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<p>Vivemos na era da Big Data, na qual o tempo inteiro nossas informações deixadas no mundo virtual são usadas como dados para criar novos negócios ou melhorar os existentes. Mas será que só os dados bastam?</p>

Por que os dados não estão nos ajudando a tomar boas decisões?

Vivemos na era da Big Data, na qual o tempo inteiro nossas informações deixadas no mundo virtual são usadas como dados para criar novos negócios ou melhorar os existentes. Mas será que só os dados bastam?


As ferramentas de Big Data são de grande importância na definição de estratégias de marketing. Com elas é possível, por exemplo, aumentar a produtividade, reduzir custos e tomar decisões de negócios mais inteligentes. O problema acontece quando as decisões são baseadas apenas nestes dados. Até porque, o que leva realmente uma pessoa consumir são suas emoções e necessidades. E por melhor que sejam os algoritmos, histórias, emoções e interações não podem ser quantificadas.

Além disso, é muito fácil se perder no mar de dados que podem ser gerados. “Investir em Big Data é fácil, difícil é decidir o que fazer com esses dados”, diz a etnógrafa de tecnologia Tricia Wan. Em 2009, ela realizou uma pesquisa de campo para a Nokia, na qual identificou o desejo das pessoas pelo smartphone em uma época em que esse produto ainda não existia para consumo. A empresa não acreditou nesta informação, porque ela não vinha da big data. Todas as outras concorrentes lançaram o produto antes da Nokia, e o faturamento da instituição caiu drasticamente nos anos seguintes. “Amostras pequenas podem trazer muitos significados”, conclui Tricia.

O grande insight da Netflix

E são essas “amostras pequenas”, vindas de interação real e profunda com o público, conhecidas como small data, que tem ajudado as organizações a realmente inovarem.

Segundo Martin Lindstrom, especialista em pesquisa que esteve em mais de 2 mil casas e morou em mais de 77 países, “se olharmos para as 100 maiores inovações de nosso tempo, de 60 a 65% se basearam em Small Data”.

E esse número pode aumentar ainda mais se considerarmos a combinação entre os métodos: “a big data oferece insights em grande escala e ajuda a alavancar a inteligência das máquinas, enquanto a small data ajuda a recuperar o contexto perdido, o que torna a big data útil e extrai o melhor da inteligência humana”, conta Tricia Wan.

A Netflix é um bom exemplo deste caso. Nos seus primórdios, quando ainda não tinha um bom algoritmo de recomendação de filmes e séries, ela lançou um desafio: um prêmio de 1 milhão de dólares para qualquer um que pudesse melhorá-lo. Com os resultados obtidos, descobriram que as melhorias eram apenas incrementais.

Para saber o que realmente estava acontecendo, eles contrataram um etnógrafo, chamado Grant McCracken para ter insights baseados em pequenos dados. E aí ele descobriu algo que os algoritmos não tinham identificado: as pessoas amavam fazer maratonas de séries e filmes. Elas nem se sentiam culpadas por isso.

Depois de ter esse insight, eles o escalaram por meio da big data, verificando e validando a informação e por fim, decidiram fazer algo simples e impactante: em vez de oferecer diferentes tipos do mesmo programa, ofereceram mais do mesmo programa. Eles criaram a opção das maratonas e redesenharam toda experiência de usuário para encorajar esse hábito.

O melhor dos dois mundos

Se a big data é sobre achar correlações, a small datas é sobre achar causalidades. Uma pequena pergunta feita em uma casa pode revelar que provavelmente os números estão um pouco equivocados: otimistas ou pessimistas demais. Isso é o que esquecemos quando nos tornamos obcecados em provar tudo por meio de números.

Big Data e Small Data atendem à diferentes demandas e possibilitam melhores resultados, decisões mais embasadas e geração de novos insights. Vale sempre lembrarmos que elas são estratégias complementares e quando usadas combinadas otimizam o potencial das análises dos dados.

 

 

 

<p>Leia a entrevista do gerente de Produto da Fairbnb, o brasileiro João Carlos Silva e conheça um pouco da história dessa cooperativa italiana.</p>

Fairbnb: uma coop de plataforma que sonha alto e realiza muito

Leia a entrevista do gerente de Produto da Fairbnb, o brasileiro João Carlos Silva e conheça um pouco da história dessa cooperativa italiana.


