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Prêmio SomosCoop Melhores do Ano – Categoria Inovação

Corra e inscreva a sua Coop!


Dia 15/09 (às 18h) será encerrado o período de inscrições para o Prêmio SomosCoop Melhores do Ano, que tem o propósito de reconhecer as boas práticas das cooperativas de todo o país.

A cada dois anos, um seleto grupo de cooperativas recebe do Sistema OCB o título de “Melhores do Ano” – um reconhecimento à criatividade, à visão e aos resultados obtidos por elas ao longo do biênio.

O Prêmio SomosCoop Melhores do Ano é uma forma de destacar as boas práticas de cooperativas que tenham proporcionado benefícios aos seus cooperados e à comunidade.

Os cases premiados podem ser replicados em outras cooperativas. Por isso, conheça um pouco mais da história da premiação e assista aos vídeos sobre as vencedoras da edição de 2020.

Para a categoria Inovação podem ser inscritos cases com iniciativas que promoveram mudanças no dia a dia das cooperativas, em seus processos, produtos e serviços, com resultados efetivos.

Exemplos: modernização de produtos e serviços; implementação de processos, métodos, técnicas e ferramentas de gestão da inovação; fomento de ambiente adequado à geração de inovações; ações que promovam ganhos de produtividade e melhores resultados financeiros, dentre outras ações com cunho inovador.

Na edição passada dezoito coops foram premiadas em seis categorias. O ranking na categoria inovação ficou assim:

  • 1º lugar - Coplacana (SP): Avance Hub: O Hub de Inovação da Coplacana
  • 2º lugar - Unicred União Agência Mais – A Primeira Agência Digital do Cooperativismo de Crédito Brasileiro
  • 3º lugar - Lar (PR): Gestão de Ideias Lar Cooperativa

Neste ano, além do troféu, as primeiras colocadas serão contempladas com duas vagas para um intercâmbio cooperativista.

Podem participar cooperativas registradas e regulares no Sistema OCB, através do site: https://melhores.premiosomoscoop.coop.br/ .

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<p><span style="color: rgb(0, 0, 0);">Processo criativo em adultos se desenvolve a partir de jogos, criações artísticas e viagens </span></p>

Habilidades do brincar preparam o ser humano para inovar

Processo criativo em adultos se desenvolve a partir de jogos, criações artísticas e viagens 


A Psicologia da Inovação foi um dos temas tratados com destaque durante a Semana de Competitividade promovida pelo Sistema OCB entre os dias 22 e 26 de agosto. A psicóloga, Fernanda Furia explanou sobre o que está por trás da capacidade de inovar. Segundo ela, “a capacidade de inovar nasce da influência familiar, das experiências da infância e do ato de brincar que, por sua vez, desenvolve habilidades para inovação”. 

Ajudar as pessoas a entenderem os novos contextos de mercado é o desafio central para que comecem a inovar, segundo a psicóloga. “Criatividade é a capacidade de pensar diferente, de ter ideias originais. Inovar é procurar entender, transformar e implementar as novas ideias. O adulto traz o medo de se arriscar, o que é um ato instintivo do ser humano, basta observarmos as crianças. Há resistência à inovação é cerebral e traz com ela o medo da mudança gerando reações de fuga, paralisação ou luta”. 

A psicóloga falou sobre as personalidades do brincar na fase adulta e como elas contribuem com os processos de inovação. De acordo com Fernanda, os adultos desenvolvem o processo criativo, por meio do brincar, gostando de jogos, desfrutando de novas experiências em uma viagem, em criações artísticas, em exercícios e até mesmo levando a vida com mais leveza. Para ela, as referências estão dentro do nosso banco de dados interno.  

“Outro ponto a ser salientado é aceitar as mudanças, as transformações, os riscos. Ter mais autonomia para adquirir novos conhecimentos, ser curioso e investigar para além do que está sendo visto. Neste sentido, a colaboração é bastante importante para que a gente consiga resolver temas complexos e antecipar situações difíceis”, acrescentou.  

