O curso recebe inscrições dos interessados para o módulo extra negocial
O cooperativismo de plataforma já é uma realidade fora do país e está começando a ganhar força aqui no Brasil. É por isso que o Sistema OCB fez o lançamento do curso sobre esse assunto durante a Semana InovaCoop. O curso Cooperativismo de Plataforma é ministrado pelo professor e diretor da Escoop, Mario de Conto. A ideia é preparar as cooperativas para atuarem com mais força e resultados nesse mundo dos aplicativos e plataformas.
Segundo o professor, o objetivo é apresentar a economia de plataforma, as profundas transformações que ela vem acarretando e propor – por meio do cooperativismo de plataforma – um modelo em que a propriedade e a gestão da plataforma é de seus usuários. “Faremos isso através da apresentação de conceitos e, também, de práticas mapeadas em diversos países. Queremos, ao final, apresentar ferramentas que auxiliem as coops já constituídas e grupos interessados a estabelecer plataformas estruturadas
O curso teve a aula inaugural em setembro na Semana InovaCoop e terá momentos de interação com professores e aulas gravadas, disponibilizadas na maior plataforma de desenvolvimento profissional do cooperativismo brasileiro, a CapacitaCoop.
PROGRAMA DO CURSO
Módulo 1: Capitalismo de Plataforma: Aborda as transformações do capitalismo, o surgimento da economia de plataforma e seus aspectos (criação de valor e efeitos de rede) e, também, como essa estratégia pode ser incorporada pelas coops. Apresenta, ainda, a tática das plataformas, provocando a reflexão a respeito das estratégias que podem ser adotadas. Utilizam-se exemplos de empresas brasileiras que utilizam a estratégia de plataformização.
Módulo 2: Cooperativismo de Plataforma: Contextualiza o cooperativismo de plataforma. Apresenta conceituação e classificações. Aborda a Legislação brasileira no que diz respeito às formas de financiamento, governança digital, escala e cooperativa multistakeholder.
Módulo 3: Cases de cooperativas de plataformas: Apresentação de cases de Cooperativas de Plataforma e sua contextualização segundo o Direito brasileiro, apontado desafios e oportunidades. Cases: Stocksy, Mensakas, Coopcycle, UpandGo e Fairbnb.
Módulo Extra (Geração de Modelo de Negócios): Aborda as possibilidades de elaboração de modelo de negócios considerando a natureza e os princípios das organizações cooperativas e as características dos negócios de plataforma. Apresenta a ferramenta de geração de modelo de negócios customizada para proposição de cooperativas de plataforma.
Para não perder nada, confira os links abaixo:
- Aula inaugural do curso, que aconteceu ao vivo na Semana InovaCoop.
- Curso: Cooperativismo de Plataforma
- Módulo extra (geração de modelo de negócio), que acontecerá nos dias 19 e 26/10. Para garantir a vaga neste módulo, o interessado deve se inscrever aqui.
SOBRE A SEMANA INOVACOOP
Ela ocorreu entre os dias 13 e 17 de setembro com conteúdos exclusivos que prometem agregar muito valor ao dia a dia das cooperativas do país. Além de palestras, workshops e apresentação de cases, o evento também contou com lançamentos de produtos e serviços. Para acessar o que aconteceu na semana veja aqui.
Práticas de mercado e indicadores de retorno sobre o investimento permitem verificar que a inovação proporciona crescimento no negócio
A capacidade de inovar é um diferencial competitivo capaz de fazer com que as organizações cresçam além da média do mercado e ganhem market share em até 80% do tempo. Essa afirmação é de um estudo da McKinsey que avaliou companhias de países da América do Sul, América do Norte, Ásia e Europa.
Outro fato que aponta para a importância da inovação vem do mercado de celulares. Em 2007, Nokia, Samsung, Motorola, Sony Ericsson e LG captavam 90% dos lucros do setor. Menos de dez anos depois, em 2015, a Apple era a responsável por gerar 92% dos lucros da indústria. Por trás dessa reversão no panorama de mercado está o foco da Apple em inovação.
Exemplo bem mais recente e próximo do mercado brasileiro é o do Nubank que, criado em 2013, já tem mais de 10 milhões de clientes e um valor de mercado que extrapola os US$ 10 bilhões. Novamente, é a inovação na experiência do cliente o principal motor responsável pelo desempenho da fintech.
Dentro do universo do cooperativismo, dentre os diversos exemplos que temos no Radar da Inovação, está o caso do Sicredi, cujos investimentos em inovação o colocaram entre as 100 organizações mais inovadoras do Brasil segundo o Ranking 100 Open Startups 2020.