Desde o que o coronavírus começou a passear pelo mundo, tivemos que nos recolher. Muitas viagens e eventos, como passeios e festas foram cancelados por conta das orientações sanitárias de distanciamento social. E não resta dúvida: entre os setores mais prejudicados com isso, está o de turismo.

E as cooperativas que lidam diretamente com esse segmento econômico fazem parte do grupo que sofreu e ainda sofre com a redução no número de viagens. Entretanto, elas perceberam que, para sobreviver, a única saída seria a reinvenção, ou seja, encontrar formas inovadoras de continuar com as portas abertas.

Foi o que fez a italiana Fairbnb, cooperativa de plataforma fundada em 2016 com a meta de ser o Airbnb no modelo cooperativista. E, mesmo com a proposta de garantir tanto condições mais acessíveis aos viajantes como melhor remuneração aos proprietários, também teve de se repensar para driblar as dificuldades da maior crise sanitária da história humana.

Aqui no Brasil, a gente conversou com o gerente de Produto da Fairbnb, o brasileiro João Carlos Silva. Ele contou um pouco de como foi esse processo. Confira!

 

Como você conheceu a cooperativa?

Eu conheci a Fairbnb através do LinkedIn e me aprofundei um pouco sobre a cooperativa que já foi destaque na grande mídia (The Guardian, The New York Times e Financial Times), como um modelo de negócios diferente, baseado no cooperativismo.

Qual o propósito da Fairbnb?

Uma das principais dores que a cooperativa busca sanar diz respeito aos efeitos negativos causados pelo turismo de massa como, por exemplo, a gentrificação* e o fato de que, muitas vezes, a riqueza gerada pelo turismo não fica na região.

Por isso, uma das nossas iniciativas é de que 50% do valor da comissão sejam doados a um projeto socioambiental da cidade que recebe o viajante. Então, no momento da reserva, o turista tem a opção de escolher um projeto para o qual gostaria de fazer a doação. Essa é uma das principais âncoras da nossa plataforma.

Além dessa questão dos 50% do valor da comissão que ficam, necessariamente, no local, existem outras iniciativas da cooperativa que garantam que o turismo seja feito de forma sustentável. Além dos atores principais, como cooperados e colaboradores, também temos os hosts (anfitriões), os guests (viajantes) e os embaixadores nas cidades em que estamos e, claro, os projetos socioambientais.

Os embaixadores são responsáveis por garantir que os hosts que se inscrevem na plataforma estejam regulares com as prefeituras (ou municipalidades, como chamamos fora do país) e que a presença da Fairbnb também esteja de acordo com as necessidades e leis que aquela cidade propõe.

Como a pandemia impactou a operação da cooperativa?

Com a pandemia a gente teve alguns impactos, assim como os outros setores. As pessoas não estavam mais viajando e os hosts também estavam bem preocupados em receber os hóspedes na casa deles, mas durante o processo, o nosso principal foco foi olhar para as necessidades desses atores. Nós fizemos várias entrevistas para entender qual eram as expectativas, analisamos os movimentos do mercado... e fomos nos adaptando. Isso foi muito importante para que a gente conseguisse se manter relevante, ganhando mais força e mais espaço no coração e na mente das pessoas. Vale dizer que, atualmente, temos 18 cooperados pela Europa e alguns colaboradores que não são membros da cooperativa.

Já que a Fairbnb trabalha com turismo, qual a relevância da sustentabilidade para a coop?

Eu acredito que, para este momento de pandemia, negócios sustentáveis como este são cada vez mais importantes. E essa questão da sustentabilidade é muita complexa, pois passa por diversos setores, como os departamentos internos e as ações externas, por exemplo, por isso, acredito que é essencial inserir essa pauta – a sustentabilidade – nos negócios, sobretudo nesse momento de pandemia, que tem nos ensinado que o mundo precisa se sustentar. Então, se continuarmos caminhando como estávamos, ou seja, sem esse olhar, não vai dar muito certo. Hoje em dia, vale a muito a pena buscar metodologias que nos ajudem a compreender as dores dos nossos clientes e parceiros, aplicando a sustentabilidade em todas as fases do nosso negócio.

