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<p>O desenvolvimento de projetos de inovação para cooperativas é fundamental para manter e ampliar a competitividade no cenário brasileiro e global. Entretanto, o investimento nesses projetos demanda recursos financeiros. Muitas vezes, organizações privadas hesitam em fazer tais investimentos por conta das incertezas associadas aos resultados desses projetos, sobretudo quando se referem a inovações tecnológicas em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).</p>

Destaques do Radar de Financiamento (maio de 2024)

Oportunidades de fomento em Inovação para coops brasileiras


O desenvolvimento de projetos de inovação para cooperativas é fundamental para manter e ampliar a competitividade no cenário brasileiro e global. Entretanto, o investimento nesses projetos demanda recursos financeiros. Muitas vezes, organizações privadas hesitam em fazer tais investimentos por conta das incertezas associadas aos resultados desses projetos, sobretudo quando se referem a inovações tecnológicas em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).

Felizmente, existem oportunidades oferecidas por atores do ecossistema de inovação brasileiro, especialmente aqueles vinculados ao governo. Esses atores propõem mecanismos de fomento para compartilhar os riscos relacionados a projetos de inovação.

Os principais mecanismos de fomento são:

Recursos reembolsáveis: Correspondem a financiamentos onde a organização recebe o recurso, mas precisa devolvê-lo posteriormente. Vale salientar que agências como FINEP e BNDES, que incentivam a inovação no Brasil, oferecem taxas de juros mais baixas e prazos maiores para pagamento em comparação com bancos comerciais.

Recursos não reembolsáveis: Se a organização tiver sua proposta aprovada, não precisa devolver esse recurso.

Incentivos fiscais: São benefícios concedidos pelo governo para incentivar setores ou atividades econômicas. Incluem isenções, deduções e compensações, entre outros, reduzindo a carga tributária de empresas que investem em P&D.

Destaques do Guia de Fomento do Sistema OCB (Inovação e ESG) para maio:

Inter-American Foundation - Programa de Doações para o Desenvolvimento da Comunidade:

Região: América Latina e Caribe

Setor: Não especificado

Tipo de Suporte: Recurso não reembolsável

Tipo de organização apoiada: Cooperativas e outras

Prazo para submissão da proposta: Fluxo Contínuo

Objetivos: O Fundo Interamericano de Desenvolvimento apoia soluções inovadoras e participativas que promovam prosperidade, empreendedorismo, segurança, inclusão e governança. O fundo financia projetos liderados por organizações da sociedade civil em comunidades vulneráveis na América Latina e no Caribe. Os projetos apoiados visam criar oportunidades econômicas, fortalecer o envolvimento cívico e melhorar a qualidade de vida, focando em resultados mensuráveis e sustentabilidade a longo prazo.

Valor máximo: 400.000,00 USD

% Apoiada: Não especificado, mas é necessário contrapartida seja financeira, ou econômica (bens e serviços)

Custo elegíveis: A IAF não financia propostas enviadas ou encaminhadas para atividades puramente religiosas, atividades exclusivamente de pesquisa, somente construção e equipamento, projetos assistencialistas de qualquer natureza, ou projetos associados a partidos políticos ou movimentos partidários.

Duração do Projeto: Não especificado

Link da chamada: https://www.iaf.gov/pt/solicite-fundos/

CHAMADA GIF – GLOBAL INNOVATION FUND

Região: Global

Setor: Não especificado

Tipo de Suporte: Recurso não reembolsável

Tipo de organização apoiada: Cooperativas e outras

Prazo para submissão da proposta: Fluxo Contínuo

Objetivos O Global Innovation Fund (GIF) busca identificar e financiar inovações de impacto que melhorem a vida de milhões de pessoas que vivem na pobreza, oferecendo suporte a soluções inovadoras que abordam problemas de desenvolvimento de forma eficaz. O foco está em apoiar abordagens escaláveis e sustentáveis, lideradas por equipes dinâmicas, que tragam melhorias tangíveis em setores variados, priorizando evidências de impacto, escalabilidade e benefícios para populações vulneráveis.

Valor máximo: Até $ 15 milhões – USD.

% Apoiada: Não especificado, mas é necessário contrapartida seja financeira, ou econômica (bens e serviços)

Custo elegíveis: O GIF apoia inovações desde o estágio inicial até a implementação em larga escala, visando escalar para milhões de pessoas. Utiliza-se uma abordagem de financiamento por etapas, gerenciando riscos sensatamente. Os estágios são: Pilot (até $230,000) para testar viabilidade; Test & Transition (até $2.3M) para inovações com evidências de sucesso; e Scale (até $15M) para inovações prontas para expansão em larga escala.

Duração do Projeto: Não especificado

Link da chamada: https://www.globalinnovation.fund/


Para maiores detalhes, não deixe de acessar o Radar: https://inova.coop.br/radar-inovacao

<p>Reunindo diversos serviços em uma única plataforma, os <em>superapps</em> estão ganhando força. Conheça mais sobre essa tendência!</p>

Superapps: o que são e por que as cooperativas deveriam apostar neles

Ao reunir diversas soluções em uma plataforma, superapps entregam conveniência e viram tendência


Os aplicativos são inescapáveis na vida digital moderna. Mensageiros, redes sociais, serviços bancários, compras, música, serviços, atendimento e muito mais: os apps ocupam uma fatia considerável do tempo no nosso dia a dia. Se no geral ainda usamos aplicativos separados para cada função, os superapps estão mudando um pouco dessa lógica.

Os aplicativos disputam um bem muito precioso e escasso: o tempo dos usuários. Diante disso, muitos aplicativos estão ampliando o portfólio de utilidades para fornecer conveniência e soluções dentro de um mesmo ecossistema. Pra que ter vários apps instalados se um já resolve várias coisas?