A psicóloga destacou que o medo de inovar é um sentimento que acomete muitos adultos e que a nova realidade pede mais coragem, instinto humano. “A capacidade de funcionar em estado beta, que é quando um produto está em construção e é ofertado para um grupo de pessoas experimentarem e apontarem melhorias, é necessário no contexto atual. Não temos mais muito tempo de deixar tudo redondinho para lançar, então, é construir um avião no ar. Para isso, o medo dos riscos deve ser deixado de lado e uma nova mentalidade aflorar, para poder avançar e agir de um jeito mais saudável, tranquilo e menos sofrido”, pontuou. 

Ainda segundo Fernanda, o movimento cooperativista está alinhado a realidade das inovações. “O modelo das cooperativas segue a tendência da colaboração, de passar pelo olhar das pessoas. Falamos muito sobre inovação em termos de ferramentas, mas deve ser observado também que o que acontece dentro das pessoas. As cooperativas são terreno fértil para esse cenário de cuidar de quem inova”. 

Fernanda Furia – A mestre em Psicologia clinicou para crianças e adolescentes por 17 anos. Em 2013, passou a atuar como consultora em diversos projetos que integram as áreas de Psicologia, Inovação, Educação, Ciência do Brincar e Estudos sobre o Futuro. É a idealizadora do blog Playground da Inovação

<p>Lideranças de grupos com pouca representatividade têm auxiliado organizações a aumentar projeções </p>

Diversidade como fator impulsionador de negócios 

Lideranças de grupos com pouca representatividade têm auxiliado organizações a aumentar projeções 


A fundadora e a diretora-executiva da Olabi, Gabi Augustini e Silvana Bahia, contribuíram para abertura de novas ideias sobre lideranças e diversidade dentro do cooperativismo com a palestra Diversidade é Negócio, apresentada durante a Semana de Competitividade organizada pelo Sistema OCB, entre os dias 22 e 26 de agosto. Silvana iniciou sua fala instigando os participantes com a pergunta: Por que diversidade e inclusão? 

“Muita gente se sensibiliza, mas o fato é que percebemos no mundo afora que as organizações de variados portes e tipos se tornam mais fortes quando o clima organizacional conta com a diversidade em seus quadros. Faço outra indagação: As mulheres são a maioria da nossa população, mas quais posições estão ocupando? Sim, os espaços não espelham a sociedade em que vivemos. Fato é que 85% dos juízes são brancos, mesmo com 56% da população negra”, declarou, reforçando a importância de as organizações romperem o racismo estrutural que cria barreiras para a população negra. 

Outro conceito estrutural presente no universo corporativo identificado por ela é o machismo. “Fica evidente quando não vemos mulheres nestes espaços. E todas as organizações que não têm ações afirmativas vão repetir as opressões sociais ocasionadas pela estrutura social”, alertou Silvana. 

Segundo Gabi Augustini, “a diversidade é um guarda-chuva muito amplo. Tanto os líderes precisam levar em consideração as questões demográficas, como as pessoas precisam se ver refletidas nos produtos e serviços ofertados. O mundo está em constante transformação e inovar é necessário”. Sobre o que tem sido feito em ambientes de negócios, Gabi afirma que o ponto de partida é o diagnóstico interno da organização para entender o que é possível fazer para criar um conjunto de pactos e metas. 

“O diagnóstico auxilia na criação dessas metas, mas outros indicadores podem ser formulados ao longo do processo. As ações de conscientização de gênero, racial e de outros públicos minorizados na história podem surpreender e criar oportunidades de mercado. Fizemos um processo seletivo para área de tecnologia e a vaga foi preenchida por uma pessoa da favela que levantou questões de conectividade com as quais os funcionários não estavam acostumados. Sanamos ali um problema enfrentado por muitos e que não estava no radar dos grandes centros urbanos”, reforçou Gabi. 

Silvana endossou que a criação de comitês e grupos de afinidade atuam como espaços propositivos para pautar uma organização e são fundamentais para passar o conjunto de diretrizes sobre o que precisa ser feito. “Um exemplo é como as vagas são expostas. Há real convite para a pessoa integrar a organização? A intencionalidade é fundamental, pois é um saber-ação para a prática das cooperativas. Precisamos mudar nossa lente para não perdermos oportunidades”, complementou. 

