O evento terá um cluster exclusivo sobre Cooperativismo de Plataforma, onde o foco será desenvolver soluções para o projeto Favela Mais Coop
Pelo segundo ano consecutivo o cooperativismo vai fazer parte do Hacking Rio – maior maratona de inovação da América Latina relacionada à educação e cultura digital. O evento, que está na 3ª Edição, conta com patrocínio do Sistema OCB/RJ e ocorrerá de 9 a 11 de outubro de 2020 no formato on-line.
Na área do cooperativismo, os participantes “hackathoners” terão o desafio de criar novas formas de integração entre os moradores da comunidade da Rocinha – Rio de Janeiro – oferecendo oportunidades de troca, venda de produtos e serviços e até uma moeda digital local, que permitirá um aumento de empregabilidade, geração de renda e desenvolvimento local sustentável. O Projeto é chamado de Favela Mais Coop e visa à criação de uma solução funcional, ainda que inicial, que possa ser acelerada e dar base à criação de cooperativa de plataforma capaz de mudar a realidade das comunidades carentes, fazendo com que o dinheiro circule na própria favela gerando novas soluções para os moradores
“A Rocinha destaca-se por ser a maior favela do país, contando com cerca de 100 mil habitantes. Ao promover o desenvolvimento de soluções em territórios de baixa renda, e fomentar redes locais de produção e consumo, aumenta a perspectiva de reorganização das economias locais, tendo por base os princípios da Economia Solidária. Não existe inovação sem colaboração. A ideia é criar um Hub de Inovação Social, plataformas, marketplaces, apps, canais digitais de conexão entre pessoas e seus serviços”, explica Lindália Junqueira, CEO e cofundadora do Hacking.Rio.
Para o presidente do Sistema OCB/RJ, Vinicius Mesquita, que será um dos jurados do desafio, o cooperativismo é a alternativa para movimentar os ecossistemas de inovação, tecnologia e empreendedorismo porque tudo que é investido, é dividido de forma igualitária em benefício da comunidade local.
Além do cooperativismo, o Hacking Rio também será voltado para buscar soluções em áreas como educação, empregabilidade, energia, logística, sustentabilidade, turismo, varejo, segurança, esportes, e outros.
A equipe vencedora de cada um dos desafios terá uma premiação de R$ 5 mil reais. Também terá o prêmio de melhor mentor e ativador de R$ 5 mil reais, selecionado pelos próprios participantes. A melhor instituição de ensino receberá um destaque especial. Ao final, as equipes vencedoras concorrem ao Prêmio Master, em que cada integrante da melhor equipe do Hacking.Rio 2020 receberá uma viagem para o Web Summit Lisboa, um dos maiores eventos de tecnologia do mundo que acontecerá em dezembro em Portugal, resultando em um total de R$120 mil em prêmios.
Categorias
Esse ano serão duas categorias: equipes standards (iniciantes) e os MASTERS: desenvolvedores, programadores, coders, designers, UXs, cientistas de dados, de robótica, IA (inteligência Artificial), entre outros.
ONU
Os desafios estão relacionados ao cumprimento dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Esses objetivos organizam os grandes problemas sociais e ambientais do mundo como acesso a saneamento básico, redução da pobreza, fim da fome, energia para todos, equidade de gênero e educação e saúde.
Cooperativismo de plataforma
Lançamos hoje o e-book Cooperativismo de Plataforma, um dia antes do início desta maratona. O material será enviado para os “hackathoners” e também está disponível aqui no InovaCoop. Esperamos que este conteúdo seja útil para todos participantes que optarem pelo cluster do cooperativismo e também para nossos leitores interessados no assunto.
Imagine o surgimento de uma plataforma digital que beneficie comunidades de todo o Brasil. Imagine a emergência de plataformas digitais com propósito cooperativo nos mais diversos ramos, com pagamentos decentes, seguridade de renda e transparência. Os desafios para a criação delas existem, mas elas são possíveis, sim. E os exemplos estão aí no mundo todo para provar isso. Venha com a gente nessa jornada!
