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<p><em style="color: rgb(36, 36, 36);">Primeiro livro cooperativista sobre inovação, entrevistas e tendências de comunicação 4.0 estão entre os destaques desta edição</em></p>

Inovação em pauta na Revista Saber Cooperar

Primeiro livro cooperativista sobre inovação, entrevistas e tendências de comunicação 4.0 estão entre os destaques desta edição


A edição n° 36 da Saber Cooperar tem como tema principal a inovação, com destaque para a novidade que está prestes a ser lançada: o primeiro livro sobre inovação cooperativista! Trata-se de um guia didático que apresenta o tema, tira todas as dúvidas sobre o assunto e ainda ensina a implementar programas de inovação dentro de uma coop. A obra traz cases de inovação desenvolvidos por cooperativas brasileiras e artigos assinados por especialistas de renome no mercado, como Martha Gabriel. Leia a matéria aqui para conhecer um pouco mais.

Sabia que as cooperativas já estão a caminho do futuro? Quem afirma isso é Maurício Benvenutti, especialista em inovação que durante 10 anos foi sócio da XP Investimentos e hoje trabalha com startups no Vale do Silício — a Meca do mercado de inovação. Em entrevista exclusiva para a Saber Cooperar, ele fala sobre como os líderes do século XXI precisam entender tanto de pessoas como de negócios, os motivos para investimento e inovação e muito mais.

Além desses temas, esta edição também traz um novo olhar sobre a importância da relação entre cooperativas e startups, e como essa união pode acelerar a inovação no coop! A matéria destaca o programa InovaCoop Conexão com Startups, que busca as soluções criativas e ágeis das startups pra resolver os problemas enfrentados por cooperativas de todo o país.

E ainda tem mais: dicas sobre como inovar no cooperativismo, tendências de comunicação 4.0 e muito mais. Clique aqui e faça o download, para ter acesso a todo conteúdo.

<p>Conheça a metodologia que permite inovar no marketing da sua cooperativa</p>

Matemarketing: o que é e como colocá-lo em prática

Conheça a metodologia que permite inovar no marketing da sua cooperativa


Atrair clientes e parceiros sempre foi considerado um certo tipo de arte pelo mercado, pois envolve habilidades importantes para o time de marketing. Mas, em tempos de transformação digital, fica claro que essa missão também tem um pouco de ciência, já que os dados podem ajudar a prever, de forma precisa, o comportamento humano.

Ou seja, por meio da estatística e dos dados, é possível tomar decisões mais assertivas que trazem mais clientes e cooperados, e geram mais receita. No Brasil, o conceito inovador ganhou o sugestivo nome de matemarketing, devido ao poder que os números têm nessa forma de conquistar pessoas e inovar no marketing.

Assim, neste artigo você vai descobrir o que é matemarketing, entender como começar a aplicá-lo e conhecer quatro processos nos quais ele pode ser útil para a sua cooperativa. Boa leitura!

O que é matemarketing e sua relação com o Big Data

O conceito de matemarketing já existe há alguns anos, desde que a transformação digital começou a aparecer nas organizações. O conceito é o mais simples possível:

Matemarketing é a união de matemática e marketing, ou seja, o estudo de dados e estatísticas como ferramenta para a criação de estratégias de atração e conversão de clientes.

E se ao ler isso você pensou em Big Data, saiba que os conceitos têm tudo a ver entre si. Afinal, a análise de grandes volumes de dados é um dos recursos do enorme arsenal que compõe o matemarketing.

Mas o grande ponto de partida aqui é a importância do matemarketing para as organizações modernas. Segundo a Mckinsey, de março a agosto de 2020, um em cada cinco clientes trocou de marca e sete em cada dez testou novos canais de compras. O motivo? A pandemia do Covid-19.

Mas a maioria das organizações ainda não estava preparada para usar dados a fim de entender e aproveitar essa revolução do consumo. Então, voltaram a velhas táticas de marketing que se baseiam na divulgação em massa, sem resultados. Por outro lado, quem agiu rápido e usou os dados conseguiu ganhos de 10% nas vendas.

O que isso nos mostra? O mundo mudou. O consumo digital foi acelerado pela pandemia, e nunca foi tão importante usar os dados como fonte de informação para criar estratégias de vendas.

Como funciona o matemarketing na prática

O matemarketing é composto por 5 etapas. São elas:

1. Captação

A primeira etapa do matemarketing envolve a base de toda a estrutura, ou seja, a coleta de dados. Afinal, é a partir deles que sairão as estratégias de marketing e vendas focadas no comportamento do consumidor.

E não há como fazer uma boa captação de dados sem ferramentas adequadas e processos estruturados. Hoje em dia, isso envolve até a legislação, como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). Então, recomenda-se ter um profissional capacitado para cuidar disso.

2. Análise

Depois de coletar, é hora de separar os dados e analisá-los. Quando se fala em Big Data, essa análise é automatizada, pois o volume de informações é alto demais para qualquer pessoa processar por conta própria.

Apesar disso, aqui ainda não é o momento em que a equipe de marketing vai formar uma hipótese ou estratégia. Nessa etapa, o foco é apenas compilar e organizar os dados, para que fique mais fácil enxergar os padrões de comportamento escondidos neles.