Essa é a premissa por trás dos superapps, que já vem passando por um processo de amadurecimento e consolidação. Conseguir consolidar um superapp, no entanto, está longe de ser uma tarefa fácil.

Neste artigo, vamos entender mais a fundo o que são os superapps, descobrir quais são os seus diferenciais, conhecer o ambiente de superapps no Brasil e discutir o potencial desse tipo de aplicativo para o cooperativismo. Aproveite a leitura!

O que são os superapps

Um superapp é um aplicativo que centraliza uma série de serviços e informações em uma mesma plataforma, a fim de manter o usuário dentro desse ecossistema. Além disso, quanto mais recursos uma mesma plataforma fornecer, maior é a comodidade para o usuário e a fidelidade com a marca.

Na prática, um superapp proporciona que usuários tenham acesso a uma miríade de ferramentas e miniapps dentro de uma mesma plataforma. Cada funcionalidade pode operar de forma independente ou de maneira conjunta, criando uma interação. Em um aplicativo bancário que proporciona um marketplace, por exemplo, e usa os serviços do app para facilitar o pagamento de uma compra.

A consultoria Gartner compara os superapps com canivetes suíços. Eles fazem sentido principalmente com as gerações mais jovens, que têm o celular como experiência primária para acessar os mais variados serviços. A Gartner estima que, até 2027, mais de 50% da população mundial será usuária de superapps.

O que diferencia os superapps dos aplicativos convencionais é justamente a variedade. Apesar de ter um carro-chefe para conquistar o público - como serviços de mensagem instantânea ou compras - um superapp oferece muito mais coisas. Já um aplicativo comum tem uma finalidade restrita a uma determinada função ou serviço.

Origens dos superapps

A ideia dos superapps surgiu e floresceu sobretudo no mercado asiático graças a apps como os chineses WeChat, da Tencent, e o Alipay, do Alibaba. O WeChat começou como um aplicativo de mensagens. Devido ao sucesso e ao crescimento da base de usuários, ele também adicionou serviços de pagamentos e passou a hospedar um marketplace.

O MIT Sloan Management Review avalia que os superapps encontraram um contexto favorável na China graças a fatores como:

• Enorme base de clientes à disposição

• Ampla gama de serviços disponíveis

• Acesso recorrente aos aplicativos

Tais fatores ganham o impulso dos dados, a fim de tornar a experiência dos superapps ainda mais conveniente e personalizada. A ausência de big techs ocidentais, como o Facebook e o Google, também contribuiu para que os serviços locais precisassem ampliar o portfólio de serviços em seus aplicativos, incorporando outras funcionalidades.

Vantagens: por que almejar um superapp?

Não é por acaso que os superapps se tornaram um sucesso no mercado asiático e, agora, estão ganhando espaço no mundo todo. Eles representam uma série de benefícios para os usuários assim como para as plataformas.

Ao conseguir estabelecer um superapp, uma plataforma se aproxima ainda mais dos seus clientes, aumentando a fidelização e a conveniência da experiência oferecida. Isso resulta em retenção de clientes, reconhecimento de marca, ampliação da receita e diversificação do portfólio.

Os dados, tão valiosos na economia digital, também justificam os superapps. Quando uma plataforma consegue coletar informações mais diversificadas sobre os hábitos digitais e de consumo, também consegue traçar perfis mais complexos e individualizados de seu público. Na era da hiperpersonalização, quanto mais dados, melhor.

Já para os clientes, um bom superapp é sinônimo de facilidade e conveniência. Afinal, é muito mais fácil lidar com uma única plataforma para fazer diversas tarefas do que ficar migrando entre vários aplicativos no decorrer do dia. A integração entre as funcionalidades também conta pontos para os usuários.

Desafios para os superapps

Apesar de ser tão atrativo, desenvolver um superapp é bastante difícil - e consolidá-lo é ainda mais complexo. Primeiro de tudo, um superapp precisa de escalabilidade. É necessário construir uma base sólida e bastante grande de usuários para que um superapp faça sentido.

Uma outra questão é a forma como as novas funcionalidades são adicionadas ao aplicativo. As novas funcionalidades serão acrescentadas somente pelo desenvolvedor da plataforma diretamente, a partir de seu portfólio de produtos e serviços? Haverá uma busca por parcerias para ampliar as opções? Ou até mesmo um ecossistema em que terceiros podem disponibilizar serviços por meio de um superapp já estabelecido?

Todos esses fatores somados criam um grande desafio comercial e tecnológico para que um superapp consiga, de fato, se destacar. Manter todos os sistemas funcionando dentro de uma plataforma também é algo que precisa ser levado em consideração.

Superapps no Brasil

Por questões culturais e econômicas, não há nenhum superapp brasileiro no mesmo escopo de um WeChat. Contudo, diversas plataformas já estão de olho no amadurecimento desse mercado, a fim de oferecer novas soluções para sua base de usuários em seus apps.

O WhatsApp, por exemplo, é, de longe, o aplicativo de mensagens instantâneas mais popular do país. O serviço da Meta já deu diversos passos rumo à diversificação de suas atividades, proporcionando uma ferramenta de pagamentos digitais, comunidades temáticas e novas funcionalidades para a relação entre negócios e clientes.

Em termos de ecossistema, o maior exemplo de superapp é o Magalu, da rede varejista Magazine Luiza. Além de servir como plataforma de compras, o aplicativo proporciona uma gama de serviços como conta digital, marketplaces, cursos e conteúdos diversos que existem dentro do ecossistema de negócios da companhia.

