Squads e metodologias ágeis apoiam transformação digital do Sicredi

CONTEXTO
Em 2017, todos os principais players bancários do Brasil estavam em franco processo de digitalização tecnológica e o ecossistema de startups financeiras, as fintechs, estava efervescente. A pauta corrente visava a redução das burocracias na contratação de serviços e atendimento, atualizações de tecnologias habilitadoras para novas experiências e o aumento do uso de canais digitais pelos usuários de serviços financeiros.
No Sicredi não era diferente. Havia soluções aderentes às necessidades dos associados e um app considerado adequado à prestação de serviços, mas também havia espaço para avançar na conexão com outros sistemas, hospedagem na nuvem e demais inovações tecnológicas que se apresentavam.
Naquele momento, existia a oportunidade de aumentar a penetração nas grandes cidades, acompanhar a digitalização do sistema financeiro como um todo, aumentar o engajamento do público jovem e evoluir os sistemas que processam produtos e serviços, buscando facilitar a implementação de soluções para atender às necessidades dos associados em todo Brasil.
Internamente, no Centro Administrativo Sicredi (CAS), onde estão alocadas as áreas de desenvolvimento de produtos e serviços que atendem às demandas das cooperativas, os times de negócios, produto, tecnologia e atendimento usavam o Método Cascata (modelo Waterfall), conhecido também como método tradicional, uma forma de gerenciamento de projetos que utiliza fases sequenciais, longo planejamento, projetos com custos, escopo e cronograma fixo. Havia, assim, a possibilidade tornar as dinâmicas de trabalho mais leves e fluidas, ao implantar novos métodos de organização dos times.
DESAFIOS
Dentre os principais desafios enfrentados no processo de transformação digital estava o de manter vivo o principal diferencial do Sicredi: o relacionamento próximo dos associados, o contato olho no olho que a instituição sempre prezou e a conexão verdadeira com as comunidades onde atua.
Ainda precisava, internamente, fortalecer o entendimento da organização sobre o que era, de fato, uma transformação digital, considerando que neste caso, além de tecnologia, ela incentiva o desenvolvimento de novas habilidades aos seus mais de 30 mil colaboradores e a evolução da cultura organizacional.
Sob o ponto de vista técnico, há a complexidade da fase de transição da antiga tecnologia para a nova. Todo o esse processo e a transformação cultural demandam o envolvimento de várias áreas.
DESENVOLVIMENTO
O processo de transformação digital do Sicredi foi organizado em duas frentes distintas:
1) Em uma frente foram tratados os aspectos de transformação tecnológica da instituição. Ou seja, para atualização com relação à tecnologia utilizada pelo Sicredi e também para redefinição dos processos de desenvolvimento.
2) Na outra frente, que ocorreu de forma simultânea como habilitadora do objetivo maior, foram abordadas todas as questões relacionadas à transformação cultural necessária para que a organização se tornasse mais ágil e fluída, adaptando-se às necessidades de um mercado cada vez mais VUCA (Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo).
No que diz respeito à transformação cultural, o Centro Administrativo Sicredi promoveu um redesenho nas suas equipes que atuam com produtos digitais baseado na criação de squads e tribos, ou seja, times multidisciplinares, de diferentes áreas, para desenvolvimento de produtos.
Além disso, houve a adoção de metodologias ágeis de gestão, como Scrum, Lean, Kanban, Kata e outras práticas e teorias que inspiraram as mudanças, como o Livro “Reinventando as organizações”, a autogestão, o modelo Spotify e a centralidade no usuário.
Os pontos focais da transformação foram o entendimento sobre a importância de criar um time unido, de ouvir, desenvolver e apoiar os usuários que são colaboradores das cooperativas e os usuários finais, os associados.
Assim, alinhado a diversas transformações relacionadas à estratégia, à cultura, aos processos, dentre outros, o desenvolvimento tecnológico, que antes demandava muitas etapas até ser posto em operação, passou a ser muito mais rápido. Houve, portanto, uma aproximação dos times do CAS de operação e de atendimento com o time de desenvolvimento, o que levou a maior agilidade na criação de soluções.
Na parte de transformação tecnológica, o desenvolvimento foi norteado em uma etapa bastante consistente de planejamento da estratégia da proposta como um todo, com definição de parceiros para cada uma das frentes impactadas, e alinhamento total às necessidades das cooperativas e às regras de governança.
RESULTADOS
Os resultados observados a partir da implantação de um novo design organizacional do trabalho para uma cultura de agilidade, estão relacionados a uma maior velocidade e uma melhor organização no desenvolvimento de produtos e serviços entregues às cooperativas do Sistema.
PRÓXIMAS INICIATIVAS
A jornada da transformação digital, seja nas frentes tecnológicas, organizacionais ou de pessoas, é contínua. A instituição financeira cooperativa já teve muitos avanços e segue implementando melhorias e evoluindo com os seus sistemas, para ampliar o relacionamento nos canais digitais, ao passo em que reforça o atendimento nas agências, para necessidades mais específicas, fortalecendo a relação com as comunidades onde está inserida.
Contato do responsável:
Camila Luconi
especialista em Cultura no Centro Administrativo Sicredi (CAS)
Conteúdo desenvolvido em parceria com

