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<p>Entenda a necessidade de fomentar a urgência pela inovação em seu negócio e por que o papel da liderança é essencial.</p>

Como manter a urgência pela inovação constante

Para prosperarem, os negócios precisam fomentar a cultura da inovação e mantê-la viva


A inovação é uma necessidade, mas isso não significa que ela ganha vida naturalmente. Como costumamos falar aqui no InovaCoop, o processo de inovar precisa ser estimulado pelos líderes e gestores de maneira constante. Manter a chama da inovação acesa é, portanto, um grande desafio.

Essa dificuldade foi evidenciada, por exemplo, na segunda edição da Pesquisa de Inovação do Sistema OCB. O estudo aponta que, apesar de reconhecerem a importância da inovação, dando, em média, uma nota de 9,6, as cooperativas pecam no fomento da cultura da inovação, apresentando uma média de apenas 6,4.

O papel das lideranças

Para que a inovação faça parte das cooperativas, o envolvimento das lideranças é imprescindível. De acordo com estudo do Boston Consulting Group, os CEOs foram apontados como fomentadores da inovação em quase 50% das companhias.

A pesquisa da OCB também evidencia o papel da alta administração nas decisões relacionadas à inovação: mais de 75% delas são feitas pela presidência ou pela diretoria. Fica claro, portanto, que as lideranças devem colocar a inovação no centro da estrutura organizacional.

No entanto, ter a consciência da importância da inovação não é suficiente; ela precisa ser fomentada constantemente. É por isso que todos os líderes precisam estimular a cultura da inovação dentro da instituição, enquanto se aperfeiçoam e adquirem novas posturas diante de práticas e projetos inovadores.

Como evitar a inércia e promover a urgência pela inovação

Toda e qualquer organização passa por períodos tranquilos e turbulentos. No entanto, em ambas as situações, o show deve continuar. A inovação é parte essencial dos elementos que não podem entrar em um estado de inércia. Com tantas mudanças e o surgimento de novas tecnologias, a inovação precisa ser constante.

Porém, sabemos que essa não é uma tarefa fácil, especialmente quando os líderes não incentivam práticas inovadoras ou dificultam a execução delas. Pensando nisso, separamos algumas dicas para que a urgência pela inovação continue constante em sua cooperativa.

Inovar para sobreviver

Estamos nos aproximando cada vez mais de uma realidade tecnológica. Assim como os computadores tomaram o lugar das máquinas de escrever, a falta de inovação pode lhe custar uma posição no mercado. Inovar, portanto, se tornou um requisito para crescer e se manter ativo.

Diante dessa mudança, é fundamental que os líderes cooperativos assumam a responsabilidade de viabilizar projetos. Além disso, eles devem incentivar a inovação constantemente, seja em momentos de calma ou agito.

Errar para evoluir

Para inovar, também é necessário experimentar. No entanto, sabemos que erros fazem parte da experimentação e não devem ser vistos como falhas. Ao contrário do que muitos pensam, errar é essencial para a inovação.

A cultura inovadora sabe lidar com as falhas e aprender com elas. O importante é que elas sejam identificadas rapidamente, minimizando os prejuízos e aumentando o aprendizado da equipe.

Com a implementação dessa ideia nas cooperativas, pode-se observar ambientes colaborativos que incentivam a autonomia com responsabilidade e o protagonismo dos colaboradores e cooperados. Dessa maneira, todos se sentem pertencentes e trabalham visando o sucesso da organização.

É melhor prevenir do que remediar

Por que esperar o problema, se podemos evitá-lo? Ao fomentar a inovação, comitês, equipes e até mesmo laboratórios de inovação podem ser criados. Com eles, inovar se torna parte da cultura da cooperativa gradativamente.

Segundo uma pesquisa da Harvard Business School, negócios passam por um ciclo de inovação que, por vezes, é instável. É por isso que prevenir problemas através de projetos inovadores em constante desenvolvimento se apresenta como uma alternativa viável e segura.

Momentos turbulentos são normais e imprevisíveis, porém, com uma equipe de inovação e projetos sólidos, superar situações como essa torna-se uma tarefa fácil.

Aproveite cenários positivos

Que tempo melhor para inovar se não o de calmaria, não é mesmo? Em momentos de crise, qualquer mudança, inclusive as relacionadas à inovação, é implementada rapidamente, sem muito planejamento. Apesar da situação demandar agilidade, essa rapidez pode trazer consequências.

É por isso que o melhor momento para inovar - e garantir maior sucesso - é durante a calmaria. Sem crises ou problemas iminentes que possam afetar os resultados da cooperativa, a equipe de inovação foca em desenvolver iniciativas e projetos que, a longo prazo, tragam resultados positivos.

Diante de um ambiente propício, a inovação se torna indispensável. O ato de inovar passa a ser constante, ou seja, mesmo sem problemas a resolver, projetos são criados, desenvolvidos e analisados. Dessa forma, sua cooperativa é capaz de não apenas sobreviver e, sim, de prosperar, trazendo resultados positivos.

Fique atento às tendências tecnológicas e sociais

Não adianta nada promover a urgência pela inovação sem ao menos ter conhecimento sobre as tendências tecnológicas e sociais do momento. Apesar da inovação, em sua totalidade, ser essencial para o crescimento dos negócios, não podemos esquecer o poder das tendências.

