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Inovação e resiliência

Como se adaptar e mudar quando se perde receita

TENDÊNCIAS07/07/20206 minutos de leitura

Tem sido um desafio para todos. O surto coronavírus fez muitos de nós redundantes. Como negócios, ele fez com que algumas de nossas linhas de receita mais proeminentes parassem completamente ou se tornassem obsoletas. 

Dizem por aí que estamos em uma tempestade e que estamos todos afundando no mesmo barco, mas alguns de nós possuem botes salva-vidas e outros apenas coletes. O impacto da crise tem efeitos diferentes dependendo do seu contexto. Como pensar então sobre nossos próximos passos? Como fazer para ser resiliente e inovador nesse novo contexto de normalidade?

É sempre bom ter um nome para as mudanças econômicas que estamos vivendo. O Board of Innovation cunhou o termo ‘Economia de Baixo Toque’ (Low Touch Economy). 

Teremos provavelmente um tempo expandido vivendo com restrições, com limitações de encontros em espaços fechados, espaços públicos e viagens, além de novos padrões de higiene. Nossas comunidades estão desenvolvendo novas habilidades e comportamentos em respostas a esses novos padrões que vieram para ficar. Alguns talvez nunca queiram deixar de trabalhar remotamente, e outros talvez diminuam suas interações sociais mesmo se as restrições forem suspensas. Muitos de nós serão mais cautelosos quando se trata de interações físicas, mas nossas emoções e necessidades por conectividade continuam por aqui e tendem a ficar ainda mais fortes.

Na Economia de Baixo Toque, coisas que não podem ser 100% digitais serão livres de toque, e aquelas que podem, irão operar 100% digitalmente. Isso significa que seu produto que antes habitava um espaço próprio, agora provavelmente estará dentro da casa de seu usuário. 

Aqui estão algumas perguntas que podem ajudar você a inovar e se tornar resiliente:

Se sua receita foi profundamente afetada ou se você tem a possibilidade de testar novas coisas e explorar novos mercados, adapte-se e mude. Vimos em todo mundo algumas indústrias mudando suas linhas de produção e adaptando-as para produzir desinfetantes de mãos, máscaras e outros itens para atender demandas geradas pela pandemia.

No Brasil, vimos um grupo de restaurantes que está usando sua operação para doar comida para pessoas vulneráveis. Ao invés de manter seu modelo de negócios com delivery, como todo mundo, eles decidiram trabalhar com uma longa linha de produção para fazer e entregar comida de qualidade para pessoas em vulnerabilidade (em situação de rua ou sem teto). O novo modelo de negócio é agora baseado em doações e com isso foram capazes de manter todos seus funcionários durante a crise, enquanto seu alcance e marca estão expandindo. Tenho certeza que eles irão retornar a um modelo de negócio diferente assim que a crise sair de seu pico. Mas mesmo assim, também estou certa de que eles terão alcançado uma legião de novos consumidores fiéis que começaram a doar para a causa e que, mais tarde, irão querer se manter engajados com suas marcas. Eles nomearam esse movimento de “cozinha de combate”, e acho que mostra generosidade, mas também criatividade em sobreviver à crise.

Muitos negócios tiveram que adaptar seu modelo de negócio para ficar online, criando novas experiências digitais. Alguns clubes de música online como a Jingdong e a gravadora chinesa Taihe Music Group (link) fizeram uma parceria com várias marcas internacionais de bebidas alcóolicas e organizaram uma transmissão ao vivo de DJs da TMG. Rémy Martin, Carlsberg e Pernod Ricard foram algumas das marcas de bebidas alcóolicas que participaram dessa experiência. 

No Brasil, vimos uma resposta massiva da live do DJ ALOK atingindo 27 milhões de visualizações. Vocês já devem ter visto as luzes neon que estavam sendo projetadas da casa do DJ!