Topbar OCB

INDICA NOTÍCIAS

Como usar dados para engajar clientes, cooperados e colaboradores

A inteligência de dados pode ajudar a oferecer experiências personalizadas aos consumidores


Com o avanço da tecnologia, a coleta de informações se tornou cada vez mais comum. Com a inteligência de dados, essas informações se mostram importantes em diversos processos das organizações, desde planejamento e gestão até personalização da experiência do usuário e feedbacks.

No mundo atual, cada vez mais guiado por dados, é importante que as cooperativas surfem nessa onda de informações. Por meio do uso de dados, as organizações conseguem engajar e fidelizar os clientes, cooperados e colaboradores, obtendo um melhor desempenho.

Neste artigo, vamos entender como os dados guiam decisões de negócios, conhecer formas de aplicar os dados no marketing, tê-los como aliados da fidelização e lidar com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Boa leitura!

Data-driven: como funciona um mundo orientado por dados

Ser uma organização data-driven significa ter uma gestão estratégica orientada por dados. Essas informações podem ser utilizadas para a tomada de decisões mais precisas conforme as necessidades da cooperativa, sempre visando um desenvolvimento máximo do negócio.

Apesar da crescente importância da gestão data-driven, muitas organizações ainda não a adotaram. Uma pesquisa realizada pela TOTVS em 2022 mostrou que apenas 5% das organizações acreditam fazer bom uso da inteligência de dados em seus negócios.

Nesse cenário, o maior desafio enfrentado pelas cooperativas é a dificuldade de interpretar os dados e torná-los em informações úteis. Unindo essa questão à resistência à inovação e à transformação digital, muitas organizações se tornam obsoletas e perdem a oportunidade de abraçar uma nova tendência de mercado.

Principais vantagens de ser um negócio guiado por dados

As vantagens de adotar uma abordagem data-driven são diversas e significativas. Além de ações mais acertadas e de uma maior objetividade no planejamento estratégico, uma cultura orientada por dados permite uma maior adaptabilidade de mercado, tendo em vista que os problemas e oportunidades se tornam mais fáceis de serem identificados.

Por mais que transformar uma organização em data-driven exija um investimento para a adoção de tecnologias e capacitação da equipe, a gestão orientada por dados contribui para a redução de custos. Isso acontece graças à redução de desperdícios, erros e retrabalhos.

A retenção e atração de clientes é outro benefício alcançado com a cultura data-driven. Os dados podem ser usados pelas cooperativas para definir as preferências dos clientes e cooperados e aprimorar sua experiência de consumo.

De acordo com um estudo do McKinsey Global Institute, as organizações orientadas por dados têm:

  •     20 vezes mais chances de conquistar novos clientes
  •     seis vezes mais chances de mantê-los
  •     19 vezes mais chances de obter lucro com o resultado

Matemarketing e Data-Driven Marketing

O data-driven marketing consiste em ações de comunicação orientadas por insights baseados nos dados. Essa estratégia impacta principalmente os clientes, graças às informações obtidas, que permitem conhecer a fundo o consumidor.

Além disso, ter a chance de alcançar apenas o público que tem interesse no produto ou serviço, oferece uma perspectiva 360° dos clientes. Dessa forma, é possível personalizar as campanhas baseadas na experiência dos consumidores,aumentando a chance de conversão e vendas.

O que é matemarketing

O matemarketing tem um conceito parecido com o data-driven marketing, por trabalhar também com a interpretação de dados. Porém, essa estratégia vai além e conta com a ajuda da matemática e da interpretação de estatísticas para basear suas decisões.

O matemarketing é composto por 5 etapas principais:

  1. Captação de dados
  2. Análise da informações
  3. Busca de insights
  4. Ações estratégicas
  5. Otimização dos resultados

Cada passo é essencial para garantir um bom funcionamento do modelo e um melhor desempenho dos projetos.

Engajamento e fidelização de clientes e cooperados

Um dos principais benefícios do uso de dados é a fidelização de clientes e cooperados. A personalização do atendimento e da jornada de compra é uma das vantagens obtidas.

A partir da coleta de informações como consulta de produtos, curtidas nas redes sociais e outras interações, as cooperativas são capazes de entender a fundo seus clientes e criar uma abordagem específica para eles.

People Centricity

People centricity, ou seja, manter uma abordagem focada em pessoas, é outra questão que pode ser potencializada com a análise de dados. O modelo visa engajar clientes, cooperados e colaboradores, sempre prezando pela melhor experiência com a cooperativa.

