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<p>Este post vem esclarecer mais sobre essas duas competências extremamente importantes para o desenvolvimento de times inovadores</p>

Liderança e empreendedorismo: como superar os desafios?

Este post vem esclarecer mais sobre essas duas competências extremamente importantes para o desenvolvimento de times inovadores


Existem muitos mitos em torno de liderança e empreendedorismo. A forma como essas habilidades são interpretadas, por vezes, acaba mais por desestimular a prática de ambos do que incentivando melhores atuações profissionais.

Entre elas, está o fato de serem encarados como dons, características inerentes à escolha da pessoa e que se manifestam de maneira espontânea como se fossem algo, puramente, natural. Nada poderia ser mais ilusório.

Nessa mesma lógica, outro engano comum é imaginar líderes e empreendedores como pessoas, puramente, impulsivas e focadas, somente, em resultados. Ou, ainda, que são seres sem defeitos, inseguranças e incapazes de cometer ou assumir erros.

Antes de mais nada é preciso enfatizar que todos os pontos acima não condizem com a realidade. Desse modo, este post vem esclarecer mais sobre essas duas competências extremamente importantes para o mercado atual.

Superado o romantismo sobre o tema, vale entender do que estamos falando quando se trata das dificuldades. No mercado globalizado o que não faltam são informações. A facilidade de trocar e obter conhecimento e opiniões gerou uma necessidade de propósito entre os profissionais.

Tanto é que, acordo com Harvard Business Review, as sete principais motivações de pedidos de demissão dependem de ações das lideranças para serem solucionadas. Confira:

  • Metas inconsistentes: É preciso expressar as expectativas à equipe e, antecipadamente, avaliar os objetivos e, se não coerente, alterá-los antes de passar aos demais;
  • Processos restritivos: Analisar se a falta de recursos está interferindo na atuação dos profissionais da equipe e, em caso positivo, usar a influência que possui para resolver a questão;
  • Desperdício de recursos: Direcionar a equipe para realizar tarefas por nível de importância e dar espaço para que as prioridades sejam concluídas antes de delegar mais atribuições;
  • Trabalho chato e desmotivador: Questionar os membros sobre seus interesses e paixões e delegar atividades que os desenvolvam e guiem na direção certa;
  • Falha na criação de uma cultura psicologicamente segura: Mostrar-se aberto a novas ideias como, por exemplo, trazer questionamentos e não respostas prontas durante reuniões e considerar todas as hipóteses para tomar decisões, além de transmitir que não existem respostas erradas, estimulando a contribuição.
  • Ambiente de trabalho inseguro: Promover, periodicamente, feedback positivo e negativo para que os profissionais foquem no que devem aprimorar e se mantenham motivados.

Assim, fica claro que quando o tema é liderança e empreendedorismo, estamos falando de comportamento, o que possibilita ser desenvolvido e, constantemente, aprimorado.

Os negócios, em geral, estão focados em desenvolver produtos e serviços condizentes com os desejos e problemas dos mais diferentes públicos existentes na sociedade.

A fim de dar conta desse objetivo, ao trazer alternativas relevantes para esses consumidores, é preciso montar e manter equipes de qualidade, ou seja, multidisciplinares e motivadas a fim de que a criatividade esteja a todo o vapor e propícia a desenvolver inovação.

Para tanto, é preciso que, tendo em vista a liderança e empreendedorismo, o time seja guiado e encorajado por entre essas características. Isso porque, ainda que benéfica, a criatividade precisa ser direcionada para que, realmente, traga as inovações tão desejadas.

São necessárias inúmeras atitudes para criar esse ambiente e também para ponderar sobre as melhores decisões, como o líder assumir riscos calculados, gerar comprometimento dos profissionais com o objetivo perseguido, criar relacionamento com a equipe, promover independência e autoconfiança dos membros, estabelecer prazos e metas, planejar e monitorar, exigir qualidade e eficiência sem errar na dosagem de cobrança e estímulo.