Além de pensar nos problemas que podem e devem ser resolvidos em sua cooperativa, por exemplo, a liderança não pode esquecer de se atentar às novidades tecnológicas e sociais apresentadas, por exemplo, em eventos, como o SXSW.

Desafios para o futuro da inovação

Fica claro, portanto, que não podemos esquecer de inovar e devemos fomentar a cultura da inovação constantemente. No entanto, inúmeras organizações, inclusive cooperativas, enfrentam desafios para implementar a inovação no dia a dia.

A Inventta, consultoria especializada em inovação e estratégia, apurou dados sobre o futuro da inovação e elencou as principais dificuldades para inovar. O principal desafio apontado pela consultoria é a cobrança por resultados a curto prazo, com 46% de frequência, sendo seguido pela falta de tempo para se dedicar à inovação, 43%, e a falta de orçamento, 37%.

Apesar das dificuldades, a visão da consultoria para o futuro da inovação é positiva. Segundo ela, as organizações terão um modelo de governança eficaz e ágil, capaz de acompanhar as tecnologias e a inteligência artificial. Já as lideranças vão assumir o papel de catalisadores da inovação, incentivando e fomentando a prática nas instituições.

Para que esse sonho vire realidade, a inovação precisa ser implementada no dia a dia das cooperativas desde já. Por ser um processo lento e a longo prazo, a cultura da inovação precisa se manter constante. Só assim os desafios para o futuro da inovação podem ser superados.

Conclusão: a cultura da inovação é fundamental para o sucesso

Podemos concluir que o papel de manter a urgência pela inovação passa principalmente pelos gestores. Construir uma cultura de inovação que valoriza a criatividade e o movimento é o caminho para fugir da inércia e manter a produção de ideias frescas.

Sendo assim, os líderes devem nutrir o sentimento de urgência pela inovação em todas as equipes da cooperativa. Com a liderança envolvida no processo, fica mais fácil explicar aos cooperados, clientes e equipes de colaboradores que ideias inovadoras produzem bons resultados.

E se você quiser uma mãozinha para fomentar a cultura da inovação em sua cooperativa, confira o e-book "Cultura da Inovação no Cooperativismo". Lá você entende mais sobre a inovação, a transformação digital e quais as ferramentas que podem ser utilizadas para inovar.

<p>Confira como o cooperativismo está utilizando a tecnologia blockchain para inovar!</p>

Blockchain no cooperativismo: cases e aplicações

Versátil, a tecnologia oferece segurança e agilidade para inúmeros produtos e serviços.


O futuro está cada vez mais tecnológico com o avanço das blockchains. Sendo assim, inúmeras organizações estão aproveitando as inovações para deixar seus processos, produtos e serviços conforme as demandas do mercado

Nesse cenário, as cooperativas têm uma gama de possibilidades e oportunidades com a tecnologia e com o blockchain. Mas não se engane, o blockchain já não é apenas usado em transações com criptomoedas.

Neste artigo, vamos entender mais sobre as possibilidades abertas pela tecnologia blockchain e veremos como ela está sendo usada na prática por cooperativas de diversos ramos. Aproveite a leitura!

Blockchain: conceitos e aplicações

De maneira geral, a tecnologia blockchain é um grande banco de dados descentralizado que registra transações de seus usuários. O propósito é deixar as operações registradas e imutáveis, ou seja, sem a capacidade de qualquer alteração fraudulenta, já que cada movimento fica guardado nessa rede compartilhada.

A rede blockchain é capaz de registrar tanto ativos tangíveis, como casas, dinheiro e carros, quanto ativos intangíveis, como patentes, marcas e direitos autorais. Com essa tecnologia, os registros de propriedade estão seguros e podem ser negociados com menos riscos e mais transparência.

Como a tecnologia blockchain funciona?

A primeira aplicação prática da blockchain surgiu junto ao Bitcoin, uma criptomoeda 100% virtual. A tecnologia torna o bitcoin uma moeda totalmente descentralizada em que todas as transações de compra e venda ficam registradas na rede.

Basicamente, quando ocorre uma transação, ela é registrada em uma espécie de bloco de informação. Quando o bloco fica cheio de operações, ele é selado, marcado com data e hora, e guardado com um identificador. Já as correntes são formadas a partir de outras transações que provêm da inicial.

Imagine: a pessoa “A” vende suas criptomoedas para “B”, criando um bloco de operação. Quando “B” faz uma transação com “C”, a corrente é criada, já que ela só aconteceu devido à interação com o indivíduo “A”. Ou seja, todo bloco novo conta com informações do anterior e, portanto, estão interligados.

Aplicação da tecnologia blockchain

Em um primeiro momento, o blockchain era utilizado apenas para criar e manter criptomoedas circulando mundialmente. Ao passar do tempo, e com o sucesso da tecnologia, organizações e instituições passaram a enxergar o potencial da blockchain.

É por isso que atualmente vemos que a tecnologia é utilizada em inúmeros setores da economia, não apenas no mundo das criptomoedas. A tecnologia blockchain já integra inúmeras organizações que buscam usar a tecnologia para agilizar o trabalho com segurança digital.

Existem dois tipos de blockchain: a pública e a privada. Na blockchain pública, assim como o nome já aponta, qualquer pessoa interessada pode fazer parte e acompanhar todas as movimentações. Além disso, não há nenhuma instituição controlando as informações.