O programa Inovar Juntos, no qual o Sicredi já investiu mais de R$ 1 milhão, trouxe resultados expressivos à organização. Entre os resultados mensuráveis, por exemplo, temos: a criação do marketplace Conecta; o desenvolvimento do aplicativo Cosmobot, que permitiu captar mais de R$ 100 milhões em investimentos dos associados; a criação da plataforma Paytrack, para fazer a gestão de despesas de viagens corporativas, permitindo ao Sicredi uma economia de mais de R$ 1 milhão ao ano; entre outras.
Planejamento inicial
É claro que a fórmula não é tão simples assim e nem toda iniciativa de inovação traz, automaticamente, resultados positivos às cooperativas. Para entrar nas estatísticas positivas, as iniciativas de inovação precisam ter muito claro quais são os desafios a serem enfrentados e os objetivos almejados.
Além disso, é preciso contar com orçamento suficiente para o desenvolvimento das ideias propostas, o que nos leva à importância de estabelecer fontes de financiamento alinhadas ao projeto. A mensuração constante dos resultados obtidos também é fator decisivo para que os investimentos em inovação levem ao crescimento da cooperativa.
Vamos agora pontuar alguns dos fatores fundamentais para o planejamento inicial de uma iniciativa de inovação bem-sucedida.
Identificação dos desafios
Foi o autor Lewis Carroll, no clássico “Alice no País das Maravilhas”, quem disse que “se você não sabe onde quer ir, qualquer caminho serve”. É uma frase dita nos mais variados contextos e se adequa com perfeição à inovação em cooperativas.
Afinal, há cada vez mais startups no mercado com as mais variadas soluções para problemas dos mais diversos. Logo, a dificuldade que cooperativas e empresas em geral sentiam há algum tempo, de encontrar e contratar empresas com respostas para dores específicas, não é mais um obstáculo.
O desafio, portanto, reside na etapa anterior, de identificar os desafios e saber o que procurar. Este é o ponto que aborda o artigo do MIT Sloan Management Review Brasil que lista quatro métodos para captura de desafios:
1) Top Down: definidos pela alta gestão com base no planejamento estratégico e visando startups com elevada aderência ao ecossistema de startups. Em casos como esse, o desafio a ser vencido pelas iniciativas de inovação já nasce em total alinhamento com a estratégia e com suporte da alta gestão;
2) Bottom up: ao contrário do anterior, em que o desafio já é dado, neste processo os colaboradores são convidados a apresentar suas demandas e necessidades. Como vantagem esse processo aumenta o senso de pertencimento dos times que, na prática, serão os responsáveis por executar os projetos-piloto com as startups;
3) Focado: nessa estratégia, a missão é descobrir quem são os executivos-chave para um processo de inovação. Identificados os sponsors, estes se tornam parceiros internos para, aí sim, a identificação dos desafios junto aos times operacionais. Como ponto positivo pode ser listado o engajamento dos líderes, o que reduz o atrito na alocação de pessoas e tempo para o desenvolvimento dos projetos de inovação;
4) Híbrido: o desenvolvimento dessa metodologia demanda uma combinação entre os campos de oportunidades existentes - e delimitados pela alta gestão - e as ofertas de soluções existentes no mercado por meio de startups. Assim, tanto os líderes e as áreas se engajam para apresentar seus desafios aderentes ao tema, como a cooperativa se abre para as novas ideias ventiladas pela abertura às startups.
Modelos de priorização
Com a criação de um programa de inovação é natural que as áreas defendam suas dores como sendo as prioritárias para receber os investimentos e soluções desenvolvidas. Para atender às diretrizes estratégicas da cooperativa, é interessante seguir um modelo de priorização de projetos.
Um dos modelos disponíveis e mais difundidos é o chamado 3H, que remete a 3 horizontes da inovação e foi concebido pela McKinsey. Como o nome diz, o modelo sugere avaliar as propostas de inovação a partir de três horizontes distintos, levando em consideração o tempo e o impacto.
No Horizonte 1 a cooperativa olha para seu negócio principal (core business) e visa à manutenção dos seus principais negócios. Então, no primeiro quadrante são alocados os projetos de curto prazo, que proporcionam melhorias de desempenho aos negócios atualmente existentes e que já trazem receita para a cooperativa. São, em geral, projetos com menor risco e que proporcionam inovação incremental a processos, serviços e produtos já existentes.
As oportunidades de novos negócios são contempladas no Horizonte 2, que visa ao desenvolvimento de negócios emergentes. A finalidade deste quadrante é abrigar propostas de inovação com foco na geração de novas fontes de receita, explorando novos mercados.
O Horizonte 3 visa à criação de negócios completamente novos e, por isso, tem uma carga de experimentação bastante considerável. É o local adequado para listar ideias realmente inspiradoras e disruptivas, com potencial elevado de conectar a cooperativa ao ecossistema de inovação.
Associado ao 3H, é possível aplicar a regra 70/20/10 para alocação de investimentos. Ou seja, aplicar 70% dos recursos nos projetos do Horizonte 1, 20% nos do Horizonte 2 e 10% naqueles listados no Horizonte 3.