Há, ainda, o caso do banco Inter, uma fintech que além de oferecer seus serviços financeiros, também disponibiliza serviços de viagens, marketplace, seguros e delivery, a fim de tornar o app mais atrativo.

Superapps no cooperativismo

Os superapps ainda não são tão comuns porque surgem a partir da comunhão de elementos como popularidade, base de usuários, escalabilidade e interesse pela diversificação. Dessa forma, criar um superapp faz sentido em situações específicas tanto por parte da oferta quanto da demanda.

Dentro do cooperativismo, a diversificação do portfólio de serviços em um aplicativo pode ser interessante para coops com uma boa base de cooperados que contam com soluções digitais maduras. Os grandes sistemas de crédito cooperativo, por exemplo, podem aproveitar a escala para centralizar serviços e soluções.

É o caso do Sicoob que, ao fim de 2023, lançou uma nova versão seu superapp que reúne todo o ecossistema digital em uma única plataforma. Ao disponibilizar soluções diversas em uma única plataforma, o Sicoob reduz a fricção no relacionamento com os cooperados e amplia a oferta de funcionalidades com fácil acesso.

Ademais, é possível absorver algumas lógicas por trás do sucesso dos superapps em uma escala menor. O iCoop, da cooperativa agropecuária mineira Coocafé, opera como uma plataforma digital com inúmeras funcionalidades para os produtores cooperados, como assinaturas de duplicatas, ferramentas de gestão da lavoura, pagamentos, capacitações técnicas e acesso a eventos.

Conclusão

Muitos serviços estão, aos poucos, caminhando na direção dos superapps. O futuro caminha para um cenário de aplicativos com variedade e oferta de serviços diversos, apostando na conveniência e centralização de soluções em uma mesma plataforma.

Esse cenário surge como uma possibilidade para as cooperativas que possuem uma base ampla e sólida de cooperados. Elas podem usar seus aplicativos a fim de trazer os cooperados para ainda mais perto, criando um ecossistema digital cooperativista que abre espaço até mesmo para a intercooperação.

O amadurecimento dos superapps é um processo intimamente ligado à aceleração da transformação digital. Para ficar por dentro das grandes mudanças em curso, confira também o nosso e-book que explora as principais tendências tecnológicas que prometem afetar os negócios!

<p>Definir as etapas da jornada de inovação organiza e potencializa iniciativas inovadoras das cooperativas. Saiba mais!</p>

Descubra o caminho para a jornada de inovação nas cooperativas

Estabelecer processos é uma forma de tornar a inovação mais eficaz e duradoura. Saiba como funciona passo a passo!


A inovação é um processo. Afinal, ideias inovadoras não nascem prontas. Da mesma forma, uma cultura de inovação não amadurece de uma hora para outra. Para que as cooperativas possam liderar projetos inovadores de sucesso, há todo um processo necessário. Essa é a jornada de inovação.

Além disso, a criatividade por si só não basta. Para que a inovação aconteça de fato, é importante que as cooperativas saibam como tirar as boas ideias do papel. As etapas da jornada de inovação proporcionam um caminho para que iniciativas inovadoras possam prosperar.

Dados de um estudo da Sambatech mostram que quase metade dos negócios brasileiros estão praticando uma estratégia de transformação digital e outros 30% estão em fase de planejamento. Nesse cenário, quem não tiver uma jornada de inovação sólida e coesa corre o risco de ficar para trás.

Neste artigo, vamos conhecer as etapas da jornada de inovação, ver como trazê-la para dentro das cooperativas e conhecer dicas e boas práticas a fim de tornar o cooperativismo ainda mais inovador. Aproveite a leitura!

Os passos da jornada de inovação

Em qual estágio a sua cooperativa está na jornada de inovação? A inovação já está integrada na cultura e nos processos? Há, ao menos, o planejamento para estruturá-la?

Ter clareza sobre o contexto do negócio e conhecer suas forças e fraquezas é a melhor maneira de dar início ou aprimorar a jornada de inovação na sua cooperativa. Essas avaliações ajudam a entender melhor não só o ambiente de negócios, mas também quais passos dar rumo à inovação.

Confira, então, seis etapas da jornada de inovação. 

1. Identificar necessidades e oportunidades

A inovação é uma forma de agregar valor e ganhar competitividade. Diante disso, o primeiro grande desafio da jornada de inovação é identificar os alvos da inovação dentro das características e objetivos da cooperativa. Tudo começa, portanto, com um diagnóstico das necessidades e oportunidades do negócio.

Para isso, é importante fazer uma avaliação interna e uma análise de mercado, a fim de entender quais são as demandas internas previstas em planejamento, assim como as movimentações de mercado. Esse processo ajuda a visualizar a fragilidade e os diferenciais da sua cooperativa.

Também fique com o radar ligado para captar as principais tendências de mercado e de tecnologia que podem ser relevantes para a coop. Essa é uma maneira de manter a instituição moderna e se antecipar perante a concorrência. Confira, por exemplo, as tendências que separamos para acompanhar em 2024!

2. Estimular a criatividade

Sem criatividade, não existe jornada de inovação. Todo projeto inovador nasce a partir de uma ideia. Com isso em mente, a jornada de inovação passa pelo estímulo à criatividade e ao intraempreendedorismo.

Aproveitar o potencial criativo dos cooperados e colaboradores é mais um desafio dessa jornada. Dois métodos para obter novas ideias aproveitando o conhecimento e o engajamento que já existe na cooperativa são:

Brainstorm: uma ótima maneira de buscar saídas para lidar com um problema específico que precisa ser solucionado. É um ambiente para propor ideias sem inibição. Essas ideias vão se complementando, inspirando outras pessoas e sendo melhoradas pelo grupo participante em uma construção coletiva da inovação. Confira nosso guia prático sobre brainstorming!