Já as blockchains privadas são controladas por uma entidade, organização ou governo. São eles quem ditam as regras do uso da tecnologia e de quem pode fazer parte, e monitoram as informações. A ideia de usar esse modelo é manter a discrição, enquanto se aproveitam da tecnologia disponível.

Blockchain no cooperativismo

Para se manterem relevantes no mercado, diante dos concorrentes, as cooperativas precisam oferecer aos colaboradores, clientes e cooperados serviços e produtos inovadores. E a chave para continuarem no caminho da inovação é ficar atento às tendências.

Cada vez mais, o mercado, e as cooperativas, usam a blockchain para oferecer serviços seguros, que podem ser realizados com facilidade, como a tokenização. Fica claro, portanto, que a tecnologia blockchain já está presente no mundo cooperativista. Vamos conhecer alguns exemplos?

Coffee Coin: a moeda da Minasul

Pensando em inovar de uma maneira inusitada, a cooperativa Minasul criou sua própria criptomoeda. A organização pensou em juntar a tecnologia ao produto que é seu carro chefe, o café, resultando na equivalência: uma moeda Coffee Coin para 1kg de café.

Além de oferecer as garantias básicas que caracterizam a tecnologia blockchain, a moeda da Minasul é uma stablecoin, ou seja, uma moeda estável, em tradução livre. Por ser ligada a um ativo de reserva, o café, a moeda sofre menos com a alteração de preços.

A ligação com o café também é benéfica em outros aspectos. Isso porque, além de contar com maior estabilidade no mercado, é possível retirar o quilo de café equivalente a uma moeda, e aproveitar outros produtos da cooperativa. A criptomoeda também pode servir de garantia para empréstimos, já que, após a compra, ocorre a emissão de um Certificado de Depósito Agrário.

Sistema Financeiro Digital: iniciativa pioneira do Sicoob

Em 2017, o Sicoob deu um grande passo e, em parceria com outras instituições financeiras nacionais, criou o Sistema Financeiro Digital (SFD). A iniciativa, que utilizou a tecnologia blockchain, foi responsável por realizar a primeira transferência em tempo real entre instituições.

Mas foi só em 2019, durante o Ciab, maior evento de tecnologia de automação bancária e de serviços financeiros da América Latina, que o SFD passou a ser aderido por outras cooperativas de crédito. Diante dessa mudança, e avanço na tecnologia das instituições, o nome foi alterado para Rede Blockchain do Sistema Financeiro Nacional (RBSFN).

Sibraar: parceria entre Embrapa e Coplacana para monitoramento

Em parceria, a cooperativa Coplacana e a Embrapa desenvolveram o primeiro software capaz de rastrear a produção de cana-de-açúcar da cooperativa, o Sibraar, Sistema Brasileiro de Agrorrastreabilidade. Por ter sido desenvolvido usando a tecnologia blockchain, o sistema armazena os dados dos produtos em blocos digitais em cadeia que contam com informações de fabricação.

O Sibraar também atua na transparência dos produtos da Coplacana ao fornecer um código QR Code para o consumidor conferir os dados imutáveis de fabricação. Tudo se inicia com as informações de lotes de fabricação, gravadas e disponibilizadas em blocos interligados e organizados de forma cronológica.

Em seguida, os dados obtidos são criptografados, comprimidos e encadernados, gerando, portanto, assinaturas digitais. Dessa maneira, nenhuma das informações podem ser alteradas e os consumidores garantem a qualidade do produto que compram.

Próximos passos do blockchain no cooperativismo

Com tantas vantagens, a tecnologia blockchain segue crescendo no mundo cooperativista e permeia inúmeros ramos. Por ser versátil, o sistema de blocos de dados interligados é capaz de se adaptar conforme a demanda.

O cooperativismo de transporte pode contar com a ajuda da tecnologia blockchain no setor de logística, ao tornar as transações transparentes entre as organizações envolvidas. O sistema pode ser utilizado como uma espécie de contabilidade digital capaz de:

• Rastrear e armazenar dados com segurança

• Gerenciar riscos

• Controlar cargas e estoque

• Compartilhar a frota de caminhões

• Precificar veículo usado

No ramo da saúde, o blockchain também se destaca, já que a tecnologia pode ser a resposta para o incansável trabalho de organização, logística e reembolsos. Isso se deve a característica do sistema de gravar informações e não permitir alterações, e, portanto, sendo capaz de:

• Criar prontuários eletrônicos seguros

• Unir informações dos pacientes

• Plataforma única para os profissionais

Redução de fraudes

Blockchain no cooperativismo: produção e sustentabilidade

O sistema de blocos digitais em cadeias também é funcional no ramo agropecuário. A tecnologia pode ser utilizada para a criação de tokens de commodities, ou até mesmo de uma safra inteira. Com a produção tokenizada, é possível vendê-la antecipadamente.

E falando em sustentabilidade, a tecnologia blockchain também está presente na geração de energia elétrica. Com a capacidade de descentralização, o sistema pode ser útil na criação de redes energéticas que conectam produtores de energia renovável aos consumidores. A tecnologia também é capaz de:

• Rastrear transações de energia elétrica

• Integrar fontes de energia renovável à energia elétrica

• Reduzir custos

Já na gestão e governança de dados, a tecnologia blockchain é crucial. Sabemos que com tantas ameaças físicas e digitais, os dados armazenados precisam ser bem protegidos. E é nesse momento que o blockchain entra em ação.

