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Recursos públicos e privados ajudam a fomentar projetos de Inovação

Palestra detalhou caminhos e estratégias para facilitar captação de fundos


MÉTODOS E FERRAMENTAS14/08/20234 minutos de leitura

A inovação trabalha com a exploração de novas ideias que mudam o comportamento das pessoas, organizações e mercados. Propostas simples, muitas vezes, podem melhorar processos a curto prazo sem a necessidade de grandes recursos. Outras, no entanto, demandam investimentos para serem implementadas e alcançar resultados efetivos. Nem sempre os fundos necessários estão disponíveis, mas há diferentes formas de captação que podem ajudar as cooperativas a acessarem recursos públicos e privados para o desenvolvimento de seus projetos.

E foi para explicar um pouco sobre os caminhos disponíveis para esse acesso que a CEO da ABGI Brasil, Maria Carolina Rocha, comandou o painel Como captar recursos públicos e provados para projetos de inovação na sua Cooperativa durante a Semana de Competitividade Coop 2023. A palestra realizada na quarta-feira (8) na trilha de Inovação foi um dos pontos altos do evento pelo nível de detalhamento das informações apresentadas.

“Construir estratégias claras para captação de recursos financeiros para inovação é fundamental para alavancar a competitividade de cooperativas. Cada oportunidade de fomento tem, no entanto, uma vocação”, afirmou Maria Carolina logo no início de sua fala. Segundo ela, os recursos podem ser captados para integrar iniciativas e consolidar resultados; para consolidar e expandir portfólios; para estruturar processos para o crescimento; ou para validar o negócio e levantar capita. Por isso, é sempre muito importante entender o momento da organização e suas demandas, para assim mapear as oportunidades ideais”.

A dirigente fez um mapeamento para mostrar quem são os principais atores de fomento do ecossistema da inovação e também dos objetivos que mais são atendidos nas captações de recursos. Segundo ela, os setores mais apoiados são os que tratam de temas como ESG, economia circular, bioeconomia, reciclagem e gestão de resíduos. Além destes, projetos que abordem as áreas de saúde, educação, mobilidade e logística, meio ambiente, telecomunicações, cibersegurança e indústria 4.0, entre outros, também tem boa aceitação.

Os recursos, explicou Maria Carolina, podem ser reembolsáveis ou não. “Na primeira modalidade, as instituições de fomento emprestam dinheiro para a promoção da inovação, com condições especiais e acessíveis, sob a condição de apresentação de capacidade de pagamento e de desenvolvimento de projetos de PD&I. Já na segunda, os recursos são aplicados para compartilhar com as organizações os custos e os riscos inerentes as atividades apoiadas”, detalhou.

Há ainda, de acordo com a dirigente, a modalidade de apoio financeiro indireto, quando os incentivos fiscais funcionam como mecanismos concedidos pelo governo para promover os investimentos empresariais em inovação mediante mecanismos diversos, como: deduções, amortizações, depreciações ou crédito fiscal.

As principais estratégias para a captação de recursos apontadas por Maria Carolina compreendem o monitoramento e a qualificação das oportunidades, a avaliação e seleção dos projetos, a elaboração da proposta para habilitação dos projetos de acordo com os critérios específicos de cada agente de fomento e a gestão de recursos responsável, inclusive para a prestação de contas.

A CEO apresentou ainda cases de sucesso na captação de recursos em cooperativas. “Em 2022, por exemplo, a Cooperativa Agrícola Mista General Osório (Cotribá) captou R$ 90 milhões em recursos reembolsáveis, por meio de crédito direto da FINEP para a execução de projeto de inovação em pesquisa e concepção da Cooperativa Tecnológica. Já a Cooperativa Reca de Nova Califórnia (RO), iniciou em setembro de 2022 um projeto de bioeconomia florestal para transformar os resíduos de cupuaçu e castanha do Brasil em extratos proteicos para a indústria alimentícia. Eles obtiveram um aporte total de R$ 496 mil provenientes da captação de Recursos Não Reembolsáveis da Embrapii, parceiros e do Fundo JBS pela Amazônia”.

Ao final, o Radar de Financiamento, nova ferramenta do InovaCoop, produzida em parceria com a ABGI, foi apresentado ao público pela palestrante. Ela explicou todas as funcionalidades , mostrou uma visão geral da ferramenta e detalhou as oportunidades de fomento disponíveis no momento. Maria Carolina informou também que, ainda este ano, serão realizados workshops em cinco estados para dar continuidade aos treinamentos em relação ao tema e que será disponibilizado um curso em EAD na plataforma Capacitacoop.


Acesse a apresentação aqui.

Conteúdo elaborado pela equipe do

Sistema OCB