Programa de ideias: organizar uma iniciativa estruturada para a sugestão de ideias que envolva a premiação e o reconhecimento de quem tiver um projeto implementado é uma forma de instigar a criatividade e criar um ambiente corporativo favorável à inovação. Use o programa de ideias da Lar como inspiração!

3. Estabeleça a governança

Agora, é hora de desenvolver as ideias obtidas. Para isso, é fundamental contar com uma estrutura bem desenhada a fim de estabelecer um processo coeso, transparente e metódico. A jornada de inovação precisa ser organizada e bem governada, afinal de contas.

Então é importante que haja uma governança para a inovação por meio da realização de práticas de gestão da inovação, escolha de metodologias para otimizar processos e a definição de lideranças para administrar, tomar decisões e assumir a responsabilidade pela execução de um projeto inovador. 

Definir um orçamento, apontar a liderança, atribuir papéis a todas as pessoas envolvidas no projeto e escolher métricas de acompanhamento são maneiras de fazer a governança da inovação.

4. Buscar parcerias

Muitas vezes, a cooperativa não vai conseguir tocar um projeto de inovação sozinha, desenvolvendo tudo internamente. Isso se deve a uma série de fatores como falta de profissionais especializados, verba insuficiente, escala e tamanho das equipes, por exemplo.

Em cenários como esse, buscar parcerias se apresenta como uma alternativa para dar seguimento às inovações. Uma opção interessante em situações como essa é a intercooperação.

Unindo forças, duas cooperativas têm mais força para superar uma dor em comum, como o superarpp da Seguros Unimed que foi desenvolvido por uma parceria da Unimed Vitória com a Unimed BH. Ainda é possível que uma cooperativa atue como fornecedora para outra, como a Expocaccer, que usa um aplicativo da Coopersystem para realizar assembleias digitais.

Projetos de inovação aberta também se destacam como formas de fazer parcerias em prol da inovação. A conexão com startups rende bons frutos ao cooperativismo, que se moderniza com agilidade. É o que acontece com a Vinícola Aurora e a startup Jahde, por exemplo.

5. Faça testes e cometa erros

O erro faz parte da jornada de inovação, isso é inevitável. É muito improvável que uma ideia já nasça perfeita. O erro serve para aprender e melhorar não só o projeto que está sendo desenvolvido, mas também a jornada de inovação como um todo.

Na prática, o erro é um componente do sucesso. Por esse motivo, toda jornada de inovação precisa ter uma margem para o erro. No entanto, existe, sim, um jeito certo de errar. Primeiro, é preciso saber analisar os fracassos, entender os motivos de algo dar errado e absorver esse aprendizado.

Além disso, a hora certa de errar é o quanto antes. Falhar logo significa deixar de perder tempo e desperdiçar recursos. Essa é a ideia por trás da metodologia fail fast, succeed faster (falhe rápido, tenha sucesso ainda mais rápido) - e o InovaCoop tem um curso sobre isso.

6. Acompanhamento e aprimoramento

Depois de lançar algum projeto inovador, seja ele um produto, serviço, método de gestão, prática interna ou qualquer outra maneira de inovar, siga com o acompanhamento e o aprimoramento.

Para isso, mensure os resultados obtidos e utilize os dados e feedbacks a fim de aplicar as melhorias necessárias. Por fim, caso algum projeto não dê os resultados esperados, volte ao início da jornada. Como dissemos, o erro faz parte e não é possível prever tudo. O importante é ter margem para errar e não deixar que uma falha abale a cultura de inovação. 

Dicas e boas práticas durante a jornada de inovação

• Não se apegue demais a uma ideia: o foco deve ser o problema que precisa ser solucionado. Se houver uma paixão muito grande por uma ideia específica, perde-se tempo e verba tentando fazer com que ela funcione, sendo que, talvez, ela não é uma ideia tão boa quanto parece.

Foco na entrega de valor: o foco da inovação precisa ser a capacidade de uma ideia gerar valor para a cooperativa, seus cooperados e clientes. A inovação não é um fim em si mesma, afinal. O importante é entregar algo capaz de agregar valor e competitividade ao negócio.

Perfeccionismo é seu inimigo: não tente encontrar uma ideia que é perfeita desde a concepção nem ache que a jornada de inovação não terá atritos. Esperar que uma iniciativa de inovação pareça ideal antes de começar os testes e a experimentação é um erro.

• Tenha a mente aberta: muitas vezes, a inovação vai fugir do que parece óbvio. Inovar significa ampliar os horizontes, estar aberto ao novo e desafiar crenças estabelecidas. Boas ideias podem surgir em qualquer lugar.

Conclusão: trazendo a jornada de inovação para a cooperativa

A jornada de inovação começa com a elaboração de um planejamento estratégico que contemple a inovação e estabeleça os objetivos almejados. Dessa forma, as ideias e projetos inovadores têm um norte para seguir.

Construir uma cultura de inovação sólida também é essencial. A inovação tem que ser constante e sistemática para apresentar resultados. Nesse cenário, a jornada de inovação é como um roteiro para canalizar a cultura inovadora. Os líderes também cumprem um papel central para que as etapas tenham sucesso.

Para saber mais sobre como estabelecer uma jornada de inovação na sua cooperativa, confira o nosso e-book que se aprofunda na gestão de inovação no cooperativismo. Conheça os caminhos para tornar a sua coop num terreno fértil tanto para o surgimento quanto para a consolidação de boas ideias.

<p>Uma cooperativa inovadora começa com líderes inovadores. Veja, então, maneiras de promover a liderança para a inovação!</p>

10 formas de desenvolver e incentivar a liderança para a inovação

A liderança ocupa um papel central na estratégia de inovação das cooperativas. No entanto, nem sempre os líderes estão cumprindo essa função. A falta de liderança para a inovação, portanto, representa uma grande fragilidade para os negócios.