No entanto, para manter a discrição, dados pessoais e comerciais sensíveis precisam ficar fora da rede blockchain. Eles devem ser mantidos apenas pelo tempo necessário em cadeia.

No setor alimentício, o blockchain pode rastrear e armazenar informações sobre um alimento desde seu plantio até o produto final, disponível para compra nos supermercados. Dessa maneira, o consumidor tem a garantia de que o produto é certificado e de qualidade.

Além de oferecer segurança e autenticidade ao consumidor final, o uso da tecnologia blockchain no setor também pode prevenir fraudes e promover práticas sustentáveis.

DAOs: blockchain para cooperativas digitais

As DAOs, Organizações Autônomas Descentralizadas, ficaram conhecidas por seus contratos inteligentes, operados de maneira automatizada, ou seja, sem envolvimento humano. Ao financiar uma DAO, você obtém o direito de voto na tomada de decisões - muito parecido com o cooperativismo, não é?

Nos Estados Unidos, apenas dois estados possuem regulação específica para as DAOs. Diante disso, uma saída tem sido classificá-las como cooperativas, revela a advogada brasileira Jacqueline Radebaugh, que atua em um escritório americano e trabalha com cooperativismo desde 2017.

Nesse sentido, a Employment Commons, que negocia coletivamente planos de saúde e outros benefícios a trabalhadores sem registro formal, é um exemplo de DAO constituída como cooperativa.

“Os membros trabalham em vários lugares e a folha de pagamento dos membros passa pela DAO, e a DAO negocia benefícios para eles”, explica Jacqueline. “Os usuários são como membros em uma cooperativa de consumo”.

Blockchain no cooperativismo financeiro

Por fim, mas não menos importante, vemos que o blockchain pode se tornar um grande aliado das cooperativas de crédito e de outras organizações financeiras. Afinal, tudo começou com a compra e venda de criptomoedas.

A tecnologia blockchain oferece ao ramo crédito inúmeras oportunidades de transações instantâneas, seguras e econômicas. Além disso, o blockchain também pode:

• Evitar fraudes por meio da gestão de identidade visual;

• Administrar ativos;

• Auxiliar no cumprimento de regulamentos;

• Auxiliar no financiamento coletivo.

Conclusão

A tecnologia blockchain segue conquistando inúmeros espaços, inclusive no cooperativismo. Devido às características inovadoras que trazem segurança e agilidade, a tecnologia é vista como uma alternativa para tornar serviços e processos ainda melhores.

Mas não é só o blockchain que está deixando o cooperativismo mais inovador. Com tantas novidades, o InovaCoop produziu o e-book Como a tecnologia está redefinindo a sociedade e transformando os negócios cooperativos. Assim, você consegue entender um pouco mais sobre todas as tecnologias disponíveis para alavancar sua cooperativa.

<p><span style="color: rgb(130, 130, 130);">Oportunidades de fomento em Inovação para coops brasileiras</span></p>

Destaques do Radar de Financiamento (Junho de 2024)

Oportunidades de fomento em Inovação para coops brasileiras


O desenvolvimento de projetos de inovação para cooperativas é fundamental para manter e ampliar a competitividade no cenário brasileiro e global. Entretanto, o investimento nesses projetos demanda recursos financeiros. Muitas vezes, organizações privadas hesitam em fazer tais investimentos por conta das incertezas associadas aos resultados desses projetos, sobretudo quando se referem a inovações tecnológicas em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).

Felizmente, existem oportunidades oferecidas por atores do ecossistema de inovação brasileiro, especialmente aqueles vinculados ao governo. Esses atores propõem mecanismos de fomento para compartilhar os riscos relacionados a projetos de inovação.

Os principais mecanismos de fomento são:

Recursos reembolsáveis: Correspondem a financiamentos onde a organização recebe o recurso, mas precisa devolvê-lo posteriormente. Vale salientar que agências como FINEP e BNDES, que incentivam a inovação no Brasil, oferecem taxas de juros mais baixas e prazos maiores para pagamento em comparação com bancos comerciais.

Recursos não reembolsáveis: Se a organização tiver sua proposta aprovada, não precisa devolver esse recurso.

Incentivos fiscais: São benefícios concedidos pelo governo para incentivar setores ou atividades econômicas. Incluem isenções, deduções e compensações, entre outros, reduzindo a carga tributária de empresas que investem em P&D.

Destaques do Guia de Fomento do Sistema OCB (Inovação e ESG) para junho:

1.    FUNBIO | Edital Floresta Viva - Conectando Paisagens

Região: Sul da Bahia e Norte do Espírito Santo, Brasil

Setor: Restauração Ecológica

Tipo de Suporte: Recurso não reembolsável

Tipo de organização apoiada: Instituições sem fins lucrativos (Associações civis, Fundações privadas, Cooperativas)

Prazo para submissão da proposta: 05/08/2024

Objetivos: O edital busca apoiar a implementação de ações de restauração ecológica para a formação de corredores ecológicos, visando conectar fragmentos florestais e promover a biodiversidade nas áreas de abrangência. O programa é focado em fortalecer as capacidades locais e melhorar as condições ambientais através de projetos sustentáveis e com impacto significativo na conservação da natureza.

