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Retrospectiva InovaCoop 2023: Liderança inovadora

A cultura da inovação no cooperativismo é consolidada pelos gestores

GESTÃO DA INOVAÇÃO19/12/20235 minutos de leitura

A inovação só prospera nas cooperativas quando é patrocinada, incentivada e executada pelos líderes. Afinal de contas, os gestores definem os caminhos a seguir, tomam decisões relevantes, guiam a cultura organizacional e indicam quais são as prioridades. A liderança inovadora, portanto, faz muita diferença para extrair novas ideias de uma cooperativa.

Uma liderança inovadora ajuda a criar um ambiente propício a novas ideias, incentiva a experimentação, premia a inovação e mantém o foco na criação de oportunidades. Líderes inovadores são grandes responsáveis por equipes dinâmicas e culturas de inovação sólidas.

Com isso, um grande desafio é desenvolver novas lideranças inovadoras no cooperativismo, pensando em promover um futuro dinâmico e promissor em prol da perenização e da competitividade do ecossistema cooperativista.

Nessa retrospectiva, então, iremos relembrar os conteúdos do InovaCoop que abordaram a formação, a diversidade e o papel das lideranças em prol de cooperativas mais inovadoras. Tenha uma boa leitura!

Liderança inovadora cooperativista: diversidade e gestão de riscos

A formação de lideranças inovadoras tem muito a ver com a diversidade. Apesar de ainda ser desigual, o cooperativismo está em constante evolução, indicam os dados do Anuário do Cooperativismo Brasileiro, produzido pelo Sistema OCB. Essa desigualdade fica ainda mais evidente quando olhamos a liderança feminina nas cooperativas.

Em 2021, apenas 20% dos cargos de liderança nas cooperativas eram ocupados por mulheres. O número indica progresso, já que, no ano anterior, essa taxa era de somente 17%. Essa é uma dinâmica que perpassa todo o ambiente de negócios. No entanto, a diversidade é um fator primordial para que a inovação seja efetiva.

O Sistema OCB está alinhado às demandas da sociedade e adorou a igualdade de gênero como uma pauta estratégica e prioritária. Diante disso, o InovaCoop narra histórias inspiradoras de lideranças femininas cooperativistas. Um dos maiores exemplos é o de Tânia Zanella, a primeira mulher a assumir a superintendência do Sistema OCB nacional.

A liderança inovadora feminina também foi tema da Análise Econômica de março. O material explora a baixa representação feminina em cargos gerenciais e aponta que as lideranças femininas geram mais engajamento nas organizações.

Liderança e gestão de riscos

Patrícia Marins, sócia-diretora da Oficina Consultoria, participou do InovaCoop Responde compartilhando seus conhecimentos sobre o papel da liderança na reputação e imagem das cooperativas. Ela falou sobre estratégias fundamentais para lidar com a gestão de crises nas organizações.

Marins alertou sobre a importância de investigar os riscos reputacionais para antecipar e enfrentar as crises nas cooperativas de todos os portes. No entanto, as crises são oportunidades para melhorar. Nesses cenários, um comitê de crise deve ter autonomia para tomar decisões.

Liderança inovadora e ambidestria organizacional

Para inovar, é necessário pensar tanto no presente quanto no futuro. Inovações disruptivas são, sim, essenciais para superar as transformações de mercado que se avizinham. Contudo, as cooperativas também não podem deixar de lado os negócios de hoje.

A ambidestria organizacional é a responsável por equilibrar a disrupção focada no futuro e a inovação incremental que dá suporte aos negócios de hoje. Colocá-la em prática é um dos grandes desafios contemporâneos para os líderes cooperativistas. Segundo nosso e-book dedicado ao tema, uma cooperativa ambidestra deve praticar dois tipos de inovação:

• Inovação de sustentação: são as novas ideias que incrementam os produtos e serviços que já são oferecidos pela organização, a fim de torná-los mais atrativos, eficientes e rentáveis. Ou seja, é a inovação incremental, que melhora elementos que já existem. Seus efeitos são sentidos mais rapidamente.

• Inovação de crescimento: trata-se da busca por ideias inovadoras disruptivas, mais profundas e revolucionárias, e que trabalham com prazos mais longos e desafios incertos. Pode representar a mudança de modelo de negócios ou a apresentação de um novo produto criado do zero ao mercado, por exemplo.

Ambidestria organizacional na prática

No InovaCoop Responde, Andréa Dietrich, uma das maiores especialistas em ambidestria organizacional no Brasil, tirou dúvidas práticas sobre a coexistência entre o setor de exploração com enfoque na inovação e a expansão dentro do cenário atual para as cooperativas. Ela ressaltou, ainda, a necessidade do alinhamento das lideranças com as equipes.

Quem está colocando a ambidestria organizacional em atividade é a Sicredi Ceará. A cooperativa de crédito é a primeira do Nordeste a ingressar no programa Gestão Ambidestra, realizado pelo Instituto Fenasbac. Contamos essa história em nossos cases de inovação.

O projeto ainda está em estágios iniciais, mas já atua em prol da liderança inovadora na cooperativa. “Já conseguimos gerar entendimento e comprometimento com os nossos líderes da importância de seguirmos esse caminho, muito embora ele seja desafiador” disse Iris Ribeiro, gerente de gestão de pessoas da Sicredi Ceará, ao InovaCoop.

Conclusão

A liderança é central para que a inovação aconteça nas cooperativas. Os líderes atuam como habilitadores de novas ideias, dando espaço para que suas equipes possam exercer a criatividade e expor novas ideias.

Este artigo faz parte de uma retrospectiva que resgata as grandes tendências e histórias de inovação cooperativista do InovaCoop em 2023. Fique de olho para conferir os próximos e ficar por dentro do que teve de mais inovador no ano!

Conteúdo desenvolvido
em parceria com

Coonecta