É possível, por exemplo, organizar os dados por segmentações, colocar filtros que permitem avaliar os resultados por canais, períodos, campanhas, entre outros. Com os dados organizados, será mais simples identificar e analisar padrões comportamentais similares em cada segmento ou canal definido.

3. Insights

Depois de organizar todos os dados, é provável que a ferramenta de Business Intelligence (BI) já tenha formado dashboards e relatórios com as informações estatísticas mais relevantes. Muitas dessas ferramentas já são capazes de fazer recomendações precisas de forma automática, apenas com base nos padrões detectados.

Mas ainda é importante que os profissionais responsáveis analisem as informações e recomendações para ver se algum insight está fora do lugar ou se pode ser mais bem explorado.

Então, a equipe bate o martelo sobre quais serão os ajustes na estratégia de marketing e vendas, com base nos insights gerados pelos dados.

4. Ações

Seria um erro usar os dados só até a formulação da estratégia. É importante usá-los também para medir se o plano traçado vai funcionar e qual será seu nível de resultados. Por isso, o quarto passo é executar as ações que a equipe definiu e medir o progresso delas de forma clara.

Isso é importante tanto se o plano funcionar quanto se ele der errado. No primeiro cenário é possível descobrir onde melhorar, enquanto no segundo é preciso fazer uma avaliação mais profunda dos passos anteriores para descobrir qual foi o erro estratégico.

5. Otimização

O último passo é fazer os ajustes necessários para otimizar a estratégia que a equipe acabou de aplicar, e então fazer uma nova aplicação do plano. Assim, o matemarketing envolve a criação de um ciclo de melhoria contínua.

Dessa forma, a cooperativa evita o risco de estagnar em termos de inovação e resultados, ao mesmo tempo em que sempre tem validação de que a estratégia usada é a melhor para o momento.

Por onde começar a aplicar o matemarketing na sua cooperativa

Apesar de ser um conceito simples, há alguns passos importantes para começar a aplicar o matemarketing na sua cooperativa do jeito certo. Confira a seguir!

1. Conhecer o arsenal da análise de dados

O primeiro passo para iniciar na ciência do matemarketing é conhecer o grande arsenal que existe para analisar dados hoje em dia. Esse arsenal inclui as seguintes ferramentas:

  • Big Data: envolve processar, tratar e analisar grandes volumes de dados gerados a partir de diferentes fontes e usá-los na tomada de decisão.
  • Internet of Things (IoT): a Internet das Coisas é uma rede de conexão que vai além de computadores, celulares e tablets e inclui conexão entre peças de vestuário, carros, eletrodomésticos, obras e muito mais.
  • Data Mining: a mineração de dados envolve encontrar padrões onde parece só haver informações aleatórias.
  • Machine Learning: o aprendizado de máquina significa que as máquinas conseguem evoluir e aprender sozinhas para melhorar seu próprio desempenho.

2. Investigar padrões de comportamento nos dados

Não é suficiente deixar a tarefa de encontrar padrões de comportamento para a mineração de dados, que vimos acima. É importante que os profissionais de marketing e vendas tenham um olhar treinado para entender o que os dados representam sobre o comportamento dos clientes.

Esse trabalho é, de certa forma, uma investigação, pois envolve entender as emoções humanas por trás dos gráficos estatísticos. Assim, é importante não confiar apenas nas ferramentas, mas também qualificar a equipe de marketing para unir a visão analítica e a comportamental em um único perfil.

3. Definir um objetivo de longo prazo

Outra questão essencial para o sucesso das decisões baseadas em dados, inclusive quando se trata de matemarketing, é entender que o trabalho é de longo prazo.

De acordo com a Harvard Business Review, a maior barreira em criar uma organização data-driven, ou seja, orientada a dados, é a cultura. E isso leva muito mais tempo para corrigir do que um sistema ultrapassado.

Portanto, é importante trabalhar com um objetivo de longo prazo bem definido e ter paciência para tomar decisões no curto e médio prazo que levem até esse objetivo.

4. Começar pequeno

Indo ao encontro do ponto acima, é importante começar pequeno, no sentido de não fazer uma mudança radical e passar a tomar todas as decisões baseadas em dados de uma hora para outra.

É importante que a equipe de marketing e vendas consiga fazer uma transição gradual dos processos atuais para uma abordagem mais analítica. Aliás, é esse começo gradual que vai permitir aplicar o novo modelo de trabalho de forma permanente, com boa aderência da equipe.

5. Designar uma equipe para implementar o projeto

É muito importante designar alguém que seja responsável pelo projeto, pois é esse profissional - ou equipe, de preferência - que vai fazer a ponte entre os modelos atuais e a metodologia do matermarketing.

Quando a nova iniciativa não tem um “dono”, alguém responsável por trabalhar na inovação até que ela pegue tração, é mais difícil superar as barreiras, que incluem:

  • conforto de usar métodos já conhecidos;
  • dúvidas que ninguém sabe responder;
  • falta de responsabilidade sobre falhas e travas no processo;
  • entre outras.