“A única coisa constante na mudança é que a velocidade da mudança está aumentando”. Peter Diamonds
Com a democratização da informação aliada à disponibilidade das tecnologias emergentes, novos patamares de crescimento são alcançados. Os negócios estão amplificando seu alcance e atingindo níveis de crescimento em uma velocidade nunca vista antes. Exemplos evidentes disso são o Uber e o Airbnb.
Descubra o conceito por trás
Steven Kotler, jornalista, empreendedor e co-autor do livro BOLD: How to Go Big, Create Wealth and Impact the World afirma que a exponencialidade dos negócios provém da mudança de modelo mental, rompendo o pensamento linear que tem regido o mundo dos negócios nos últimos séculos. Pensamento esse que surgiu na era industrial.
Porém, estamos ingressando na era da informação, digital, conectada e complexa, em que a troca de conhecimento acontece de maneira exponencial com a internet e os resultados dos negócios cada vez mais imprevisíveis.
Nesse cenário, crescimentos exponenciais demandam a incorporação de um novo mindset pelas organizações e pelos empreendedores. Modelo mental que está diretamente relacionado ao próprio ciclo de exponencialidade da tecnologia. Conseguir dominar a forma como a tecnologia evolui e impacta a sociedade, irá conferir aos negócios a habilidade de navegar e crescer nesse mundo complexo, ambíguo, volátil e incerto.
Kotler, em conjunto com Peter Diamonds, teorizam o ciclo de exponencialidade das tecnologias no que denominaram de Os 6 D’s da Exponencialidade:
Parte-se da ideia que o compartilhamento e a troca faz parte da natureza humana. Querer construir sobre as ideias dos outros. Considerando que quase tudo digitalizado, esse processo potencializa, facilita e acelera a criação conjunta.
O começo da disrupção. Depois de digitalizado o crescimento começa a se tornar exponencial, porém ainda não é notado como tal;
Depois de um período de crescimento aparentemente imperceptível a adoção da nova tecnologia ganha efeito de escala e gera a disrupção. Ou você se torna disruptivo ou vai ser alvo da disrupção de alguém. Nesse momento, a tecnologia permite a criação de um novo mercado. Exemplo disso? Uber.
Pode parecer surreal, mas uma ótima maneira de ganhar dinheiro é tirando o dinheiro da equação. Pense que o Whatsapp desmonetizou a comunicação entre as pessoas ou o Google desmonetizou as ferramentas para trabalho. Ou Napster no seu início com a desmonetização do mercado de música. Desmonetização é disruptiva também, porque as indústrias não estão preparadas uma mudança tão radical. Remover barreira de entrada, simbolizada pelo dinheiro, tende a tornar os negócios exponenciais com mais facilidade, abrindo portas para novas formas de receita;
A desmaterialização leva ao desaparecimento de bens e serviços. O processo de desmaterialização é muito bem exemplificado pelo smartphone. A partir de um único aparelho, é possível reunir diversos produtos e serviços, eliminando-se a necessidade de inúmeros outros aparelhos (GPS, câmeras fotográficas, equipamentos de vídeo conferências, microfones, tocador de música, etc.). Da mesma forma, o Netflix tem modificado a forma como as pessoas consomem conteúdo. É possível assistir a um filme ou documento do próprio celular ou tablet em alta qualidade.
Colocada como consequência lógica dos demais D`s. Conforme afirma Kotler, a democratização ocorre pelo fato “da transformação dos objetos físicos em digitais, hospedados em uma plataforma online em um volume tão grande que os valor deles se aproximam de zero”. O Google é o maior exemplo. Os usuários do Google são capazes de movimentar mais de 20 petabytes a partir do mecanismo de busca da organização (dados de 2013). Uma quantidade absurda de informação e de graça. Pode parecer banal, mas na década de 1990, um CD-Rom da Enciclopédia Britânnica já chegou a custar surreais US$ 1000.
Ao representar os 6 D`s da exponencialidade, torna-se mais fácil enxergar cada dimensão significa uma etapa que quando encadeadas fazem qualquer tecnologia ou negócio se tornar exponencial.
Fonte: Bold – How to Go big Create Wealth and Impact the World
Se para muitos esse crescimento de Uber ou Airbnb representa um golpe de sorte ou fruto do acaso, Kotler e Diamonds diriam que não.