É papel do líder ter clareza sobre esses pontos, além de visão de futuro, para conseguir nortear seus profissionais a criarem o inédito, sem esquecer de aprender com os erros durante o processo.

Na prática, a maneira mais eficiente para conseguir somar todos os pontos citados é assumir no cotidiano de trabalho uma abordagem que favoreça e resulte na integração, estímulo, desenvolvimento e melhores entregas da equipe.

Não são somente os especialistas que precisam se atualizar constantemente, mas pessoas que almejam cargos de gestão e, principalmente, as que já o possuem precisam estar atualizados.

Cursos de inovação e criatividade são mais do que tendências de mercado, mas a prova de que as cooperativas precisam estar focadas em pessoas todo o tempo, nos diferentes papéis que ocupamos (profissionais reconhecidos, clientes atendidos).

Para conseguir extrair e provocar o melhor de sua equipe leia nosso e-book “ Como ser um líder inovador”. E para complementar acesse nossos cursos e ferramentas InovaCoop. 

<p>Novo sistema brasileiro de transferências monetárias eletrônicas instantâneas está chegando e nós temos uma pergunta pra você: como está a adaptação da sua coop para essa revolução?</p>

PIX: inovação na hora de pagar e receber

Novo sistema brasileiro de transferências monetárias eletrônicas instantâneas está chegando e nós temos uma pergunta pra você: como está a adaptação da sua coop para essa revolução?


A partir do dia 16 de novembro, o PIX - o novo sistema brasileiro de transferências monetárias eletrônicas instantâneas - entra em operação no país. O sistema é inovador e promete revolucionar os meios de pagamento, pois será mais ágil e barato que os atuais DOC e TED, sem falar que ele vai funcionar 24h, sete dias por semana e 365 dias por ano.

A expectativa é de que a ferramenta alavanque a competitividade e a eficiência do mercado, baixe o custo das transações financeiras em si, aumente a segurança das pessoas e aprimore a experiência dos clientes. Vale lembrar que o PIX não substitui os meios de pagamento tradicionais, mas promete agilidade nas operações de crédito que, em alguns casos, pode demorar até 24 horas para ocorrer. Ah, é muito importante dizer: o Banco Central vai regular todo o processo, o que confere mais segurança às operações.

O assunto tem sido bastante divulgado pela imprensa e, por isso, você deve estar bem informado sobre o PIX. Mas, na prática, o que sua cooperativa de crédito está fazendo a respeito? Como isso pode facilitar pagamentos em sua coop (independentemente do ramo dela)? Ter as respostas para essas perguntas vai garantir uma vantagem na hora que o PIX começar a operar. E se quiser saber mais sobre o PIX a melhor fonte é o Banco Central.

E pensando nesse contexto todo, elaboramos esse artigo para falar sobre como as coops podem inovar, mantendo-se relevantes e competitivas, a partir do início da revolução PIX. Vamos lá? Esse é, sem dúvida, um dos maiores avanços do Sistema Financeiro Nacional (SFN), e também é tido como uma das maiores inovações da história econômica do país. É por isso que o Sistema OCB, recentemente, realizou até um seminário digital para tirar todas as dúvidas das cooperativas. Se você clicar aqui vai acessar uma matéria e os links mais úteis, divulgados nesse evento on-line.

Para quem paga, o objetivo é a realização de um pagamento instantâneo de forma fácil, simples, intuitiva e rápida – quase como se fosse um pagamento realizado com dinheiro em espécie.

E quem paga, tem três possibilidades diferentes. São elas:

a.    por meio da utilização de chaves ou apelidos para a identificação da conta transacional, como o número do telefone celular, o CPF, o CNPJ ou um endereço de e-mail;

b.    via QR Code (estático ou dinâmico); ou

c. por tecnologias que permitam a troca de informações por aproximação, como a tecnologia near-field communication (NFC).