Onde aplicar o matemarketing na sua cooperativa: 4 áreas em que os dados são valiosos

Podemos destacar ao menos quatro processos em que os dados são de alto valor para qualquer cooperativa. Por isso, veja na lista a seguir como usar o matemarketing em cada uma destas áreas:

Definir sua da buyer persona

A buyer persona é um perfil semi-fictício que as organizações usam para visualizar, de forma fácil, seu cliente ideal. E como se trata de algo tão valioso para as vendas, essa persona não pode ser produto da imaginação. Precisa ser validada com base em informações reais.

Assim, quanto mais dados sobre clientes e prospectos, mais fácil e assertivo se torna o processo de criar a persona. Ao mesmo tempo, é preciso tomar o cuidado de não resumir a persona em estatísticas e dados.

Antes, é preciso transformar esses dados em características humanas e visualizar a pessoa como única, alguém com sentimentos, pensamentos e desejos.

Atrair novos clientes e cooperados

O segundo campo em que você pode aplicar o matermarketing na sua cooperativa é para usá-lo na criação de estratégias de divulgação e vendas. E isso se estende a todas as áreas da sua comunicação corporativa, desde os perfis nas redes sociais até os canais institucionais de comunicação com cooperados.

O resultado de uma estratégia de comunicação que conversa diretamente com os desejos e interesses mais profundos do cliente ou cooperado só pode se resumir a duas coisas: atração e conversão.

Em outras palavras, o matemarketing pode ser uma estratégia de ouro para atrair e converter novos clientes e cooperados ao seu Sistema.

Acompanhar o desempenho das estratégias de marketing

As organizações modernas entendem que um dos maiores trunfos do marketing digital, em todas as suas facetas, é a estrutura de medição de desempenho que ele oferece. Ou seja, é muito mais fácil acompanhar o desempenho de uma estratégia, até em tempo real.

E os dados também ajudam muito nisso. Ferramentas de análise de métricas, como Google Analytics, fornecem informações valiosas sobre o engajamento de possíveis clientes e cooperados com uma campanha.

Além disso, os dados tornam possível descobrir e explorar brechas e oportunidades que a cooperativa ainda não tinha percebido.

Aumentar o engajamento dos cooperados e colaboradores

Por fim, você já ouviu falar em Endomarketing? É um tipo de marketing interno, criado para aumentar o engajamento das pessoas dentro da organização, como cooperados e colaboradores.

E o matemarketing também pode ser integrado ao endomarketing de forma simples, mas muito eficaz. Por exemplo, é possível usar ferramentas de engajamento corporativo para descobrir o perfil comportamental dos colaboradores e entender o que os motiva ou desgasta.

Então, é possível usar os insights gerados por esses dados para criar programas de engajamento, mudar a estrutura de bonificações, criar planos de carreira e outras soluções.

Em resumo, é impossível negar a grande importância do matemarketing como metodologia de trabalho no presente e no futuro das cooperativas. O artigo da McKinsey, já citado, chama essa mudança de cenário de “Big Reset”, ou “Grande Recomeço”, indicando que estamos em uma nova era de consumo. Assim, só há duas escolhas: usar os dados ou ser engolido por eles.

Quer saber mais sobre como tomar decisões inovadoras baseadas em dados, não só no seu marketing, mas em todas as áreas da sua cooperativa? Baixe agora o guia prático e saiba como!

E se deseja se aprofundar no matemarketing, recomendamos este vídeo com a participação do especialista e professor de marketing, Romeo Busarello: 




<p><span style="color: rgb(0, 0, 0);">Ao todo, 55 startups se inscreveram para solucionar os cinco desafios selecionados no programa</span></p>

Encerradas as inscrições do programa InovaCoop Conexão com Startups 2ª edição

Ao todo, 55 startups se inscreveram para solucionar os cinco desafios selecionados no programa


No último dia 23 foram encerradas as inscrições para o programa InovaCoop Conexão com Startups 2ª edição. Agora, as cooperativas vão analisar e selecionar as startups inscritas até o dia 04 de fevereiro. Em seguida, as três startups com as propostas mais assertivas para cada desafio serão convidadas para o bootcamp, que é um período de refinamento e orientação para desenvolvimento das soluções. Aquela que tiver a melhor iniciativa para resolução do desafio será escolhida para uma POC (Prova de conceito), que é uma forma de testar a solução e aprovar a ideia do projeto em baixa escala.

O Conexão com Startup utiliza a inovação aberta a partir de parcerias ou intercooperação para, junto com startups, buscar a melhor solução para os desafios apresentados pelas coops. O objetivo é aumentar a eficiência dos projetos, reduzir custos e riscos, melhorar o retorno sobre os investimentos e ampliar as oportunidade e fontes de receita. Outro ponto importante é que as soluções propostas precisam ter potencial para serem escalados para outras cooperativas, contribuindo para o desenvolvimento da cultura de inovação e consolidando as iniciativas de sucesso. Para saber mais sobre o programa e suas etapas, clique aqui.