Você também tem um case ou uma história de sucesso?
Conte-nos sua história
Veja mais

Ciclos: cooperativa de plataforma do Sicoob ES
Por meio da Ciclos, agências e cooperados do sistema passam a ter acesso à energia fotovoltaica. Para aumentar a oferta de produtos e serviços aos seus associados, o Sicoob ES lançou a Ciclos, uma cooperativa de plataforma para oferecer serviços de telecom, energia limpa e, em breve, também planos de saúde e marketplace. Para gerar energia limpa, o Sicoob ES inaugurou um complexo composto por dez centrais geradoras fotovoltaicas (UFV), que atende tanto às agências do Sicoob no estado quanto aos associados de todas as cooperativas do sistema.

Marketplace cooperativista: conheça a Supercampo
Cooperativas agropecuárias se unem para criar marketplace completo de produtos e serviços para cooperados. A Supercampo é um marketplace que reúne milhares de produtos voltados ao segmento do agronegócio. Com perfil 100% cooperativista, visa atender as principais demandas das cooperativas e de seus cooperados, gerando valor com serviços de qualidade, segurança e agilidade. Atualmente, a plataforma está disponível para mais de 80 mil cooperados e tem como sócias as cooperativas paranaenses Agrária, Capal, Castrolanda, Coopertradição, Copacol, Frísia, Integrada e Lar, as catarinenses Cooperalfa e Copercampos, a gaúcha Cotrijal e a paulista Coplacana. Mais informações estão disponíveis no site www.supercampo.com.

Expocacer é a primeira coop do mundo a conquistar selo de agricultura regenerativa
Cooperativa mineira foi certificada pela auditoria internacional Regenagri. A cooperativa cafeeira Expocacer, que atua no cerrado mineiro, é a primeira no mundo a conquistar selo de agricultura regenerativa, com aprovação de 100% em todos os critérios avaliados por uma auditoria internacional. Os cafés certificados estão sendo distribuídos para 50 países por uma marca italiana.

CCGL: intercooperação agro resulta em Rede Técnica Cooperativa
Iniciativa reúne 30 cooperativas e mais de 800 técnicos e executivos para investir em pesquisa e desenvolvimento para aumentar a rentabilidade dos produtores rurais gaúchos. Criada em 2018, a Rede Técnica Cooperativa une mais de 30 cooperativas e 800 técnicos de diversas especialidades em um mesmo projeto. A finalidade é desenvolver, por meio de iniciativas de intercooperação, inovações para sanar problemas compartilhados entre as cooperativas. A iniciativa acaba, assim, por otimizar investimentos e recursos e amplifica de forma escalável o impacto das soluções desenvolvidas.