Viu só, porque os especialistas do setor financeiro já afirmam que o PIX é uma das maiores inovações da história do SFN? Além disso, vale destacar um outro viés desse sistema. É que ele revolucionará totalmente a cadeia do mercado de pagamentos, mudando a forma, a velocidade e o custo que os pagamentos são feitos. Veja nesse esquema do Banco Central com os benefícios dos pagamentos instantâneos:

 Fonte: Banco Central do Brasil

Como vimos até aqui, o PIX está chegando pra ficar e vai exigir que muitos negócios se reinventem, pois haverá uma corrida rumo à otimização das redes de atendimento, já que tudo será acelerado. A lógica é simples: se é mais barato e é mais simples, certamente a maior parte das pessoas com contas em banco vai aderir. E é aí que mora a grande sacada de quem está atento à evolução do mercado.

Para se ter uma ideia, hoje em dia todos os negócios têm o foco no consumidor e buscam oferecer a melhor experiência possível ao seu cliente. Sabe o porquê? Porque cliente satisfeito volta; cliente feliz divulga; cliente contente indica. Então, com o PIX, as cooperativas que vão se destacar são aquelas responsáveis por criar uma jornada positiva e memorável. (Ah, a gente já falou disso aqui no InovaCoop. Clique e saiba mais sobre a jornada do usuário e sobre o mapa de empatia)

Isso significa que a cooperativa deve direcionar todos os seus esforços para atender as necessidades dos clientes, gerando uma surpresa muito positiva. Isso leva à fidelização do cliente e cria um relacionamento de longo prazo com sua cooperativa. Para isso, é importante conhecer o cliente de perto para fazer a gestão do relacionamento de forma sistemática, preferencialmente com o auxílio da tecnologia.

Com a chegada do PIX o mercado vai se transformar. Isso é fato! Então, toda instituição financeira quer que seu cliente a escolha para fazer as transações e que seja fiel. Afinal, com o cooperado dentro da sua plataforma, as chances de conhecer melhor os tipos de serviço que ele consome e busca são muito maiores e efetivas.

Ah, e não basta só mostrar que tem um bom app, com muitos serviços e produtos na prateleira. O segredo do sucesso é oferecer todos os produtos e serviços do catálogo com eficiência e em um tempo mais curto do que a concorrência. E o tic-tac do relógio está em ritmo acelerado e a concorrência já passou a quinta marcha e a todo vapor pra conquistar o seu cliente/cooperado. Agilidade, neste momento, é que vai trazer o cooperado pra dentro e mostrar o que ele ganha escolhendo a sua cooperativa. Mais do que nunca, os vínculos são essenciais para a sobrevivência do negócio.

Dito isso e conhecendo a realidade das cooperativas de crédito do país, é bem concreto afirmar que elas têm a oportunidade de oferecerem essa experiência positiva. Aliás, o que diferencia uma coop de crédito de uma outra instituição financeira é exatamente a sensação de pertencimento. E quanto mais pertencente, mais fará sentido que o cooperado gere a chave do PIX dentro do aplicativo da cooperativa, na qual ele é cliente e dono do negócio ao mesmo tempo.

A gente foi explicando tudo isso para dizer o seguinte: o setor financeiro, em breve, será fortemente impactado com a chegada do PIX e, claro, com o Open Banking e novos modelos de fintechs que não param de surgir. Dessa forma, nesse ambiente financeiro, inovar nos processos e produtos é uma regra para as cooperativas de crédito se manterem relevantes junto aos seus cooperados.

E as cooperativas de outros ramos também precisam ficar atentas, pois o tema pagamentos traz transformações que impactam todos os negócios e abrem um leque de possibilidades para que alguns processos sejam criados ou otimizados. Isso quer dizer que, de agora em diante e mais do que nunca, todos os dias surgirão novidades tecnológicas que facilitam a vida e tornam a experiência do cliente mais positiva.

Assim, para se manter no mercado, é necessário manter um olho no peixe e outro no gato, ou seja, é essencial estar atento às novidades (quem sabe até lançando tendências), sem descuidar dos processos básicos que ainda são bastante relevantes para consumidores não adaptados às mudanças que ocorrem diariamente. 