Os negócios que citamos são é um fenômeno exatamente porque conseguem navegar e gerar valor na exponencialidade que a tecnologia proporciona.
Negócios que terão chance de sobreviver serão aqueles capaz de se transformar disruptivamente. Caso contrário surgirá outra para tomar o lugar. A competição não é mais com as multinacionais e grandes organizações, é com a exponencialidade dos novos negócios.
Na era da informação, as cooperativas precisam, além de terem em mente esse modelo mental, ser muito mais enxutas e ágeis. Por estarem focadas na tecnologia da informação e conseguirem se desprender de estruturas físicas, são capazes de criar novos produtos e receitas em questão de meses e até semanas. Todas essas características citadas deverão fazer parte do DNA dos negócios do século 21, caso queiram se tornar exponenciais.
Os dados são ferramentas valiosas. Eles podem ser uma mina de ouro para os negócios que sabem interpretar suas informações para orientar suas estratégias. Com a chegada da LGPD, muita coisa pode mudar.
Quem tem informação tem poder, não é mesmo? E com a internet – e o uso que fazemos dela – isso fica ainda mais evidente. Para as organizações, essa máxima é mais que uma verdade: é uma estratégia de mercado! Assim, quanto mais informações sobre nós elas têm, mais terão condições de oferecer produtos e serviços, com base em nosso comportamento online. Mas que dados seriam esses? Além de informações como nome completo, endereço e números de documentos, por exemplo, os dados mais valiosos para as empresas estão relacionados aos nossos hábitos de consumo e os rastros que deixamos na internet com buscas, interações em redes sociais, etc. Nossos gostos, interesses e ações no mundo digital são dados que valem ouro pra quem quer nos vender alguma coisa.
O tema é super importante e merece toda atenção. É por isso que o governo federal acaba de sancionar a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados, ou LGPD, como é mais conhecida a Leinº 13.709/2018 (clique aqui para ler à íntegra), que passou a valer no dia 22 de setembro. Na prática, a LGPD regulamenta o uso dos nossos dados por todas as empresas, incluindo as cooperativas. A ideia é proteger o consumidor.
A importância dos dados para os negócios
O segredo do sucesso da maioria dos negócios atuais é saber combinar os dados com as estratégias de negócio, com foco em melhorar a experiência do cliente. Como já dissemos, os dados valem ouro, pois, além de mostrarem o comportamento das pessoas, permitem que as organizações tomem decisões cada vez mais assertivas com base no conhecimento que têm de seus públicos.
Essa capa da revista The Economist é de 2017 e, de lá pra cá, os dados ganharam ainda mais protagonismo na fala de executivos e consultores. A ampliação do poder das redes, a tecnologia 5G, e a internet das coisas farão com que essa importância cresça cada vez mais. Esse pensamento também é compartilhado pela consultora e futurista Martha Gabriel em seu livro Eu, Você e os Robôs.
“Vivemos na Era Digital, onde as formas de produção e valor passam a depender de dados. Aqueles Indivíduos, empresas e países que dominam os dados passam a dominar o mundo. Assim, a era digital inaugura uma economia de dados, em que o valor se encontra em sua extração adequada, manipulação eficiente e transformação em algo relevante para a sociedade – chamamos isso de data capital, ou capital de dados.” (São Paulo, Ed. Atlas, 2018; 2ª reimpressão; p.151)
Como podemos ver, os dados são explorados com ferramentas e técnicas que envolvem muita ciência e estratégia. Os dados coletados são “minerados”, interpretados e podem orientar as estratégias dos negócios. E hoje com a emergência da inteligência artificial como ferramenta para auxiliar na mineração de dados o processo tem ficado cada vez mais acelerado. O fato é que, quanto mais uma instituição é orientada por dados, melhores são os seus resultados.
E, por isso, atualmente, qualquer instituição que inova e cresce utiliza os dados como base para decisões e ajustes necessários. A ideia é entregar produtos e serviços cada vez mais relevantes para nós, consumidores, a fim de obter e manter a nossa fidelidade. Quanto mais navegamos e interagimos na internet, mais as organizações entendem nossos desejos e receios. E, com isso, conseguem ajustar ou criar ofertas de acordo com nosso perfil.