Isso ocorre porque a análise de dados permite um maior entendimento não apenas do cliente e do cooperado, mas do negócio como um todo. Dessa forma, torna-se possível entender as áreas de carência e melhorar a vivência dos colaboradores e dos consumidores em todos os pontos de contato.

Consumer Experience (CX)

A consumer experience (experiência do consumidor) é a estratégia chave para colocar em prática as abordagens focadas nos clientes. Passar uma sensação de confiança e identificação aos consumidores é a melhor maneira de garantir sua fidelização.

De acordo com a consultoria MJV Innovation, 72% dos clientes compartilham com seis ou mais pessoas suas experiências de compra positivas. Por isso, utilizar os dados para conhecer seu consumidor e personalizar uma boa experiência é essencial para um melhor desempenho do negócio.

Transforme dados em insights

É comum acreditar que coletar dados é o mesmo que ter informações relevantes sobre os clientes. Ainda que um leve a outro, dados são informações brutas que sozinhas não têm valor, apesar de carregarem grande potencial de uso. Já a informação é resultado de um processamento de dados, que ganham significado em meio a um contexto específico.

Por fim, as informações devem ser processadas e interpretadas para se transformarem em conhecimento. O entendimento dos consumidores e da organização interna da cooperativa é decisivo para a criação de um plano de negócios estratégico e eficiente.

Apesar da importância da análise de dados, uma pesquisa da ASG Technologies revelou que 45% das empresas participantes não aproveitam todo o potencial de dados. Por isso, cresce a relevância de táticas para a obtenção de informações de qualidade.

Como transformar dados em informações de qualidade

Dentre as técnicas para transformar dados em informações, a principal é a capacitação dos colaboradores. Por meio do desenvolvimento de uma cultura data-driven e do treinamento das equipes, é possível conscientizar os empregados da importância dos dados e de uma análise bem elaborada.

Além disso, é fundamental se atentar a qualidade e a precisão dos dados obtidos, visando uma coleta confiável e alinhada aos objetivos da organização. Integrar as ferramentas de dados e criar dashboards e gráficos são formas de conectar as análises e obter insights sobre o que foi coletado.

Importância e utilidade das métricas

As métricas são outras informações importantes que podem ser extraídas da coleta de dados. Ter indicadores das iniciativas da cooperativa é essencial para medir a eficiência das táticas adotadas e reparar eventuais falhas nas estratégias.

Tendo em vista a relevância da mensuração dos resultados, vale lembrar que manter as métricas claras e simples é a melhor forma de não se atrapalhar com tantos dados. Além disso, adaptá-las para a realidade de cada organização é essencial para garantir uma interpretação de dados satisfatória e personalizada.

LGPD e transparência de dados

Como visto, a coleta e análise de dados é fundamental para o engajamento e fidelização dos clientes e cooperados. Porém, é necessário se atentar à transparência em relação à retenção de dados.

As cooperativas devem disponibilizar o modo com que os dados são coletados, analisados e para que são utilizados ou para quem são vendidos. Esse fator ultrapassa as questões éticas, e também cria uma relação de confiança entre o cliente e a organização.

Ainda que a transparência do destino das informações coletadas seja importante, vale ressaltar que manter a privacidade dos consumidores é extremamente essencial. Dados são sigilosos e devem ser protegidos, a fim de evitar exposição de conteúdos pessoais que os clientes confiaram à cooperativa.

Regulamentação sobre dados no Brasil (LGPD)

A transparência de dados é regulamentada no Brasil pela LGPD. A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais garante que os titulares tenham acesso fácil aos seus dados coletados pelas organizações e saibam como eles estão sendo utilizados. Em outras palavras, cada pessoa física é dona de seus dados e tem direito de saber para que estão sendo usados.

Com a ascensão de modelos como o open finance, entra em jogo outro pilar da LGPD: a portabilidade de dados. Com ela, os indivíduos têm direito a obter seus dados retidos e utilizá-los em outras plataformas, ou seja, as pessoas podem acessar suas informações que foram coletadas por uma instituição a fim de utilizá-las em outros serviços.

Conclusão

O uso estratégico de dados se tornou essencial para cooperativas que querem se destacar em meio a um mercado tão competitivo. Ter uma cultura data-driven na sua organização garante não apenas decisões mais eficientes, como também otimiza operações e auxilia na fidelização de clientes e cooperados.

Com a importância atual de tomar medidas fundamentadas em informações, o InovaCoop desenvolveu um guia prático sobre como tomar decisões baseada em dados. O material é repleto de conceitos relacionados à tecnologia de dados e discute a importância de transformá-los em informações estratégicas, além de apontar quais são as melhores ferramentas para análise desses dados.

Conteúdos Relacionados

Image
SISTEMA OCB © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.