Definição dos objetivos
Para manter o foco nos resultados desejados e evitar que a cooperativa enverede por caminhos que não contribuem com o programa de inovação, é imprescindível estabelecer objetivos. Para tanto, é recomendável seguir as dicas abaixo, que são suporte à definição das metas a serem alcançadas.
1) Faça um diagnóstico da organização: isso significa entender a situação atual da cooperativa, identificando quais são as suas forças e as suas fraquezas e, dessa maneira, chegar à conclusão sobre quais são os aspectos que merecem maior atenção do programa de inovação;
2) Defina as lacunas a serem desenvolvidas: uma análise mais aprofundada das fraquezas levantadas na etapa anterior leva à identificação das lacunas que precisam ser preenchidas. São nelas que residem as principais oportunidades para o programa de inovação;
3) Oriente o tipo de inovação: nesse momento a cooperativa vai definir se precisa de uma inovação incremental, radical ou disruptiva. Como vimos no tópico sobre priorização, o levantamento de ideias deve ser o mais livre possível. Entretanto, como os recursos são limitados, é preciso ter clareza sobre quais serão os tipos de inovação a serem alimentados;
4) Identifique e gerencie riscos: mudanças trazem riscos. Então, é preciso incluir os riscos na conta da inovação. E isso começa no momento de traçar objetivos mais realistas, que permitam agir com a cautela necessária ao longo de todo o processo de inovação.
Ao ter bastante claras quais as lacunas que impedem a cooperativa de atingir suas metas estratégicas para determinado período fica mais fácil determinar os objetivos da inovação. Por isso, determinar as metas a serem alcançadas é um processo que começa muito antes do início do programa de inovação em si.
Assim como é preciso ter claro de onde virão os recursos para financiar a inovação.
Determinação das fontes de recursos
Inovar demanda recursos. E não estamos falando apenas de dinheiro. É importante lembrar que são cinco os principais tipos de recursos envolvidos para qualquer iniciativa corporativa e a inovação não foge a eles:
1) Pessoas: sozinho, um gestor de inovação não vai muito longe. O sucesso de suas iniciativas depende do engajamento de equipes multidisciplinares contribuindo para cada uma das etapas do programa de inovação;
2) Tempo: as pessoas selecionadas precisam, ainda, dispor de tempo para se dedicar a iniciativas que não necessariamente irão trazer resultados palpáveis em suas primeiras etapas;
3) Conhecimento: além de extrair e combinar conhecimentos diversos, o programa de inovação precisa atentar para a gestão do conhecimento gerado. Afinal, é importante fazer valer a máxima que afirma não haver erros num programa de inovação, mas sim oportunidades de aprendizagem;
4) Finanças: evidentemente, não há como tocar adiante um programa de inovação sem recursos financeiros para elaboração de protótipos e contratação de startups, por exemplo. Veja as possibilidades de financiamento e programas de incentivo à inovação;
5) Infraestrutura: a cooperativa precisa ceder espaço e equipamentos para que a inovação aconteça.
E lembre-se: para que não faltem recursos aos processos de inovação - independentemente do recurso -, o gestor também precisa garantir apoio da direção da cooperativa ao projeto.
Indicadores e métricas
A inovação ocorre em diferentes dimensões, algumas mais subjetivas - e, portanto, mais difíceis de mensurar - e outras que podem ser medidas mais facilmente. De qualquer maneira, é muito recomendável aplicar algum tipo de métrica que permita observar os avanços - ou onde há obstáculos - dos programas de inovação.
As métricas de inovação mais comuns são classificadas de duas maneiras:
- De saída: medem resultados dos projetos, como retorno sobre investimento, quantidade de projetos em conclusão, dentre outros;
- De entrada: indicadores relativos às competências demandadas para chegar aos resultados almejados, como capacitação das pessoas, quantidade de colaboradores impactados e recursos aplicados à inovação.
Ambas as categorias podem contemplar indicadores relativos a:
- Habilidades e competências: olha para a capacidade de a cooperativa criar e gerenciar a inovação, mensurando a quantidade e a qualidade dos insights gerados pelos colaboradores;
- Estrutura organizacional: mensura os recursos necessários para o processo de inovação;
- Cultura: avalia a quantidade de novas ideias e iniciativas, o tempo dedicado ao seu desenvolvimento, bem como o envolvimento dos colaboradores;
- Liderança: olha para a quantidade tempo que a liderança dedicou para a inovação, indicando que há aderência entre inovação e estratégia;
- ROI (retorno sobre investimento): possivelmente, a categoria mais direta de indicador de inovação, tem como resultados a quantidade de produtos lançados, as patentes adquiridas, a receita adicional obtida a partir de novos produtos ou serviços.