<p>Métodos de construção de marca surgem como oportunidades para que cooperativas fortaleçam seus princípios em um mercado sedento por propósitos</p>

Branding: como transmitir os valores da cooperativa por meio da marca

Métodos de construção de marca surgem como oportunidades para que cooperativas fortaleçam seus princípios em um mercado sedento por propósitos


O que caracteriza o cooperativismo, acima de tudo, é o seu propósito. Em uma cooperativa, a estrutura organizacional e a atividade econômica têm um fim: a realização de interesses coletivos, através da união de pessoas, trabalhando em prol do bem comum. Diante desse aspecto, um desafio se impõe: como comunicar à sociedade esses princípios?

Os valores intrínsecos das cooperativas são extremamente valiosos. Uma pesquisa realizada pela agência de comunicação InPress Porter Novelli mostra que 90% das pessoas confiam mais em organizações com propósitos. Mais ainda: 88% dos entrevistados dão preferência a instituições que defendem valores, além da busca pelos lucros.

As organizações, contudo, ainda não têm conseguido capitalizar esse movimento por parte dos consumidores. Ainda segundo o levantamento da InPress, somente 6% das empresas avaliadas foram consideradas pela maioria das pessoas como dotadas de propósito.

Outro estudo indicou que 70% dos millennials estão dispostos a gastar mais dinheiro com marcas que apoiem causas que consideram importantes. E não basta apenas viver de imagem, já que as ações são alvo de constante acompanhamento. É preciso fazer.

É diante desse cenário que apresenta uma ferramenta poderosa capaz de transmitir valores e princípios cooperativos a uma sociedade cada vez mais socialmente consciente: o branding, ou gestão de marca.

As cooperativas refletem conceitos que estão sintonizados às novas demandas do mercado de consumo contemporâneo. Capitalismo consciente, valor compartilhado, comércio justo, sustentabilidade, liderança colaborativa e empoderamento criativo são bandeiras que o cooperativismo carrega com orgulho.


O valor da imagem

O cooperativismo é, em essência, um modelo atual e inovador. Ante os novos contextos de visibilidade de marca, se faz necessário consolidar isso também na percepção de sua imagem.

Em e-book produzido em parceria com a Coonecta, o consultor de comunicação Levi Carneiro reflete sobre como o branding pode dar visibilidade e relevância às marcas das cooperativas. A integração entre cooperativismo e branding pode fazer parte de uma estratégia de geração de valor. “O branding tem capacidade e potência para destacar e fortalecer pontos de adequação e relevância do cooperativismo no contexto atual”, escreve Levi.

Afinal, a finalidade do desenvolvimento coerente de uma identidade de marca é, acima de tudo, prover significado. Atrelar uma instituição às causas que ela incorpora.

O cooperativismo não está alheio ao novo panorama. Pesquisa realizada pelo Sistema OCB constata que inovação na área de marketing e comunicação externa é a maior prioridade para a inovação das cooperativas. 60% das organizações afirmam que já implementaram inovações no setor.

Com tantas marcas disputando cada momento da atenção das pessoas, apresentar princípios genuínos condizentes com as práticas corporativas se torna um diferencial. É preciso ser e comunicar o que se é. Os propósitos das cooperativas já estão na essência. O próximo passo é amadurecer esses valores como imagem.


Branding: o que é

Mas, afinal de contas, o que é branding?

Um dos maiores trunfos de uma marca de sucesso é não refletir apenas a instituição tangível que ela identifica, mas também valores, sensações, ideias. A consolidação dessa associação entre a imagem da organização e a percepção de identidade assimilada pelas pessoas exige tempo, planejamento e comprometimento. A esse processo damos o nome de branding.

O blog da Rock Content explica que o conceito de marca não se resume a nome, logotipo e identidade visual. A marca reflete valores e crenças da organização. Pode ser entendida pela forma como o público entende, sente e responde à experiência oferecida.

Em resumo, a marca é apenas a representação da identidade da instituição. É a mensagem que sua imagem transmite. Já o branding é o conjunto de ações estratégicas implementadas para criar e manter uma visão positiva dela na mente do público. Esse objetivo é atingido por meio da associação entre a marca e os princípios que ela representa, exerce e transmite.

Não existe controle total sobre como uma marca é percebida. Por isso, é importante que a estratégia tenha um norte consistente, refletido em valores reais, que persistem no longo prazo.

Levi Carneiro explica que quanto mais consistentemente a organização entrega a postura que sua marca promete, mais relevância e valor ela acrescenta na interação com seus públicos. O trunfo das cooperativas é que elas trazem conceitos valiosos na essência.

A comunicação de ideias como pertencimento e compartilhamento é muito mais forte quando essas crenças compõem as bases fundamentais da entidade. Com o cooperativismo é assim. A razão de ser das cooperativas não precisa ser desenvolvida apenas como estratégia de marketing, pois está lá desde a concepção.

O conceito de pertencimento, por exemplo, é tão impactante que passou a ser explorado pelo Airbnb. Aos usuários, Brian Chesky, cofundador da plataforma, afirma que “a nossa identidade não pode ser separada da de todos vocês”.

Se uma empresa mercantil consegue enxergar como essa ideia consegue conversar com seus usuários, quão contundente pode ser a construção de marca de uma cooperativa que exerce a ideia de pertencimento coletivo desde o seu surgimento?

Branding e cooperativismo

O mundo contemporâneo está cada vez mais marcado pela convivência em ambientes digitais e compartilhados. As marcas se tornam plataformas e buscam formar laços entre as pessoas. E as cooperativas, em sua estrutura de governança e participação, se encaixam nessa lógica de progresso calcado na participação coletiva.