Segundo a Tendências de Gestão de Pessoas 2023 da GPTW, a falta de uma mentalidade inovadora por parte dos líderes é o principal empecilho para a inovação nas organizações, afinal.

Diante desse cenário, as cooperativas precisam encontrar caminhos para incentivar a liderança inovadora. O líder moderno deve fomentar novas ideias e difundir a visão de futuro em sua equipe. Inovar é gerar valor, antecipar tendências e adequar a organização ao ambiente de negócios.

Neste artigo, você vai conhecer 10 maneiras de desenvolver a liderança para a inovação e, com isso, fortalecer a sua cooperativa. Aproveite a leitura!

10 formas de desenvolver lideranças inovadoras

Já que a liderança para a inovação é tão importante para a competitividade e a perenização das cooperativas, confira os caminhos para desenvolvê-la!

1. Estabeleça o papel do líder para a inovação

Para exercer a liderança inovadora, um líder precisa conhecer o seu papel e entender as suas atribuições dentro da estratégia da cooperativa. Diante desse planejamento, compreenda quais são as prioridades da organização a fim de conduzir a sua equipe aos rumos adequados de inovação.

Liderar, afinal, é uma tarefa que pode ser feita de diversas formas. Na sua cooperativa, qual é o papel do líder? Facilitar equipes, obter recursos para novos projetos, convencer a direção sobre as sugestões de inovação, resolver problemas inerentes ao negócio, desenvolver produtos…

Ao ter clareza no seu papel dentro da estratégia da cooperativa, será muito mais fácil definir os caminhos da inovação na sua equipe e, com isso, gerar valor para a instituição. Também tenha isso em mente ao selecionar e formar novos líderes.

2. Exercite a ambidestria organizacional

A liderança para a inovação precisa ter uma visão ampla dos negócios de forma a resolver problemas do presente e antecipar as demandas do futuro. Essa é justamente a ideia por trás da ambidestria organizacional.

Ao comparar 35 iniciativas, um estudo publicado pela Harvard Business Review descobriu que 90% das organizações que usam estrutura ambidestra alcançaram seus objetivos estratégicos. No entanto, apenas 25% das organizações que usam outro tipo de estrutura alcançaram os resultados almejados.

Por um lado, é muito fácil ficar perdido nas demandas do dia a dia e deixar o futuro para depois. Por outro, não adianta focar demais no amanhã sem construir hoje a base de sustentação para dar suporte às grandes mudanças no longo prazo.

Seja ambidestro e amplie os horizontes de sua equipe, mas sem nunca deixar de melhorar a todo momento. Veja também nosso e-book sobre o tema!

3. Aprenda continuamente

Um líder inovador não pode ficar parado no tempo. Em meio a um mundo de transformações tão velozes, é necessário aprender a todo momento. Acompanhe as novidades relevantes para o seu setor, aprenda novas habilidades e siga adquirindo conhecimentos. Tudo isso será matéria-prima para a inovação.

Tecnologias, metodologias e ferramentas de gestão surgem a todo momento. Diante disso, seguir a cultura lifelong learning é essencial para a efetividade da liderança para a inovação.

Além disso, promova o aprendizado contínuo em sua equipe. Forneça ferramentas para que seus colaboradores possam estudar e aprender. Equipes mais qualificadas e atualizadas são, também, mais inovadoras.

4. Fique atento às tendências

Ao se manter por dentro das tendências, você vai visualizar os caminhos que o mercado está seguindo, conhecer os avanços tecnológicos e ter uma visão ampla de inovação. Assim sendo, a assertividade para iniciar projetos, adotar ferramentas e absorver métodos será maior.

Periodicamente, reserve algum tempo para ficar por dentro das novidades oportunas ao segmento de atuação da sua cooperativa e ao setor que você lidera. Mantenha seu radar ligado para identificar e antecipar as tendências.

E como acompanhá-las, então? Há diversas maneiras de ficar por dentro das novidades - e você pode conhecê-las clicando aqui.

5. Monte equipes diversas e inclusivas

A inovação surge a partir de diferentes ideias e perspectivas de mundo. A coexistência de diferentes valores, culturas, etnias, religiões, raças, gênero, orientação sexual, status socioeconômico, idade e habilidades, por exemplo, funciona como combustível para o nascimento de novas ideias.

O fato de existirem pessoas com culturas, hábitos e origens diferentes faz com que existam percepções variadas sobre a vida, o trabalho, o ensino - sobre tudo, na verdade. Essa variedade nas visões de mundo enriquece as equipes e dá origem a ideias mais sólidas e criativas.

Promova a diversidade e a inclusão em sua equipe, portanto. De que adianta comandar somente pessoas que pensam igual a você? Ao formar novos líderes, também leve isso em conta. Veja o poder da liderança feminina no cooperativismo e se inspire!

6. Fortaleça valores, princípios e objetivos da cooperativa

O líder é o elo que conecta os colaboradores aos valores, princípios e objetivos da cooperativa. Tenha clareza sobre a visão de negócio da organização a fim de incorporá-la na sua estratégia de inovação.

Guie seu time em um trajeto de inovação que esteja de acordo com os valores da cooperativa e seja o exemplo de respeito e valorização desses valores. O pensamento de todos precisa estar alinhado. Promova o sentimento de pertencimento e valorização.

7. Cultive talentos

Busque ferramentas para conhecer a fundo as forças e vulnerabilidades da equipe como um todo e as características de cada colaborador. A partir disso, cultive seus talentos. Entenda os objetivos e diferenciais das pessoas a fim de conduzi-las a um processo de melhoria contínua.