Tanto que as empresas mais bem sucedidas do mundo sabem disso e utilizam as estratégias de seus negócios baseadas em dados para criarem novos produtos, melhorarem a experiência e influenciarem seus usuários. As cinco marcas mais valiosas do planeta, em 2020, segundo a Forbes, são as mesmas do ano passado: Apple, Google, Microsoft, Amazon e Facebook. Isso reforça o que estamos afirmando aqui: que o direcionamento dos negócios para tecnologia e dados andam juntas com o sucesso.
E a maior prova disso é o seguinte: quando pesquisamos algo para comprar – mesmo que não compremos na hora, estamos oferecendo gratuitamente às empresas mais conectadas informações que servem para mapear o nosso perfil. E é aí que a “mágica” acontece. Quer um exemplo? Qual de nós não teve o perfil no Facebook bombardeado com ofertas de geladeira, sapatos, comida e até peças de carro depois de uma busca no Google? Você também já deve ter percebido que se tornou um “alvo” de promoções de companhias aéreas, hotéis e agências de turismo sempre chamando sua atenção para aquele destino pesquisado mais cedo nos sites de viagem! Se ainda não percebeu isso, faça o teste, e veja como somos monitorados 24 horas por dia, como se vivêssemos num reality show online. Tudo o que fazemos na internet deixa rastros e as instituições usam essas informações para o bem de seus negócios.
Ordem na casa, digo, na net
Diante desse cenário,onde os dados das pessoas são coletados e têm tanto valor, a privacidade e a segurança digitais também têm ganhado os holofotes nos últimos anos. No Brasil a LGPD, que nos protege do mau uso dos nossos dados, chegou com um certo atraso,mas já está valendo. Desde do dia 22 de setembro, cerca de dois anos após a legislação europeia assegurar a proteção dos usuários da internet, nós, brasileiros, também passamos a contar com esse mesmo direito. Tem até multa prevista para as empresas que não respeitarem o uso regulamentado dos dados de seus clientes.
Mas do que trata mesmo a LGPD? Segundo o Serviço Federal de Processamento de Dados, o Serpro, a LGPD estabelece que não importa se a sede de uma organização ou o centro de dados dela estão localizados no Brasil ou no exterior: se há o processamento de conteúdo de pessoas, brasileiras ou não, que estão no território nacional, a LGPD deve ser cumprida. Determina também que é permitido compartilhar dados com organismos internacionais e com outros países, desde que isso ocorra a partir de protocolos seguros e/ou para cumprir exigências legais.
Outro elemento essencial da LGPD é o consentir. Ou seja, o consentimento do cidadão é a base para que dados pessoais possam ser tratados. Mas há algumas exceções a isso. É possível tratar dados sem consentimento se isso for indispensável para: cumprir uma obrigação legal; executar política pública prevista em lei; realizar estudos via órgão de pesquisa; executar contratos; defender direitos em processo; preservar a vida e a integridade física de uma pessoa; tutelar ações feitas por profissionais das áreas da saúde ou sanitária; prevenir fraudes contra o titular; proteger o crédito; ou atender a um interesse legítimo, que não fira direitos fundamentais do cidadão.
Por falar em direitos, é essencial saber que a lei traz várias garantias ao cidadão, que pode solicitar que dados sejam deletados, revogar um consentimento, transferir dados para outro fornecedor de serviços, entre outras ações. E o tratamento dos dados deve ser feito levando em conta alguns quesitos, como finalidade e necessidade, que devem ser previamente acertados e informados ao cidadão. Por exemplo, se a finalidade de um tratamento, feito exclusivamente de modo automatizado, for construir um perfil (pessoal, profissional, de consumo, de crédito), o indivíduo deve ser informado que pode intervir, pedindo revisão desse procedimento feito por máquinas.
Quais os impactos da LGPD em sua cooperativa?