Seja no crédito ou em outros ramos, ganhará relevância quem ofertar melhor experiência para o cooperado/cliente. E as cooperativas precisam ver esse cenário não como ameaça, mas como oportunidade de protagonismo. Os grandes ecossistemas vão ganhar cada vez mais relevância e não existe um ecossistema tão organizado e forte como o cooperativismo. Seguiremos no rumo à inovação, mantendo nosso DNA cooperativista, afinal, inovar faz parte do nosso modelo de negócios desde que a primeira cooperativa foi criada.

Quem quiser se aprofundar no tema inovação em cooperativas, recomendamos a leitura de nosso e-book: Cultura de Inovação no Cooperativismo 

E se você ainda tem dúvidas sobre como o PIX vai funcionar, na prática, é só clicar aqui pra saber de tudo o que você vai precisar no seu negócio.

<p>O evento terá um cluster exclusivo sobre Cooperativismo de Plataforma, onde o foco será desenvolver soluções para o projeto Favela Mais Coop</p>

Cooperativismo de plataforma tem destaque no Hacking Rio 2020

O evento terá um cluster exclusivo sobre Cooperativismo de Plataforma, onde o foco será desenvolver soluções para o projeto Favela Mais Coop


Pelo segundo ano consecutivo o cooperativismo vai fazer parte do Hacking Rio – maior maratona de inovação da América Latina relacionada à educação e cultura digital. O evento, que está na 3ª Edição, conta com patrocínio do Sistema OCB/RJ e ocorrerá de 9 a 11 de outubro de 2020 no formato on-line.

Na área do cooperativismo, os participantes “hackathoners” terão o desafio de criar novas formas de integração entre os moradores da comunidade da Rocinha – Rio de Janeiro – oferecendo oportunidades de troca, venda de produtos e serviços e até uma moeda digital local, que permitirá um aumento de empregabilidade, geração de renda e desenvolvimento local sustentável. O Projeto é chamado de Favela Mais Coop e visa à criação de uma solução funcional, ainda que inicial, que possa ser acelerada e dar base à criação de cooperativa de plataforma capaz de mudar a realidade das comunidades carentes, fazendo com que o dinheiro circule na própria favela gerando novas soluções para os moradores

“A Rocinha destaca-se por ser a maior favela do país, contando com cerca de 100 mil habitantes. Ao promover o desenvolvimento de soluções em territórios de baixa renda, e fomentar redes locais de produção e consumo, aumenta a perspectiva de reorganização das economias locais, tendo por base os princípios da Economia Solidária. Não existe inovação sem colaboração. A ideia é criar um Hub de Inovação Social, plataformas, marketplaces, apps, canais digitais de conexão entre pessoas e seus serviços”, explica Lindália Junqueira, CEO e cofundadora do Hacking.Rio.

Para o presidente do Sistema OCB/RJ, Vinicius Mesquita, que será um dos jurados do desafio, o cooperativismo é a alternativa para movimentar os ecossistemas de inovação, tecnologia e empreendedorismo porque tudo que é investido, é dividido de forma igualitária em benefício da comunidade local.

Além do cooperativismo, o Hacking Rio também será voltado para buscar soluções em áreas como educação, empregabilidade, energia, logística, sustentabilidade, turismo, varejo, segurança, esportes, e outros.

A equipe vencedora de cada um dos desafios terá uma premiação de R$ 5 mil reais. Também terá o prêmio de melhor mentor e ativador de R$ 5 mil reais, selecionado pelos próprios participantes. A melhor instituição de ensino receberá um destaque especial. Ao final, as equipes vencedoras concorrem ao Prêmio Master, em que cada integrante da melhor equipe do Hacking.Rio 2020 receberá uma viagem para o Web Summit Lisboa, um dos maiores eventos de tecnologia do mundo que acontecerá em dezembro em Portugal, resultando em um total de R$120 mil em prêmios.

Categorias

Esse ano serão duas categorias: equipes standards (iniciantes) e os MASTERS: desenvolvedores, programadores, coders, designers, UXs, cientistas de dados, de robótica, IA (inteligência Artificial), entre outros.

