
8 tendências de inovação na comunicação para as cooperativas
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As formas com que pessoas e marcas se comunicam sentem fortemente a influência do desenvolvimento tecnológico e das mudanças de hábitos no mundo digital. Diante disso, as cooperativas não podem deixar de estar atentas às principais tendências de inovação na comunicação.
A dinâmica das redes sociais, a mudança na percepção de valor das marcas e novas lógicas corporativas resultam em transformações nas estratégias de comunicação.
Neste artigo, portanto, vamos conhecer mais sobre as tendências de inovação na comunicação, passando por inteligência artificial, branding, uso de métricas e valorização do propósito. Boa leitura!
8 tendências de inovação na comunicação para acompanhar
O setor de comunicação vive um processo de transformação. Essas são 8 tendências de inovação em comunicação que as cooperativas precisam ficar de olho!
1. Aplicações da IA na comunicação
A Inteligência Artificial está se consolidando como uma ferramenta essencial na comunicação corporativa. Sua adoção, no entanto, deve ser estratégica e metódica. Apesar de oferecer inúmeros benefícios como a otimização de processos e o aprimoramento da eficiência das estratégias de diálogo, também apresenta desafios.
As aplicações da IA na comunicação são vastas e podem provocar mudanças no relacionamento entre marcas e seus públicos, assim como contribuir para melhorar a eficiência dos processos de comunicação. Nesse contexto, algumas aplicações de IA na comunicação são:
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Personalização em escala: a IA permite a análise de vastos volumes de dados de stakeholders para criar conteúdo personalizado e segmentar audiências com precisão, resultando em maior engajamento e relevância.
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Automação de tarefas: com ferramentas de IA, é possível automatizar tarefas repetitivas, como agendamentos e respostas. Desse modo, os colaboradores podem focar em atividades estratégicas.
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Análise de sentimentos: a inteligência artificial possibilita analisar mensagens positivas, neutras e negativas em larga escala, gerando dados úteis para aprimorar estratégias de comunicação, em especial no ambiente digital.
Dados do Fórum Econômico Mundial apontam que 75% das organizações pretendem investir em IA nos próximos anos. Com isso, as ferramentas de inteligência artificial devem ganhar cada vez mais espaço dentro dos setores de comunicação das cooperativas, que precisam estar atentas às aplicações da tecnologia.
2. Relacionamento digital
Cada vez mais, a interação entre marcas, consumidores e, no caso das cooperativas, cooperados, se dá no ambiente digital. Dessa maneira, as cooperativas precisam buscar inovações para aprimorar as plataformas de comunicação online com os seus públicos de interesse.
Em vez de reclamar nos canais oficiais clássicos, muitos clientes externam suas insatisfações nas redes sociais, por exemplo. Diante disso, com um SAC 2.0, as cooperativas podem atender às demandas que surgem pelos canais digitais e com agilidade. Uma resposta apropriada e ágil pode ser a grande diferença entre uma crise e uma oportunidade.
O SAC 2.0 é, além disso, uma peça da comunicação omnicanal. O relacionamento com clientes e cooperados segue uma jornada não necessariamente linear, que começa e termina em um único canal de comunicação. Por isso, é importante ter uma estratégia integrada de relacionamento entre canais online e offline.
3. Rebranding: reconstruindo marcas
Branding é um processo de construção de marcas para que ela transmita valores, sensações e ideias que representam a cooperativa. O conceito de marca não se resume a nome, logotipo e identidade visual. Em suma, a marca é a forma como o público entende, sente e responde à experiência oferecida pela cooperativa.
Com o passar do tempo, as organizações podem querer transformar ou atualizar suas marcas. Diante das transformações do mercado e da cultura, muitas marcas estão enxergando a necessidade de ajustar e reconstruir suas marcas. Esse processo é o rebranding.
O rebranding precisa respeitar a história da marca e deve ser feito com cuidado. Diversas cooperativas fizeram rebranding com sucesso recentemente. Após crescer e expandir seus negócios, a cooperativa agropecuária capixaba Coopeavi, por exemplo, passou a se chamar Nater Coop.
A cooperativa de eletrificação Coprel é outra que passou por um processo de rebranding com a elaboração de uma nova identidade visual e verbal além da repaginada de suas submarcas. Por fim, após um processo de crescimento e abertura, a cooperativa de crédito CoopJohnson virou a BeCooper, dando ênfase ao pertencimento dos cooperados.
4. Aplicação de métricas na comunicação
Os dados são essenciais para elaborar uma estratégia de comunicação efetiva e para fazer ajustes em busca de aprimoramentos. Sem a análise de dados concretos, a comunicação se torna um processo baseado em meras suposições. De modo geral, a definição de métricas depende dos objetivos traçados pela cooperativa - a metodologia OKR é de grande apoio.
A comunicação data driven - isto é, comunicação orientada por dados , portanto, é essencial para as cooperativas. Alguns grupos de métricas relevantes nesse cenário abordam reputação (análise de sentimentos, confiança de marca); satisfação (NPS, índice de retenção); conscientização (volume de buscas, consciência de marcas); engajamento (tráfego, taxa de abertura de e-mail) e performance (ROI e taxa de conversão).
Mas além dessas métricas já consolidadas, novas métricas também estão surgindo para lidar com os novos desafios de comunicação. Segundo um relatório da Cortex Intelligence, algumas dessas novas métricas de comunicação são:
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Exposição qualificada: classificação de publicações por sentimento e protagonismo, podendo ser promotora (retrata positivamente a marca), detratora (critica negativamente), balanceada (publicação crítica, mas que escuta o lado da organização) e inócua (quando o conteúdo da publicação não impacta a imagem da marca).
