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SXSW 2025: 8 tendências do maior evento de inovação do mundo

SXSW 2025: 8 tendências do maior evento de inovação do mundo

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Edição focou nas novas tecnologias e seus impactos na saúde, redes sociais, computação, medicina e no meio ambiente

Entre os dias 7 a 15 de março, aconteceu em Austin, no Texas, mais uma edição do South by Southwest. O SXSW é um dos maiores eventos de tecnologia e inovação do mundo, pois, além de inúmeras palestras, apresentações e rodas de conversa, o congresso conta com profissionais especializados. O SXSW 2025 indicou caminhos para o futuro.

Nessa edição, o foco esteve na convergência entre a tecnologia e os seres humanos, assim como nos avanços na biotecnologia, computação quântica e medicina. Além disso, o SXSW 2025 também discutiu a saúde social, o futuro do trabalho e as oportunidades trazidas pelas IAs.

O InovaCoop reuniu alguns destaques do evento para que você fique antenado em todas as novidades. Vamos conferir?

1. Fusão entre humanos e máquinas

A futurista Amy Webb sempre é uma das palestrantes mais aguardadas pelos congressistas. Além de compartilhar o Tech Trends Report, um relatório que analisa e prevê as tendências tecnológicas com maior impacto na sociedade e nos negócios, a profissional discute temas de grande importância.

No SXSW 25, Amy iniciou sua palestra dizendo que a palavra-chave da vez é beyond (além, em português). Segundo a futurista, estamos vivendo em uma era de convergência entre a inteligência artificial, os sensores e a biotecnologia, resultando na era da Inteligência Viva.

Amy Webb acredita que essas novas tecnologias conseguirão reescrever as regras da nossa sociedade. Ela acredita que além de raciocinar e aprender rapidamente, as inteligências vivas poderão sentir, se adaptar e evoluir. “As redes de sensores estão levando a IA de observadores para controladores”, pontuou a futurista.

Junto à evolução das IAs, estamos acompanhando o progresso de sistemas multiagentes (MAS), modelos de inteligência artificial que funcionam sem a necessidade de um ser humano no controle. Essas plataformas tomam decisões e atribuem tarefas a si mesmo, formando alianças e desenvolvendo métodos de comunicação próprios.

A adoção de novas línguas não-humanas pelas tecnologias também foi abordada por Amy, já que a mudança pode excluir o fator humano da equação. De acordo com ela, a criação de linguagens matemáticas diminui o tempo de comunicação entre as IAs.

2. Avanços na biotecnologia

A biotecnologia ganhou destaque no SXSW 2025 ao se aproximar das inteligências artificiais, sendo um dos elementos da fusão prevista por Amy Webb. Durante sua palestra, a futurista destacou a inteligência organóide, que foca criar modelos de cérebros em miniatura para estudos de doenças e desenvolvimento neurológico.

Outro tópico abordado por Amy foram os biocomputadores. Ao contrário dos tradicionais, esses computadores utilizam materiais biológicos para processar informações e realizar cálculos complexos de maneira eficiente - e sustentável. “As regras da computação foram quebradas. Pela primeira vez, temos máquinas que literalmente pensam”, pontuou a palestrante.

Amy Webb também discutiu o crescimento dos robôs híbridos, que combinam componentes biológicos e artificiais para criar robôs com habilidades únicas. “Essa é a década em que nós vamos, de fato, ver robôs”, finalizou a futurista.

3. Saúde social e futuro das redes sociais

As novas tecnologias estão afetando outras áreas, trazendo novas perspectivas e desafios. Para manter as redes sociais gratuitas e o engajamento, as plataformas investem em publicidades e utilizam algoritmos para recomendar publicações e manter os usuários online.

Além disso, observa-se o crescimento de bots, ou seja, contas sem identidade que substituem o comportamento humano, sendo utilizadas para disseminar conteúdos repetitivos. Usamos, portanto, redes que focam, majoritariamente, no lucro próprio, sem a preocupação de oferecer um ambiente de trocas de informações e contato social.

Alguns profissionais pretendem mudar essa realidade, como Frank McCourt, CEO da McCourt Global, e Jay Graber, CEO da Bluesky. Durante sua palestra, McCourt apresentou o The People’s Bid, consórcio criado para adquirir o TikTok. Ele argumentou: “Os algoritmos nos fazem estar online e promove sentimentos como a raiva, que nos mantém engajados e online”.

A ideia é que os próprios usuários criem os termos de condições, decidindo como os dados serão utilizados e como desejam ver as publicidades. O CEO também pontuou que a nova rede será livre de conteúdo extremista ou prejudicial à saúde mental dos internautas.

Adepta da descentralização das plataformas, Jay Graber compartilhou detalhes sobre o funcionamento do Bluesky. Além disso, a profissional discutiu sobre a permissão para uso de dados.

O Bluesky utiliza o protocolo chamado Authenticated Transfer (AT), que permite o controle do feed pelos internautas, além de fazer a transição de plataformas mantendo a identidade e os seguidores. “Mesmo que um bilionário compre a rede amanhã, os usuários terão a opção de se mudar para outra plataforma, usando o mesmo protocolo e carregando consigo seus seguidores, posts e identidade”, explicou.

Ao mencionar o uso de dados, a CEO mencionou que a organização busca desenvolver uma estrutura capaz de permitir que os usuários decidam se querem que seus dados sejam utilizados pela IA Generativa. “Nós realmente acreditamos que isso deve ser uma escolha do usuário”, comentou Jay.

Crise da solidão e era da saúde social

Scott Galloway, professor da New York University, NYU, apresentou, durante sua palestra, diversas previsões, como a ascensão da IA e as transformações dos mercados emergentes. No entanto, o docente chamou a atenção para o impacto social da tecnologia.

