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Sistema OCB contribui para livro da Embrapa sobre inovação no agro

Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB, escreveu capítulo que versa sobre relações institucionais e conectividade no campo

GESTÃO DA INOVAÇÃO11/07/20235 minutos de leitura

A importância do cooperativismo para a inovação no setor agropecuário foi reconhecida no livro Relações Institucionais e Governamentais como Estratégia para Inovação Agropecuária produzido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB, contribuiu para o livro com o capítulo “Inovação é a chave: a representação política do Sistema OCB no âmbito do Poder Executivo”. O trecho discorre sobre a atuação do cooperativismo organizado e suas conquistas junto ao Legislativo, Executivo e Judiciário.

Ao todo, o livro conta com 14 capítulos divididos em duas partes. A primeira foca em aspectos conceituais e teóricos das relações institucionais e governamentais e a segunda esmiúça experiências da Embrapa nas relações institucionais e governamentais.

Cooperativismo, relações institucionais e inovação no Ramo Agropecuário

O capítulo escrito por Tania Zanella está na primeira parte da obra. A superintendente discorre sobre a experiência da área de relações institucionais e governamentais no Sistema OCB/Sescoop, sublinhando que a representação política institucional ocorre de forma conjunta e complementar nos três poderes.

É comum pensar que a maior parte da atuação das entidades de representação política se dê no Poder Legislativo, explica Tania. Contudo, o Sistema OCB tem uma visão diferente. A representação tem que ter sincronia, passando por Legislativo, Executivo e Judiciário.

“A administração pública federal, direta e indireta, tem um papel central nessa atuação. É impossível considerar a aprovação de um projeto de lei sem que um ou mais órgãos do Poder Executivo estejam entre as principais partes interessadas. Na implementação e regulamentação de políticas públicas, bem como no papel de supervisão dos setores econômicos, esse papel fica ainda mais claro”, escreve Tania, que ainda complementa:

“O Sistema OCB se especializou em defender o modelo de negócios cooperativista, fomentando iniciativas que tragam desenvolvimento para o cooperativismo brasileiro e trabalhando para impedir o avanço de políticas com impacto negativo ao nosso modelo de negócios”.

Sistema OCB e Embrapa: união em prol da inovação

Tania explica que o relacionamento com a Embrapa é um dos principais exemplos de atuação propositiva do Sistema OCB. “Realizam-se cotidianamente reuniões visando colocar o cooperativismo à disposição como ferramenta de disseminação e transferência de tecnologias desenvolvidas pelos centros de pesquisa da Embrapa”, escreve a superintendente.

A relação entre Embrapa e Sistema OCB na construção de políticas públicas para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro é um sucesso. Um estudo do Congresso Nacional mensurou que tanto o Sistema OCB quanto a Embrapa estão entre as entidades mais presentes nas audiências públicas das comissões de agricultura da Câmara e do Senado.

“O estudo evidencia, mais uma vez, que ações entre Executivo e Legislativo estão diretamente interligadas. E que o conhecimento técnico é um dos itens mais valorizados por parlamentares na construção de políticas públicas”, explica Tania.

Conectividade no meio rural

O Sistema OCB acredita que o acesso à informação é um direito básico para todos os brasileiros. Assim, a entidade se esforça para produzir informativos, boletins, notícias e outros tipos de conteúdo a fim de subsidiar informações para o ecossistema cooperativista. Mas essa é uma jornada de mão dupla.

Por outro lado, afinal, o Sistema OCB também utiliza de forma estratégica dados setoriais do movimento cooperativista. Essa atuação ajudou na criação, por exemplo, do programa Brasil Mais Cooperativo, com objetivo de fortalecer pequenas cooperativas, em regiões em desenvolvimento, por meio da intercooperação. A iniciativa nasceu de uma proposta do Sistema OCB.

“Outro exemplo dessa atuação de representação sistêmica é o nosso trabalho em relação à expansão da conectividade no meio rural”, conta Tania. Monitorando o Diário Oficial da União (DOU), o Sistema OCB mapeou e a formalização do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre o então Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

O acordo visa promover ações de expansão da internet no campo e a aquisição de tecnologias e serviços inovadores no ambiente rural. Com isso, “o Sistema OCB solicitou reuniões com esses atores, com o objetivo de expor como as cooperativas poderiam dar capilaridade às políticas públicas de expansão da conectividade rural, obtendo reconhecimento dos técnicos do governo sobre a importância de incluir o cooperativismo como ator relevante no tema”.

“Por meio da participação do Sistema OCB no Conselho Gestor da Câmara Agro 4.0, foi possível auxiliar o Executivo na priorização das ações mais relevantes para o desenvolvimento do tema”, segue a superintendente. Os laços gerados a partir de então ampliaram a atuação da entidade com outros atores importantes na conectividade, como a Anatel.

Conclusão: relações com a Embrapa e perspectivas para o futuro do cooperativismo agropecuário

“O futuro das relações governamentais com o Executivo revela perspectivas bastante positivas”, escreve a otimista Tania Zanella. O Sistema OCB automatizou a leitura do DOU e agora a meta é profissionalizar a defesa dos programas e políticas públicas estratégicas para o cooperativismo no orçamento da União.

“Em tempos de cobertores curtos, é cada vez mais estratégico o trabalho preventivo do Sistema OCB na defesa de recursos e da estrutura de políticas públicas cruciais para o cooperativismo brasileiro, entre as quais, a pesquisa agropecuária está na pauta de prioridades”.

A superintendente conclui defendendo a busca por um coop mais inovador. “Por fim, fica como mensagem final a necessidade contínua de busca por inovação nessa área”, argumenta. Nesse sentido, a relação com a Embrapa é bastante frutífera. “A Embrapa ensina, sempre, que o futuro está no conhecimento e na inovação. E é esse o horizonte que se pretende continuar trilhando”.

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