Quer conhecer um pouco mais sobre a FairBnb? Veja o case aqui no Radar da Inovação.

*Gentrificação é um processo de transformação urbana que expulsa moradores de bairros periféricos e transforma essas regiões em áreas nobres. A especulação imobiliária, aumento do turismo e obras governamentais são responsáveis pelo fenômeno.

<p><span style="color: rgb(0, 0, 0);">A abordagem centrada no usuário é um componente fundamental para produtos e serviços relevantes. Estar atento ao comportamento e desejos de seus públicos trará cada vez mais valor para suas entregas.</span></p>

Como o viés pode afastar as cooperativas de seus cooperados e clientes

A abordagem centrada no usuário é um componente fundamental para produtos e serviços relevantes. Estar atento ao comportamento e desejos de seus públicos trará cada vez mais valor para suas entregas.


Aplicar os princípios de design centrado nas pessoas é essencial para os negócios. No entanto, muitas organizações não compreendem ou aplicam totalmente esse conceito. Assim, infelizmente, a maioria das organizações não conseguem se conectar de forma empática com seus usuários. E as rápidas mudanças que as cooperativas estão enfrentando sugerem que entender profundamente seu público é essencial. Quando as mudanças ocorrem rapidamente, a estabilidade dos negócios fica inteiramente nas mãos do usuário.

Por isso, as práticas de design thinking estão cada vez mais sendo abraçadas por organizações inovadoras que precisam de ferramentas para ter uma compreensão mais profunda de seus usuários. E isso inclui descobrir não só do que eles precisam, mas também o que eles estão vivenciando ao nível emocional e social.

As cooperativas devem ir além de ideias básicas para conhecer os usuários, de modo a criar insights intensos para as experiências vivenciadas. E a melhor maneira de obter isso é abandonar os vieses, as ideias pré-concebidas sobre quem de fato estamos criando valor.

A seguir, listamos nossas melhores práticas para possibilitar uma compreensão mais aprofundada dos usuários, que é fundamental para oferecer produtos e serviços que eles realmente desejem.

Questione seus vieses

É fundamental conectar-se aos usuários de uma maneira a descobrir não só o que eles precisam, mas também o contexto em que a necessidade existe. Este contexto é formado por emoções associadas às necessidades e pelo contexto cultural em que essas necessidades existem.

Este entendimento mais profundo fica geralmente evidente ao usar pesquisa de mercado, entrevistas com usuários e testes com protótipos. Mas, embora todas essas ferramentas sejam bastante úteis, elas só funcionam se a organização perceber um aspecto essencial: seus próprios vieses para com os usuários e suas necessidades.

Para superar esses estereótipos, as cooperativas devem promover uma mentalidade de receptibilidade e curiosidade. É importante nutrir e incentivar a prática de questionar as crenças pessoais e internas para entender quando os preconceitos podem afetar um projeto. O primeiro passo é entender que todos temos vieses. Para aprender mais sobre o que não conseguimos perceber, temos que nos afastar do que conseguimos perceber. Não é fácil, e esse processo nunca tem fim. Contudo, questionar-se continuamente pode evitar que os preconceitos afetem nossas ideias.

Clientes mudam rapidamente

O mundo é um lugar dinâmico e as mudanças são constantes. Por isso, pode ser confuso entender quais mudanças devem ser priorizadas. A resposta a esta dúvida é começar por seus usuários. Os negócios mudam por causa das transformações que ocorrem nas vidas de seus clientes. Compreender a maneira como clientes afetam os negócios é fundamental para atender às suas necessidades, que estão sempre mudando. Muitas transformações pelas quais os negócios passam são causadas pelos usuários. A chave para desenvolver novos produtos e serviços também está em suas mãos.

Esse crescente foco em inovação está ocorrendo porque os modelos tradicionais para criar produtos e serviços não conseguem se adaptar suficientemente rápido em ambientes com alta incerteza. As cooperativas que sobreviverem nos próximos anos serão aquelas que realmente compreenderem os desejos dos seus clientes e cooperados e que criarem propostas de negócios em torno deles. As organizações que trabalham em estreita colaboração com seus usuários conseguirão gerar novos produtos e serviços e substituir as opções atuais que não atendem às necessidades dos clientes. É importante perceber que se conectar verdadeiramente às necessidades dos usuários conforme suas vidas mudam significa não impor suas crenças em relação a essas mudanças. Certifique-se de que as informações e as ideias estão fluindo diretamente deles, e não de vieses internos.