Valor máximo: Até R$ 8.400.000,00 distribuídos entre as propostas aprovadas, com financiamento individual de até R$ 200.000,00 para projetos de Estágio 1 e projetos maiores para Estágio 2.

% Apoiada: Não especificado, mas requer contrapartida das instituições participantes.

Custos elegíveis: Ações de restauração ecológica, criação e fortalecimento de pequenas organizações locais, desenvolvimento de cadeias produtivas associadas à restauração e outras atividades que contribuam para a restauração e conservação ambiental.

Duração do Projeto: De 12 a 48 meses, dependendo do estágio do projeto.

Link da chamada: https://chamadas.funbio.org.br/floresta-viva-conectando-paisagens  

2.    FAPEMIG | Chamada 10/2024 para Desenvolvimento e Inovação em Arranjos Produtivos Locais

Região: Minas Gerais, Brasil

Setor: Diversos (engenharia de materiais, mecânica, elétrica, computação, agronomia, biologia, entre outros)

Tipo de Suporte: Recurso não reembolsável

Tipo de organização apoiada: ICTMGs em parceria com sociedades empresárias, startups ou cooperativas mineiras

Prazo para submissão da proposta: 15/07/2024

Objetivos: O programa visa apoiar projetos de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação que abordem desafios tecnológicos específicos dentro dos Arranjos Produtivos Locais (APLs) mineiros. O foco é o desenvolvimento ou aperfeiçoamento de produtos e processos inovadores, aumentando a competitividade e promovendo o desenvolvimento econômico do Estado de Minas Gerais. Além disso, busca fortalecer os níveis de maturidade tecnológica dos APLs e estimular a cultura de inovação nas entidades participantes.

Valor máximo: R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais)

% Apoiada: 20% de contrapartida obrigatória sobre o valor solicitado à FAPEMIG, sendo 10% proveniente das parceiras e 10% da proponente. Pelo menos metade da contrapartida das parceiras deve ser financeira.

Custos elegíveis: Desenvolvimento de novos produtos, processos inovadores e melhorias significativas em produtos/processos existentes que atendam às demandas dos APLs. Os custos podem incluir pesquisa e desenvolvimento, equipamentos, consultorias, entre outros, desde que diretamente relacionados ao projeto.

Duração do Projeto: Até 24 meses.

Link da chamada: /arquivos/indica/FAPEMIG___Chamada_10_2024.pdf


Para maiores detalhes, não deixe de acessar https://inova.coop.br/radar-inovacao

<p>O Sistema OCB promove a premiação bienal para reconhecer as melhores práticas do cooperativismo brasileiro. As inscrições vão até 22 de agosto e a cerimônia de premiação será em Brasília, no dia 3 de dezembro.</p>

Tem algum case de inovação na sua coop? Prepare-se para o Prêmio SomosCoop Melhores do Ano 2024!

Iniciativa coordenada pelo Sistema OCB reconhece impacto positivo das cooperativas na sociedade


As inscrições para o Prêmio SomosCoop Melhores do Ano 2024 já estão abertas! Promovida pelo Sistema OCB, a premiação ocorre sempre em anos pares e tem como objetivo destacar as boas práticas das cooperativas que proporcionam benefícios significativos aos seus cooperados e à comunidade em geral. Mais uma vez, há a categoria de inovação, incentivando as cooperativas a submeterem seus projetos de novas soluções e melhorias para o setor. Cada participante pode concorrer com um projeto por categoria, a fim de diversificar e aumentar a qualidade das iniciativas apresentadas.

Cooperativas singulares e centrais, confederações e federações sediadas no Brasil, que estejam registradas e regularizadas no Sistema OCB podem se inscrever para concorrer ao prêmio até o dia 22 de agosto. A data limite para regularizar a adimplência e garantir a participação é 2 de setembro. A divulgação dos finalistas será feita no dia 29 de outubro e a cerimônia com a revelação dos premiados será realizada em Brasília, no dia 3 de dezembro.

O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, lembra que o SomosCoop Melhores do Ano é uma forma importante de reconhecer o papel das cooperativas para aprimorar a qualidade de vida da sociedade em suas mais diversas perspectivas. "O prêmio é uma oportunidade única de destacar as práticas que geram impactos positivos nas comunidades onde estamos presentes e inspirar outras cooperativas a seguirem esses exemplos”, afirma.

Categorias

Este ano, o Prêmio vem com uma novidade especial: a categoria Imprensa, que contemplará jornalistas e veículos de comunicação que divulgam o cooperativismo brasileiro em quatro subcategorias: Jornalismo Impresso/Digital; Radiojornalismo; Telejornalismo; e Mídia Cooperativa (Assessoria de Imprensa). Nesse caso, a inscrição será feita após a indicação das Organizações Estaduais (OCES) que apontarão matérias de destaque veiculadas no período compreendido entre janeiro de 2023 e maio de 2024.