ONU

Os desafios estão relacionados ao cumprimento dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Esses objetivos organizam os grandes problemas sociais e ambientais do mundo como acesso a saneamento básico, redução da pobreza, fim da fome, energia para todos, equidade de gênero e educação e saúde.

Cooperativismo de plataforma

Lançamos hoje o e-book Cooperativismo de Plataforma, um dia antes do início desta maratona. O material será enviado para os “hackathoners” e também está disponível aqui no InovaCoop. Esperamos que este conteúdo seja útil para todos participantes que optarem pelo cluster do cooperativismo e também para nossos leitores interessados no assunto.

Imagine o surgimento de uma plataforma digital que beneficie comunidades de todo o Brasil. Imagine a emergência de plataformas digitais com propósito cooperativo nos mais diversos ramos, com pagamentos decentes, seguridade de renda e transparência. Os desafios para a criação delas existem, mas elas são possíveis, sim. E os exemplos estão aí no mundo todo para provar isso. Venha com a gente nessa jornada!

<p>“A única coisa constante na mudança é que a velocidade da mudança está aumentando”. Peter Diamonds</p>

Como criar cooperativas com crescimento exponencial

“A única coisa constante na mudança é que a velocidade da mudança está aumentando”. Peter Diamonds


Com a democratização da informação aliada à disponibilidade das tecnologias emergentes, novos patamares de crescimento são alcançados. Os negócios estão amplificando seu alcance e atingindo níveis de crescimento em uma velocidade nunca vista antes. Exemplos evidentes disso são o Uber e o Airbnb.

Descubra o conceito por trás

Steven Kotler, jornalista, empreendedor e co-autor do livro BOLD: How to Go Big, Create Wealth and Impact the World afirma que a exponencialidade dos negócios provém da mudança de modelo mental, rompendo o pensamento linear que tem regido o mundo dos negócios nos últimos séculos. Pensamento esse que surgiu na era industrial.

Porém, estamos ingressando na era da informação, digital, conectada e complexa, em que a troca de conhecimento acontece de maneira exponencial com a internet e os resultados dos negócios cada vez mais imprevisíveis.

Nesse cenário, crescimentos exponenciais demandam a incorporação de um novo mindset pelas organizações e pelos empreendedores. Modelo mental que está diretamente relacionado ao próprio ciclo de exponencialidade da tecnologia. Conseguir dominar a forma como a tecnologia evolui e impacta a sociedade, irá conferir aos negócios a habilidade de navegar e crescer nesse mundo complexo, ambíguo, volátil e incerto.

Kotler, em conjunto com Peter Diamonds, teorizam o ciclo de exponencialidade das tecnologias no que denominaram de Os 6 D’s da Exponencialidade:

Parte-se da ideia que o compartilhamento e a troca faz parte da natureza humana. Querer construir sobre as ideias dos outros. Considerando que quase tudo digitalizado, esse processo potencializa, facilita e acelera a criação conjunta.

 O começo da disrupção. Depois de digitalizado o crescimento começa a se tornar exponencial, porém ainda não é notado como tal;

Depois de um período de crescimento aparentemente imperceptível a adoção da nova tecnologia ganha efeito de escala e gera a disrupção. Ou você se torna disruptivo ou vai ser alvo da disrupção de alguém. Nesse momento, a tecnologia permite a criação de um novo mercado. Exemplo disso? Uber.

Pode parecer surreal, mas uma ótima maneira de ganhar dinheiro é tirando o dinheiro da equação. Pense que o Whatsapp desmonetizou a comunicação entre as pessoas ou o Google desmonetizou as ferramentas para trabalho. Ou Napster no seu início com a desmonetização do mercado de música. Desmonetização é disruptiva também, porque as indústrias não estão preparadas uma mudança tão radical. Remover barreira de entrada, simbolizada pelo dinheiro, tende a tornar os negócios exponenciais com mais facilidade, abrindo portas para novas formas de receita;

A desmaterialização leva ao desaparecimento de bens e serviços. O processo de desmaterialização é muito bem exemplificado pelo smartphone. A partir de um único aparelho, é possível reunir diversos produtos e serviços, eliminando-se a necessidade de inúmeros outros aparelhos (GPS, câmeras fotográficas, equipamentos de vídeo conferências, microfones, tocador de música, etc.). Da mesma forma, o Netflix tem modificado a forma como as pessoas consomem conteúdo. É possível assistir a um filme ou documento do próprio celular ou tablet em alta qualidade.