 

As ferramentas de design de negócios

Existem muitas ferramentas no processo de design thinking que produzem novos serviços e colocam o usuário no centro do processo. Algumas das ferramentas mais populares são o business model canvas, o lean canvas e o service blueprint canvas.

O business model canvas tornou-se popular devido à sua representação gráfica simples. Designers adoram essa ferramenta porque ela estabelece rapidamente o valor de um novo serviço. Ela é diferente dos planos de negócios tradicionais, porque se concentra em colocar o usuário em primeiro lugar e só depois desenhar o negócio em torno dele. Essa ferramenta evoluiu para outra versão criada por Ash Maurya, o Lean Canvas. Esse canvas possui campos que se concentram mais em descobrir o problema, uma vez que ter um entendimento mais profundo do problema está diretamente ligado a compreender o usuário.

O service blueprint pode ajudar as cooperativas a mapearem novas ofertas. O blueprint é um diagrama que mostra todo o processo de entrega de serviços, listando todos os passos em cada etapa, e que desempenha as diferentes funções envolvidas. Esta ferramenta elenca serviços em uma matriz para mostrar como as diferentes etapas e as envolvidas, tais como departamentos de negócios ou websites, podem desenvolver o serviço. É importante enfatizar que os serviços são traçados a partir da perspectiva do usuário, e não do negócio. A matriz mostra o que o usuário vivencia ou vê e o que ele não vê. O blueprint é muito útil para testar os passos da entrega, e também para mostrar como o usuário vivencia cada etapa. Se quiser experimentar o uso desta ferramenta, baixe aqui o pdf.

 

Fonte: Adaptado de: http://www.practicalservicedesign.com/the-guide

Embora existam muitas ferramentas e métodos que designers usam para colocar seu usuário no centro do processo de desenvolvimento, a ferramenta mais valiosa é uma mudança de mentalidade.

Sempre haverá novos processos e ferramentas para dar apoio e evoluir o desenvolvimento de negócios. Mas uma mentalidade focada nas necessidades dos usuários, que são sempre contínuas e estão em constante evolução, é fundamental para encontrar a solução para qualquer problema que aconteça agora ou no futuro. Essas ferramentas também agem como um lembrete em relação aos vieses e ideias pré concebidas: se você não sabe o que o usuário está pensando ou sentindo em determinados momentos, pergunte a eles, não invente.

O valor é definido pelo usuário

Em última análise, o valor de produtos e serviços de um negócio é definido integralmente pelo usuário. Todas as decisões devem ser regidas pelas necessidades dele. À medida que as coisas mudam, é importante manter-se perto de seus clientes, escutá-los, analisar as tendências que seguem e os comportamentos que surgem. Use o design para se livrar de velhos preconceitos e para descobrir algo de valor para o seu público. Lembre-se de não basear decisões em preconceitos criados a partir de conclusões ou suposições prévias. Colocar os usuários em primeiro lugar e entender profundamente os problemas deles é o melhor caminho para evoluir em um mundo que muda rapidamente.

Encontrar um novo caminho para evoluir durante os tempos de mudança nunca será algo simples. No entanto, métodos de design thinking foram criados já pensando em situações complexas. Essas ferramentas foram criadas para absorver mudanças, assumir grandes desafios e resolver problemas. Se você continuar a promover uma abordagem centrada nos usuários, não haverá problemas que não possam ser enfrentados. Para aprender sobre o design thinking faça nosso curso.

<p><span style="color: rgb(58, 58, 58);">Em um contexto no qual não basta ter o vínculo comercial com seus públicos as coops devem se preocupar com os sentimentos que elas nutrem a cada experiência. As marcas buscam aprofundar o relacionamento de maneira mais intensa do que em qualquer outra época.</span></p>

Mapa de Empatia: conhecer para ter um relacionamento profundo

Em um contexto no qual não basta ter o vínculo comercial com seus públicos as coops devem se preocupar com os sentimentos que elas nutrem a cada experiência. As marcas buscam aprofundar o relacionamento de maneira mais intensa do que em qualquer outra época.