Elas defenderam ainda que o entendimento sobre os contextos culturais serve como chaves importantes neste processo. E, além de canais de denúncia para práticas racistas, machistas ou homofóbicas, sugeriram a criação de políticas de sanções e punições de práticas discriminatórias. 

Olabi - Com oito anos de atuação, o Olabi desenvolve trabalhos nas áreas de inovação social, tecnologia e criatividade. O foco é democratizar as tecnologias por meio de conteúdos e metodologias que se espalham pelo mundo e agregam mudanças positivas na sociedade.

<p>Coleta de informações contribui para desenvolvimento de projetos em prol de comunidades</p>

Implantação de uma cultura de dados favorece inovação

Coleta de informações contribui para desenvolvimento de projetos em prol de comunidades


“Inovar é pensar diferente, é criar valores e lógicas. A inspiração é encontrada na diversidade de pensamento, na conversa com um cliente, com um cooperado, ou com uma empresa. Visões divergentes trazem inovações”. A afirmativa é da diretora global de negócios digitais do grupo Stefanini, Mary Balestra, que comandou a palestra Como implementar uma cultura de dados durante a Semana de Competitividade organizada pelo Sistema OCB entre os dias 22 e 26 de agosto.  

Mary apontou cinco caminhos a serem percorridos para a implementação: governança flexível, ética, desenvolvimento da força de trabalho, igualdade de dados e inteligência artificial. Segundo ela, algumas considerações devem ser evidenciadas quando falamos do futuro dos dados. “A qualidade deles é mais importante que a quantidade. Reconhecer que são imperfeitos e subjetivos é outro ponto e não é por isso que deixam de ser inspiradores e apresentarem soluções para outros setores da cooperativa”.  

A diretora afirmou que três grandes competências podem fazer uma cooperativa mais inovadora. “Inspirar-se em outras experiências, colaborar com novos conhecimentos e, claro, usar os dados e não agir apenas pelo empírico. Entender profundamente o que está acontecendo seja no contexto de mercado, ou nos setores da cooperativa, é somar informações para aumentar a capacidade de inovar”.  

 A palestrante utilizou o case da crise hídrica que ocorreu no Estado de São Paulo, em 2013, em que Grupo Stefanini atuou no processo de resolução, por meio de uso de dados, para exemplificar os conceitos abordados. “A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a partir do entendimento do ciclo inteiro de abastecimento e distribuição de água e acompanhamento de dados, não teve mais problemas de racionamento ou escassez. Sanada a crise, conseguimos implementar um sistema para prever, inclusive, novas falhas na distribuição”, explicou.  

Ainda de acordo com ela, o sistema implantado ajudou a Sabesp a ter um abastecimento satisfatório e também a implementar junto aos colaboradores a cultura de dados para se antecipar sobre riscos e tomar decisões assertivas. 

Mary reforçou que as cooperativas já têm valores revolucionários em um mundo onde a direção para o bem comum é o coração. “Usem essa capacidade e se conectem com outras cooperativas, que conseguirão ainda mais escala”.  

Na exposição da diretora também foram explicitados alguns requisitos para a transformação da coop como utilizar ferramentas de compartilhamento de conhecimento; apresentar conteúdo relevante; engajar atores a partir de visões direcionadas; usar premissas de negócios para criar melhores métodos de análise; e construir uma sólida base tecnológica. 

Ela destacou que a arquitetura de dados precisa estar preparada para suportar novos contextos e soluções. Sobre a fonte de dados, salientou a importância da diversificação de informações. A respeito da plataforma, disse que são necessárias a conexão, integração e inteligência. Já em relação à análise de dados, pontuou que ela é essencial para tomada de decisão e propor medidas de inovação. Por fim, sobre a distribuição de dados, a diretora considera que a chave está na descentralização e no empenho. “A inovação não é poder. O poder é o compartilhamento responsável”, concluiu. 