Além da nova categoria, permanecem as já contempladas nos anos anteriores:

• Comunicação Coop: contempla as cooperativas que promovem a comunicação, a cultura e a imagem do cooperativismo. Os cases envolvem campanhas de marketing; estratégias para redes sociais; ações com influenciadores e formadores de opinião; atuação junto à imprensa; realização de eventos e ações para promoção do cooperativismo; além de iniciativas vinculadas ao movimento SomosCoop;

• Coop Cidadã: voltada para cases desenvolvidos com base nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS/ONU), que beneficiem a comunidade onde a cooperativa está inserida. Podem concorrer cases envolvidos com atividades culturais, esportivas, recreativas, de educação, de promoção social e consciência ambiental. Também podem ser inscritas iniciativas de acessibilidade e enfrentamento à discriminação; ações de valorização da mulher e estímulo à equidade salarial; acompanhamento de mulheres em situação de abuso; projetos voltados para jovens em situação de risco; ações voltadas às condições melhoria de trabalho dentro da cooperativa; e de capacitação digital;

• Desenvolvimento Ambiental: direcionada a projetos de boas práticas estratégicas para o uso consciente dos recursos naturais, por meio de preservação, reciclagem ou outros projetos que foram importantes para mudar o posicionamento da cooperativa. Os cases, nesse caso, devem envolver temas como monitoramento e neutralização das emissões de gases de efeito estufa; gestão dos resíduos; redução do consumo de recursos naturais; ações de educação ambiental; utilização e/ou implementação de projetos de energia provenientes de fontes solares, biomassa e eólicas; implementação de iniciativas com foco na economia circular; monitoramento de ações contra o desmatamento; e desenvolvimento de ações para preservação da biodiversidade, entre outros;

• Cultura Cooperativista: reconhece as cooperativas que trabalham com a promoção da cultura cooperativista entre os cooperados e os colaboradores e, assim, fortalecem a integração e o sentimento de pertencimento e satisfação, bem como os índices de fidelização. Nessa categoria, os cases devem incluir campanhas de comunicação interna; oferta de treinamentos; processos estruturados de admissão, retenção e valorização de cooperados; ações digitais e de governança para facilitar a participação dos cooperados; organização do quadro social e estruturação de núcleos e comitês; campanhas e ações educativas sobre cooperativismo para filhos de cooperados e nas escolas;

• Inovação: atribuído a soluções inovadoras que promovem mudanças no dia a dia das cooperativas, seus processos, produtos e serviços, com resultados efetivos como novos modelos de aumento de receita; conexões em rede e parcerias; melhorias de estrutura, tecnologia e processos; inovações em produtos e serviços; atuação em novos mercados; inovações em marcas, canais e engajamento de clientes e cooperados;

• Intercooperação: premia projetos de sucesso que comprovem parcerias efetivas entre duas ou mais cooperativas e que viabilizaram o alcance de objetivos comuns. Exemplos de cases que podem ser inscritos envolvem compra conjunta de insumos e/ou serviços; comercialização conjunta de produtos ou serviços; contratação e implantação de projetos de desenvolvimento técnico e tecnológico em parceria; troca de experiências e boas práticas de gestão; atuação conjunta em novos mercados; compartilhamento de estruturas para eficiência e redução de custos operacionais; parcerias comerciais para fornecer a grandes contratantes.

A avaliação dos projetos é feita por duas bancas distintas: a primeira por uma comissão técnica, composta por especialistas em projetos; e a segunda, por um júri, formado por representantes de entidades parceiras do cooperativismo. No caso da categoria Imprensa, a comissão julgadora será formada por profissionais de mercado com expertise em jornalismo e comunicação.

Já está inovando? Quer mostrar suas soluções para todos? Submeta seu case e participe. Esta é sua chance de destacar o trabalho da sua cooperativa e compartilhar suas conquistas inovadoras com toda a comunidade cooperativista.


Faça já a inscrição da sua cooperativa no site: https://melhores.premiosomoscoop.coop.br/


Confira o regulamento completo do Prêmio.

<p>Conheça iniciativas de IA no mundo e veja novas oportunidades para inovar com a tecnologia!</p>

IA no mundo: cases e aplicações para inspirar as cooperativas

Ao redor do planeta, diversos setores estão explorando e descobrindo as possibilidades da inteligência artificial


A revolução da inteligência artificial já está transformando os negócios e moldando o futuro do trabalho, da economia e da inovação. O acelerado avanço da tecnologia faz parte do que a futurista Amy Webb chama de superciclo tecnológico, que representa uma mudança comparável à revolução industrial. Nesse cenário, é preciso ficar de olho nas aplicações da IA no mundo.

Certas aplicações da inteligência artificial generativa já se difundiram pelo mercado e pelas cooperativas. Chatbots, por exemplo, já se tornaram grandes aliados para o atendimento aos clientes e o relacionamento com cooperados. A Unimed Natal é um grande exemplo desse potencial.

Ainda assim, a tecnologia é muito recente e diversos setores estão descobrindo, testando e aprimorando as possibilidades e aplicabilidades da inteligência artificial. Diante disso, vamos conferir diversos casos de uso da IA no mundo, tanto por parte de cooperativas quanto por organizações com outros modelos de negócios. Confira esses exemplos e se inspire para inovar!

IA no mundo cooperativista

Em nossos cases de inovação já constatamos diversas histórias de cooperativas brasileiras que estão realizando avanços com a inteligência artificial. A Unimed Nacional está combatendo fraudes, a Unimed Florianópolis monitora pacientes em tempo integral e a Integrada analisa áreas agricultáveis, por exemplo. Mas também podemos aprender com casos de IA no mundo, como essas cooperativas internacionais nos mostram!