Um estudo que analisa a estratégia de marketing para o crescimento da Cooperativa Agropecuária de Sertão Santana (RS) corrobora esse ponto de vista. Os pesquisadores propõem que a instituição explore sua história integrada à responsabilidade social e desenvolvimento regional para cimentar uma imagem positiva.

A Endeavor, organização de incentivo ao empreendedorismo e à inovação, reforça que o propósito do branding é encorajar a lealdade dos consumidores. O que motiva a perpetuação dessa relação é a compatibilidade de objetivos entre as duas partes.

Cumprir na prática a promessa comunicada pela marca é o que cimenta uma boa reputação. E as cooperativas já cumprem os ideais de solidariedade, desenvolvimento regional, participação comunitária e gestão democrática desde o primeiro passo.

De forma prática, para a especialista em comunicação Vera Caser, o cooperativismo precisa se comunicar a sua natureza socialmente responsável de forma simples. Em parceria com profissionais de comunicação e marketing, as cooperativas devem traduzir e simplificar conceitos para ajudar a sociedade a entender o cooperativismo.

Ela relata como, em parceria com a Sicoob ES, atuou para facilitar a compreensão dos termos técnicos utilizados na divulgação do balanço da cooperativa. Os conceitos mais complexos são explicados no material distribuído nos eventos de prestação de contas aos cooperados.

Segundo ela, existe muito espaço para o crescimento do cooperativismo no Brasil, e isso passa pela consolidação da cultura cooperativista. Algumas medidas são:

  • Planejar ações de comunicação cooperativista, estabelecendo objetivos claros
  • Estimular a participação dos colaboradores nas ações de marketing
  • Explorar o potencial dos canais digitais

Para Rodolfo Araújo, vice-presidente para a América Latina da United Minds, consultoria especializada em branding e transformação organizacional, a preocupação com a marca não deve se limitar às grandes cooperativas.

“Para ampliar a conexão com as pessoas, os líderes devem pensar: o que nós temos de diferente, de único? Qual diferença fazemos na vida das pessoas?”, reflete. Araújo argumenta ainda que a construção de uma marca admirada deve passar pelo engajamento do público interno. Assim, ações estruturadas para o relacionamento com colaboradores e cooperados devem ser pensadas.

A Rede Cooper é um exemplo de reconhecimento pelo público. Foi a partir do desenvolvimento de ações sociais e investimentos na comunidade que a instituição conseguiu ser a cooperativa de consumo mais lembrada pela população de Santa Catarina em 2021.

Case Unimed: propósito e causa

Uma situação peculiar é a da Unimed, conforme relatou, em texto na Aberje, Aline Cebalos, gerente de marketing da Unimed do Brasil. O sistema Unimed é composto por 372 cooperativas singulares, que têm independência em suas ações. Como, então, criar uma marca coerente e única, em meio a tantas nuances e peculiaridades?

Aline responde: com propósito e causa. Sem poder de impor estratégias de comunicação a cada uma das cooperativas do sistema, a Unimed do Brasil aposta na integração. Manter a unidade da marca passa por aderir às muitas nuances e compreender as peculiaridades de uma rede tão ampla.

Na plataforma Em Pauta, por exemplo, as diferentes Unimeds compartilham conteúdos entre si e podem acessar informações relevantes nacionais e regionais. O Prêmio de Comunicação e Marketing Unimed, que reconhece as melhores ações na área praticada pelas entidades regionais, funciona também como exemplo e incentivo aos diferentes membros do grupo.

As medidas têm dado resultado: entre 2015 e 2018, a adoção da Diretriz Nacional de Comunicação da Unimed cresceu de 90,1% para 97% das organizações regionais. E o público responde. A Unimed é, há 29 anos, líder da pesquisa Top of Mind, realizada pelo instituto Datafolha, na categoria plano de saúde.


Colocando o branding em prática

O cooperativismo está presente em ao menos 100 países e reúne quase 300 milhões de pessoas. Só no Brasil, são 15 milhões de cooperados. Sem contar quem não faz parte das instituições, mas convive com quem faz ou consome seus produtos e serviços.

A conexão formada por essa rede de pessoas permite que as cooperativas sintonizem suas marcas e se antecipem às novas necessidades e tendências regionais, ressalta Levi. São instituições que não precisam criar uma comunidade de influência. Ela é a própria comunidade.

Essa dinâmica peculiar permite que o branding de uma cooperativa seja calcado na cultura regional da coletividade em que atua. Uma forma de colocar isso em prática é indicar o local de atividade, inserindo o espírito comunitário das pessoas que formam a cooperativa como um valor preponderante de identidade.

