Topbar OCB
Driver’s Seat: empoderamento e remuneração a motoristas de app
CONTEXTO
Mesmo com as distorções que geram nas relações trabalhistas e referentes ao uso de dados, as plataformas da gig economy, como a Uber, a 99 e similares, conquistaram um lugar e uma importância no mercado muito difíceis de serem revertidas. Com isso, mantêm quase que um monopólio sobre os dados de mobilidade urbana e que poderiam ser usados por órgãos e entidades ou mesmo consultorias para definição de políticas públicas e estratégias de transporte.
Entretanto, como as plataformas tradicionais não têm interesse em compartilhar tais informações com terceiros, os dados gerados diariamente por milhares de motoristas cadastrados em aplicativos em todo o mundo são usados exclusivamente por elas e, dessa maneira, não refletem em geração de valor para a sociedade como um todo.
DESAFIOS
Dentre os desafios enfrentados pela cooperativa estavam criar uma aplicação que pudesse funcionar de maneira paralela aos aplicativos de transporte, como Uber e 99. Afinal, o Driver’s Seat precisa gerar dados confiáveis, já que pretende atuar como uma espécie de auditoria aos dados gerados pelas plataformas tradicionais.
Outro desafio se relaciona à comercialização dos dados gerados, pois uma das propostas da cooperativa é, justamente, remunerar os motoristas pelos dados que geraram durante seu trabalho.
DESENVOLVIMENTO
A Driver’s Seat nasceu em 2019, nos Estados Unidos, a partir da ideia de levar empoderamento aos motoristas associados aos aplicativos de transporte e também às entidades públicas responsáveis pelas políticas de transporte dos grandes centros urbanos.
A intenção da cooperativa, que passou pelo processo de aceleração da Start.Coop, é dar aos motoristas o controle sobre o uso dos dados que geram a partir das corridas de passageiros que realizam durante o trabalho. Afinal, utilizando apenas os aplicativos de transporte, os dados gerados são de propriedade das empresas que os controlam.
Ao dar o controle para os motoristas, a Driver’s Seat espera dar autonomia aos trabalhadores para tomar decisões baseadas em dados. É por isso que a Driver’s Seat se autodenomina uma cooperativa de propriedade dos trabalhadores e comprometida com a democratização do uso dos dados.
Assim, o aplicativo opera em paralelo às plataformas de mobilidade, capturando os mesmos dados que elas. Assim, o motorista consegue fazer uma aferição sobre os quilômetros computados pela plataforma, bem como sobre os valores pagos.
Além disso, os dados gerados em massa por todos os motoristas são empacotados pela cooperativa, que tem a possibilidade de os vender para órgãos públicos, entidades e empresas interessadas em dados relacionados à mobilidade urbana.
Recentemente, a cooperativa fez uma parceria com a GigCompare, empresa recém-criada que calcula quanto cada app de motorista paga por corrida, com dados atualizados. Em um comunicado, a Driver’s Seat destacou como benefícios da incorporação o enriquecimento das informações passadas aos motoristas, incluindo acesso simplificado aos dados de trabalho, e a expansão do número de usuários da plataforma, gerando mais dados, insights e valor aos cooperados.

RESULTADOS
A Driver’s Seat conseguiu cadastrar 2.500 motoristas e vendeu dados de mobilidade para uma agência municipal de São Francisco, nos Estados Unidos, por cerca de 45 mil dólares.
Ao todo, a cooperativa possui cerca de 600 usuários ativos em mais de 40 cidades, reunindo suas informações por meio da cooperativa, o que os ajuda a decidir quando e onde assinar cada aplicativo para ganhar mais dinheiro e quanto estão ganhando após as despesas.
PRÓXIMAS INICIATIVAS
A cooperativa quer aumentar o valor pago aos motoristas e atender a outras preocupações comuns, como taxas de empréstimos predatórios e banimentos inesperados, quando os motoristas são descadastrados da plataforma sem prévio aviso.
Contato do responsável:
Matt Schumwinger
Co-Founder & CTO da Driver’s Seat Cooperative
https://www.driversseat.co/contact
Conteúdo desenvolvido em parceria com
Você também tem um case ou uma história de sucesso?
Conte-nos sua história
Veja mais
Além da capacitação, a Escola Técnica Avícola ajuda a elevar produtividade e ganhos financeiros dos aviários. Após identificar dificuldades na avicultura, a cooperativa Coagru desenvolveu uma escola técnica dentro das suas dependências para qualificar a mão de obra e elevar a produtividade dos cooperados. O investimento para viabilizar o projeto foi obtido junto a uma cooperativa de crédito do Sicredi.
Instalação de posto de abastecimento de carros elétricos visa antecipar tendências, incentivar a adoção de energia limpa e acelerar a inovação na região. A Certel instalou seu posto de abastecimento para veículos elétricos no Vale do Taquari, visando disseminar a malha de opções de carregamento. Os carros elétricos estão ganhando espaço no mercado automotivo e emergem como aliados de políticas sustentáveis. Diante dessa tendência, a Certel visa incentivar a adoção de carros elétricos na região - começando pela própria frota.
Agilidade no primeiro momento do isolamento social garantiu manutenção dos alunos e evolução para modelo EAD derrubou fronteiras geográficas para atuação da cooperativa. Em apenas 20 dias, quando do início do isolamento social provocado pela pandemia, a cooperativa de ensino de idiomas conseguiu transferir as aulas para o ambiente virtual e, com isso, não apenas manteve os alunos existentes, como conseguiu criar um novo modelo baseado totalmente no ensino a distância.
Fundada para atender ao mercado militar, cooperativa cresceu quando se estruturou para servir companhias de aviação civil. Idealizada por militares da reserva, a Coopresa passou muito tempo atendendo somente à Força Aérea Brasileira (FAB). Enfrentando dificuldades após a mudança da frota, a cooperativa elaborou um novo modelo de negócios, incluindo a aviação civil na carteira de clientes e adicionando novos serviços ao seu portfólio.