Conclusão
Como vimos ao longo deste texto, a inovação é resultado de uma soma de processos. Então, seus resultados serão mensurados a partir da criação de metodologias internas capazes de proporcionar a identificação dos desafios, criar modelos adequados de priorização, determinar os objetivos a serem alcançados, as fontes de recursos para a inovação e como os resultados serão medidos.
Com tudo isso muito bem organizado e administrado é que a cooperativa terá condições de avaliar quais são os diferentes retornos que a inovação pode trazer. Como se vê, não é possível restringir os objetivos a aspectos meramente financeiros. É preciso ter uma visão mais holística sobre os benefícios advindos dos investimentos em inovação. Isso não significa renunciar a objetividade, mas de desenvolver mecanismos e um olhar crítico sobre como os avanços podem ser percebidos e, mais do que isso, tendo muita clareza acerca de como contribuem para o atingimento dos grandes objetivos definidos pela estratégia da cooperativa.
Evento on-line promovido pelo Sistema OCB vai ocorrer entre os dias 13 e 17 de setembro
Inovação! Mais do que algo para pensar depois, essa é uma grande estratégia de mercado para atrair e manter clientes satisfeitos e, claro, conquistar mais e mais mercados. É pensando nisso que o Sistema OCB realizará, entre os dias 13 e 17 de setembro, a Semana InovaCoop, cheia de conteúdos exclusivos que prometem agregar muito valor ao dia a dia das cooperativas do país. Além de palestras, workshops e apresentação de cases, o evento também contará com alguns lançamentos. Para saber mais detalhes acesse o site da Semana InovaCoop: https://semanainova.coop.br
PROGRAMAÇÃO
13/9 SEGUNDA - 14h30 às 16h
Palestra: Competitividade e inovação
Convidado: Maurício Benvenutti
Nosso convidado vem do Vale do Silício para falar da importância da inovação como estratégia. O que fazer para o negócio de sua coop não ficar obsoleto, como desenvolver uma atitude empreendedora e manter-se competitivo num mundo com transformações exponenciais.
14/9 TERÇA - 16h30 às 18h
Palestra: O cooperativismo de plataforma no Brasil
Convidado: Mario de Conto
Na aula inaugural do curso Cooperativismo de Plataforma o professor Mário de Conto mostrará todo potencial desse modelo de negócios para quem já é coop e para quem quer se tornar coop.
15/9 QUARTA - 16h30 às 17h30
Mesa redonda: Transformação digital e novos canais para o cooperativismo agropecuário
Convidados: Marco Fava Neves – Doutor Agro
Leandro Angotti Guissoni - Professor da FGV
Murilo Boccia - Diretor da Natura
Esta mesa redonda vai discutir como a transformação digital impactou o agro. O desenvolvimento dos marketplaces e as transformações na gestão e comunicação.
16/09 QUINTA - 16h às 18h
Workshop: Comunicação e engajamento
Convidado: Mario Rosa
Num contexto acelerado, com multitarefas e um bombardeio constante de informações por todos os lados, é cada vez mais difícil prender a atenção das pessoas. Como inovar na comunicação e gerar engajamento? Como ser relevante em meio à disputa de atenção? Essas questões serão trabalhadas no workshop.
17/9 SEXTA - 10h30 às 12h
Palestra: Construir Futuros
Convidado: Tiago Mattos
O futuro projetado traz impactos nas ações do presente, orientando nossos planejamentos e decisões. Lideranças e times orientados para o futuro reforçam o poder da cooperação para essa construção.
CONEXÃO COM STARTUPS
Um dos momentos mais aguardados da Semana InovaCoop são os pitches das startups, ocasião em que as cooperativas participantes do programa InovaCoop Conexão com Startups vão avaliar as startups selecionadas para solucionar os desafios propostos pelas coops (leia mais aqui).
Durante todos os dias da semana as startups vão se apresentar para as cooperativas. As melhores soluções serão escolhidas para serem executadas pela startup em parceria com as coops. E mesmo se sua coop não estiver no programa será possível acompanhar os pitches. Uma ótima oportunidade para conhecer um pouco mais do ecossistema de inovação!
A Innoscience, parceira do Sistema OCB no desenvolvimento do programa, apresentou a ferramenta Connection e as startups que estão sendo mapeadas para o desenvolvimento do projeto piloto
O programa Inovacoop Conexão com Startups está a todo vapor. Nesta segunda-feira, a Innoscience, empresa de consultoria e parceira do Sistema OCB no desenvolvimento do programa, apresentou às coops participantes a ferramenta Connection, por meio da qual vão conhecer as startups pré-selecionadas para o desenvolvimento do projeto piloto.
A ideia é que as coops iniciem a avaliação para que, durante a programação da Semana de Inovação, que vai ocorrer de 13 a 17 de setembro, possam ter até três boas opções para o Pitch Day, que é quando as startups se apresentam para as coops.
