Cooperación Verde: iniciativa de intercooperação para enfrentar mudanças climáticas

CONTEXTO
Em 2008, sem nenhuma obrigatoriedade imposta pelo governo, as cooperativas colombianas assinaram o "Pacto Verde" e se comprometeram a adotar ações de sustentabilidade ambiental. A motivação por trás da iniciativa é representada pelo sexto e pelo sétimo princípios cooperativistas. Respectivamente, Intercooperação e Interesse pela comunidade. Dessa maneira, as cooperativas que aderiram ao pacto procuravam atingir competitividade de mercado com concomitante propulsão da responsabilidade ambiental.
Para colocar o Pacto em ação, em 2009 foi criado o Projeto Cooperación Verde, que se tornou uma plataforma conjunta que tinha como objetivo promover a compensação das emissões de carbono. Para tanto, o projeto passou a investir em reflorestamento em regiões atingidas por conflitos armados. Com isso, começou a proporcionar trabalho e renda para as populações locais. Consequentemente, a comercialização de madeira certificada e produtos orgânicos passou a ser um complemento de faturamento para as cooperativas participantes.
DESAFIOS
Um desafio constante ao longo de todo o projeto tem relação direta com sua própria natureza. Afinal, o Projeto Cooperación Verde visa ao desenvolvimento de regiões que sofreram com o conflito armado na Colômbia. Como consequência, são locais de difícil acesso, distantes e vulneráveis. Isso significa, na prática, que são regiões com pouca infraestrutura, com ausência ou limitações severas de pavimentação, energia elétrica, comunicação, mão de obra e instalações em geral.
Além disso, os primeiros movimentos do projeto exigiram que as cooperativas signatárias do Pacto Verde aportassem recursos financeiros e humanos em um investimento cujo retorno potencial somente seria percebido no longo prazo.
DESENVOLVIMENTO
Além da mobilização de recursos financeiros, para dar início ao projeto foi necessário empenhar esforços significativos na conscientização junto aos cooperados envolvidos. Os primeiros passos foram marcados, adicionalmente, pela aquisição de áreas produtivas em regiões muito atingidas por conflitos armados no passado.
A partir da compra dessas terras, o projeto fez a contratação de moradores locais para executar o plantio e o processamento das primeiras árvores do projeto de reflorestamento. Esta se mostrou uma prática muito acertada pelo projeto, com significativo impacto social. Tanto é que o formato de contratação de pessoas das comunidades beneficiadas se mantém. Atualmente, estima-se que cerca de 100 mil postos de trabalho estejam direta e indiretamente relacionados ao Projeto Cooperación Verde.
O empreendimento se mostrou um sucesso, especialmente após a apresentação do balanço do primeiro ano, apresentado em assembleia. Os resultados iniciais obtidos foram essenciais para convencer os membros das cooperativas envolvidas sobre o potencial do projeto. Tanto é que em pouco tempo o programa já ampliava sua atuação para a produção de carne e mel orgânicos, além da comercialização de carvão e madeira com certificação.
O crescimento se mostrou sustentável, o que permitiu ao projeto ampliar ainda mais seu escopo de atuação e o volume de produção. Dentre as novas frentes de desenvolvimento destaque para a produção de alimentos, de energia elétrica limpa e de madeira legal e certificada. Como consequência, o Projeto Cooperación Verde se tornou uma relevante fonte de renda para a comunidade.
Na prática, o projeto funciona a partir de uma estrutura formada por uma equipe que responde a um colegiado. Este, por sua vez, é formado por representantes das organizações membro, aquelas que assinaram o Pacto Verde. Assim, o gerente de cada projeto é o encarregado pela implementação do que foi planejado e também por todo o relacionamento construído e mantido com clientes e funcionários.
Para quem tiver interesse em conhecer um pouco mais do projeto, veja neste vídeo em espanhol.
RESULTADOS
Desde que foi criado, em 2009, o Projeto Cooperación Verde já foi responsável pelo plantio de 2 milhões de árvores em regiões ambientalmente degradadas da Colômbia. Isso tem um efeito colateral positivo decorrente da eliminação de práticas de queimadas e de pastoreio intensivo, que são danosas ao meio ambiente.
Além disso, o projeto já promoveu a recuperação de 1.800 hectares de vegetação nativa. Como resultado, já foram capturadas da atmosfera um total de 280 mil toneladas de gás carbônico. Este se mostra uma importante fonte de renda para as cooperativas signatárias. Afinal, o carbono sequestrado é certificado e se transforma em créditos de carbono que são comercializados. Essa venda já gerou US$ 2,4 milhões.
O projeto é, ainda, responsável pela produção e comercialização de 20 toneladas por ano de mel de acácia e de 50 toneladas por ano de carne certificada. Adicionalmente, o projeto também faz o processamento de 1.800 toneladas de biomassa, de 330 toneladas de carvão vegetal certificado e de 400 toneladas de madeira certificada.
PRÓXIMAS INICIATIVAS
Devido ao sucesso alcançado em todas as frentes do projeto, a intenção das cooperativas signatárias do Pacto Verde é ampliar ainda mais sua atuação. Isso significa aumentar ainda mais a quantidade de cooperativas participantes para além das 52 originalmente engajadas.
Há, ainda, o interesse de promover com a expansão das plantações de reflorestamento para outras regiões da Colômbia. A partir dessas iniciativas, o que se espera é que aumente de maneira proporcional a produção de oxigênio, de carne, de mel e também de carvão certificado. Além, é claro de aumentar a quantidade de créditos de carbono que possam ser comercializados.
Contato do responsável:
Fernando Rodriguez Pinzon
gerente do Projeto Cooperación Verde
frodriguez@cooperacionverde.com / +57 1 317 331 1064
Conteúdo desenvolvido em parceria com

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