Uso da Inteligência Artificial para multiplicar eficiência nos negócios
Executivos do Sicredi compartilham experiências adquiridas com o assistente virtual Theo
O uso da Inteligência Artificial (IA) tem ocupado espaços cada vez maiores no dia a dia das pessoas. E, para mostrar os benefícios que ela pode oferecer nos negócios, Daniel Guths, gerente de Cognição e IA, e Alceu Ruppenthall Meinen, Superintendente de Relacionamento e IA, ambos do Sicredi Nacional, coordenaram o painel Como a IA pode mudar a maneira de fazer negócios da trilha de Inovação durante a Semana de Competitividade Coop 2023. O Sistema cooperativo de crédito implementou o Theo, assistente virtual no WhatsApp em 2018 e, desde então, vem aprimorando as possibilidades de atendimento da ferramenta.
Durante a apresentação, Daniel e Alceu fizeram um resumo sobre a evolução do uso dos recursos de Inteligência Artificial ao longo das últimas décadas, assim como da trajetória adotada pelo Sicredi na apropriação da tecnologia para oferecer novas alternativas de atendimento aos seus associados e clientes. “Usamos a Inteligência Artificial para permitir que nosso atendimento seja mais resolutivo e eficiente, reduzindo tempo e custos nesse processo. Estamos evoluindo para o uso da IA generativa para evoluirmos ainda mais e utilizarmos as possibilidades para criação de textos, imagens, vídeos, sons e outros componentes para tornar esse atendimento cada vez mais humanizado e próximo”, explicaram.
De acordo com eles, a Inteligência Artificial multiplica a eficiência de qualquer sistema e exponencializa os resultados dos negócios. “Empresas que utilizam a IA vão substituir as que não utilizam. Para se ter uma ideia, a estima-se que 50 mil lojas de varejo devem fechar nos Estados Unidos até 2026 caso não adotem o uso de ferramentas nesse sentido para oferecer experiências mais ágeis e efetivas aos seus clientes e que garantam também o aumento produtividade e resultados financeiros”.
O Theo, ainda segundo eles, já realiza 100% de vários negócios do Sicredi. Até junho deste ano, a plataforma contabilizava R$ 2,5 milhões em portabilidade de empréstimos; R$ 307 mil em renegociações de dívidas, R$ 11,7 milhões em majoração (aumento) do limite em cartões de crédito; R$ 13 milhões em portabilidade de salários; e R$ 6,8 milhões em crédito em espécie na contemplação de consórcios, entre outros serviços.
“Nossos próximos desafios são tornar o atendimento cada vez mais cognitivo e humanizado, otimizando a jornada pelo telefone para reduzir ainda mais o tempo de atendimento. Estamos implementando agora a contratação de crédito por WhatsApp também. Mas ainda precisamos reduzir o tempo de curadoria, de treinamento do Theo.Ainda assim, 50% dos relacionamentos generalistas o Theo já resolve sozinho. Nossa projeção é chegar a 85% a médio prazo”, afirmou Alceu.
As principais recomendações deixadas por Daniel e Alceu durante a apresentação para as cooperativas investirem no uso da Inteligência Artificial em seus negócios foram a necessidade de entender profundamente o perfil de seus sócios ou clientes, para garantir a hiperpersonalização das atividades; a concentração das ações nas áreas em que haja maior linha de despesas e que precisam ser otimizadas; usar o ecossistema para acelerar e implementar e ter benefícios rápidos; desenvolver uma governança para implementação rápida e segura em todos os produtos; e estabelecer uma IA responsável, evitando processos que possam gerar dilemas éticos, legais ou tecnológicos.
“Importante ressaltar, no entanto, que não basta simplesmente adicionar a Inteligência Artificial a fluxos de trabalho ou tarefas existentes e tratá-la separadamente dos profissionais. É necessário considerar que ela deve incentivar o sucesso nas colaborações entre humanos e máquinas. A interação e a cooperação entre homens e máquinas são essenciais para garantir que a IA seja desenvolvida de forma humanizada, ética e responsável. Se a IA for racista ou machista, por exemplo, não vai atingir os objetivos. Pelo contrário”, concluíram Daniel e Alceu.
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