Desjardins: IA em benefício ao empreendedorismo

Maior cooperativa financeira da América do Norte, a canadense Desjardins está apoiando a evolução da inteligência artificial. Para isso, a Desjardins firmou uma parceria com o centro de pesquisas Mila, que estuda a fundo os assuntos relacionados aos avanços da IA. O acordo tem a duração de três anos e prevê benefícios aos cooperados e clientes da cooperativa. A parceria atua em três caminhos:

  1. Uma colaboração em prol do desenvolvimento e pesquisa sobre inteligência artificial e deep learning com uma abordagem ética e responsável.
  2. Acesso privilegiado ao ecossistema científico do Mila, que reúne mais de 900 pesquisadores, dentre professores e estudantes, além de indústrias e startups parceiras.
  3. A oferta exclusiva de serviços, aconselhamento e suporte dos especialistas do Mila aos associados empresariais da Desjardins.

“A inteligência artificial é a chave para proporcionar melhores experiências aos nossos 7,5 milhões de cooperados e clientes. Queremos que nossos associados corporativos possam se beneficiar das tecnologias e o apoio do Mila para ingressar no mercado internacional. Isso vai mudar o jogo para os pequenos e médios negócios que não teriam acesso a esses recursos”, disse Guy Cormier, CEO da Desjardins.

Land O’Lakes otimiza produção agrícola

A cooperativa agropecuária americana Land O’Lakes fechou uma parceria com a Microsoft a fim de se tornar pioneira em inovações no campo, aprimorar a cadeia de suprimentos e tornar sua operação mais sustentável.

A ideia é de que as soluções de inteligência artificial da Microsoft ajude os produtores a lidar com os desafios atuais e futuros do setor. Com apoio da IA e do machine learning, a Land O’Lakes quer otimizar os testes e a coleta de dados para chegar aos processos produtivos mais eficientes.

Segundo Teddy Bekele, diretor de tecnologia da cooperativa, a IA pode auxiliar em diversas etapas da produção. A tecnologia pode apontar qual a melhor cultura para cada terreno levando em conta a topografia, a composição do solo e o clima, por exemplo. A inteligência artificial também contribui para combater pestes e aplicar os fertilizantes adequados.

Zen-noh usa IA para lidar com falta de mão de obra

A Zen-noh, uma federação nacional de cooperativas agrícolas do Japão, emprega ferramentas de inteligência artificial para contornar a falta de mão de obra para a produção de arroz. A tecnologia, desenvolvida junto com a multinacional BASF, auxilia os produtores na gestão de campo.

O serviço, nomeado como Xarvio, produz análises em tempo real sobre a produção das lavouras com informações de satélite e dados meteorológicos. Com essas informações, a IA é capaz de orientar sobre a aplicação de fertilizantes para cada área de uma plantação.

“Estamos trabalhando duro para fazer uma agricultura sustentável. No entanto, somente nossa experiência e tradição não é mais suficiente. Soluções digitais ajudam muito”, diz Masakazu Yamada, presidente da Zen-noh.

Fonterra: uma assistente digital no campo

Grande produtora de leite e de laticínios, a cooperativa neozelandesa Fonterra e a agritech holandesa Connecterra passaram a usar uma assistente movida à inteligência artificial. A partir de dados coletados, a ferramenta elabora recomendações personalizadas para cada produtor.

“É uma tecnologia diferente. Ela aprende sobre cada produtor e sua fazenda. Podemos ver a diferença no crescimento dos bezerros e na saúde dos animais”, declara Chris Poole, um fazendeiro cooperado. 

Mais cases inspiradores de IA no mundo

Além dessas iniciativas, também podemos ter inspirações oriundas de outros modelos de negócio, mas que também podem ser absorvidas pelas cooperativas. Conheça mais esses seis exemplos de IA no mundo!

Fintech Klarna otimiza gastos de marketing com IA

A fintech sueca Klarna, que oferece serviços de processamento de pagamentos para o setor de comércio eletrônico, está usando a inteligência artificial para cortar custos. Desde que começou a recorrer à IA generativa para apoiar suas campanhas de marketing, a Klarna já conseguiu cortar US$ 10 milhões anuais em gastos.

No geral, a companhia reduziu os custos de marketing em 11% no primeiro trimestre de 2024. Somente com imagens, a Klarna economizou US$ 6 milhões após aderir a ferramentas como DALL-E, Midjourney e Firefly. As campanhas, que antes tinham ciclos de seis semanas, agora são mais dinâmicas e semanais. 

A IA generativa acelerou e barateou o lançamento de campanhas relacionadas a datas comemorativas, por exemplo. Produzir artes para cada uma delas, a princípio, era caro. Com apoio das novas tecnologias, o processo ficou mais simples, ágil e menos custoso. Nos três primeiros meses do ano, a Klarna produziu mais de mil imagens.

Mastercard lança modelo de IA para detectar fraudes

Diante da crescente preocupação com a segurança digital, a gigante dos pagamentos Mastercard criou o seu próprio modelo de inteligência artificial generativa para apoiar instituições financeiras na detecção de transações fraudulentas.

O modelo Decision Intelligence Pro permite que as organizações que prestam serviços bancários possam analisar movimentações suspeitas em tempo real. Para isso, o algoritmo foi treinado com dados das 125 bilhões de transações intermediadas anualmente pela Mastercard.

A IA analisa o histórico do titular do cartão para avaliar a validade de uma transação a partir de seu comportamento esperado. Em média, a Mastercard diz que a inovação melhora a detecção em 20%. Há casos, no entanto, de que a ferramenta apresentou resultados positivos de 300%.

