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Desvendando os 10 tipos de inovação para as cooperativas

Framework elaborado pela consultoria Doblin estrutura as maneiras de inovar. Saiba quais são!


A inovação é ampla e acontece de diversas maneiras diferentes. É por isso que é tão difícil definir o que é uma inovação. Há inúmeras formas de inovar dentro das cooperativas, afinal. A fim de classificar e visualizar melhor as maneiras distintas de inovar, Larry Keeley e sua equipe na consultoria Doblin elencaram 10 tipos de inovação.

Em seu livro, Keeley desafia a crença de que inovação é sinônimo de lançar novos produtos no mercado. O autor defende, no entanto, que essa é só mais uma das diferentes maneiras de inovar nos negócios. Não só isso, como uma das formas menos eficientes de inovar.

Ao elencar 10 tipos de inovação, então, a proposta é criar um framework que ajude as organizações na tarefa de identificar e aproveitar novas oportunidades para inovar, mesmo que elas não sejam tão evidentes à primeira vista. A ideia é de que essas 10 modalidades contribuam para construir uma cooperativa inovadora e competitiva.

Neste artigo, portanto, iremos explicar quais são os 10 tipos de inovação, como elas se organizam e quais são as categorias que compõem a estrutura de inovação e de que maneira cada uma delas impacta na construção do negócio. Aproveite a leitura!

Conheça os 10 tipos de inovação

Para esquematizar os diferentes tipos de inovação, Keeley as separou em três eixos que se organizam da seguinte maneira:

Eixo 1: Inovação de configuração

1. Modelo de lucro

São as inovações que encontram novas maneiras de gerar valor e aumentar a lucratividade dos produtos e serviços oferecidos pela organização. Em suma, são as inovações ligadas à forma de ganhar dinheiro. Para que esse modelo funcione, é necessário analisar os desejos dos consumidores e identificar fontes de receita.

Frequentemente, os modelos de inovação voltados ao lucro desafiam crenças estabelecidas no mundo dos negócios sobre o que oferecer ao mercado, quais são as precificações adequadas e como o dinheiro entra na organização.

2. Rede

São as conexões que geram valor, ainda mais em um mundo altamente conectado. Diante disso, nenhuma cooperativa deve tentar resolver tudo sozinha. Redes de inovação permitem que as cooperativas colaborem entre si ou com outras organizações de todos os tipos para que possam alcançar resultados mútuos com o que cada uma tem a oferecer de melhor.

Iniciativas de intercooperação e programas de inovação aberta, por exemplo, são inovações de rede. Dessa maneira, é possível capitalizar os pontos fortes e encontrar soluções para encarar os pontos fracos de todas as organizações envolvidas nessa rede, que pode ser duradoura ou fruto de oportunidades pontuais.

3. Estrutura

Tem a ver como a cooperativa organiza seus recursos e talentos a fim de gerar valor. Esse tipo de inovação pode incluir uma série de coisas, como sistemas de gestão, infraestrutura física, equipamentos e capital humano.

A descentralização gerencial, democratizando a tomada de decisões, é um exemplo de inovação estrutural. Reorganizar equipes, realocar recursos, redesenhar cadeias logísticas e reestruturar o organograma são jeitos de otimizar a cooperativa para torná-la mais produtiva, atrativa aos talentos e receptiva às novidades.

4. Processo

O processo de produção e execução de serviços pode representar um alto custo para as cooperativas. Faça o seguinte questionamento: o processo produtivo que a sua cooperativa emprega atualmente está encarecendo o preço para seus clientes? Seria possível otimizar o tempo e o custo desse processo?

As inovações de processo almejam entregar o produto da maneira mais eficiente possível sem comprometer a qualidade. Com isso, a cooperativa aumenta a margem de receita e ganha vantagem competitiva.

Eixo 2: Inovação de oferta

5. Desempenho de produto

Inovações relacionadas à performance levam em conta o valor percebido, as qualidades e características dos produtos e serviços ofertados. Dessa forma, lançar produtos novos, atualizá-los diante de mudanças de mercado e adicionar recursos novos são inovações de desempenho.

Essa é a inovação mais fácil de notar e, por isso, muita gente considera que ela é a mais valiosa. Mas na prática, não é bem assim, inclusive porque é muito fácil que essas mudanças e novidades sejam rapidamente copiadas pela concorrência.

6. Sistema de produtos

São inovações que estão enraizadas na percepção das pessoas sobre como produtos e serviços se conectam, criando um ecossistema robusto e escalável. Pense em como a Apple conecta suas linhas de produtos diversos, fazendo que quem tenha um produto Apple se sinta impelido a comprar outros em busca de uma integração eficaz.

Os sistemas de produtos são executados por meio de interoperabilidade, modularidade e integração de sistemas, criando valor para o consumidor e fomentando a fidelização.

Eixo 3: Inovação de experiência

7. Serviços

É fundamental inovar para dar apoio e, com isso, ampliar a percepção de valor dos produtos negociados pela cooperativa. Isso é feito por meio dos serviços que complementam os produtos apresentados, como possibilidade de teste, garantias amplas e suporte ao cliente no pós-venda, por exemplo.

Ou seja, é tudo que envolve o relacionamento entre cooperativa e consumidor, proporcionando uma interação positiva. Inovar em serviços é estreitar laços com os clientes e cooperados, portanto.

8. Canal

Diz respeito às inovações que a cooperativa realiza em prol de alcançar o cliente. Isto é, a plataforma que vai servir de base para que a interação aconteça. Criar um e-commerce, aderir a um marketplace e desenvolver um app, por exemplo, são inovações de canal. Em tempos de bancos digitais, uma cooperativa de crédito precisa ter um aplicativo funcional.

Além disso, soluções multicanais para venda, que unem o físico e o presencial, e experiências imersivas despontam como caminhos para inovar nesse escopo. A ideia é aumentar a efetividade dos canais comerciais e de relacionamento por meio de melhorias constantes e coleta de feedbacks.

9. Marca

Como os seus clientes e cooperados enxergam a sua cooperativa? Quais características eles atribuem ao seu negócios? A construção de marca é uma forma de comunicar valores do negócio e fazer com que as pessoas lembrem da sua cooperativa.

Estratégias de branding devem ser elaboradas levando em consideração como a cooperativa quer ser vista, quais são seus propósitos, diferenciais e todos os elementos que a tornam diferente das demais marcas competidoras. Uma marca bem construída é capaz de transferir a percepção de todas essas características para os produtos.

10. Envolvimento com o cliente

É como a cooperativa fomenta interações relevantes e atrativas com seus clientes e cooperados. A ideia é nutrir uma relação de confiança, manter um contato saudável e coletar impressões para as inovações futuras.

Engajar pessoas não é uma tarefa simples. É preciso estar presente com frequência, mas sem cair na inconveniência. É necessário ser útil, relevante e produtivo, dentro dos diferentes perfis que compõem o seu público. Na era digital, muito desse envolvimento acontece por meio das redes sociais.

Conclusão: unindo os tipos de inovação

De acordo com Keeley, as grandes novidades que mudaram a história decorrem de combinações dentro desses 10 tipos de inovação. A união desses modelos proporciona projetos que geram valor de uma forma mais ampla e significativa para os negócios.

Os 10 tipos de inovação, portanto, interagem para que as novas ideias e projetos sejam sólidos e transversais, de forma a expandir a visão de inovação dentro das cooperativas. E para aprimorar ainda mais a sua jornada nos tipos de inovação, conheça as metodologias de gestão que impulsionam a sua capacidade de inovar!

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