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Índice de Promoção da Marca: análogo ao NPS, é usado para reportar o estado da reputação de uma marca nas mídias e embasar ações para aprimorá-la. A métrica é a pontuação obtida através da subtração entre assuntos promotores e assuntos detratores, dividida pelo número total de assuntos.
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Valoração: contabiliza o quanto uma marca gastaria em publicidade para atingir a mesma quantidade de pessoas que as mídias espontâneas estão atingindo.
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Frequência de exposição: diz respeito à quantidade de vezes que uma personalidade ou marca está inserida nas mídias.
5. Comunicação 360°
Uma das maiores tendências de inovação na comunicação é estabelecer uma estratégia 360º, a fim de unificar os canais que a organização emprega para interagir com todos os seus públicos, sejam internos ou externos.
A implementação de uma estratégia de comunicação 360° envolve a colaboração de diversos setores ligados ao relacionamento com o público e à comunicação corporativa. Dentro de uma cooperativa, portanto, a comunicação 360° engaja áreas como marketing, atendimento ao cliente, vendas, recursos humanos, relacionamento com o cooperado e até mesmo a tecnologia da informação.
Desse modo, a comunicação 360º procura integrar todos os pontos de contato relevantes da cooperativa com seus diversos públicos de interesse em uma estratégia unificada. Por isso, ela não se limita a ações isoladas, como campanhas publicitárias e assessoria de imprensa, mas representa um processo contínuo.
6. Comunicação com propósito
A comunicação deve ser não apenas uma ferramenta de publicidade, vendas e atendimento, mas também de conexão com as pessoas. Para isso, as marcas precisam integrar propósitos à estratégia de comunicação, de forma a estreitar laços com públicos de interesse no longo prazo, graças ao compartilhamento de valores em comum.
A agenda ESG, por exemplo, é um caminho de empatizar com pessoas engajadas a um propósito. De acordo com o relatório Kantar BrandZ Global, o marketing relacionado à sustentabilidade contribuiu com mais de R$ 1,1 trilhão para o valor das 100 maiores marcas do mundo.
Além disso, os brasileiros concordam que as organizações têm obrigação de ajudar a tornar a sociedade mais justa em uma proporção superior à média global. Mesmo assim, aponta a Kantar, os profissionais de comunicação ainda subestimam o impacto da inclusão nos negócios, gerando uma perda potencial de R$ 1,9 trilhão.
As cooperativas já partem de um lugar privilegiado dentro dessa tendência de comunicação, uma vez que são movidas por propósito. O desafio, portanto, é estabelecer uma estratégia efetiva de comunicação baseada em valores e que consiga emanar o senso de pertencimento.
7. Oportunidades e desafios na comunicação interna
A comunicação interna é outra ramificação que está se transformando a partir das tendências de inovação na comunicação. Um estudo realizado pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) aponta as principais tendências e desafios relacionados ao tema.
Segundo o levantamento, as principais tendências de comunicação interna, segundo um levantamento com 215 organizações, são:
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Intensificar a segmentação e personalização nas narrativas e mensagens da comunicação interna.
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Maior uso de linguagens audiovisuais, em diversas mídias, e menor uso da linguagem textual.
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Promover maior transparência, trabalhando com as vulnerabilidades corporativas de forma assertiva, simples e por meio de mensagens claras.
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Intensificação da valorização das emoções e das relações nas narrativas, aumentando os vínculos entre a empresa e os colaboradores.
Em contrapartida, engajar as lideranças como comunicadores representa o principal desafio dos profissionais de comunicação interna. Comunicar a estratégia e a cultura da organização, fazer a comunicação chegar nos públicos operacionais e melhorar a mensuração e gestão de dados são os outros maiores pontos de atenção na área.
8. Cocriação e conteúdo gerado pela comunidade
Por fim, uma das tendências mais promissoras reside na cocriação e conteúdo gerado pela comunidade. A lógica aqui é clara: o futuro da comunicação não é apenas sobre o que a cooperativa diz, mas sobre o que ela constrói em conjunto com seus públicos.
Estimular ativamente cooperados, colaboradores e até mesmo clientes a gerar conteúdo original, compartilhar suas experiências autênticas, narrar suas próprias histórias de interação com a cooperativa ou participar da cocriação de campanhas e projetos de comunicação é uma estratégia que redefine o diálogo.
Essa abordagem participativa reverbera positivamente em diversas frentes. Ao abrir espaço para a voz da comunidade, as cooperativas conseguem uma ampliação orgânica do alcance de suas mensagens. Além disso, essa estratégia ajuda a fomentar um genuíno senso de pertencimento entre os envolvidos.
Ademais, a cocriação é uma ferramenta poderosa para fortalecer os vínculos, transformando a comunicação de uma via de mão única para um processo colaborativo que enriquece a marca e aprofunda o relacionamento com seus públicos de interesse.
Conclusão: para não ficar de fora das tendências de inovação na comunicação
Para se aprofundar na conexão entre inovação e comunicação, confira nosso e-book “Inovação na comunicação: integrando novas tecnologias e estratégias de marketing”, que reúne os caminhos para integrar novas tecnologias e aderir às novas tendências para a comunicação das cooperativas.
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