“Essa reunião é essencial para nortear o trabalho da nossa parceira que, além de receber a inscrição de startups interessadas no programa, também estão em busca ativa de outras opções que possam atender a necessidade das coops. Vale ressaltar que as startups com as melhores soluções serão escolhidas para seguir à próxima etapa do programa no Pitch Day. E as startups selecionadas farão parceria com as coops para desenvolvimento de um piloto”, comenta a coordenadora de Inovação do Sistema OCB, Samara Araujo.
O objetivo do programa é que, com base na inovação aberta, ou seja, que ocorre com parcerias ou intercooperação, as coops possam solucionar seus desafios, aumentar a eficiência de seus projetos, reduzir custos e riscos, aumentar o retorno sobre os investimentos a ampliar as oportunidades e fontes de receita.
BREVE HISTÓRICO
Ao todo, 30 desafios foram inscritos. A seleção foi feita pela OCB junto com a parceira Innoscience, levando em conta os seguintes critérios: regularidade da coop junto à OCB, relevância da solução do desafio para o ramo, possibilidade de aplicação da solução em pelo menos cinco coops, capacidade de investimento da coop no projeto piloto, disponibilidade de pessoal para desenvolver o piloto junto à startup e o perfil do desafio adequado para o ecossistema de startups.
CONFIRA OS DESAFIOS SELECIONADOS
Prontuário eletrônico e informações em tempo real (Unimed Vitória): A grande quantidade de usuários e unidades de clínicas dificulta a consolidação de informações do Prontuário do Paciente entre sistemas clínico-assistenciais das Cooperativas que utilizam diferentes ERPs. Além disso, o sistema carece de um barramento tecnológico padrão que permita a troca de informações sobre os pacientes tratados.
Agenda eletrônica unificada e informações em tempo real (Uniodonto Paulista): Os usuários enfrentam dificuldades no agendamento de consultas e exames médicos, lidando com um sistema burocrático e pouco eficiente de agendamento, causando desistências e comprometendo a experiência do usuário.
Gestão de acessos a áreas restritas no hospital (Unimed Vitória): A minimização da contaminação e transmissão cruzada que é transmitido principalmente pelas mãos dos profissionais da saúde, é um dos principais itens que necessitam de ser atacados dentro dos hospitais. Por não haver nenhuma forma de controle sistêmico, todos EAS's (Estabelecimento Assistencial de Saúde) recorrem a campanhas e vigilâncias manuais que acabam apresentando baixa adesão e consequentemente baixa eficácia.
App de oferta de serviços (marketplace) (Fetrabalho/RS): Como podemos disponibilizar ao público todo o portfólio de serviços das cooperativas em uma única plataforma? Hoje os cooperados têm dificuldade na oferta própria de seus serviços e não fazem parte da chamada “economia de plataforma”.
Gestão e rastreabilidade da produção de café (Cooperativas de café do ES): Produtores têm dificuldade de fazer a gestão da sua propriedade. A partir disso, oportunidades de obtenção de certificações e melhorias em termos de custo e produtividade são perdidas com a falta de registro de informações.
Gestão de dados (FECOERMS): A grande quantidade de usuários do sistema dificulta a gestão e atualização de dados pessoais de cada perfil, tornando a operação menos eficiente. Além disso, com a nova lei geral de proteção de dados, se faz ainda mais necessária a organização e validação de dados dos associados e clientes em função da autorização do uso de dados e comunicação.
App para solução em transporte de cargas (FetransCoop): As cooperativas de transporte de cargas carecem de um modelo de atuação capaz de atender o público consumidor do transporte, efetivando a integração das cooperativas e promovendo a capilaridade para uma atuação mais competitiva no mercado.
Gestão de ações sociais (Central Ailos + Sicoob Central ES): O desafio está no registro, mensuração e histórico de ações sociais e patrocínio. A ferramenta será um importante aliado para organização, gestão e mensuração das demandas de ações sociais e patrocínio, além de proporcionar rapidez e transparência na consolidação de dados para prestação de contas aos cooperados e comunidade.
Pesquisa de satisfação e relacionamento (Sicoob Central Crediminas + Sicoob Central Paulista ): Atualmente não há uma ferramenta padrão que possibilite às cooperativas singulares avaliarem o atendimento prestado pela cooperativa Central e nem para que os associados avaliem os serviços prestados pela cooperativa.
Comunicação interna e rastreabilidade de informações (Sistema OCB): Precisamos conectar os dados, informações, ações em uma rede única e intuitiva de comunicação, fazendo circular o conhecimento em todo o Sistema OCB.
Precisando de recursos para inovar? Conheça as alternativas e por onde começar!