Estratégias de branding

Depois de compreender o valor e a importância da gestão de marca no contexto do cooperativismo, o próximo passo é a aplicação. Neil Patel, um dos maiores especialistas em marketing da atualidade, indica sete importantes estratégias de branding:

  1. Construção da marca: é onde tudo começa. Primeiro, vem a parte visual, o design do logotipo, a escolha de cores, tipografia e elaboração do manual de marca. É necessário definir os valores, identificar o tom de voz e a linguagem e os canais de comunicação com o público, para que a mensagem seja coerente.
  2. Ponto de venda: é o local em que o público vai interagir com a instituição e seus produtos. Pode ser em ambiente físico ou virtual.
  3. Marketing de conteúdo: produzir textos de blog, livros digitais e vídeos, dentre outros formatos, que reforcem posicionamentos e comunique prioridades.
  4. Redes sociais: é importante estar onde o público está. Muita gente consome conteúdo e comenta experiências com marcas nas redes sociais.
  5. Marketing promocional: é a disponibilização de pequenos agrados ao consumidor. Pode ser um brinde, uma degustação, a realização de um concurso cultural.
  6. Marketing de experiência: proporcionar uma jornada ao consumidor que o faça vivenciar algum aspecto da sua marca, como um test drive ou espaço temático, criar laços.
  7. Endomarketing: olhar para dentro da própria instituição e incentivar a cooperação e o pertencimento dos colaboradores.

Nas cooperativas, nome e símbolo são fatores diferenciais indispensáveis, uma vez que sinalizam o que as diferenciam de outras organizações. Fazer menção ao cooperativismo na denominação ou no logotipo já é um fator que afeta a percepção da imagem da instituição.

Os símbolos históricos do cooperativismo, como os pinheiros dentro de um círculo ou o ícone formado pela palavra ‘coop’ entrelaçada, transmitem valores desde o primeiro contato com a marca. A mensagem é efetiva e tem poder de influenciar na escolha das pessoas. “É como se fosse um selo de origem, uma denominação especial, uma marca registrada: isto é uma cooperativa”, afirma Levi Carneiro.

O marketing de conteúdo pode ser mais uma ferramenta para ratificar a associação da instituição aos princípios do cooperativismo. Contar a história e explicar a cultura do setor é um meio de criar laços e agregar valor.

O alicerce democrático que constitui as cooperativas desde o núcleo primordial coloca todos os participantes como responsáveis pela gestão de marca. Isso faz com que a implementação de práticas de endomarketing sejam mais peculiares. Afinal, cada cooperado tem poder nas decisões.

Levando em conta a natureza participativa das cooperativas, todos devem agir de acordo com os ideais, constituindo um corpo de defensores e propagadores da marca e o que ela representa. Essa grande rede de apoio se desenha como uma arma poderosa para a evolução gradativa do branding.

Comunidade também é marca

No livro Marketing Social e Ético nas Cooperativas, Helnon de Oliveira Crúzio defende que as instituições devem aliar a estratégia de marketing à promoção de seus valores. Desenvolvimento social, político e econômico de associados, empregados e membros da comunidade local devem ser elementos prioritários na gestão da marca.

No fim das contas, explica Crúzio, a marca é o que faz a diferença de uma entidade em relação à sua concorrência. Marca é a promessa de fornecer produtos ou serviços levando em conta os atributos e benefícios. E, em uma cooperativa, ela pode ainda significar algo a mais: a personalidade de seus cooperados.


Conclusão

O meio digital hiperconectado proporcionou novos mecanismos para a elaboração de branding. Cada nova plataforma fornece uma nova possibilidade de contato entre a marca e um usuário cada vez mais autônomo e com voz ativa para elogiar e criticar.

A Rock Content explica: os consumidores agora participam da construção da reputação de marca. Inevitável, essa dinâmica é uma faca de dois gumes.

Os meios digitais potencializam a visibilidade das marcas e democratizam o alcance de organizações que produzem conteúdos de qualidade. Paralelamente, deslizes ganham proporções imprevisíveis e a fidelidade do cliente se pulveriza.

Uma marca potente e bem trabalhada em suas virtudes tem potencial de contribuir para o crescimento no longo prazo. A consolidação da ligação entre imagem corporativa e princípios valorizados pela sociedade se apresenta como um ativo de valor inestimável.

Mais do que prover produtos e serviços, as instituições precisam convencer que estão gerando valor à sociedade. Nessa corrida, as cooperativas já largam na frente. O propósito de uma marca se constrói de dentro, e isso o cooperativismo já tem.

As novas demandas da sociedade conectada emergem em velocidade alucinante, e pode ser difícil estar sempre a par das tendências mais recentes. O branding se apresenta tanto como um desafio quanto como uma oportunidade para as cooperativas. Adaptação é inovação.

Em meio às dificuldades impostas pela incessante necessidade de se readequar, o cooperativismo traz um bem valioso para moldar uma marca poderosa: a autenticidade.


<p>Processos criativos e de ideação demandam estímulos e aperfeiçoamento. Confira dicas úteis para aumentar a criatividade na sua cooperativa </p>

Criatividade e ideação: dicas e boas práticas

Processos criativos e de ideação demandam estímulos e aperfeiçoamento. Confira dicas úteis para aumentar a criatividade na sua cooperativa 


Criatividade é a qualidade de ser criativo. Ou seja, é o poder de imaginar, criar e construir coisas originais, disruptivas, diferentes de tudo que existe. Apesar de existirem pessoas com mais facilidade em criar que outras, engana-se quem acha que a criatividade é um talento natural.