De acordo com Galloway, estamos prestes a viver uma crise de solidão. “As empresas mais inteligentes e com mais dinheiro estão essencialmente tentando convencer os jovens, principalmente os homens, de que podem ter uma vida razoável em uma tela com um algoritmo”, explicou.

O bem-estar dos internautas também foi discutido pela cientista social Kasley Killam durante o SXSW 2025. A profissional acredita que a saúde social precisa ser prioridade por estar ligada a criação de laços e qualidade dos relacionamentos.

Diante da nova preocupação, Kasley apontou a importância das organizações implementarem práticas que promovem a saúde social dos colaboradores. “Pesquisas apontam que uma organização que não prioriza relacionamentos perde em retenção, inovação e produtividade”, concluiu.

4. Nova era profissional

O modus operandi do mercado de trabalho está prestes a mudar - e a culpa é das novas Inteligências Artificiais. Em sua palestra, Ian Beacraft, CEO da Signal & Cipher, disse que o trabalho, como conhecemos, tem uma data de validade.

Atualmente podemos observar a rápida obsolescência de inúmeras capacitações, e é por isso que Beacraft apresentou o conceito Skill Flux, isto é, fluxo de habilidades. O CEO ainda advertiu os congressistas dizendo que o futuro do trabalho é de quem aprende rápido e aplica os conhecimentos de maneiras inéditas e criativas.

Mike Bechtel também discutiu a nova era profissional durante seu seminário, deixando claro que a hiperespecialização não deve ser mais o foco dos profissionais. Segundo o futurista, sai na frente quem cruzar diversos conhecimentos distantes.

5. Computação quântica

Assim como no SXSW 2024, a computação quântica também foi um assunto amplamente discutido. Segundo Arvind Krishna, CEO e presidente da IBM, a tecnologia é capaz de resolver problemas que os computadores tradicionais e as IAs não conseguem.

Isso porque a computação quântica segue o mesmo preceito da mecânica quântica, que consiste na interação conjunta entre elétrons, átomos e moléculas. No caso da nova tecnologia, o bit quântico pode estar em elementos de zero e um ao mesmo tempo.

De acordo com Charina Chou, COO do Google Quantum AI, a computação quântica pode ser uma grande aliada na busca pela cura do câncer e descobrir medicamentos que podem auxiliar no processo. Para isso acontecer, a tecnologia calcula o estado atual e as possíveis mudanças nas células, ao invés de se basear somente em dados anteriores.

6. Medicina & IAs

Priscilla Chan, copresidente da Chan Zuckerberg Initiative (CZI), apresentou uma iniciativa inovadora que pode mudar o futuro da medicina. A médica introduziu o conceito de célula virtual, isto é, uma simulação do funcionamento das células humanas.

A ideia é mostrar imagens 3D de órgãos e outras células para Inteligências Artificiais e ensinar o código molecular a elas. Priscilla ainda afirma que a simulação pode auxiliar o estudo de componentes individuais das células: “Precisamos do grande modelo de linguagem e dessas simulações digitais para entender como a menor unidade da vida realmente se junta”.

A ferramenta pode ser usada para personalizar tratamentos e prevenções de doenças, além de testar novas terapias antes de desenvolvê-las em laboratórios. Priscilla ainda sugeriu que a tecnologia pudesse criar células imunológicas para detectar e combater doenças.

7. A IA não transforma, ela auxilia

Ao lado do brasileiro Cristiano Amon, CEO da Qualcomm, Will.i.am, integrante do The Black Eyed Peas, discutiu o papel das Inteligências Artificiais na produção de músicas. O músico acredita que a IA pode somente auxiliar os compositores durante o processo criativo: “A IA não vai tornar você criativo – ela vai amplificar o que já está dentro de você”.

Will.i.am acredita que as tecnologias inauguram a fase da personalização, além de refletirem sobre o que foi dito pelo usuário. Segundo o músico, é isso que acontece em sua plataforma, a FYI.AI. O software conta com chatbots que imitam as variações do discurso humano, como velocidade da fala, sotaques e gírias, além de refletir sobre as informações compartilhadas.

8. Tecnologia a serviço do planeta

A sustentabilidade segue sendo um tópico importante no SXSW, principalmente com o aumento das tecnologias em diferentes áreas. Chad Oppenheim, fundador da Oppenheim Architecture, e Stacy Shoemaker Rauen, vice-presidente da Emerald, discutiram o uso das IAs na construção de cidades inteligentes, e na otimização do planejamento urbano.

Já Nadine Clarke, parceira estratégica da Tangent; e Lisa Grainek, líder global de Sustentabilidade e Impacto da iF DESIGN, dissertaram sobre o papel do design digital para diminuir desperdícios e incentivar a construção sustentável. A ideia é aproveitar as tecnologias para melhorar a qualidade de vida da população e frear o avanço do aquecimento global.

Conclusão: SXSW 2025 indica caminhos para o futuro

A tecnologia está avançando cada vez mais rápido e a tomada de decisões precisa acompanhá-la. Nas palavras de Amy Webb: “Não podemos apenas reagir. Precisamos planejar. Acima de tudo, precisamos nos perguntar: quem está realmente no controle do futuro que estamos construindo?”.

Para acompanhar as mudanças e fazer escolhas conscientes, é preciso capacitação - e sua cooperativa, seus cooperados e colaboradores podem aproveitar do curso Impactos da Inteligência Artificial nas Cooperativas do CapacitaCoop.

E se o foco é inserir, ou aprimorar, o uso das inteligências artificiais na sua cooperativa, confira o guia prático Engenharia de Prompt: conheça técnicas para obter melhores resultados com a IA do InovaCoop. Com ele, você explora o potencial das IAs e otimiza as tarefas diárias!


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