Boa parte das cooperativas já entende que é mais do que necessário inovar para manter sua competitividade. A recente Pesquisa de Inovação no Cooperativismo Brasileiro, do Sistema OCB, registrou que projetos de inovação fazem parte de 79% das cooperativas. Porém, existem desafios que as impedem de colocar esses planos em prática.
De acordo com o estudo de 2024, para 46% das organizações a falta de recursos financeiros é o principal obstáculo para a inovação. Já para outras, 34% a barreira é a falta de organização, ideias e capacitação.
Para contornar esse cenário, um dos principais pontos que precisam ser compreendidos pelos dirigentes de cooperativas é que inovação não é um custo. Muito pelo contrário, inovar significa fazer um investimento para preservar e ampliar a capacidade de manter a cooperativa no mercado.
Investir em inovação é, portanto, um caminho eficiente para reduzir custos operacionais, melhorar a eficiência da organização como um todo, e atrair novos consumidores, com produtos e serviços que atendam às suas necessidades.
Mentalidade
A destinação de recursos para práticas de inovação passa diretamente pela construção de uma mentalidade inovadora nas lideranças da cooperativa. Por mais que os dados da OCB de 2024 apontem que 87% das cooperativas consideram o tema essencial, as organizações sentem que ainda precisam melhorar na implementação de projetos inovadores.
Ainda de acordo com a pesquisa, a média da autoavaliação de desempenho no grau de inovação foi de apenas 6,2 pontos em uma escala de 0 a 10.
Se é este o seu caso, o primeiro passo é sensibilizar as lideranças da cooperativa para a inovação e definir um orçamento para isso. Tratamos desse desafio específico em detalhes neste blogpost.
Barreira
Ainda assim, mesmo que os desafios de conscientização das lideranças e do orçamento estejam superados, há um segundo passo na jornada de inovação que pode vir a ser um entrave: o acesso a recursos.
Nem sempre a cooperativa terá disponíveis os recursos necessários para inovar. E é importante lembrar que o cooperativismo conta com legislação específica que impõe regras e limites para a obtenção de financiamento externo.
Para começar a endereçar esse obstáculo, é importante conhecer e entender os dois principais tipos de apoio financeiro aos quais a inovação pode recorrer. São eles:
- Direto: investimento de capital e recursos, de fato
- Indireto: uso de incentivos fiscais, como a Lei do Bem, por exemplo
Neste artigo, iremos entender melhor como funcionam esses dois tipos de financiamento para inovação e apresentar as diferentes modalidades possíveis de investimento. Boa leitura!
Apoio financeiro direto em inovação
A modalidade de investimento direto é aquela em que, efetivamente, há aporte de dinheiro na operação para o fomento à inovação dentro da cooperativa. Ou seja, recursos foram destinados especificamente para a criação de um programa ou uma iniciativa de inovação.
Nessa modalidade, os recursos podem ser provenientes de cinco fontes diferentes:
- Recursos reembolsáveis
- Recursos não reembolsáveis
- Recursos humanos
- Capital de risco
- Investimento direto
Vamos entender melhor cada uma delas a seguir.
Recursos reembolsáveis
Este tipo de recurso, como o nome diz, é um crédito que precisa ser devolvido. Então, ainda que obtido com condições vantajosas, como taxas de juros baixas, carência ou amortização, os valores terão que ser devolvidos ao órgão ou entidade que o concedeu.
Em geral, quando se trata de crédito à inovação criado pelo Governo, os recursos estão disponíveis o ano todo, como em linhas de financiamento.
Recursos não reembolsáveis
Ao contrário da modalidade anterior, esta não exige que os valores cedidos sejam devolvidos. No entanto, o mais comum é que este tipo de crédito seja oferecido de forma associada a editais.
Muitas vezes, são organizados e administrados por entidades como:
- Finep (Financiadora de Estudos e Projetos)
- BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)
- CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico)
Dessa maneira, os editais estabelecem regras para utilização dos recursos, que invariavelmente demandam prestação de contas e avaliação da aderência aos fins propostos pelo edital em questão.
Recursos humanos
A cessão de recursos se dá por meio de bolsas de inovação tecnológica. Ou seja, o investimento não é feito na cooperativa em si, mas nos colaboradores que se dedicam à pesquisa.
Também nesse caso, como se trata de um recurso que não é devolvido à respectiva entidade financiadora, há processo de seleção e é necessário comprovar a aderência da proposta de inovação às regras do edital.
Capital de risco
Conhecido como capital empreendedor ou capital de investimento, trata-se de um recurso não reembolsável. Entretanto, embora não exista edital, a cessão dos recursos é condicionada ao interesse do investidor no negócio. Logo, geralmente está associada à cessão de participação acionária.
Acontece que o capital das cooperativas brasileiras não pode ser acessado por terceiros que não fazem parte da sociedade por expressa previsão legal. Por esse motivo, não é usual em cooperativas, e sim em empresas privadas.