Coop de dados – De acordo com a diretora, as cooperativas de dados são sistemas de gerenciamento, que podem limitar ou modular a captura de dados para criar valor a seus membros em áreas de aplicação onde as comunidades afetadas não veem nenhum benefício aparente. As comunidades, no entanto, podem usar a receita de seus dados para gerar mudanças sociais positivas como, por exemplo, financiando pesquisas públicas. As coops de dados integram o ecossistema da economia digital. 

<p>Selecionar a metodologia de gestão adequada pode tornar a execução de um projeto mais eficiente. Para isso, é fundamental conhecer as vantagens e limitações dos diferentes modelos </p>

Como escolher a melhor metodologia para o projeto da sua cooperativa

Selecionar a metodologia de gestão adequada pode tornar a execução de um projeto mais eficiente. Para isso, é fundamental conhecer as vantagens e limitações dos diferentes modelos.


O sucesso de um projeto deriva de uma série de fatores, e um dos mais importantes deles é a aplicação de uma metodologia de gerenciamento adequada. O planejamento, afinal, é a base que dá sustentação ao desenvolvimento das iniciativas.

Quando chega a hora de definir como um projeto será realizado, o questionamento é inevitável: qual metodologia adotar? A resposta para essa pergunta pode ser a diferença entre um resultado positivo ou negativo.

A metodologia do projeto diz respeito ao modelo de gestão que será utilizado para organizar e ordenar as atividades para seu desenvolvimento. Ou seja: é como um projeto será planejado e colocado em prática, com as tarefas delineadas e ferramentas definidas. Fatores que serão influenciados pela metodologia selecionada são:

  • Escopo do projeto
  • Detalhamento dos processos
  • Sequenciamento das atividades
  • Montagem de cronograma
  • Elaboração de orçamento
  • Registro de custeio
  • Prazos de entregas
  • Definição de responsabilidades

Por que é importante usar uma metodologia adequada

Diante desses quesitos, percebe-se que a escolha da metodologia terá impactos no andamento do projeto. Por isso é tão importante escolher um método adequado para coordená-lo e viabilizá-lo.

A partir da necessidade de otimizar processos e obter melhores resultados, com o tempo, uma gama bastante ampla de metodologias foram desenvolvidas. Cada uma delas terá suas próprias características, vantagens e prejuízos.

Neste artigo, conheceremos uma série de diferentes metodologias para gestão de projetos, descrevendo suas características e benefícios. Diante desse leque de possibilidades, veremos como escolher uma metodologia adequada para aplicar no projeto da sua cooperativa. Aproveite a leitura!

Como escolher uma metodologia

Qual a melhor metodologia para executar um projeto? A única resposta certa é: depende. Cada tipo de metodologia poderá trazer resultados práticos distintos. Cada projeto deve ter suas peculiaridades avaliadas para que essa escolha seja feita.

Objetivos, foco e complexidade

Tal seleção deve levar em conta fatores como objetivos, metas, prazos, recursos disponíveis, verbas e equipe, dentre outros. A metodologia adequada a cada projeto será aquela que consiga organizar esses pilares em prol de um planejamento assertivo e eficiente, que contemple as prioridades e limitações do projeto.

O projeto demanda constantes ajustes dos clientes? Metodologias ágeis, que realizam feedbacks frequentes, podem ser a melhor opção. O objetivo é reduzir custos e aumentar a eficiência? A solução está no lean. Quer manter tudo documentado minuciosamente? Vá de PRINCE2, como método de execução, ou de PMBOK, para guiar os seus processos.

“O gerenciamento de projetos ágil e o tradicional não estão em guerra um com o outro”, explica Robson Cardoso, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB. “Em um mundo movido por constantes mudanças, as empresas não podem aplicar apenas uma metodologia em todos os seus projetos se quiserem permanecer competitivas/sustentáveis”, completa Cardoso.

“Sempre gosto de dizer que não existe um método perfeito para condução de projetos. Mas com certeza existe um método mais assertivo que outro para o problema do momento”, explica.

