Métricas de saída
As métricas de saída são indicadores que medem os resultados diretos e tangíveis gerados pelo processo de inovação da cooperativa. Elas quantificam o que foi efetivamente produzido e entregue ao mercado ou aos cooperados.
Essas métricas são cruciais para comprovar que os esforços de inovação estão se traduzindo em soluções concretas. Assim sendo, elas atuam como uma ligação entre o trabalho de desenvolvimento e a criação de valor real para o negócio. Métricas de saída, por exemplo, são:
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Total de novos produtos lançados: contabiliza o número de novos produtos, serviços ou melhorias significativas que foram efetivamente disponibilizados em um determinado período. Funciona como um indicador direto da produtividade e da capacidade de execução nos projetos de inovação.
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Percentual de receita proveniente de projetos inovadores: calcula a fatia da receita total da cooperativa que é gerada por produtos e serviços lançados em um certo período. Com isso, essa métrica mede a relevância financeira dos projetos.
Métricas de impacto
As métricas de impacto representam o nível mais elevado de avaliação da inovação, medindo os seus efeitos de longo prazo nos objetivos estratégicos da cooperativa. A ideia é tentar responder à pergunta: “Qual foi a consequência real desta inovação?”.
São, então, indicadores que avaliam como os novos produtos e serviços afetaram a satisfação de clientes e cooperados, assim como a saúde financeira da cooperativa e outros resultados almejados (como o impacto na comunidade e objetivos de sustentabilidade, por exemplo). Dentre as possíveis métricas de impacto estão:
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Net Promoter Score (NPS): mede a satisfação de cooperados e clientes. O aumento do NPS após o lançamento de uma inovação é um indicador de impacto que demonstra que a nova solução melhorou efetivamente a experiência e o relacionamento com a cooperativa.
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Custos operacionais: quantifica a economia gerada pela implementação de inovações focadas em otimização de processos e automação, por exemplo. O impacto aqui é direto na eficiência e na sustentabilidade financeira da cooperativa.
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Impacto ESG: avalia como a inovação contribui para as metas ambientais, sociais e de governança da cooperativa. O impacto pode ser medido, por exemplo, por um novo processo que reduz o consumo de recursos naturais (Ambiental), avanços de inclusão financeira (Social) ou uma nova tecnologia que melhora a transparência na gestão (Governança).
Conclusão: a força das métricas de inovação
As métricas de inovação são aliadas de uma estratégia coesa e inteligente. Elas fornecem informações para diagnosticar o estado, os pontos fortes e as deficiências das práticas e da cultura de inovação de uma cooperativa, indicando caminhos para aprimoramentos e fortalecimento dos projetos inovadores.
Adotar um conjunto de métricas adequado aos objetivos da cooperativa é uma maneira de fortalecer a cultura data driven de gestão e tomada de decisão. Fugir do achismo e empregar dados concretos é a forma mais eficaz de lidar com os desafios do mercado na era digital.
Para saber como dar os primeiros passos na direção de uma cooperativa data driven, confira o nosso artigo enumerando quatro passos para iniciar uma cultura de dados!
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