Colocada como consequência lógica dos demais D`s. Conforme afirma Kotler, a democratização ocorre pelo fato “da transformação dos objetos físicos em digitais, hospedados em uma plataforma online em um volume tão grande que os valor deles se aproximam de zero”. O Google é o maior exemplo. Os usuários do Google são capazes de movimentar mais de 20 petabytes a partir do mecanismo de busca da organização (dados de 2013). Uma quantidade absurda de informação e de graça. Pode parecer banal, mas na década de 1990, um CD-Rom da Enciclopédia Britânnica já chegou a custar surreais US$ 1000.

Ao representar os 6 D`s da exponencialidade, torna-se mais fácil enxergar cada dimensão significa uma etapa que quando encadeadas fazem qualquer tecnologia ou negócio se tornar exponencial.

Fonte: Bold – How to Go big Create Wealth and Impact the World

Se para muitos esse crescimento de Uber ou Airbnb representa um golpe de sorte ou fruto do acaso, Kotler e Diamonds diriam que não.

Os negócios que citamos são é um fenômeno exatamente porque conseguem navegar e gerar valor na exponencialidade que a tecnologia proporciona.

Negócios que terão chance de sobreviver serão aqueles capaz de se transformar disruptivamente. Caso contrário surgirá outra para tomar o lugar. A competição não é mais com as multinacionais e grandes organizações, é com a exponencialidade dos novos negócios.

Na era da informação, as cooperativas precisam, além de terem em mente esse modelo mental, ser muito mais enxutas e ágeis. Por estarem focadas na tecnologia da informação e conseguirem se desprender de estruturas físicas, são capazes de criar novos produtos e receitas em questão de meses e até semanas. Todas essas características citadas deverão fazer parte do DNA dos negócios do século 21, caso queiram se tornar exponenciais.

<p>Os dados são ferramentas valiosas. Eles podem ser uma mina de ouro para os negócios que sabem interpretar suas informações para orientar suas estratégias. Com a chegada da LGPD, muita coisa pode mudar. </p>

O uso dos dados e a LGPD: os dois lados da mesma moeda

Os dados são ferramentas valiosas. Eles podem ser uma mina de ouro para os negócios que sabem interpretar suas informações para orientar suas estratégias. Com a chegada da LGPD, muita coisa pode mudar.


Quem tem informação tem poder, não é mesmo? E com a internet – e o uso que fazemos dela – isso fica ainda mais evidente. Para as organizações, essa máxima é mais que uma verdade: é uma estratégia de mercado! Assim, quanto mais informações sobre nós elas têm, mais terão condições de oferecer produtos e serviços, com base em nosso comportamento online. Mas que dados seriam esses? Além de informações como nome completo, endereço e números de documentos, por exemplo, os dados mais valiosos para as empresas estão relacionados aos nossos hábitos de consumo e os rastros que deixamos na internet com buscas, interações em redes sociais, etc. Nossos gostos, interesses e ações no mundo digital são dados que valem ouro pra quem quer nos vender alguma coisa.

O tema é super importante e merece toda atenção. É por isso que o governo federal acaba de sancionar a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados, ou LGPD, como é mais conhecida a Leinº 13.709/2018 (clique aqui para ler à íntegra), que passou a valer no dia 22 de setembro. Na prática, a LGPD regulamenta o uso dos nossos dados por todas as empresas, incluindo as cooperativas. A ideia é proteger o consumidor.

A importância dos dados para os negócios

O segredo do sucesso da maioria dos negócios atuais é saber combinar os dados com as estratégias de negócio, com foco em melhorar a experiência do cliente. Como já dissemos, os dados valem ouro, pois, além de mostrarem o comportamento das pessoas, permitem que as organizações tomem decisões cada vez mais assertivas com base no conhecimento que têm de seus públicos.