O mapa de empatia é uma ferramenta importante para melhorar o relacionamento com os clientes. Isso porque é preciso criar um vínculo forte, a fim de que a marca sobreviva às inúmeras ofertas que cada cliente recebe minuto a minuto. E nenhum relacionamento se mantém se não houver conhecimento entre as partes.

Para resolver essa questão e proporcionar um entendimento estratégico e assertivo, o post de hoje trata sobre o mapa de empatia, como fazer, para que serve e várias outras dicas.

O que é mapa de empatia?

O mapa de empatia é uma ferramenta de design que, de forma visual, provoca a investigação das características dos consumidores. Uma análise holística, cujo objetivo é proporcionar um alto nível de empatia da marca para com sua persona.

Assim, é imprescindível ter a persona desenvolvida, ou seja, o perfil do consumidor perfeito da marca, em que hábitos, desafios, desejos e características estejam mapeados.

Tanto é que a Xplane, empresa responsável pela criação do mapa de empatia, fez uma atualização da ferramenta no ano 2017. Na oportunidade foram inseridos dois novos campos que correspondem diretamente à persona sendo, respectivamente, “Com quem estamos sendo empáticos?” e “O que ela precisa fazer?”.

Para que serve o mapa de empatia?

Os benefícios da aplicação da ferramenta se estendem até após a sua realização, como apontamos abaixo.

Insights

Uma vez que se passa a exercitar o olhar do cliente e não mais o próprio, a marca conta uma probabilidade maior de gerar insights que agreguem valor à experiência dos consumidores, o que é possível a partir de inúmeras ações.

Por exemplo: gerar melhorias dos produtos e das soluções ou detectar melhores formas de reter a atenção deles nas campanhas e ações de marketing ou, até mesmo, otimizar os processos de atendimento e interação.

É possível, ainda, não só incrementar como também detectar oportunidades e, a partir daí, aumentar o portfólio oferecido.

Alinhamento

O formato visual do mapa de empatia favorece não só o seu entendimento e absorção das informações como também consultas futuras. Afinal, ele sempre será uma fonte rica, uma vez que concentra boa parte do entendimento que a cooperativa tem sobre a sua persona, gerando uma comunicação e foco de público para tudo o que for realizado.

E por mais simples de entender que o mapa de empatia seja, o bom resultado depende mais do comportamento e comprometimento da equipe. O desenvolvimento requer dedicação para que a equipe saia da zona de conforto e consiga se colocar na posição de cliente, abrindo todos os seus sentidos para se aproximar da realidade dele.

A fim de facilitar a aplicação do mapa de empatia, separamos as dicas abaixo.

Dicas para o preenchimento

A ferramenta é um exercício focado. Assim, se a marca tiver mais de uma persona, escolha por qual começar, já que cada uma deverá ter seu próprio mapa de empatia.

Respeite a ordem de preenchimento, pois há uma lógica entre as etapas, tendo em vista aprofundar gradativamente o entendimento sobre o cliente, de forma que o quadrante anterior auxilia o melhor preenchimento do seguinte.

E, claro, nunca se esquecer que tudo deve ser respondido sob a perspectiva do cliente. Analisar as informações é um processo posterior à conclusão do preenchimento. A princípio a energia deve estar concentrada em não perder o foco na perspectiva da persona.

Mapa de empatia: como fazer

Para fazer o mapa de empatia, a dica é seguir as etapas abaixo. Confira.

1. Com quem estamos sendo empáticos?

A fim de contextualizar todo o processo, o mapa de empatia inicia perguntando as características da persona. Aqui vale enfatizar o objetivo e o momento de vida dela, juntamente com seus desafios, valores, desejos e características.

2. O que precisa fazer?

De forma direta, a pergunta se refere às ações necessárias para que o objetivo da persona seja, de fato alcançado. O protagonismo dela deve ser descrito em decisões e atitudes que tomará.

3. O que vê?

Nessa etapa se inicia o aprofundamento, tendo em vista a descrição do cotidiano no qual está inserida, ou seja: quais são os ambientes, as pessoas, as circunstâncias, no que presta atenção?

4. O que fala?

Parte da construção da personalidade e da identificação a quais nichos pertence, nesta etapa é preciso, de fato, escrever expressões e frases que validem os sentimentos, a identidade da persona.