Na verdade, a criatividade pode - e deve - ser desenvolvida, trabalhada, estimulada e aperfeiçoada. O especialista Murilo Gun, professor de criatividade e fundador da Keep Learning School, define o termo assim:

-      “A criatividade é a imaginação aplicada para resolver problemas. É da raça humana. Podemos escolher entre a memorização, que é repetir padrões, e a imaginação, quando você cria uma nova possibilidade”.

Então, fique tranquilo. Todos temos momentos com mais dificuldades para criar algo. São os momentos chamados de bloqueio criativo. Mas isso não significa que você não é uma pessoa criativa ou que não pode trabalhar para aperfeiçoar essa característica. Inclusive, a prática - sempre iniciada com pequenos hábitos - é muito importante para a criatividade.

Não precisamos, necessariamente, da Regra das 10.000 horas, que ganhou notoriedade com o livro Outliers, de Malcolm Gladwell, e que se baseia na teoria que levamos 10.000 horas para dominar uma habilidade. Em vez de metas grandes e audaciosas, é possível ter progresso estabelecendo metas pequenas e significativas, que também nos permitem aproveitar o poder da criatividade. 

Decifrando a criatividade

A criatividade pode ocorrer de forma individual ou coletiva, resultando em diferentes tipos de criatividade. Por exemplo:

  • A criatividade deliberada surge a partir de um processo;
  • A criatividade cognitiva consiste em reunir várias informações para, então, desenvolver novos conceitos provenientes dos dados iniciais;
  • Há também a criatividade deliberada e emocional, que é mais subjetiva, despertada por fatos, memórias ou reflexões;
  • Já a criatividade espontânea cognitiva está ligada às descobertas científicas e histórias de sucesso. É aquela que surge por “insight”, geralmente em intervalos entre intensos períodos de trabalho e estudo.

Independentemente do tipo, a criatividade é essencial para a inovação nas cooperativas, pois são os profissionais criativos que pensam e criam novos produtos, produzem conteúdos que engajam, inventam soluções personalizadas e contribuem ativamente para a perenidade das organizações.

Porém, muitas pessoas acham que criatividade e inovação são a mesma coisa. Como dissemos, criatividade é o ato de criar, de ser original; enquanto inovação é o ato de inovar, implementar algum serviço, processo ou produto novo ou aperfeiçoado.

Trazendo para o mundo corporativo, inovação é uma ideia que foi aplicada e trouxe bons resultados para a empresa. Em síntese, a inovação depende da criatividade, mas algo criativo não é sinônimo de inovação.



Os 5 elementos da criatividade

De acordo com os autores do livro “The Innovator’s DNA” (DNA do Inovador), Jeff Dyer, Clayton M. Christense e Hal Gregersen, a porcentagem da criatividade ligada à genética varia de 25% a 40%. O restante está ligado a cinco elementos fundamentais que separam as mentes inovadoras das comuns. Veja a seguir:

1) Capacidade de associação

A associação ocorre quando o cérebro consegue dar lógica e coerência ao processar informações em sequência. Isso permite que as pessoas encontrem conexões em questões aparentemente isoladas.

As mentes mais inovadoras são aquelas que são capazes de encontrar ligações que a maioria das pessoas não consegue, por isso essa característica é apontada como a mais importante para os inovadores.

2) Questionamento

Questionar é uma característica comum aos inovadores. Por não tenderem a ficar com dúvidas, esses questionamentos são fundamentais para ajudar a entender como as coisas são e funcionam e quais caminhos são os melhores a se seguir.

3) Observação

Ser observador e detalhista faz com que o inovador crie insights. Essas observações e os questionamentos que vêm delas podem ajudar a criatividade e ao surgimento de inovações.

4) Networking

Apesar de ser perfeitamente possível a criatividade individual, criar relações e ter uma rede de contatos fora da sua bolha, com diferentes visões e bagagens, pode ser extremamente benéfico e gerar perspectivas que não existiam antes.

5) Experimentação

Por fim, a última habilidade da trilha é a experimentação e avaliação de inovações, além de experimentar coisas novas, sempre em busca de novas ideias.

Como estimular a criatividade

Agora que sabemos que a criatividade não é um dom e sim uma característica que todos possuímos e pode ser trabalhada, o que podemos fazer para estimulá-la? Selecionamos alguns hábitos que costumam ser boas práticas na maioria dos manuais de criatividade e inovação. Confira:

- Acompanhe o trabalho de pessoas criativas

Buscar referências para a criação de ideias é muito benéfico. Procure seguir pessoas que você admira dentro da sua área de atuação e estude e acompanhe o trabalho delas de perto para gerar insights.

- Exercite a criatividade

Qual a tarefa que você mais gosta de fazer? Escrever? Tocar algum instrumento? Independentemente do que for, exercitar a criatividade diariamente dentro de trabalhos que gosta e te fazem bem, ajuda a fazê-la fluir com muito mais naturalidade.

- Faça pausas ao longo do dia

É totalmente normal que haja momentos em que a criatividade não apareça. Diante disso, não adianta forçar. Estudos apontam os benefícios de pausas ao longo do dia. Grandes empresas já trabalham com esse artifício para que seus funcionários possam descansar a mente e voltar a todo o vapor.