Essa capa da revista The Economist é de 2017 e, de lá pra cá, os dados ganharam ainda mais protagonismo na fala de executivos e consultores. A ampliação do poder das redes, a tecnologia 5G, e a internet das coisas farão com que essa importância cresça cada vez mais. Esse pensamento também é compartilhado pela consultora e futurista Martha Gabriel em seu livro Eu, Você e os Robôs.

“Vivemos na Era Digital, onde as formas de produção e valor passam a depender de dados. Aqueles Indivíduos, empresas e países que dominam os dados passam a dominar o mundo. Assim, a era digital inaugura uma economia de dados, em que o valor se encontra em sua extração adequada, manipulação eficiente e transformação em algo relevante para a sociedade – chamamos isso de data capital, ou capital de dados.” (São Paulo, Ed. Atlas, 2018; 2ª reimpressão; p.151)

Como podemos ver, os dados são explorados com ferramentas e técnicas que envolvem muita ciência e estratégia. Os dados coletados são “minerados”, interpretados e podem orientar as estratégias dos negócios. E hoje com a emergência da inteligência artificial como ferramenta para auxiliar na mineração de dados o processo tem ficado cada vez mais acelerado. O fato é que, quanto mais uma instituição é orientada por dados, melhores são os seus resultados.

E, por isso, atualmente, qualquer instituição que inova e cresce utiliza os dados como base para decisões e ajustes necessários. A ideia é entregar produtos e serviços cada vez mais relevantes para nós, consumidores, a fim de obter e manter a nossa fidelidade. Quanto mais navegamos e interagimos na internet, mais as organizações entendem nossos desejos e receios. E, com isso, conseguem ajustar ou criar ofertas de acordo com nosso perfil.

Tanto que as empresas mais bem sucedidas do mundo sabem disso e utilizam as estratégias de seus negócios baseadas em dados para criarem novos produtos, melhorarem a experiência e influenciarem seus usuários. As cinco marcas mais valiosas do planeta, em 2020, segundo a Forbes, são as mesmas do ano passado: Apple, Google, Microsoft, Amazon e Facebook. Isso reforça o que estamos afirmando aqui: que o direcionamento dos negócios para tecnologia e dados andam juntas com o sucesso.

E a maior prova disso é o seguinte: quando pesquisamos algo para comprar – mesmo que não compremos na hora, estamos oferecendo gratuitamente às empresas mais conectadas informações que servem para mapear o nosso perfil. E é aí que a “mágica” acontece. Quer um exemplo? Qual de nós não teve o perfil no Facebook bombardeado com ofertas de geladeira, sapatos, comida e até peças de carro depois de uma busca no Google? Você também já deve ter percebido que se tornou um “alvo” de promoções de companhias aéreas, hotéis e agências de turismo sempre chamando sua atenção para aquele destino pesquisado mais cedo nos sites de viagem! Se ainda não percebeu isso, faça o teste, e veja como somos monitorados 24 horas por dia, como se vivêssemos num reality show online. Tudo o que fazemos na internet deixa rastros e as instituições usam essas informações para o bem de seus negócios.

Ordem na casa, digo, na net

Diante desse cenário,onde os dados das pessoas são coletados e têm tanto valor, a privacidade e a segurança digitais também têm ganhado os holofotes nos últimos anos. No Brasil a LGPD, que nos protege do mau uso dos nossos dados, chegou com um certo atraso,mas já está valendo. Desde do dia 22 de setembro, cerca de dois anos após a legislação europeia assegurar a proteção dos usuários da internet, nós, brasileiros, também passamos a contar com esse mesmo direito. Tem até multa prevista para as empresas que não respeitarem o uso regulamentado dos dados de seus clientes.