Para tanto, não se limite às habilidades acadêmicas e conhecimentos técnicos. Entenda o que motiva cada colaborador, avalie suas capacidades interpessoais e aptidões. Depois disso, é hora de potencializar os pontos fortes e trabalhar os pontos fracos.

É preciso orientar e inspirar as pessoas para que elas cresçam e, com isso, ajudem a cooperativa a inovar. Identifique perfis para novos líderes e seja um mentor dessa transformação.

8. Dê espaço para novas ideias e projetos

Uma das principais armadilhas contra a inovação é gastar todo o tempo resolvendo as questões imediatas. Como é possível inovar se não há tempo para refletir, dar asas à imaginação, desenvolver conceitos e aprimorá-los?

O Google, por exemplo, disponibiliza tempo para que seus colaboradores desenvolvam novas ideias. Nessa divisão, funcionários técnicos devem dedicar 80% para realizar suas tarefas. Já nos 20% restantes eles podem trabalhar em projetos de seu interesse. Muitas inovações do Google foram criadas a partir desse processo. O cotidiano pode sufocar a criatividade, não deixe isso acontecer.

Tenha uma margem de recursos (pessoas, tempo e dinheiro, por exemplo) para tentar criar coisas novas e arriscadas. Nem sempre uma ideia de inovação vai dar certo, mas mesmo quando falha, ela gera aprendizados relevantes.

9. Tenha capacidade de comunicar e persuadir

Para liderar, é importante saber se comunicar. Isto é: repassar ideias, objetivos e instruções com efetividade. A comunicação também é responsável pela transmissão de valores. É assim que um líder conquista a confiança de seus liderados.

Ser um bom líder significa ser, também, um bom comunicador. Entenda as diferentes maneiras de conversar e convencer a sua equipe. Transmita confiança nas interações para engajar a equipe e conquistar a dedicação nos projetos de inovação.

Uma ótima forma de potencializar a capacidade de persuasão é usar técnicas de storytelling. Dê uma olhada no curso do InovaCoop sobre o tema e aprenda a contar histórias a fim de exercer a liderança para a inovação!

10. Assuma riscos controlados e aprender com erros

Disponha-se a assumir riscos calculados. A inovação, afinal de contas, é incerta. Desse modo, o erro é inerente ao processo de experimentação. Conheça o limite da sua equipe e arrisque dentro dele. O erro é inevitável dentro da cultura de inovação. O importante é errar logo.

Iniciativas que não dão certo também são ótimas fontes de aprendizado. Quando uma ideia não funcionar, analise e tente entender o motivo disso. O erro foi na ideia ou no processo de implementação? O que influenciou nesse resultado? Leve essas lições em conta em projetos futuros. E também confira nosso curso sobre a Metodologia Fail Fast!

Conclusão: exercendo a liderança para inovação

Para ser um líder inovador, é necessário ter uma mentalidade voltada para a inovação. É recomendável que um líder inovador e disruptivo seja capaz de:

Dar o exemplo: um líder que não se dedica também não inspira confiança. É importante dar duro, reconhecer erros e demonstrar profissionalismo.

Ser otimista: é preciso visualizar o futuro e passar adiante a visão do quão bom será quando todo o time atingir os objetivos.

Ser seguro: ter segurança e saber disseminá-la para o time é essencial, sobretudo em tempos de crise ou mudanças nos processos.

Ter autoridade: o líder inovador tem a responsabilidade de orientar e motivar o time para que, juntos, alcancem um objetivo em comum. Autoridade não é autoritarismo.

Ser sincero: a sinceridade é uma grande aliada da empatia na hora de apontar falhas e discutir assuntos desconfortáveis com a equipe.

A liderança inovadora de Steve Jobs é a grande responsável pela Apple ser, hoje, uma grande referência mundial em inovação. Nem sempre foi assim. Quando Jobs assumiu a companhia, ele alterou a estrutura de gestão e criou um novo perfil para os líderes, privilegiando uma cultura de experts, imersão em detalhes e abertura para o debate.

A nova maneira de organizar a liderança e explodiu a capacidade de inovar dentro da Apple resistiu ao crescimento da companhia, mas sem perder os princípios estabelecidos por Jobs responsáveis por isso.

Para saber mais sobre liderança inovadora, confira também o guia prático que produzimos sobre o tema!

<p>A função dos líderes está mudando. A liderança na inovação guia processos e imprime novas ideias à estratégia das cooperativas. </p>

O papel da liderança na inovação: como um líder se torna inovador?

Para fomentar a inovação, é necessário gerir pessoas e dominar processos


O papel de um líder é guiar as cooperativas com destino aos objetivos estratégicos e à saúde do negócio. Dentro desse cenário, ser uma organização inovadora é essencial para crescer, manter a relevância e perenizar. O papel da liderança na inovação, portanto, deve ser de protagonismo.

Inovar não é um luxo, mas sim uma necessidade das cooperativas que almejam prosperar na nova economia diante das diversas mudanças tecnológicas, econômicas e sociais. Dessa forma, a liderança na inovação é central para a construção de cooperativas modernas.

Estimular uma cultura corporativa voltada para a inovação é, afinal de contas, responsabilidade da liderança. Lidar com isso, por si só, é um grande desafio que não pode ser deixado de lado. Sem a dedicação dos líderes, a inovação não encontra espaço, não há estímulo para novas ideias e o risco de cair no marasmo, assim como o de ficar para trás da concorrência, só cresce.

Já que há tanto valor da atuação da liderança na inovação, este artigo irá mostrar o que se espera de um líder moderno, quais são as habilidades de uma liderança inovadora e como aplicar a governança na inovação. Aproveite a leitura!