5. O que faz?

Entendimento do agir comum da persona, aqui é preciso apontar quais são as atividades que habitualmente realiza no dia a dia: em casa, na locomoção, no trabalho, nos momentos de lazer.

6. O que escuta?

Mais um aprofundamento do meio, pois a pergunta gerará informações que não dependem, diretamente, de uma ação da persona, mas dos demais que estão ao seu redor e das mídias a que é exposta e escolhe consumir, como opiniões, expressões, indagações, ordens, conselhos etc.

7. O que pensa e sente?

O impacto de todo o viver da persona que fala, vê, ouve e tem suas próprias angústias e ambições culminam em um determinado posicionamento, em uma infinidade de possíveis sentimentos. O último quadrante revela como a persona processa tudo isso dentro de si mesma ao se debruçar sobre suas dores e sentimentos.

Neste conteúdo, você aprendeu que o mapa de empatia é uma ferramenta poderosa para compreender melhor o seu cliente e aprofundar o relacionamento com ele. Também demos o passo-a-passo e dicas de como fazer o mapa de empatia, respeitando as principais etapas e realizando o preenchimento adequado. Baixe aqui nossa ferramenta.

<p>Vinícius Poit, relator do Marco Legal das Startups na Câmara dos Deputados, aponta vantagens da presença do setor entre os players do mercado no Brasil</p>

Startups: princípios inovadores do cooperativismo aumentam competitividade

Vinícius Poit, relator do Marco Legal das Startups na Câmara dos Deputados, aponta vantagens da presença do setor entre os players do mercado no Brasil


“Um novo olhar, não só para o negócio, mas também para o grupo de colaboradores, associados ou cooperados”. É assim que o deputado Vinícius Poit (Novo-SP) define em entrevista para o Sistema OCB o Marco Legal das Startups (PLP 146/19). Relator do projeto, o parlamentar acrescenta que “o acesso à tecnologia e aos novos modelos de negócio, a exemplo das startups, são o farol dos novos empreendimentos, especialmente para a juventude que começa a chegar ao mercado de trabalho”. A votação da proposta foi concluída pela Câmara dos Deputados na última terça-feira (11) e aguarda sanção presidencial.

Entre os principais pontos do novo marco legal, Poit destaca o que prevê segurança jurídica aos empreendedores e a inclusão do setor cooperativista. A inclusão das cooperativas no texto foi um pedido do próprio setor através da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), responsável por sua representação institucional. Segundo ele, a atuação das startups cooperativistas abre espaço para a descoberta de modelos de negócios diferenciados. “As startups no Brasil buscam princípios inovadores que o modelo cooperativista possui desde sua criação e que podem gerar vantagens no que diz respeito ao ganho de escala e maior poder de negociação no mercado”.

As startups podem atuar nos mais diversos ramos e têm baixas despesas de manutenção com crescimento rápido de receita. De acordo com o texto aprovado, podem ser classificadas como startups as sociedades cooperativas e empresas que operem com a inovação aplicada a produtos, serviços ou modelos de negócios; e que tenham receita bruta de até R$ 16 milhões no ano anterior ao da promulgação da norma e até dez anos de inscrição no CNPJ. 

O novo marco legal também exige que as startups declarem, em seu ato constitutivo, o uso de modelos inovadores ou que se enquadrem no regime especial Inova Simples, previsto no Estatuto das Micro e Pequenas Empresas. Entretanto, para entrar no Inova Simples, a empresa precisa estar enquadrada nos limites do estatuto, de receita bruta máxima de R$ 4,8 milhões.

De acordo com a Associação Brasileira de Startups (Abstartups), de 2015 a 2019, o número de startups mais que triplicou no país, saltando de 4.151 para 12.727. Ao mesmo tempo, em todo o Brasil, o número de cooperativas passa de 5 mil com cerca de 15,5 milhões de brasileiros associados. Esses números corroboram com a opinião do relator de que “o brasileiro é um empreendedor nato. Empreender é o quarto principal desejo dos cidadãos do país, perdendo apenas para ter casa própria, carro e viajar”.