Poderes e limitações das metodologias

“Por tempos, eu partia do velho e tradicional 5w2h”, conta Cardoso. “Ultimamente tenho dado preferência à utilização de canvas para poder visualizar o todo e conseguir chegar em 8w3h”. Essa estrutura, segundo ele, é:

  • A base, o propósito: por que estamos fazendo esse projeto?
  • As pessoas, o patrocínio: quem é o responsável pelo projeto?
  • As partes interessadas: quem se beneficiará e será afetado pelo projeto?
  • Os recursos: quem administrará o projeto e quais habilidades são necessárias para entregá-lo?
  • As entregas: o que os produtos do projeto construirão ou entregarão?
  • O plano: como e quando o trabalho será realizado?
  • As mudanças: como vamos engajar as partes interessadas e gerenciar os riscos?
  • O investimento: quanto custará o projeto?
  • Os benefícios: quais benefícios e impactos o projeto irá gerar, e como saberemos que o projeto foi bem-sucedido?

Essa estrutura garante que cada projeto tenha um propósito e esteja alinhado com a estratégia da organização. “Gosto porque ele é um documento vivo, a ser revisto sempre que houver uma decisão importante de fazer alterações no escopo do projeto”, argumenta.

Papel da liderança

“Costumo dizer que os projetos são tão bons quanto as pessoas que os executam. Então, quais são as principais qualidades que os líderes precisam para se destacar em um mundo orientado a projetos?”, indaga Cardoso. Ele mesmo responde:

  • Habilidades de gerenciamento de projetos
  • Experiência em desenvolvimento de produtos e serviços
  • Visão de estratégia e negócios
  • Habilidades de liderança e gerenciamento de oportunidades
  • Agilidade e adaptabilidade
  • Ética e valores

E continua: “se os gerentes e as organizações quiserem desenvolver as competências necessárias para se transformar e prosperar na nova economia orientada a resultados, eles precisarão se sentir à vontade para elaborar estratégias que sejam impulsionadas não pela eficiência, mas pela mudança”. 

“Grandes projetos não apenas tornam o trabalho melhor - eles tornam o mundo melhor”, conclui Cardoso.

Para aplicar uma metodologia

No momento de colocar a metodologia de projeto em prática, alguns passos são importantes, para garantir uma implementação eficaz. São eles:

  • Padronização: a adoção de uma metodologia demanda que todos os processos do projeto sejam padronizados conforme seu modelo. Dessa forma, evita-se a existência de incompatibilidades que podem atrasar o cronograma ou prejudicar a qualidade das entregas.
  • Delegação: cada metodologia terá suas tarefas específicas, mas é fundamental definir quem ficará a cargo de cada passo durante a execução do projeto. Papéis bem definidos deixam os processos mais fluidos.
  • Treinamento: para que a metodologia seja aplicada de forma a potencializar seus benefícios, a equipe que a está executando deve conhecê-la a fundo. Assim, o treinamento é imprescindível.
  • Gerenciamento: as lideranças são fundamentais para a aplicação efetiva de uma metodologia de projetos. Além de conhecimento sobre os processos, os gestores precisam ter uma visão sobre a evolução da iniciativa, para que possam gerir os recursos e apontar caminhos para evolução.
  • Feedback: a implementação das diferentes metodologias deve ser avaliada periodicamente, de forma a identificar os pontos positivos e negativos. Assim, é possível melhorar a aplicação da metodologia no decorrer do projeto ou em jornadas futuras.

Principais metodologias de gestão de projetos

Com o tempo, diversas metodologias foram desenvolvidas a fim de superar dificuldades e tornar a gestão de projetos mais eficaz. Elas surgem a partir de contextos que demandam novos tipos de planejamento e gerenciamento para tocar um projeto adiante com sucesso.

Aqui, listamos algumas das principais metodologias de gestão de projetos. Confira!

Metodologias ágeis

As transformações, tanto na tecnologia como nos negócios, estão cada vez mais rápidas. Isso exige que certos projetos sejam executados de forma dinâmica, com foco na eficiência. É com essa finalidade que surgiram as metodologias ágeis, encurtando processos e aproveitando melhor o tempo.