O novo papel da liderança na inovação

A função do líder muda com o passar do tempo. O exercício da autoridade dá lugar à mediação e ao estímulo às equipes. O papel da liderança na inovação é, cada vez mais, potencializar a mentalidade empreendedora dentro das cooperativas.

A cultura organizacional voltada à inovação não surge do vácuo. Ela precisa, isso sim, ser construída aos poucos, com solidez e incentivos à mentalidade empreendedora. O relatório Tendências de Gestão de Pessoas 2023 da GPTW revela que a mentalidade da liderança permanece a mais apontada como principal empecilho para a inovação nas organizações.

Quando há falta de uma mentalidade empreendedora na liderança, a inovação não consegue prosperar dentro da cooperativa. “É natural e do instinto humano a lei do mínimo esforço, e tendemos a seguir sempre o status quo. Inovação dá trabalho e requer esforço. Por isso, é preciso sempre capacitar as lideranças mostrando as vantagens e benefícios da inovação para que possam fazer esse movimento antinatural com mais frequência”, diz Cauê Oliveira, CEO da Youleader, que faz parte do ecossistema GPTW.

Dessa forma, portanto, a liderança precisa acender a faísca da inovação e seguir trabalhando para manter esse fogo aceso. Nada disso é possível sem a consolidação de uma mentalidade empreendedora. Nesse cenário, os gestores precisam dar o exemplo e proporcionar um ambiente receptivo às novas ideias e sem medo de mudanças.

Fomento ao intraempreendedorismo

Mais do que gerir suas demandas, um líder precisa atuar em prol do desenvolvimento de pessoas. Dessa forma, o gestor é responsável por criar contextos capazes de potencializar as competências de suas equipes, a fim de tirar as pessoas de suas zonas de conforto, engajá-las e motivá-las.

No quesito inovação, então, estimular o intraempreendedorismo significa extrair boas ideias dessas pessoas que estão envolvidas todos os dias com a operação e os desafios enfrentados pela cooperativa. Por esse motivo, elas têm a capacidade de enxergar soluções e oportunidades de inovação.

Nesse sentido, o líder deve ser um facilitador ao intraempreendedorismo, extraindo e estimulando e dando espaço para novas ideias que surgem dentro das equipes. Diversas iniciativas de sucesso surgiram assim. Em nossos cases de inovação, por exemplo, contamos como a nova linha de refeições prontas da Aurora Coop surgiu do intraempreendedorismo.

As habilidades de um líder inovador

A partir dessas mudanças no papel da liderança na inovação, uma série de novas habilidades passaram a ser essenciais para os líderes que almejam guiar suas cooperativas em uma jornada inovadora de sucesso.

Habilidades interpessoais e voltadas ao lado humano estão no centro do desenvolvimento de um líder inovador moderno. Selecionamos algumas das soft skills mais importantes para a liderança na inovação:

Empatia

Para engajar as pessoas em prol da inovação, um líder precisa ser capaz de se colocar no lugar do outro e entender as diferentes perspectivas de mundo contidas em uma equipe diversa. A empatia precisa estar presente em todos os processos de inovação e não é diferente para quem lidera esse processo.

A empatia impulsiona a facilitação para a inovação, amplia a visão de mundo do gestor e faz com que ele entenda melhor tanto a sua equipe quanto os seus clientes. A partir de então, é possível praticar técnicas de incentivo à inovação adequadas a cada situação e para os colaboradores. Veja aqui como fazer o mapa de empatia!

Ambidestria

Um outro grande desafio da liderança na inovação é conseguir equilibrar a pressão por resultados imediatos e iniciativas inovadoras com foco no futuro. Em meio a essas duas demandas brigando por sua atenção, um líder precisa ser ambidestro. Isto é: projetar o futuro, mas sem abrir mão das melhorias incrementais de impacto imediato.

Nesse contexto, o gestor tem que encontrar saídas para que sua equipe não seja sugada pelas obrigações cotidianas. A inovação precisa de tempo, dedicação e recursos. É função do líder proporcionar isso. É o que faz, por exemplo, o Google, ao disponibilizar tempo para que seus funcionários possam se dedicar a projetos alheios às suas obrigações. 

Comunicação

Para que seja respeitado e tenha sua visão acolhida pelas pessoas, um líder precisa se comunicar bem, com clareza e assertividade. A comunicação é central para a efetividade de um trabalho em equipe em que todos entendam bem a sua função e consigam expressar suas ideias.

Dessa maneira, um líder que consegue incentivar a comunicação em sua equipe gera mais conexões entre pontos de vista, aproxima vivências e, consequentemente, obtém inovações mais sólidas. Entendendo o quão essencial é essa habilidade para a liderança na inovação, o CapacitaCoop preparou um curso de Comunicação Assertiva.

Resolução de conflitos

A comunicação eficaz também contribui para a mediação de conflitos. Evitar mal-entendidos e brigas faz com que as equipes fiquem mais unidas e, com isso, colaborem na busca por soluções inovadoras.

Debates devem ser fomentados, mas com respeito entre todos. A liderança deve prezar pela convivência pacífica, o que evita perdas de tempo e mantém as equipes focadas na busca por ideias inovadoras.

Feedback

Cabe à liderança na inovação identificar as forças e as fraquezas de seu time, tanto em caráter coletivo quanto no âmbito individual. Esse diagnóstico contribui para entender os elementos que freiam a inovação e, com isso, o líder pode buscar soluções para suprir lacunas e traçar planos de evolução para os colaboradores.

Quando tem a confiança das pessoas, portanto, a liderança inovadora pode indicar como os colaboradores podem evoluir e corrigir seus erros. Além disso, feedbacks positivos aumentam a moral e a confiança das pessoas.