Agora, todos as instituições terão que aplicar algumas mudanças na coleta e tratamento dos dados para se adequarem à lei. Trouxemos aqui um resumo das dicas de adequaçãodo João Gobira da Startse:
1- Crie uma equipe para cuidar do assunto
O primeiro passo é nomear, qualificar ou contratar três profissionais: o controlador, o operador e o encarregado que vão formar a sua equipe de tratamento de dados. Esta equipe será responsável por atender todas as solicitações sobre o assunto – tanto dos usuários quanto da autoridade reguladora (ANPD).
Mapeie todas as informações sensíveis que você já tem. É preciso fazer um “Raio-X” de todas as informações e dados que você tem na sua base de clientes, banco de dados, etc.
2- Crie mecanismos para coletar consentimento
De agora em diante o consentimento é rei, por isso você precisa encontrar novas formas para solicitar o consentimento dos dados. Toda oferta que você quiser enviar por e-mail, anúncios de retargeting ou qualquer outro tipo de abordagem precisa estar ancorada em uma autorização concedida previamente.
3- Guarde as provas
Como toda lei nova, existe muita coisa que ainda não foi totalmente definida. Por isso documente todos os seus processos sobre tratamento de dados e mantenha-os atualizados.
4- Promova a cultura da segurança e uso responsável de dados
Contar com o apoio dos colaboradores da sua empresa é primordial para conseguir implementar a LGPD de forma bem-sucedida.
Para aprofundar no tema
E se você, consumidor ou cooperativa, quer saber mais sobre esse assunto, vale à pena conferir os seminários realizados pela OCB, com os especialistas Patrícia Peck e Cristhian Groff, que abordaram os aspectos práticos da adequação à LGPD.
07/10 Live do Sistema OCB: Proteção de Dados na Prática
9h30 Patrícia Peck tratará dos aspectos teóricos da lei
14h30 Cristhian Groff apresentará aspectos práticos para adequação à LGPD
Caso queira entender mais do tema, tem um material muito legal desenvolvido pelo Serpro. Clique aqui pra conferir.
Ah, e por fim, se quer entender um pouquinho mais de como os dados movem o mundo hoje, sobre LGPD e o futuro das profissões? Ouça os episódios abaixo no podcast The Shift:
Seu futuro profissional está nos dados
O novo espaço será importante para o fortalecimento da cultura da inovação por meio de parcerias no ecossistema, realização de eventos e projetos de inovação.
O Sistema OCB/GO inaugurou, nesta terça-feira (29), o InovaCoop Goiás. O ambiente localizado no Edifício Goiás Cooperativo, em Goiânia, é um hub de inovação, aberto a empreendedores que queiram transformar ideias em soluções inovadoras. O espaço pode ser usado por profissionais na criação e desenvolvimento de produtos e serviços para as cooperativas, também como apoio físico a startups, para a realização de networking, encontros de tecnologia, inovação e negócios.
A inauguração marca também o lançamento do primeiro Desafio GoiásCoop de Inovação 2020, para convidar startups e empresas juniores de todo o país a apresentar aquilo que elas fazem de melhor: solução e inovação.
Inauguração do espaço de inovação
O espaço InovaCoop Goiás é um novo conceito lançado pelo Sistema OCB/GO para aproximar cooperativas, startups e o mercado, num ambiente de inovação e colaboração. São mais de dez ambientes, distribuídos em 320,5 metros quadrados de área, com salas reservadas, auditório e amplo espaço comum, para trabalho cooperativo e convivência.
- 320,5 m² é o total da área do Espaço Inovacoop
- 42 lugares é a capacidade da arena de eventos
- 7 salas reservadas para reuniões, cocriação e desenvolvimento de startups
A inauguração foi realizada em um evento presencial, com transmissão, ao vivo, pelo canal GoiásCoop Live, no YouTube. Representantes de diversas entidades do ecossistema de inovação de Goiás, a maioria já parceira do Sistema OCB/GO dentro do projeto do InovaCoop Goiás participaram do lançamento. São elas: Conselho Temático de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (CDTI), Sistema Faeg, Sebrae Goiás, Sistema OCB nacional, Codese, Gyntech e Fapeg.
Presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira destacou que a instituição goiana está afinada com as diretrizes da unidade nacional da OCB, que já possui o portal Inovacoop, um ambiente virtual onde todas as cooperativas do país podem ter acesso a materiais, sistemas e exemplos de como inovar no ambiente cooperativo.
"O Inovacoop Goiás é o braço da inovação do cooperativismo no nosso Estado. E esse é o conceito que queremos disseminar no cooperativismo: da inovação, do empreendedorismo e da criatividade. Inauguramos um espaço para inspirar pessoas, cooperativas e dirigentes a trabalharem em sintonia e em prol da inovação. E não faremos isso sozinhos. Convidamos diversos parceiros para nos ajudar a construir esse trabalho juntos de tecnologia e inovação para o bem do cooperativismo, do Estado de Goiás e para o Brasil."
Desafios e premiações
Nesse primeiro Desafio GoiásCoop de Inovação 2020, a intenção é que startups e empresas juniores apresentem respostas a demandas e gargalos específicos, apontados por cooperativas de dois ramos: saúde e agropecuário.
As melhores soluções apresentadas pelas equipes concorrentes para cada ramo serão premiadas, com R$ 10 mil, para o primeiro lugar, e R$ 5 mil, para o segundo, de cada ramo. Além disso, os projetos terão potencial de ser contratados pelas cooperativas dos dois ramos - não apenas por aquelas que participam diretamente do programa, mas por diversas coops que fazem parte desses segmentos.
O regulamento e todos os detalhes do Desafio GoiásCoop de Inovação 2020 estão no site oficial do Inovacoop Goiás. Clique aqui para assistir ao evento.
Muito tem se falado sobre as inovações disruptivas. Afinal, vale à pena investir nelas?
Com o boom das startups o termo inovação disruptiva está presente em muitas reuniões. Os players do mercado têm reações diferentes a ela: alguns ignoram, outros copiam ou investem em pesquisa e desenvolvimento interno. Há, também, os que compram as startups criadoras da novidade: seja para abafar a ameaça ou somar as novas competências ao potencial de investimento e know-how da companhia.
Certos de que fingir ou lutar contra o inevitável não traz nenhum resultado positivo, sobram alguns caminhos possíveis. Aqui fica a dúvida de qual deles escolher para conseguir o melhor da inovação disruptiva.
A resposta, que vale a relevância e a rentabilidade das cooperativas, não é única, mas, neste post, apontamos as diretrizes para chegar até ela!
A principal característica da inovação disruptiva é abalar estruturas consolidadas: não só as organizações líderes, mas todo o mercado. Isso porque ela desenvolve uma oferta que entrega valor real e de maior impacto, por ser mais fácil de usar e mais barata de adquirir. Dado o contexto, o veredito não poderia ser outro: a disrupção é impossível de conter quando bem estruturada.
O susto dos players, mencionado acima, vem do fato de instituições consolidadas terem a tendência de se firmarem na zona de conforto.
Digital Vortex, no levantamento Continuous and Connected Change de 2019 aponta que apenas um terço dos entrevistados considera que realizam ações adequadas frente a ruptura digital. E, enquanto o panorama geral das organizações se esforça para acompanhar as mudanças digitais, as multinacionais não fazem. Com o tempo, tal inércia passa a abrir uma oportunidade de mercado, a qual as mesmas grandes marcas costumam não estar interessadas em suprir, uma vez que já estão no topo do mercado.
E então chega o momento em que alguém passa a olhar para esse gargalo. A inovação disruptiva é fácil de identificar e difícil de encarar. Organizações, literalmente, ruem diante dela.
Exemplos de situações que a refletem? Filas de bancos e lotéricas cada vez menores; propriedade privada perdendo, gradativamente, o prestígio; serviços que ressignificaram os conceitos de comodidade e eficiência.
Por outro lado, instituições que passam por um processo doído de negação que, quando finalizado, dá espaço para o desespero de:
- descobrir o que está acontecendo;
- entender o significado de todas as mudanças;
- redefinir o novo caminhar da organização.
Inovação incremental são passos pequenos, melhorias contínuas que agregam sim valor ao produto. No entanto, a inovação disruptiva é um trator que passa por cima de todos os processos conhecidos e deixa o mercado meio perdido e o público anestesiado.
