Minasul: moeda digital com lastro em café aumenta capacidade de compra dos cooperados

CONTEXTO
Os produtores de café associados à Minasul têm gastos diversos antes da colheita, o que compromete o seu fluxo de caixa. Afinal, a própria produção e a preparação para a colheita impõem gastos antecipados em relação à venda. Com isso, faltava liquidez aos produtores cooperados para a compra de defensivos agrícolas, ferramentas, fertilizantes, implementos agrícolas, dentre outros itens necessários para a produção e colheita.
Essa situação acabava por trazer alguns comprometimentos à própria produção. Afinal, era muito mais complicado para os produtores investirem em melhorias na produção. Então, por falta de liquidez para investimento, os produtores não conseguiam agregar valor ao produto final.
Ao mesmo tempo, com a plantação em desenvolvimento, havia a previsão de faturamento futuro. O que os cooperados precisavam era antecipar os recebíveis sem precisar recorrer a caros financiamentos.
DESAFIOS
A iniciativa de inovação que deu origem à criação da moeda digital da Minasul enfrentou dois desafios principais. O primeiro deles diretamente relacionado à operação dos produtores. Ou seja, era necessário proporcionar liquidez aos cooperados para a realização de investimentos na própria produção.
Uma vez definido que o endereçamento da questão se daria a partir da criação de uma moeda digital, o desafio seguinte estava relacionado ao próprio desenvolvimento técnico da solução. Isso porque a questão do custo era determinante para o sucesso da iniciativa. Da mesma forma, era necessário garantir o desempenho da operação na ponta final da operação.
DESENVOLVIMENTO
Para aumentar a capacidade de compra dos associados, a Minasul criou a Coffee Coin. Definida como uma moeda digital, a Coffee Coin tem seu valor lastreado no preço do café determinado pela Bolsa de Valores de Nova York.
Dessa maneira, o produtor consegue praticar o chamado barter (permuta) com muito mais segurança e praticidade tanto para ele quanto para a Minasul. Ou seja, a permuta do café produzido por materiais e insumos diversos necessários para a produção por meio de uma tecnologia digital que assegura a transação para todas as partes envolvidas.
Então, de forma resumida, a Coffee Coin tem como função principal ser uma opção para facilitar e flexibilizar as transações do cooperado com a cooperativa, bem como agregar valor aos negócios lastreados em café.
A escolha por uma criptomoeda se deu devido à facilidade de uso, aos custos operacionais baixos e à possibilidade de transacionar valores de forma direta. Para isso, a etapa de escolha da tecnologia a ser usada para desenvolvimento da moeda foi feita de forma muito cuidadosa.
A cooperativa optou por usar o próprio ERP da Microsoft que já roda na cooperativa, o Dynamics AX, com armazenamento em Azure, a nuvem também da Microsoft. Esse sistema é o responsável por processar todas as transações dos cooperados, bem como fazer toda a gestão dos respectivos estoques e controlar a precificação diária. Isso porque adotou-se como convenção que o valor de uma unidade de Coffee Coin é equivalente a um quilo de café verde comercializado na Bolsa de Nova York. Então, o valor é atualizado em tempo real.
RESULTADOS
A Minasul entende que um dos principais benefícios da Coffee Coin para os cooperados é ter à disposição uma opção rápida e desburocratizada para transações financeiras e comerciais, disponível 24 horas por dia e com capacidade suficiente para suportar suas operações.
Para a cooperativa, por sua vez, as vantagens estão relacionadas à capacidade de atender com rapidez e simplicidade as demandas financeiras e comerciais dos cooperados, tornando-se mais atrativa para adesão de cada vez mais novos produtores.
Então, como resultado, a Minasul destaca a possibilidade de utilizar uma forma segura de pagamentos e, assim, incrementar as vendas e demais transações com os cooperados, reduzindo o risco de inadimplência e o custo de capital.
PRÓXIMAS INICIATIVAS
Por enquanto, todos os pagamentos são feitos à vista e limitado aos cooperados nas lojas da Minasul. Esse era o objetivo da Fase 1, iniciada em agosto de 2020, que visava a testar a plataforma e os processos envolvidos.
Para 2021, o objetivo é possibilitar o pagamento utilizando operações de crédito. Para tanto, será necessário expandir o Coffee Coin para o ecossistema de criptomoedas, associando-o, a partir daí, à tecnologia de Blockchain para registro dos itens lastreados.
Os próximos passos previstos são o refinamento do modelo de negócio e o uso de tokens de teste do protótipo. Além disso, serão feitas adequações à regulamentação e a exigências legais para disseminação dos tokens.
Contato do responsável:
Luís Henrique Albinati
diretor de novos negócios da Minasul
Conteúdo desenvolvido em parceria com

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