Nessa mesma lógica, o líder também deve buscar feedbacks sobre si. Assim, ele pode aprender sobre como sua forma de liderar é avaliada tanto por sua equipe quanto por seus pares. O objetivo é entender onde é possível melhorar e em quais áreas é necessário aprender.

Aprendizado contínuo

O aprendizado, afinal de contas, não pode parar. Na era digital, tudo muda muito rápido e as exigências vão aumentando sem dar trégua. Para exercer uma liderança inovadora moderna e ágil, o líder precisa estar sempre atrás de atualizações e novos conhecimentos sobre inovação, gestão, tecnologias e outros temas que impactam diretamente sua cooperativa.

Um líder deve não só praticar o lifelong learning, mas também instigá-lo entre os colaboradores. Quanto mais conhecimento uma equipe possui, maior é o potencial para o surgimento de novas ideias. Além disso, essa é uma maneira de enxergar tendências e antecipá-las. Confira os cursos do InovaCoop para colocar o aprendizado contínuo em prática!

Mentoria

Em vez de somente ordenar, a liderança inovadora tem que atuar como um guia, proporcionando caminhos para que as equipes evoluam e contribuam para tornar a cooperativa mais inovadora. Assim sendo, o gestor deve ser um mentor que libera o potencial das pessoas com base no planejamento e nos princípios da organização.

Para isso, o gestor precisa ser um exemplo de liderança com inteligência emocional, capaz de aprender com suas experiências e compreender seus erros. Somando isso tudo, a liderança inovadora não só dá origem a novas ideias, como também gera novos líderes para o futuro.

Mente aberta

Liderar pessoas requer que o gestor amplie os seus horizontes e entenda que há uma ampla variedade de visões de mundo, personalidades, modos de agir, jeitos de pensar e formas de se expressar. Uma liderança inovadora é aquela que é receptiva a sugestões, mesmo que a princípio soem estranhas.

Um líder, nesse sentido, não deve se prender a dogmas e conclusões pré-estabelecidas. O questionamento gera insights, o contraditório cria ideias. Mexer com a ordem estabelecida incentiva a criatividade e dá origem à inovação.

Governança na inovação

A liderança inovadora também tem que ficar atenta à governança da inovação. Trata-se do caminho para dar consistência aos processos de inovação em meio a um cenário incerto e complexo marcado por transformações repentinas.

Esse contexto faz com que as decisões precisem considerar os riscos presentes ao mesmo tempo em que se alinham às estratégias do futuro. Essa inovação sustentada pela ambidestria, no entanto, não é simples. É aí que entra a governança, a fim de arquitetar os processos, delegar as responsabilidades e alocar recursos.

Para estruturar sua governança da inovação, as cooperativas solidificam duas premissas essenciais, explica a Ace Cortex:

• Heterogeneidade do negócio: é a análise de mercado sobre o ambiente de negócios e a concorrência, a fim de entender as peculiaridades da cooperativa. Caso o modelo de negócios seja mais específico e fechado, a estrutura será mais centralizada. Por outro lado, caso a coop atue em diversos segmentos, com vários produtos e serviços, a estrutura de inovação é mais difusa e com mais autonomia entre os setores.

Filosofia de gestão: a estratégia de inovação vai refletir a estrutura de gestão do negócio. Uma cooperativa com uma hierarquia rígida vai repetir esse modelo na hora de inovar. Já quando a cultura organizacional é mais fluída, os setores e gestores terão mais autonomia para implementar projetos de inovação. Transitar do primeiro modelo para o segundo demanda uma jornada de transformação cultural.

Estratégia e arquitetura para liderar a inovação

Para colocar a governança da inovação em prática, a liderança necessita entender a estratégia da cooperativa. A inovação, afinal, é uma ferramenta para alcançar objetivos, obter bons resultados nos negócios e causar impacto nas comunidades.

A partir de então, os líderes alocam equipes, pessoas e recursos em prol da inovação. Esse processo conta com três estruturas funcionais, que são: decisão, articulação e execução. A decisão cabe à alta administração. A articulação, por sua vez, é papel das lideranças capazes de influenciar, comunicar e gerir as pessoas que, enfim, executarão a inovação.

Tudo isso estando em conformidade, é hora de definir processos e caminhos que uma ideia deve percorrer começando pela idealização, passando por avaliações, feedbacks, testes, experimentações, aprimoramentos, definição de métricas e, se tudo der certo, execução da inovação.

Conclusão: criando liderança na inovação

A liderança inovadora está em falta. Uma cultura corporativa restritiva ainda muito disseminada desestimula a inovação ao privilegiar o controle e o comando como formas de gerir pessoas. Em sua coluna no site da revista Exame, a professora Glaucia Guarcaello, que leciona no Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral explica que:

“Um primeiro e importante grande passo é reconhecer que temos um problema sistêmico: não formamos ou incentivamos historicamente líderes com comportamentos a favor da inovação, apesar de cobrarmos que estes inovem. Precisamos permitir que estes líderes experimentem inovações na prática, arrisquem, busquem soluções alternativas e até mesmo transformacionais. Que entendam os fenômenos disruptivos e estejam presentes no ecossistema de inovação aberta”.

Nessa seara, a liderança na inovação é central para dar solidez à governança e unir a estratégia geral da cooperativa com a execução das práticas de inovação. O surgimento e a evolução de lideranças inovadoras se apresenta como algo pelo que as cooperativas devem prezar na busca por um futuro inovador.

A liderança inovadora é um tema prioritário aqui, no InovaCoop. Confira aqui a retrospectiva que reúne nossos diversos conteúdos sobre o tema em 2023!

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