As metodologias ágeis visam abrir mão de processos redundantes, de forma que as entregas sejam mais rápidas e produtivas. Além disso, como os processos são mais curtos, fica mais fácil identificar erros e aumentar as possibilidades de ajustes e adaptações no decorrer do projeto, que se torna mais flexível.

No Radar da Inovação, contamos como o Sicredi passou a utilizar metodologias ágeis durante seu processo de transformação digital. O modelo é utilizado no desenvolvimento de seus produtos digitais, impulsionando a inovação de seus serviços.

Se quiser entender mais a fundo como colocar as metodologias ágeis em ação, confira nosso guia prático sobre o tema clicando aqui. Agora vamos conhecer um pouco mais sobre três das principais metodologias ágeis. Confia:

Kanban

Embora seja considerada uma metodologia ágil, o Kanban foi criado há quase um século, no Japão dos anos 40, pela montadora Toyota. Inicialmente, ele foi desenvolvido para auxiliar no controle de estoque, mas os resultados foram tão evidentemente bons que logo ele foi empregado para gerenciar tarefas e projetos em geral.

O Kanban é uma ferramenta focada na organização visual dos elementos por meio de cartões e colunas. Cada cartão representa uma tarefa, enquanto as colunas designam as fases de desenvolvimento do projeto. Conforme a tarefa progride, o cartão avança coluna por coluna, até a conclusão. Ferramentas como Trello, Asana e ClickUp utilizam a metodologia Kanban.

No InovaCoop, produzimos um guia prático totalmente dedicado ao Kanban. Veja!

Scrum

A metodologia Scrum nasceu com o Manifesto Ágil, em 2001, com o intuito de otimizar o desenvolvimento de softwares. Pouco tempo depois, outras áreas acolheram o Scrum, sobretudo a gestão de projetos.

Esse modelo deriva da ideia de que não há fórmula fixa para desenvolver um projeto e que ajustes são frequentemente necessários para que um bom resultado final seja obtido. Na prática, o Scrum é implementado por meio de ciclos com duração de até quatro semanas, envolvendo reuniões periódicas para correções e encontros de avaliação após cada ciclo.

OKR

Sigla para objectives and key results (objetivos e resultados-chave), o OKR é uma metodologia pautada na definição de metas que direcionam os trabalhos para a realização dos objetivos. Criado na década de 70 por Andrew Grove, então presidente da Intel, o OKR representa um conjunto de metas que se relacionam para constituir os objetivos estratégicos da cooperativa.

Dessa forma, a metodologia OKR permite que os gestores consigam avaliar o progresso na busca por atingir seus objetivos. Caso as metas não sejam alcançadas, o modelo facilita a identificação das falhas que impediram o sucesso pleno do projeto.

Lean

A metodologia lean (enxuta), inspirada pelo sistema de gestão da montadora japonesa Toyota, diz respeito à redução de desperdícios, seja de tempo ou de recursos, ao manter o foco nas tarefas essenciais. Dessa forma, é possível otimizar a operação da cooperativa e reduzir os custos.

Na prática, a metodologia lean busca utilizar somente os recursos estritamente necessários para a realização de um projeto. Ao abrir mão de processos que não contribuem positivamente nas entregas, os trabalhos ficam mais ágeis e menos custosos.

Six Sigma

Aplicado conjuntamente tanto às metodologias lean quanto às ágeis, o modelo Six Sigma é empregado na gestão de qualidade dos projetos. Seu principal propósito é melhorar os processos de forma contínua, de forma a eliminar falhas e aprimorar o desenvolvimento do projeto.

O Sigma é uma letra grega que, neste modelo, se refere à taxa de desperdícios por operação - ou seja, a frequência com que determinado processo usa mais recursos do que o necessário. Assim, elabora-se uma escala de qualidade, em que 1-sigma é o nível mais baixo e o 6-sigma é a excelência.

Cascata

A metodologia cascata é um modelo de gestão de projetos que divide os processos em diferentes fases. Cada uma dessas fases só é iniciada quando a anterior é totalmente concluída. Seu planejamento é organizado por meio de passos claros ao longo de todo o projeto.