No entanto, há casos de cooperativas internacionais cuja legislação aplicável permite que levantem esse tipo de recurso, como a Savvy Cooperative. De toda forma, vale a pena conferir algumas modalidades de capital de risco disponíveis para investimento em inovação. Algumas delas são:
- Investimento anjo: fornecimento de capital financeiro à operação associado ao apoio intelectual por parte do investidor, que recebe uma participação minoritária na empresa e oferece sua experiência e mentoria para ajudar a direcionar o negócio;
- Seed money: o chamado “capital semente” é destinado a empresas ainda em fase embrionária, sem nenhuma consolidação no mercado. Se trata do estágio inicial do negócio;
- Venture capital: em geral, vem logo após o seed money. Por isso, os aportes costumam ser mais volumosos e destinados a negócios com mais estrutura e alguma consolidação no mercado de atuação;
- Private equity: este tipo de investimento se destina a organizações já consolidadas, com participação relevante no mercado, e se destinam à ampliação da operação.
Investimento direto
De acordo com a Finep, este tipo de destinação de recursos tem como objetivo promover a aquisição de participação societária, com foco em capitalização e desenvolvimento de negócios inovadores. Por isso, é feito, em geral, em empresas com elevado potencial de crescimento e retorno financeiro, como startups.
A finalidade é o estímulo à inovação, ampliação e criação de novas competências tecnológicas e de negócios, adoção de melhores práticas, dentre outras finalidades. Este tipo de recurso está disponível por meio de editais, mas também pode ser acessado por meio do mercado privado de investimentos, em três modalidades principais:
- Equity crowdfunding: este mecanismo oferece oportunidade de investimento em startups e empresas em expansão, possibilitando a um conjunto de investidores financiar iniciativas de expansão em troca de participação acionária;
- Corporate venturing: esta modalidade entende que as startups são ferramentas de inovação e, por isso, coloca as empresas que precisam investir em contato com startups capazes de entregar esse tipo de resultado. Entenda aqui como funciona o corporate venture no cooperativismo;
- Renda variável: este tipo de investimento não garante ganho fixo, mas representa o entendimento de que uma iniciativa é capaz de gerar retorno por meio do crescimento de sua operação.
Apoio financeiro indireto em inovação
Neste modelo de investimento em inovação não há alocação direta de recursos, mas um estímulo que vem por meio de duas possibilidades:
- Incentivos fiscais
- Investimento obrigatório
É importante destacar que a fiscalização dos mecanismos de apoio indireto é papel da Receita Federal, com o apoio do ministério responsável tecnicamente pelo incentivo.
As organizações beneficiárias devem prestar contas das informações relacionadas aos incentivos fiscais utilizados e dos projetos beneficiados. Para saber mais, acesse o livro "Políticas de Incentivo à Inovação Tecnológica", produzido pela IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
Incentivos fiscais
Dentre os mais comuns estão a Lei do Bem, a Rota 2030 e a Lei da Informática. Cada um desses incentivos conta com regras específicas, que merecem ser estudadas detalhadamente. Em comum, visam a facilitar o aporte de capital por meio de renúncias fiscais, por exemplo.
Assim, algumas modalidades de negócio contam com isenção de tributos para o desenvolvimento de suas atividades, tidas como estratégicas para o desenvolvimento do país ou de regiões em específico.
Investimento obrigatório
Setores como o elétrico e o petrolífero são obrigados a destinar parte de sua receita operacional bruta para fazer investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).
Intercooperação e financiamento para inovação junto a cooperativas
O próprio meio cooperativista apresenta oportunidades de financiamento para inovação, especialmente por meio de parcerias de intercooperação com cooperativas de crédito.
Certel e Sicredi
Um exemplo é o da Certel (Cooperativa Regional de Desenvolvimento Teutônia), que buscou o Sicredi para financiar uma hidrelétrica no Vale do Leite. Para viabilizar a construção da unidade geradora que tornou a região autossuficiente em abastecimento de eletricidade, o sistema Sicredi viabilizou o investimento de R$ 50 milhões em um projeto de 18 meses.
Por conta do alto valor do financiamento, quatro cooperativas singulares do Sicredi que atendem à região da hidrelétrica se uniram: Sicredi Região dos Vales, Ouro Branco, Integração RS/MG e Botucaraí.
O total do financiamento foi então dividido em quatro partes iguais entre as cooperativas e concedido à Certel. Como aprendemos no início deste blogpost, este é o caso de uma concessão de recursos reembolsáveis, visto que a Certel devolverá os valores concedidos pelo Sicredi.
O próprio Sicredi também atuou, desta vez como captador de recursos, para levantar R$ 600 milhões junto à International Finance Corporation (IFC) a fim de investir em projetos de energia solar no Brasil.
