CAMDA desenvolve linha de suplementos focada na eficiência alimentar sustentável

Contexto
Fundada em 1965, a cooperativa agropecuária paulista CAMDA (Cooperativa Agrícola Mista de Adamantina) tem uma trajetória fortemente conectada com a inovação. Com o tempo, a cooperativa se expandiu para outros estados, como Paraná e Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Em sua estrutura, a CAMDA conta com um laboratório de análises agronômicas, uma fazenda experimental e um serviço inovador de confinamento bovino para os cooperados pecuaristas. A cooperativa possui, ainda, centros de distribuição, silos, depósitos, lojas e postos de embalagem que atendem mais de 28 mil cooperados.
No início da década de 90, a cooperativa iniciou sua caminhada na produção de suplementos minerais com a criação da linha Minercamda. Agora, a cooperativa possui suas próprias fábricas para produzir rações e suplementos.
Nesse cenário, há mais de uma década a cooperativa diagnosticou a necessidade de melhorar a eficiência na produção de ruminantes e agregar valor ao meio ambiente. “Eu sempre quis fazer algo mais, e aí comecei a olhar o quanto o nosso meio ambiente estava sendo agredido e fomos tentando fazer a nossa parte”, diz Carlos Alberto Tolentino, que é gerente de pecuária da CAMDA.
Desafios
Diante disso, a cooperativa seguiu em busca de soluções inovadoras. O caminho identificado para chegar a esse objetivo foi aprimorar a eficiência alimentar dos animais. Com esse desafio, a CAMDA deu início ao projeto de eficiência alimentar sustentável por meio da Minercamda. Tolentino explica:
“O projeto reúne uma série de objetivos, que vão desde a conscientização humana com o meio ambiente assim como com o bem-estar animal, até o aumento de produtividade e lucratividade para os usuários desta tecnologia”.
Desenvolvimento
Para isso, a CAMDA começou a estudar mais a fundo sobre o funcionamento do processo digestório dos animais. “Ele é uma câmara de fermentação, uma colônia do microbiota que faz o processo digestório e, por causa disso, o animal se alimenta desses microorganismos”, explica o gerente de pecuária.
Dessa forma, a cooperativa notou que não fazia sentido ficar alimentando os animais com nutrientes caros. Em vez disso, a estratégia mais inteligente era melhorar o processo digestório com apoio dos aditivos.
A linha de eficiência alimentar sustentável da Minercamda tem como foco os bovinos de corte a pasto e o objetivo de reduzir as emissões de gás metano durante o processo pecuário. Diante disso, a CAMDA desenvolveu produtos e suplementos com aditivos naturais usados na alimentação dos animais.
Esses aditivos aumentam a digestibilidade da fibra do pasto e a eficiência da fermentação que ocorre durante a ruminação. Como consequência, a cooperativa consegue diminuir a emissão de gás metano no meio ambiente. Além de reduzir emissões poluentes, isso também é positivo para a saúde do gado.
Na prática, os animais são alimentados com uma fórmula que contém probióticos, prebióticos, aditivos alimentares, estabilizadores de PH ruminal e nitrogênio de liberação controlada. Toda esta tecnologia é responsável por melhorias na digestão de celulose (que é onde o processo que libera, dentre outros gases, o metano).
“A Camda é idealizadora do projeto, mas existem profissionais e instituições que foram de fundamental importância para a comprovação dos resultados alcançados, como a Biomart, que é nossa fornecedora das cepas de microrganismos, o professor Jefferson Gandra e alunos universitários que realizaram os testes nos animais”, acrescenta Tolentino.
Resultados
Com a melhora da eficiência alimentar dos animais, o projeto Minercamda notou uma redução substancial na liberação de gases poluentes. Os ganhos na eficiência alimentar também se refletem em um maior conforto para o gado e a redução da condição de timpanismo subclínico, caracterizada pelo acúmulo anormal de gases no estômago dos animais.
Além disso, o projeto Minercamda de eficiência alimentar sustentável ficou em 1º lugar no Oscar da Inovação, promovido pela UPL e realizado durante o Cooper UP Negócios, em 2021. O desenvolvimento da linha de suplementação Minercamda também agrega valor à marca da cooperativa.
Próximos passos
Partindo da iniciativa inicial, a CAMDA agora está evoluindo para o projeto Eficiência Alimentar 2.0, dando ainda mais passos em direção à sustentabilidade. Nessa etapa, a embalagem de ráfia, que é uma material de plástico, será trocada por embalagens de papel.
“Esta nova embalagem pode ser descartada diretamente no pasto e as que não forem consumidas pelo animal serão totalmente incorporadas em até 120 dias”, conclui Carlos Alberto Tolentino.
Contato do responsável:
Roberta Marchioti
Analista de comunicação da CAMDA
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