É ideal para projetos que demandam um desenvolvimento mais linear, já que traça uma meta a ser alcançada por vez. Contudo, projetos que demandam dinamismo e adaptações constantes podem ficar engessados na metodologia cascata, pois ela apresenta pouca margem de mudanças de última hora.

PRINCE2

A sigla PRINCE2 deriva de Projects In Controlled Environments - ou seja, projetos em ambientes controlados. Usando a metodologia de cascata, esse modelo é muito utilizado para gerenciar projetos de TI. Ele é executado por meio de um cronograma rígido, com foco no respeito aos prazos estabelecidos e documentação dos processos.

Seus sete princípios são:

  1. iniciar um projeto;
  2. direcionar um projeto;
  3. começar a execução um projeto;
  4. supervisionar um projeto;
  5. administrar a entrega dos produtos;
  6. gerir uma divisão de fases;
  7. encerrar um projeto.

PMBOK

Enquanto o PRINCE2 é uma metodologia no sentido mais estrito do termo, o PMBOK (Project Management Body of Knowledge, ou Conjunto de Conhecimentos de Gerenciamento de Projetos) representa um compêndio de boas práticas que leva em consideração diversos processos de desenvolvimento.

Ou seja, o PMBOK não apresenta um passo a passo. Ele é bastante flexível e não apresenta uma lista de tarefas pré-definidas. Por isso, cada projeto deve definir quais atividades deverão ser executadas em cada trecho do projeto. O PMBOK é organizado em cinco grupos de processos:

  1. Início do projeto;
  2. Planejamento do projeto;
  3. Execução do projeto;
  4. Controle do projeto;
  5. Encerramento do projeto.

Método do caminho crítico (CPM)

Essa metodologia se baseia na identificação e no planejamento das tarefas críticas de um projeto. O método do caminho crítico funciona melhor em iniciativas de pequeno e médio porte.

Como as tarefas estão interligadas, esse modelo parte do princípio de que uma nova etapa só pode ser realizada quando as anteriores já estão concluídas. Para isso, é necessário definir qual é o caminho crítico - ou seja, o ordenamento para que todos os passos sejam executados na ordem correta.

A Asana elencou 6 passos para encontrar o caminho crítico:

  1. Elencar as atividades: usa-se uma estrutura analítica para listar tarefas e atividades necessárias para as entregas, desde a ideação até a conclusão.
  2. Identificar as dependências: a partir da estrutura analítica, determina-se as fases interdependentes - ou seja, para iniciar uma, é necessário que quais outras tarefas estejam concluídas? Isso ajuda a identificar quais trabalhos podem ser feitos paralelamente.
  3. Criar um diagrama de rede: em seguida, a estrutura deve ser transformada em um diagrama de rede - um fluxograma que evidencie a ordem cronológica das atividades e seus avanços.
  4. Estimar a duração das tarefas: a definição do caminho crítico tem relação com quanto tempo cada atividade leva para ser realizada.
  5. Calcular o caminho crítico: com os prazos estimados e o ordenamento das tarefas interdependentes, elabora-se o caminho crítico. Há algoritmos que fazem esse trabalho.
  6. Calcular a margem de flutuação: a margem de flutuação diz respeito à flexibilidade de determinada tarefa, indicando o quanto ela pode atrasar sem afetar as tarefas seguintes ou o prazo de conclusão.

Conclusão

A escolha de uma metodologia adequada é parte fundamental para o sucesso de um projeto.

A forma como as ideias e tarefas serão discutidas e executadas tem o poder de impulsionar ou atrapalhar o andamento das iniciativas. Por isso, não devemos subestimar a importância de escolher cuidadosamente como os projetos serão tocados.

Conforme as dinâmicas sociais e econômicas mudam, novas metodologias de gestão são criadas ou adaptadas. Há espaço tanto para as mais tradicionais quanto para os métodos modernos. Cada caso é um caso.

Por isso, é importante conhecer as diferentes metodologias de gestão, como elas funcionam e quais são suas vantagens e desvantagens. Esse conhecimento vai ajudar a dar vida aos projetos na sua cooperativa, criando um ambiente propício para a eficiência e a inovação.

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