Aqui vale ressaltar que desenvolver uma inovação é sempre bom, independente do grau que ela atinja. No final das contas é um diferencial que, ao ser bem explorado pelo marketing, traz benefícios ímpares para a empresa.
Pelo tempo. Obviamente que o mercado, hora ou outra, conseguirá chegar na cópia, mas a ideia é que já se esteja anos-luz à frente, tendo aproveitado cada momento até ali para converter e rentabilizar ao máximo, e tendo criado diferenciais e estratégias para manter a posição.
O benefício não é só financeiro (que por si só já justificaria), até porque o impacto da inovação pode não dar retorno imediato, mas a longo prazo também carrega prestígio, autoridade, engajamento interno e também do público para a companhia.
A inovação incremental, no entanto, por ser mais simples e por ser um complemento, ou seja, algo agregado a um produto estabelecido, tem impacto consideravelmente menor em termos de duração da vantagem competitiva.
A inovação é resultado de um processo e ambiente que a favoreçam, dada a necessidade de errar muito antes de tê-la pronta. Assim, a cultura organizacional sofre fortes mudanças, ao fomentar novo mindset e comportamento. Sem dúvida alguma é um desafio. Ao lidar com pessoas, sempre existirá o estranhamento e a resistência inicial.
Contudo, a partir do real e forte comprometimento da liderança em manter o estímulo e o entendimento sobre a necessidade de errar, compartilhar e construir, a inflexibilidade é vencida. Esse estímulo da gestão acontece ao diminuir burocracia e achatar hierarquia, proporcionando uma estrutura horizontal, diálogos e trocas.
E, quando conseguir que os colaboradores estejam abertos à nova realidade, é preciso que os esforços deles sejam direcionados. Para tanto, abordagens ágeis, como o Design Thinking, têm grande efetividade, pois, estimulam as características mencionadas acima de maneira progressiva, focada e integrada.
Voltando à questão de qual o melhor caminho escolher (investimento em startups ou desenvolvimento interno), a cooperativa pode manter as iniciativas simultaneamente e criar conexão entre elas. A melhor opção é testar os diferentes modelos de desenvolvimento de inovação disruptiva e manter os que mais se alinham ao propósito e posicionamento da cooperativa.
E enquanto se desenvolve a disrupção, o negócio da cooperativa se mantém simultâneo. Não é uma questão de excluir o negócio de agora, mas da construção de melhores modelos, processo e criar, em paralelo, alternativas de futuro.
Só não vale criar boas inovações e ignorá-las. Essa escolha já é conhecida e reflete, até hoje, na Kodak, que desenvolveu a câmera digital e quase faliu por conta do mesmo produto ser lançado pela Sony.
Organizações como Apple, que revolucionou o mercado fonográfico com o iPod, mercado este que foi novamente desestruturado pelo Spotify são exemplos de disrupção. Mas a maior contribuição da maçã americana vem do smartphone, sem dúvida, cujo impacto total não atingiu seu limite.
O varejo tem sofrido revoluções por intermédio do dispositivo, a partir de códigos QR, aplicativos, etc. A loja conceito da Nike em Nova York conta com seis andares de imersão e personalização que, por opção do cliente, podem não ter a intermediação de nenhum funcionário. O usuário tem a opção de separar peças que quer experimentar por meio digital. Tais itens são acessados ao destrancar um armário com código QR fornecido.
Nesta mesma linha, a Amazon Go, cujo movimento de retirada das gôndolas e cobrança são em tempo real e finalizadas via pagamento digital pelo smartphone que informa quem é o cliente e debita da forma de pagamento selecionada previamente por ele.
Existem, ainda, muitas outras como Nubank, Netflix, Uber, Aibnb que, cada um com sua inovação disruptiva, também mudaram a lógica de cadeias inteiras e estão intermediadas pelo dispositivo móvel.
E para começar a migrar para essa nova forma de fazer negócios, comece pela transformação cultural na cooperativa. Fomente o mindset de inovação para que esses processos estejam cada vez mais presentes no dia a dia da cooperativa.