Mas do que trata mesmo a LGPD? Segundo o Serviço Federal de Processamento de Dados, o Serpro, a LGPD estabelece que não importa se a sede de uma organização ou o centro de dados dela estão localizados no Brasil ou no exterior: se há o processamento de conteúdo de pessoas, brasileiras ou não, que estão no território nacional, a LGPD deve ser cumprida. Determina também que é permitido compartilhar dados com organismos internacionais e com outros países, desde que isso ocorra a partir de protocolos seguros e/ou para cumprir exigências legais.

Outro elemento essencial da LGPD é o consentir. Ou seja, o consentimento do cidadão é a base para que dados pessoais possam ser tratados. Mas há algumas exceções a isso. É possível tratar dados sem consentimento se isso for indispensável para: cumprir uma obrigação legal; executar política pública prevista em lei; realizar estudos via órgão de pesquisa; executar contratos; defender direitos em processo; preservar a vida e a integridade física de uma pessoa; tutelar ações feitas por profissionais das áreas da saúde ou sanitária; prevenir fraudes contra o titular; proteger o crédito; ou atender a um interesse legítimo, que não fira direitos fundamentais do cidadão.

Por falar em direitos, é essencial saber que a lei traz várias garantias ao cidadão, que pode solicitar que dados sejam deletados, revogar um consentimento, transferir dados para outro fornecedor de serviços, entre outras ações. E o tratamento dos dados deve ser feito levando em conta alguns quesitos, como finalidade e necessidade, que devem ser previamente acertados e informados ao cidadão. Por exemplo, se a finalidade de um tratamento, feito exclusivamente de modo automatizado, for construir um perfil (pessoal, profissional, de consumo, de crédito), o indivíduo deve ser informado que pode intervir, pedindo revisão desse procedimento feito por máquinas.

Quais os impactos da LGPD em sua cooperativa?

Agora, todos as instituições terão que aplicar algumas mudanças na coleta e tratamento dos dados para se adequarem à lei. Trouxemos aqui um resumo das dicas de adequaçãodo João Gobira da Startse:

1-    Crie uma equipe para cuidar do assunto

O primeiro passo é nomear, qualificar ou contratar três profissionais: o controlador, o operador e o encarregado que vão formar a sua equipe de tratamento de dados. Esta equipe será responsável por atender todas as solicitações sobre o assunto – tanto dos usuários quanto da autoridade reguladora (ANPD).

Mapeie todas as informações sensíveis que você já tem. É preciso fazer um “Raio-X” de todas as informações e dados que você tem na sua base de clientes, banco de dados, etc. 

2-    Crie mecanismos para coletar consentimento

De agora em diante o consentimento é rei, por isso você precisa encontrar novas formas para solicitar o consentimento dos dados. Toda oferta que você quiser enviar por e-mail, anúncios de retargeting ou qualquer outro tipo de abordagem precisa estar ancorada em uma autorização concedida previamente.

3-    Guarde as provas

Como toda lei nova, existe muita coisa que ainda não foi totalmente definida. Por isso documente todos os seus processos sobre tratamento de dados e mantenha-os atualizados.

4-    Promova a cultura da segurança e uso responsável de dados

Contar com o apoio dos colaboradores da sua empresa é primordial para conseguir implementar a LGPD de forma bem-sucedida.

Para aprofundar no tema

E se você, consumidor ou cooperativa, quer saber mais sobre esse assunto, vale à pena conferir os seminários realizados pela OCB, com os especialistas Patrícia Peck e Cristhian Groff, que abordaram os aspectos práticos da adequação à LGPD.

07/10 Live do Sistema OCB: Proteção de Dados na Prática

9h30 Patrícia Peck tratará dos aspectos teóricos da lei

14h30 Cristhian Groff apresentará aspectos práticos para adequação à LGPD

Caso queira entender mais do tema, tem um material muito legal desenvolvido pelo Serpro. Clique aqui pra conferir.

Ah, e por fim, se quer entender um pouquinho mais de como os dados movem o mundo hoje, sobre LGPD e o futuro das profissões? Ouça os episódios abaixo no podcast The Shift:

Dados, a nova eletricidade

Seu futuro profissional está nos dados

 

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