Ciclos
Quando falamos de intercooperação, os recursos de apoio à inovação podem ser não financeiros e vir na forma de apoio operacional e de recursos humanos.
É o caso da cooperativa de plataforma Ciclos, que surgiu com o apoio da diretoria e de recursos operacionais do Sistema Sicoob Espírito Santo.
A Ciclos, apesar de ter surgido por iniciativa do Sicoob-ES, é uma cooperativa com CNPJ próprio e que aceita cooperados livremente.
Marco Legal das Startups
Vale ressaltar que, a lei complementar 182 do Marco Legal das Startups foi aprovada em 2021 e incluiu as cooperativas entre as organizações elegíveis para serem enquadradas como startups. Isso é um grande avanço porque são organizações que necessitam de formas alternativas de financiamento para sua alavancagem.
“Legalmente, cooperativas enfrentam mais restrições à capitalização que outros tipos societários. Então, um ponto positivo do projeto é a disposição sobre a possibilidade de criação de outros instrumentos de aporte de capital em que o investidor, pessoa física ou jurídica, não integre formalmente o quadro de sócios da startup e/ou não o tenha subscrito qualquer participação representativa do capital social da empresa”, explica Mário De Conto, superintendente do Sescoop/RS.
De acordo com ele, esse dispositivo permite conceber instrumentos compatíveis com a natureza jurídica da cooperativa e a discussão a respeito de um ecossistema cooperativo de startups. Tudo a partir da cooperação entre cooperativas constituídas e as instituições financeiras cooperativas.
Mas não podemos esquecer que, embora seja um modelo de negócio inovador, o funcionamento das startups cooperativas não poderá deixar de observar os valores e princípios cooperativistas, pilares que sustentam o movimento cooperativista no Brasil e no mundo.
Seguindo a trilha da inovação
Já falamos anteriormente sobre a importância de estabelecer e medir os indicadores de inovação. Esta é a única maneira de dar visibilidade aos resultados proporcionados pelas diversas iniciativas nesse campo que são criadas dentro das cooperativas.
Se essa recomendação já é importante quando a cooperativa utiliza recursos próprios para investir nesse tipo de iniciativa, certamente é ainda mais relevante manter um olhar muito criterioso para esse tipo de indicador quando se trata de recursos de terceiros.
Afinal, não apenas a cooperativa tem interesse que a iniciativa gere resultados positivos. É também extremamente importante justificar os investimentos para os cooperados e, quando for o caso, proceder com a restituição do investimento de acordo com a modalidade.
De qualquer maneira, é importante notar que há alternativas à falta de recursos próprios para investir em inovação. Em alguns casos, o caminho é mais claro, como em editais ou por meio de leis específicas.
Em outros, vale a criatividade e a capacidade de articulação para criar iniciativas de intercooperação que resultem em benefícios para todas as partes, desde que observadas as particularidades próprias do regime jurídico das cooperativas.
Radar de Financiamento
Agora que você já conhece as possibilidades de financiamento e planos de apoio à inovação para sua cooperativa, chegou a hora de escolher a opção que melhor se adapta à realidade da sua organização.
Fica fácil se perder em meio a tantas alternativas, não é? Pensando em facilitar esse processo, o Sistema OCB desenvolveu o Radar de Financiamento.
Nessa plataforma, as cooperativas devidamente cadastradas na OCB podem encontrar qual a melhor opção para implementar a inovação. Desde incentivos fiscais até linhas de crédito, o painel conta todos os tipos de investimento, além de uma explicação de cada um.
Não se esqueça dos filtros!
Dentro do Radar de Financiamento, é possível filtrar as oportunidades ativas no momento para encontrar a melhor alternativa para sua cooperativa. Algumas das classificações de busca são:
- Tecnologias/Área do conhecimento
- Tipo de organização apoiada
- Oportunidades por tipo de recurso
- Oportunidade ESG
- Oportunidade por setor
- Oportunidade por órgão de fomento
É importante aplicar os filtros durante sua pesquisa para que você encontre a modalidade de financiamento que mais faz sentido com a realidade da sua cooperativa!
Por exemplo, assim como visto, existe uma grande diferença entre recursos reembolsáveis e não reembolsáveis - e escolher o que mais se adapta à sua organização é fundamental.
Encontrando a alternativa ideal
Além de mostrar as melhores oportunidades de financiamento em aberto para sua coop, o Radar de Financiamento detalha as condições para elas com informações como:
- Órgão de fomento
- Nome da oportunidade
- Tipo de organização apoiada
- Tipo de apoio
- Parceria
- Valor mínimo
- Valor máximo
- Prazo
Se utilizado da forma correta, o sistema pode ser uma mão na roda na hora de escolher o melhor financiamento para sua cooperativa! Para saber o passo a passo de como utilizar a plataforma, basta acessar o guia prático do Radar de Financiamento.