Mass General Brigham usa IA para melhorar diagnósticos

O sistema de saúde sem fins lucrativos Mass General Brigham, que é filiado à Universidade de Harvard, se uniu com a Annalise.ai para criar um sistema inovador na área médica. O projeto desenvolvido pela companhia especialista em análise de imagens médicas com inteligência artificial visa identificar pacientes com perfis semelhantes para que os médicos possam utilizar os mesmos tratamentos que funcionaram anteriormente.

O sistema analisa informações de diagnóstico, dados genéticos, prontuários médicos e exames para apontar casos de pacientes similares. O Mass General Brigham apostou em tecnologia com grandes modelos de linguagem (LLM) que, apesar de ser mais cara que outras IAs do mercado, tem um retorno mais rápido e econômico de acordo com Keith Dreyer, chefe de ciência de dados da rede hospitalar.

IA aprende a detectar doenças em radiografias

Uma equipe de pesquisadores da Harvard Medical School treinou a inteligência artificial para diagnosticar raios-x com a mesma eficiência de um radiologista humano. Para isso, eles utilizaram a tecnologia CheXzero, que consegue aprender sozinha as informações escritas em relatórios médicos de exames anteriores, sem precisar de imagens rotuladas por humanos.

Sem esse treinamento, o processo de aprendizado da inteligência artificial não apenas fica mais rápido, como também menos custoso. Durante o experimento, os pesquisadores apresentaram à IA diversos dados publicamente disponíveis de mais de 377.000 radiografias de tórax e 227.000 relatórios clínicos. Com isso, a tecnologia foi a primeira do seu tipo a aprender a associar certas imagens às anotações ao invés de recorrer a dados que foram rotulados manualmente para a tarefa.

A instituição disponibilizou o código do modelo para demais pesquisadores, visando seu uso em outros exames como tomografias computadorizadas, ressonâncias magnéticas e ecocardiogramas.

Assim, o diagnóstico de doenças em outras partes do corpo se tornaria mais fácil. Além disso, Pranav Rajpurkar, líder do projeto, afirmou que modelos de diagnóstico que utilizam uma IA que necessita de pouca supervisão poderiam aumentar o acesso médico em países com escassez de especialistas.

Best Buy melhora experiência de clientes com IA do Google

A Best Buy, varejista focada na venda de eletrônicos, se uniu ao Google para oferecer melhores ferramentas e experiências de atendimento aos clientes. Com ajuda dos modelos de inteligência artificial do Google Cloud, Gemini e Vertex AI, a rede de lojas vai lançar um atendimento self-service ainda em 2024. Esse modelo de assistência vai permitir um suporte 24 horas por dia - por meio do aplicativo, site ou ligação telefônica - realizado pela IA.

Tendo em mente que muitos clientes preferem interagir com um atendente humano, a Best Buy também aplica ferramentas que utilizam inteligência artificial para apoiar seus funcionários. Com o auxílio dos recursos digitais, os colaboradores serão indicados os próximos passos para a resolução da questão do consumidor, tornando o suporte mais rápido para ambos os lados.

Os funcionários especializados em vendas e que trabalham diretamente com os consumidores nas lojas também não ficaram de fora da onda da IA. A tecnologia será empregada no sistema da Best Buy para que eles tenham acesso mais fácil aos recursos da loja ou informações de produtos e, assim, possam atender melhor os clientes.

Modelo promove agricultura sustentável no sul da Ásia

A multinacional Cropin criou a Aksara, inteligência artificial desenvolvida para ajudar agricultores no sul da Ásia e promover práticas de plantio mais sustentáveis. A tecnologia utiliza o micro modelo de linguagem (Micro LLM) e se baseia nos dados internos da multinacional sobre plantações de arroz, trigo, milho, sorgo, cevada, algodão, cana-de-açúcar, soja e milheto nas regiões da Índia, Paquistão, Bangladesh, Sri Lanka e Nepal.

A IA foi feita para ser adaptada pelos agricultores para que eles possam criar seus programas a partir dela - e de acordo com suas necessidades. A Aksara consegue sugerir melhorias no momento do plantio, melhores técnicas de cuidado com as plantações e até maneiras de conservar água. De acordo com a companhia, testes apontam que sua IA é 40% mais eficiente que o GPT-4 Turbo.

Ainda que a primeira versão do projeto esteja em inglês, nos próximos meses a Cropin pretende atualizá-lo para diversas línguas. Krishna Kumar, CEO e fundador da companhia, explicou que esse primeiro modelo é destinado à familiarização de pesquisadores e programadores com a Aksara, para que mais tarde ela se torne acessível a todos.

Conclusão: as facetas da IA no mundo

Como pudemos observar, a inteligência artificial vai muito além do chat GPT. Essa nova tecnologia está presente desde hospitais, até instituições financeiras e campos de plantios. E as cooperativas não ficam por fora dessa! Seja dentro do Brasil ou a nível global, a IA já faz parte da rotina de muitas coops, ajudando com soluções inovadoras.

Dada a expansão da atuação da inteligência artificial, o InovaCoop preparou um guia prático para te deixar por dentro de todas as novidades dessa tecnologia. O material possui dicas incríveis sobre como utilizar a IA a seu favor, buscando o maior desempenho da sua cooperativa. Não fique de fora dessa!

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