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Frimesa: ganhos com a robotização

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2020
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Agropecuário
Frimesa
Inovação de processo
Inovação de processo
Processo de automatização foi realizado a partir da adaptação de tecnologia desenvolvida na Holanda e gerou ganhos em padronização, velocidade e diminuição de custos. RESUMO CARDEm 2015, a Frimesa fez investimentos de R$ 6,5 milhões para automatizar uma de suas linhas de corte. Objetivo era padronizar cortes, reduzir desperdícios e exposição dos trabalhadores a atividades insalubres. Economia de R$ 5,2 milhão por ano fez com que o retorno dos investimentos ocorresse em 1,3 ano.

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CONTEXTO

Desde 2014, a Frimesa conta com uma área dedicada ao desenvolvimento de inovações para a cooperativa. Uma das frentes para a qual essa área olha é a de otimização e automação de processos industriais. Por isso, em 2015, a Frimesa fez investimentos de 1,2 milhão de euros - o equivalente a, à época, R$ 6,5 milhões - para a instalação de três robôs na linha de abate do frigorífico de Medianeira, no Paraná.

Dessa maneira, esta planta frigorífica, que abriga o complexo de processamento de carnes da cooperativa, se tornou a primeira do Brasil a contar com este tipo de tecnologia. No local, os equipamentos robotizados são aplicados nos processos de corte e serra da carcaça dos animais. Antes da adoção dos equipamentos de automação, esses processos eram realizados manualmente pelos colaboradores.

A realização manual do processo demandava a atuação de quatro colaboradores por turno, além de profissionais para cobertura de escalas. Dessa maneira, um total de dez colaboradores trabalhava no processo. Além disso, se trata de um processo fisicamente muito desgastante, que causa problemas ergonômicos nos profissionais.


DESAFIOS

A área de inovação da Frimesa enfrentou como seu principal desafio ao longo desse projeto de automação a escolha da tecnologia a ser adotada. A área de inovação tinha como premissa buscar a melhor e mais moderna tecnologia que existisse para fazer a modernização da linha de corte. Com isso, uma das dificuldades enfrentadas foi o fato de não haver nenhum tipo de benchmarking possível no país. Afinal, não havia tecnologia similar sendo usada no território nacional.

Foi necessário, portanto, buscar uma tecnologia europeia, desenvolvida na Holanda. Ainda assim, um intenso trabalho de adaptação foi necessário. Isso porque as características dos animais criados e abatidos nos países europeus é consideravelmente diferente dos brasileiros. As acentuadas diferenças físicas entre os animais exigiram o desenvolvimento de customizações para o uso na planta da Frimesa. A finalidade desse processo de configuração era evitar desvios de qualidade no produto final.


DESENVOLVIMENTO

Anterior ao início do desenvolvimento da solução de automação de corte adotada pela Frimesa veio a constatação de que o processo então existente apresentava problemas profundos. Além do elevado custo relacionado à mão de obra de 10 profissionais, estes colaboradores não podiam ficar muito tempo exercendo a mesma função.

Como os procedimentos de corte são muito desgastantes fisicamente, os profissionais precisam ser poupados para não sofrerem consequências do trabalho. Além disso, o processo manual é muito sujeito a imprecisões, que acarretam o desperdício de carne e também levam a eventuais contaminações, com respectiva perda de material.

Então, a automação do processo de corte se mostrava muito atraente para a cooperativa, com potenciais impactos tanto nos resultados financeiros, como na qualidade do produto final e na preservação da saúde dos trabalhadores.

Para chegar à solução ideal a Frimesa buscou referências em outras cooperativas e empresas mercantis brasileiras. No entanto, encontrou informações e tecnologia adequadas somente na Europa. A solução adotada pela Frimesa foi desenvolvida em conjunto pela cooperativa e por uma empresa holandesa especializada em robotização de frigoríficos ao longo de dois anos de desenvolvimento.

O processo de negociação interna para que a ideia fosse adiante envolveu a apresentação de estimativas financeiras relacionadas à aquisição e manutenção ao longo do tempo do equipamento e à dispensa de pessoal. Da mesma maneira, foi preciso considerar o custo de treinamento dos operadores, que foram à Europa para receber qualificação.


RESULTADOS

Como resultados obtidos a partir da adoção dos três robôs na linha de corte da Frimesa, a cooperativa observou ganhos diretos relacionados ao aumento da velocidade do processo produtivo.

Também foram observados ganhos substanciais referentes à padronização do corte e na qualidade das carcaças, além de redução de trabalho repetitivo e insalubre.

No total, a Frimesa obteve economia de aproximadamente R$ 500 mil anuais decorrentes da redução no quadro de mão de obra. Outros cerca de R$ 4,7 milhões têm sido economizados com a redução do desperdício de material decorrentes da padronização dos cortes. Assim, a cooperativa agropecuária obteve uma economia de cerca de R$ 5,2 milhões por ano em decorrência da automação de processos de corte.

Uma vez que o equipamento foi adquirido ao custo de R$ 6,5 milhões, o investimento se pagou em cerca de 1,3 ano.


PRÓXIMAS INICIATIVAS

Devido ao grande sucesso observado com a automação do processo da linha de corte da Frimesa, a cooperativa tem empenhado esforços e recursos para identificar oportunidades de robotização e automação diversas em outros processos industriais.

A intenção, com isso, é melhorar o rendimento de outras linhas devido à padronização dos cortes e redução no risco de contaminações que possam eventualmente ocorrer. Também há grande expectativa com relação às possibilidades de redução de custos não apenas com a mão de obra, mas principalmente com desperdícios ocasionados pelos processos manuais convencionais.



Contato do responsável:


Quirino Alison da Silva

área de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Frimesa

qsilva@frimesa.com.br / (45) 3240-8825


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