- Estude seu comportamento criativo

Preste atenção nos momentos em que a criatividade costuma aflorar. Verifique os elementos, horários, lugares e identifique possíveis padrões para explorar isso com mais frequência.

- Esteja antenado e fora da bolha

Leia e consuma notícias e conteúdo, seja da sua área ou até de outros segmentos - inclusive áreas pelas quais você nunca teve interesse. Isso ajuda muito a ativar a criatividade.

Além disso, ler os mesmos conteúdos, conversar e conviver com pessoas que compartilham da sua opinião irá apenas confirmar suas próprias ideias, ao invés de desafiar a sua mente. Por isso, para sair da sua zona de conforto, consuma conteúdos diferentes e converse com pessoas com opinião diferente da sua.

- Consuma arte

Além de notícias e livros de determinadas áreas, consumir arte, seja um filme, série, ou uma música, pode dar a inspiração que você precisa para prosseguir no seu processo criativo.

Todos os grandes artistas, desde Leonardo da Vinci a Quentin Tarantino, costumam ter um grande repertório de referências. Vá a exposições, ande pela cidade, leia livros, veja filmes, tudo é válido para criar seu mundo de inspiração.

- Conhecer novos lugares e culturas

Viajar para outros lugares, conhecer outras pessoas e outras culturas é riquíssimo para o pensamento criativo. Permanecer na sua bolha e sempre na mesma rotina, costuma fazer com que as pessoas façam as coisas do mesmo jeito, perdendo um pouco da sua capacidade criativa.

Vale até pegar um caminho mais longo para ir ou voltar do trabalho e demais locais que fazem parte da sua rotina. Isso te permitirá conhecer coisas e lugares que você não descobriria fazendo sempre os mesmos percursos.

Processo de ideação: como colocar a criatividade em prática

O passo seguinte à criatividade é o processo de ideação, ou seja, quando começamos a materializar e discutir as ideias. Uma metodologia bastante conhecida nesse sentido é o Design Thinking, que une a sensibilidade do design com métodos para entender as necessidades das pessoas.

A segunda etapa do Design Thinking, por exemplo, é justamente o processo de ideação, que ocorre após uma imersão no problema ou desafio que precisa ser resolvido. Assim, a cooperativa já terá mapeado o que está bom, as melhorias que precisam ser realizadas e as oportunidades.

Brainstorming

Para a etapa de ideação, a cooperativa pode recorrer, por exemplo, ao brainstorming, que, em tradução livre, significa tempestade de ideias. Consiste em uma atividade feita geralmente em grupo, sem nenhum tipo de julgamento para estimular que as pessoas dividam suas ideias sobre algum assunto pré-definido.

Criar um volume grande de ideias traz questões relevantes que proporcionam insights que acabam criando produtos e soluções inovadoras.

O brainstorming possibilita ainda o uso de outras ferramentas para potencializar a criatividade dos participantes, como os seis chapéus”, método criado pelo médico inglês Edward de Bono, um profissional que dedicou a vida a estudar os processos do pensamento.

A técnica consiste em dividir o problema em diferentes aspectos, que são representados por seis chapéus do pensamento (Six Thinking Hats®), e em cada momento, o grupo direciona suas ideias e pensamentos de acordo com o ponto de vista pré-determinado pela cor do chapéu que estão “vestindo”.

As cores são azul (processo), branco (fatos), vermelho (sentimentos), verde (ideias), preto (cautela) e amarelo (benefícios):

  • O chapéu azul fala sobre o processo de facilitação;
  • O chapéu branco sobre fatos, dados, informações sobre o assunto;
  • O chapéu vermelho é sobre sentimentos, intuição e emoção;
  • O chapéu verde trata das ideias, soluções e conceitos;
  • O chapéu preto aborda as dificuldades, fraquezas e preocupações;

Por fim, o chapéu é sobre o valor nas soluções propostas.

Esse método tem como objetivo facilitar a realização da análise do problema, já que oferece uma visão de diferentes aspectos separadamente.

Mapas mentais

Os mapas mentais - ou mind maps, em inglês - são diagramas feitos a partir de uma ideia central, com o intuito de organizar, de forma escrita e visual, as ideias e os pensamentos. Inclusive, podem ser utilizados durante o processo de brainstorming.

Com eles, você consegue ter uma visão mais clara do processo criativo, o que ajuda a ter outros insights que podem ser importantes para o desenvolvimento das ideias e, consequentemente, dar origem às inovações.

Há várias opções de mapas mentais digitais, inclusive com acesso inicial gratuito, como é o caso de GoConqr, MindMeister, Miro, Canva, entre outros. 

Conclusão

Como pudemos ver ao longo do texto, a criatividade pode e deve ser trabalhada e estimulada. Colocar essas dicas em prática no seu cotidiano trará benefícios em seu processo criativo e tornará sua cooperativa mais inovadora.

Para finalizar, vale ressaltar que aqui no InovaCoop você encontra conteúdos em diferentes formatos para apoiar os processos de ideação e inovação da sua cooperativa. Um bom exemplo é o curso on-line sobre “Resolução de problemas complexos”, que apresenta uma teoria capaz de te ajudar com desafios importantes da sua cooperativa. Acesse agora mesmo!

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