De olho no ecossistema de inovação e nesse universo crescente, a OCB lançou no último dia 10 de maio o programa InovaCoop Conexão com Startups para acelerar e contribuir na consolidação de startups de diversos ramos. Para o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, o programa permite que as cooperativas se tornem protagonistas no processo de transformação da economia pós-pandemia, principalmente pelo fato de possuírem em seu DNA a reinvenção e a superação. “Acredito que seja uma forma dos dois polos se ajudarem, empreendedores e cooperativa. Um modelo para o setor se conectar com novas tecnológicas e aumentar a competitividade no mercado”. 

Saiba mais sobre o programa InovaCoop Conexão com Startups no link https://bit.ly/3ophOVZ 

Confira a entrevista com o deputado Vinícius Poit:

O que esperar com a sanção do Marco Legal das Startups?

O brasileiro é um empreendedor nato. Empreender é o quarto principal desejo dos cidadãos do país, perdendo apenas para ter casa própria, carro e viajar. Vivemos em um país de renda média baixa e sonhamos alto. Somos empurrados para arriscar no mercado pela necessidade. A maioria dos empreendedores são pequenos, 99% são micro ou pequenas empresas ou cooperativas com um pequeno número de associados, e o ambiente de negócios no Brasil é péssimo. Aqui o trabalho parece ser feito para matar a inovação. Falta liberdade para quem quer trabalhar, produzir e empreender, mas sobra burocracia. E para corrigir isso o marco é um avanço inicial para garantir segurança, fomentar e potencializar ainda mais. O acesso à tecnologia e aos novos modelos de negócio, como as startups, são o farol dos novos empreendimentos, especialmente da juventude que chega. Esperamos, com a sanção do projeto, que seja uma sinalização de que sim, queremos mais inovação. E que o Estado brasileiro será um parceiro e não um obstáculo. A partir da sanção queremos mostrar a maturidade no tema, garantindo um ambiente mais próspero para os novos empreendedores, aqueles que vendem soluções e fomentam assim a nossa economia, a produtividade brasileira e o nosso crescimento.

Qual a importância do marco legal para os diversos ramos de tecnologia e inovação?

É muito comum chamar esses empreendedores de nômades digitais, uma vez que eles não estão atrelados a fronteiras físicas. Seus negócios são disruptivos, são maleáveis. E essa maleabilidade serve exatamente para fugir de países que os impeçam de ter sucesso. Você não prende um negócio desse no seu país criando dificuldades em cima dele, você o atrai quando monta um ambiente de competitividade e liberdade. É nesse sentido que está a importância do marco, ele vai na direção exata de impedir que o Estado brasileiro deposite seu peso em cima de negócios que não têm motivo para ficar aqui caso sejam prejudicados. É uma visão de mundo totalmente diferente e a nossa política precisa estar atenta. O país mais hospitaleiro leva e queremos que seja o nosso. O Brasil quer startups.

E com relação as cooperativas? 

Acreditamos que a atuação das startups cooperativas abre espaço para a descoberta de modelos de negócios diferenciados. As startups buscam princípios inovadores que o modelo cooperativista possui desde sua criação e que podem gerar vantagens no que diz respeito ao ganho de escala e maior poder de negociação no mercado”. É uma oportunidade importante principalmente para os jovens que buscam um espaço no mercado de trabalho. Queremos que o marco ajude a prosperar ainda mais o setor cooperativista, assim como todo o ramo de tecnologia e inovação de forma geral. 

A agricultura brasileira também pode se beneficiar com o marco?

Apesar de liderar o peso da nossa balança comercial e ter progressivos ganhos de produtividade, a agricultura brasileira ainda carece de conectividade. A tecnologia 4.0 é uma realidade e precisa ser conectada ao ramo da agricultura para aumentar a produtividade, a eficiência, a competitividade e o retorno financeiro. Maior conectividade garante a tomada de decisões mais ágeis, mais assertivas e em tempo real, fomentando um ambiente de inovação que aumenta nossos ganhos em escala. A agricultura digital é uma demanda a ser resolvida, inserindo inclusive startups para a tecnologia no campo. O nosso século terá uma revolução verde como protagonista, é visível essa tendência nos fóruns mundiais que debatem o tema. E o Brasil tem vantagens comparativas muito boas para liderar essa transição, ser a economia verde modelo a nível mundial. Mais do que relevância geopolítica, a inovação, a ciência e a tecnologia na agricultura são fundamentais para a sobrevivência.

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